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HISTÓRIA

HISTÓRIA DA
DA
ENFERMAGEM
ENFERMAGEM
Prof. Ms: Marcelo Lassala
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM

SURGIMENTO DA
ENFERMAGEM MODERNA.
Florence Nigthgale:
• Histórico:
1. Nascimento: 12/05/1820 – Florença(Itália)-filha
de inglêses.
2. Dominava vários idiomas
3. Desejo de realizar-se como enfermeira
4. 1844-Roma – estudando atividades irmandades
católicas
5. 1849 – viagem ao Egito(decisão de servir a deus)
5. Desejo de seguir vocação – visita hospitais
dirigido por Irmãs de Misericórdia(ordem
católica de Enfermeiras)
6. 1854 – enviada para a guerra da Criméia
junto com 38 voluntárias.
7. Mortalidade de 40% entre os
hospitalizados - a mesma caiu p/ 2% com
atuação de Florence.
• Imortalizada pelos soldados como:

“A Dama da Lâmpada”- Símbolo da


Enfermagem
• Contrai tifo e retorna em 1856 – invalidez

• Por reconhecimento pelo trabalho


desempenhado – prêmio do Governo Inglês.

• 1859 -Institui Escola de Enfermagem


• 1860 - Escola de Treinamento Nightingale e a Casa das
Enfermeiras do Hospital Saint Thomas.
 Disciplina rigorosa – tipo militar
 Exigência de qualidades morais
 Curso de um ano
 Aula ministrada por médicos
 1910 - Morte de Florence
 Floresce o ensino de enfermagem
 Torna-se ocupação assalariada
 Constitui-se prática social específica e
institucionalizada.
História da Enfermagem
• 1873 – primeira escola criada nos
EUA(segundo modelo de Florence):
• Treinamento de enfermeiras em escolas
• Associação das escolas de treinamento com
os hospitais, porém com independência
financeira e administrativa
• Enfermeiras – responsáveis pelo ensino de
enfermagem
• Residência confortável e agradável p/
estudantes, próximo aos hospitais.
• Sistema Nightingale de Ensino:
1. Direção da escola por enfermeira
2. Mais ensino metódico
3. Seleção de candidatas do ponto de
vista moral, intelectual e aptidão
profissional.
• A História da Enfermagem no Brasil
Aula 2
A ORGANIZAÇÃO DA ENFERMAGEM
NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Desde o período colonial até o século


XIX
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM no Brasil
• PERÍODO COLONIAL
1. Surgem as Casas de Misericórdia – origem em
Portugal.

São elas:
 Vila de Santos – 1543
 Rio de Janeiro
 Vitória
 Olinda e Ilhéus
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM
 Mais tarde: Porto Alegre e Curitiba –
1880 c/ D. Pedro II e sua esposa.
 Destacam-se padre José de Anchieta e
Frei Fabiano de Cristo.
 Auxílio dos escravos
 1738 – Romão de Matos Duarte fundou
a Casa dos Expostos.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM
• 1822 – Proteção à Maternidade (José
Bonifácio)
• 1ª Sala de parto – Casa dos Expostos
• 1832 – Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro – Escola de Parteiras
• Nome de destaque no Brasil Império:
Ana Nery
A Evolução da HISTÓRIA
DA ENFERMAGEM
Final séc XIX
• Cenário brasileiro:
 Imenso território
 Contingente populacional pequeno e disperso
 Urbanização progressiva porém lenta em
cidades de comércio mais intenso (Rio e SP)
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM
 Propagação das doenças infecto-contagiosas –
(europeus e africanos)

 Ameaça à expansão comercial


 Governo sob pressão externa

 Saúde constitui-se como problema sócio-


econômico)
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM
• 1864-1870 (Guerra do Paraguai) – atuou
como voluntária no cuidado aos soldados
feridos, improvisando hospitais.
• 5 anos depois – recebe pensão do
Governo Imperial, medalhas e coroa de
louros.
• Deu nome à 1ª Escola de Enfermagem.
HISTÓRIA da
ENFERMAGEM
• Governo assume assistência à saúde:
 Criação de serviços públicos
 Vigilância e controle sobre os portos – reforma
Oswaldo Cruz(1904)
 Diretoria geral de Saúde Pública – reestruturação
sanitária(profilaxia da Febre Amarela, inspetoria,
isolamento e desinfecção, Instituto Soroterápico
Federal) – Instituto Oswaldo Cruz.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM

 Criação da Cruz Vermelha Brasileira – fins 1908

 1º Presidente – Oswaldo Cruz

 Destaque na 1ª Guerra Mundial e durante


epidemia de Gripe Espanhola.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM
• 1920 – Reforma Carlos Chagas criação
do Departamento Nacional de Saúde
Pública.

- Durante anos normatizou e fez


executar atividades de Saúde Pública
no Brasil
Criação das Escolas de
Enfermagem
• CRIAÇÃO DAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM
BRASILEIRAS.
1ª - Escola de Enfermagem Alfredo Pinto 1890
(decreto federal 791 de 27 de setembro de
1890).

Foi reformada em 1923 – Maria Pamphiro


• Curso c/ duração de 3 anos
• Dirigida por Enfermeiras diplomadas
Criação das Escolas
Enfermagem
• 2ª - Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro – 1916

 Iniciou c/ curso de socorrista


 Não era de nível superior.Só formava aux. De
enfermagem.

 Diplomas registrados pelo Ministério da Guerra.


Criação das Escolas de
Enfermagem
• 3ª - Escola Anna Nery
• Primeira diretoria estrangeira – 1923
• Internato – Hospital São Francisco de Assis
• Alunas atuaram no controle da Varíola
• 1ª turma diplomou em julho 1925.
• Algumas que mais se destacaram receberam
bolsa estudos EUA
• 1ª diretoria brasileira - Raquel Haddock Lobo
Criação das escolas de
Enfermagem
5ª - Escola de Enfermagem “Luiza de Marillac”
• Dirigida por Irmã Matilde Nina
• Parte da Pontifícia Universidade Católica do
RJ
• Avanço na Enfermagem a nível nacional –
ingresso de religiosas de diversas
congregações.
Criação das Escolas de
Enfermagem
6ª - Escola Paulista de Enfermagem
• 1939 – Franciscanas Missionária de Maria
• Renovação da enfermagem na capital
paulista – acolheu outras congregações
• Início de curso de Pós Graduação em
Obstetrícia
Criação das escolas de
Enfermagem
7ª - Escola de Enfermagem da USP
• 1ª turma 1946
• 1ª diretora – Edith Franckel
• Fundada com a colaboração da
Fundação de Serviços de Saúde
Pública (FSESP) - SP
EVOLUÇÃO DA ENFERMAGEM
MODERNA NO BRASIL.
CONTEXTO HISTÓRICO E POLÍTICO
HISTÓRIA

• DÉCADA: DE 30 A 60
 QUEDA DO ESTADO OLIGÁRQUICO
 ASCENSÃO DE GETÚLIO VARGAS
 DÉFICIT DO SETOR CAFEEIRO CRISE
ECONÔMICO-FINANCEIRA- TENSÕES
CLASSE TRABALHADORA URBANA
HISTÓRIA

• MEADOS DA DÉCADA DE 50:


 TRANSFORMAÇÕES NO PANORAMA
ECONÔMICO – SISTEMA CAPITALISTA
C/ ETRATÉGIAS DE Kubistschek –
conturbações sociais – golpe 1964 – governo
militar.
 RÁPIDA ESCALADA INDUSTRIAL -
CAPITAL ESTRANGEIRO
• AUMENTO INDUSTRIALIZAÇÃO
• CRESCIMENTO URBANO –
• PROLIFERAÇÃO DE FAVELAS E CORTIÇOS

FALTA DE INFRAESTRUTURA URBANA, ALTO CUSTO DE


ViDA, INFLAÇÃO, GRANDES AGLOMERAÇÕES

• PIORA DA CONDIÇÃO DE VIDA DA POPULAÇÃO E


DETERIORAÇÃO DA SAÚDE.
Defesa dos Direitos

SOB PRESSÃO DA CLASSE


TRABALHADORA EM DEFESA DE
SEUS DIREITOS

SISTEMA DE SAÚDE SOFREU


EXPANSÃO E MODIFICAÇÕES
DE ACORDO COM CONDIÇÃO
POLÍTICA E ECONÔMICA VIGENTE.
PRINCIPAL UNIDADE
ADMINISTRATIVA DA AÇÃO
SANITÁRIA

MINISTÉRIO DA SAÚDE
CONSOLIDAÇÃO DA INDUSTRIALIZAÇÃO

DESTAQUE À TECNOLOGIA HOSPITALAR E


INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
A Mudança.......
ENFERMAGEM CONSOLIDADA – INTEGRADA COM
PROGRAMAS UNIVERSITÁRIOS E GOVERNAMENTAIS

ENFERMEIROS CONCENTRADOS NA ÁREA HOSPITALAR.

CRESCIMENTO DE OUTRAS CATEGORIAS NA NFERMAGEM P/


ATENDER MERCADO, PORÉM FORMA DESORDENADA.
DITADURA MILITAR – 1964
REFORMA UNIVERSITARIA DE 1968

VESTIBULAR UNIFICADO EM 1971.


ABERTURA DOS CURSOS DE
MESTRADO E DOUTORADO;
• 1971 – Primeira turma do vestibular unificado,
reformulado pela reforma universitária de
1968,onde entram os primeiros alunos do sexo
masculino em uma graduação de enfermagem
no Rio de Janeiro na EEAN.

*Marco para enfermagem que desde 1923,eram


escolhidas por entrevista e prova pelas
diretoras da escola de enfermagem.

PRIVATIZAÇÃO DO SETOR SAÚDE.


• AMPLIAÇÃO NO CAMPO DA
ENFERMAGEM

• PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR


MAIS ABSORVIDOS SETOR PÚBLICO

• SETOR PRIVADO – ABSORVE MAIS


AUXILIARES E OPERACIONAIS COMO
FORMA DE REDUZIR GASTOS.
O Sistema

• Sistema de formação da Enfermagem

• Composição heterogênea

• Atendimento ao mercado
O Surgimento da
Hierarquia da
Enfermagem
A Pirâmide

Enfermeiro

Técnicos

Auxiliares

Atendentes
Fraca participação em entidades de classe
Conjuntura política – limita o poder de decisão da
enf. - papel subalterno

Enfermagem sem reflexão crítica no fazer


Delegando ato de cuidar aos outros

Aumento custos hospitalares


Expansão do capital
• DECADA DE 70
 ESTRUTURA SOCIAL SOFRE
TRANSFORMAÇÕES – MUDANÇA NO QUADRO
POLÍTICO NACIONAL

 CRISE FINANCEIRA – CLASSE OPERÁRIA


CRESCE E MÉDIA SOFRE COM CRISE

 CRISE SAÚDE – DISCORDÂNCIA ENTRE A


DEMANDA DE SERVIÇO PREVIDENCIÁRIO E
AS AÇÕES EFETIVAS
• 1975:
 SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE –
DEFINE NOVO MODELO – LEI
6.229

PREVIDÊNCIA SOCIAL MINISTÉRIO DA SAÚDE


ASSISTÊNCIA INDIVIDUAL CUIDADOS PREVENTIVOS E
E CURATIVA DE ALCANCE COLETIVO
A Criação das Conferências

• CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE ATENÇÃO PRIMÁRIA À


SAÚDE
Na Conferência de Alma-Ata, em 1978, 134 países e 67
organismos internacionais se comprometeram com uma
grande meta: garantir saúde para todos até o ano 2000.
Um desafio ainda maior considerando que a
conferência, organizada pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) e pelo Unicef, descreveu saúde não
apenas a ausência de enfermidades, mas como "um
estado de completo bem-estar físico, mental e social",
além de um direito humano fundamental. O foco de todo
esse trabalho deveria ser a atenção primária à saúde.
• AUMENTO DOS CURSOS DE PÓS
GRADUAÇÃO

• ENFERMAGEM DETENTORES DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA

• ENFERMEIRO RESPONSÁVEIS POR


TREINAMENTO, COORDENAÇÃO E
SUPERVISÃO
O EXERCÍCIO DA
Profissão ENFERMAGEM
• Década de 80

 LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986.

Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício


da Enfermagem, e dá outras Providências
O EXERCÍCIO DA
ENFERMAGEM
• Desafio para a enfermagem com a reformulação do Sistema
Único de Saúde:

Redirecionamento da formação profissional e redefinição


da prática – 50/60% do pessoal de enfermagem a serviço
nas
unidades de saúde.

Reflexão perspectiva da profissão com embasamento


histórico, político e ideológico.

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