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Monografia apresentada para obtenção de título de Bacharelado

em Ciências Biológicas Modalidade Médica

A Contribuição da Ressonância Magnética no Diagnóstico de


Esclerose Múltipla Utilizando Espectroscopia Difusão e
Transferência de Magnetização

Eduardo dos Santos


Objetivo

• Fazer uma revisão bibliográfica para


demonstrar a importância da RM no
diagnóstico da Esclerose Múltipla
Introdução
• Aspectos históricos.
• Evolução do método.
• Aspectos da doença.
• Porque da utilização da RM.
Instrumentação e Equipamentos
• Magnetos permanentes
• Magnetos resistivos
• Magnetos supercondutores
3.0 T 1.5 T

1.0T 0.6 T
Campos magnéticos secundários

• Bobinas homogeneizadoras

• Bobinas de gradiente

• Bobinas de Radiofrequência
Física básica
• Origem no núcleo dos átomos
• Prótons de hidrogênio
• T1 TR e TE curtos
• T2 TR e TE longos
Física básica
• Flip Angle
• FOV
• Matriz
• Planos de Corte X Y Z
• SAR
Hiperintensidade em T1
• Gordura
• Fluídos hiperproteicos
• Colesterol líquido
• Impregnação pelo gadolínio
• Mielinização
Hipointensidade em T1
• Calcificação
• Fluxo
• Água
• Osso cortical
Hiperintensidade em T2
• Fluidos em geral
• Água livre ou ligada a proteínas
Hipointensidade em T2
• Fluxo
• Calcificação
• Osso cortical
• Mielinização
Seqüências de pulso
• Spin Eco
• Gradiente Eco
• Turbo
• IR ou Inversão Recuperação
• STIR
• FLAIR
Citologia do sistema nervoso
• Neurônios
• Células da glia
• Fibras nervosas ou axônios
Sistema Nervoso Central
EM: Apresentação Clinica
• Doença autoimune
• Maior incidência em mulheres
• Características da doença:
– parestesias (dormências, formigamentos)
– fraqueza dos membros; dificuldade para caminhar
– neurite óptica (turvação visual)
– visão dupla
– incoordenação motora
– desequilíbrio
– tonturas;zumbido;vertigem
– tremores
– dor
– distúrbios esfincterianos (alterações no controle da urina e fezes)
– fadiga
Bases para o diagnóstico
• Clinica do paciente
• Exame de Potencial Evocado
• Exame do Líquor
• Ressonância Magnética
Critérios de Batel
• Lesão que impregna gadolínio ou 9 lesões
em T2
• + de 1 lesão infratentorial
• + de 1 lesão justa-cortical
• + de 3 lesões periventriculares
Novas técnicas de RM para
detecção de EM

• Espectroscopia
• Difusão
• Transferência de Magnetização
Espectroscopia
• Técnica de volume
• Análise de metabólitos:
– Lactato
– Colina
– N-Acetilaspartato (NAA)
Espectroscopia

Curva normal de espectroscopia por RM com TE baixo (35


ms): observe que o maior pico encontra-se no nível 02 ppm
(NAA) e que à direita dele não é observado qualquer outro
pico de lactato lípides (setas). À esquerda do NAA
observamos ou padrão normal da relação dos picos
(creatina/fosfocreatina, colina e mioinositol, além do segundo
pico de creatina/fosofocreatina).

Espectroscopia por RM Alzheimer. O padrão


habitualmente encontrado em doentes com
Alzheimer não é específico, mas é caracterizado
por elevação de mioinositol com redução
significativa do pico de NAA, que marca redução
ou despopulação neuronal.

Fonte: www.fleury.com.br
Espectroscopia
Espectroscopia por RM GBM. O
GBM apresenta um padrão
espectral característico, porém não
específico. Além das
características das imagens
convencionais de RM o padrão
espectral auxilia no diagnóstico
diferencial e é caracterizado por
marcada elevação de colina e
lactato e significativa redução do
NAA.

AVC isquêmico agudo. Observe a restrição à


livre difusão das moléculas de água
caracterizada pelo hipersinal na seqüência
DWI-EPI, caracterizando a isquemia
parenquimatosa. A espectro mostra apenas
elevação do lactato (seta) que denota a
alteração da respiração celular
(anaerobiose). Ainda não há redução do
NAA.

Fonte: www.fleury.com.br
Paciente portador de EM
Difusão

• Propriedade física do cérebro


• Chamada RM funcional
• Anisotropia e Isotropia
• TRACE D
• Pode ser calculada D=R2/T
Imagens de Difusão por RM
Transferência de Magnetização:
MTC

• Transferência de energia
• Técnica de saturação seletiva
• Baseado no contraste
• Aumenta o sinal do GD
Imagens de MTC

RM do encéfalo de indivíduo com EM. Utilizando seqüências DP com pulso adicional de transferência de
magnetização podemos observar áreas alteradas que apresentam aspecto normal do sinal nos estudos
convencionais (substância branca de aparência normal). Observe as áreas peritrigonais à direita com
sinal alterado apenas na seqüência DP/MTC.

Fonte: www.fleury.com.br
Imagens em MTC

T1 SE MTC de Glioblastoma Multiforme T1 SE MTC de Glioblastoma Multiforme


Sem contraste. Com contraste (Gd).

Paciente do sexo masculino, 39 anos, refere trauma craniano leve durante uma partida de futebol, evoluindo
com uma crise convulsiva e cefaléia há 11 dias. (www.fleury.com.br)
Imagens em MTC

Imagem de Esclerose Amiotrófica Lateral. Em A a imagem em FLAIR mostra hiperintensidade do


trato piramidal. Em B a imagem axial em T1/SE/MTC evidencia melhor a lesão no trato piramidal
do que a imagem em FLAIR.

Rocha AJ et al. Arq. Neuropsiquitr 1999; 57(4).


Imagens em MTC

Paciente com EAL. Na figura A imagem ponderada em FLAIR não evidenciando lesão. Em B a
imagem T1 SE/MTC revela alterações não diagnosticadas pelo FLAIR.

Rocha AJ et al. Arq. Neuropsiquitr 1999; 57(4).


Conclusão
• A RM constitui o melhor método para
detecção de EM, principalmente novas
placas, é possível que no futuro através
de novas técnicas seja possível
diagnosticar EM apenas através do seu
uso.

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