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Cidade

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fantasma
fantasma
O BEIJO DE JUDAS, FOTOGRAFIA E VERDADES.
J O A N F O N T C U B E R TA

RESUMO CAPÍTULO 5

UFPE – CAA
FOTOJORNALISMO 2021.2
JULIANA ANDRADE LEITÃO
DISCENTE: ERICK SIQUEIRA M. DOS
SANTOS
Marti
Marti
Llorens
Llorens
M a r ti L l o r e n s , n a t u r a l d e B a r c e l o n a , d o c u m e n t o u a
transformação de uma zona industrial em Vila Olímpica
entre os anos de 1987 e 1992, tal transformação era
b a s e a d a n o p r e t e x t o d o “ p r o g r e s s o ”, m a s q u e n a
v e r d a d e ti n h a s u a s i n t e n ç õ e s i m p u l s i o n a d a s p e l a
p o l í ti c a , i n t e r e s s e s e c o n ô m i c o s e i d e o l ó g i c o s .

Fato este qu e colocou abaixo vá rios prédios in dustriais


e residenciais, desabrigando mais de 500 famílias e
forçando-as a se mudarem para outras áreas.
Antes ee
Antes
depois
depois
M a r ti e r a m o r a d o r d e s t e l o c a l e c o m o t o d o s a l i , ti n h a
um apego ao valor histórico do local, agora desprezado
p e l o a v a n ç o d o “d e s e n v o l v i m e n t o ”, r e s t a n d o p a r a e l e e
para outros fotógrafos registrarem o antes e o depois
das obras previstas.

A s i m a g e n s d e M a r ti n ã o ti n h a m u m a e v o c a ç ã o p a r a
descrever as profundas questões sociais, humanas e
econômicas que envolviam aquele lugar; suas fotos só
queriam, em sua crueza, mostrar seu apreço ao lugar e
a total destruição e transformação deste.
Rompendo
Rompendo
conceitos
conceitos
Entre os embates iniciados na década de 70 com os que
d e f e n d i a m o D o c u m e n t a r i s m o S u b j e ti v o - o u s e j a , a f o t o g r a fi a
como mei o de cri ação e ex pre ssão indiv idual - e os defensores
d o R e g i s t r o A u t ê n ti c o - s e m i n t e r v e n ç ã o e s t é ti c a o u i d e o l ó g i c a ,
p e s s o a l o u é ti c a – M a r ti , n o i n í c i o d o s a n o s 8 0 , r o m p e u e s s e s
c o n c e i t o s v i g e n t e s , n u m a é p o c a d e n o v o s d e s a fi o s , c o m o a i d s e
C h e r n o b y l , e q u e e r a e s ti g m a ti z a d a p e l o m e d o .

Assim, decidiu registrar a transformação de seu território com


u m a t é c n i c a o b s o l e t a d e f o t o g r a fi a , v i g e n t e e n t r e 1 8 4 0 e 1 8 6 0 ,
chamada Estenopeica (que exigia longos períodos de exposição)
c o m n e g a ti v o s d e p a p e l ( C a l o ti p i a ) , a l é m d e t r a t a - l a s c o m t o n s
sépia ou pardas, emprestando aos registros um ar de foto
a n ti g a .
Do material
Do material
àà memória
memória
Sua ideia era registrar sobreposições de planos do
processo de destruição e desmonte da região, imprimindo
n e l a s u m t o m f a n t a s m a g ó r i c o e e s p e c t r a l - r e fl e x o d a
exposição prolongada que esta técnica exigia.

Ele, então, ilustrava tudo que aos poucos desaparecia


c o m o u m a “ r e v e r ê n c i a a o p a s s a d o ”, c o m o s e “c o n g e l a s s e o
espírito” daquele tempo, do “material” que se torna
“ m e m ó r i a ”.
Registro do
Registro do
eterno
eterno
A s s i m c o m o M a r ti , o u t r o f o t ó g r a f o t a m b é m r e g i s t r a v a o
“ t e m p o ”, H i r o s h i S u g i m o t o , q u e r e g i s t r a v a o p a s s a d o , o
presente e o futuro com uma série de registros de telas de
cinema com exposições que duravam todo o tempo do
fi l m e a l i p r o j e t a d o .

A o fi n a l , a s o b r e p o s i ç ã o d e t o d a s a s c e n a s d o fi l m e
r e v e l a v a n a f o t o g r a fi a u m a t e l a e m b r a n c o , e n e v o a d a ,
onde todos os instantes cabiam em uma única imagem,
c o m o u m r e g i s t r o d o e t e r n o a t r a v é s d o “ n a d a ”.
Defeitos
Defeitos
intencionais
intencionais
E s s e u s o c r í ti c o d e a r ti fí c i o s n a f o t o g r a fi a c o m “d e f e i t o s
i n t e n c i o n a i s ” r e fl e ti a m o d e s g a s t e d a s v a n g u a r d a s
h i s t ó r i c a s d a f o t o g r a fi a . S e m p r e o c u p a ç õ e s e m e s c a l a s
tonais, profundidade de campo ou foco ele ia de encontro
com o regime convencional, onde o fotógrafo dependia de
m á q u i n a s e d a c o n v e n i ê n c i a d e s e u a u t o m a ti s m o , f a z e n d o
da máquina o protagonista.

E l e p r o v a q u e a fi g u r a d o f o t ó g r a f o é i n d i s p e n s á v e l p a r a a
f o t o g r a fi a , i n d e p e n d e n t e d a s t é c n i c a s q u e u s e , e l e é o
diretor da cena, nunca um estranho...
Nunca um
Nunca um
estranho...
estranho...

Para mais informações, acesse: B i o g r a fi a d e M a r ti L l o r e n s :

h tt p s : / / c a . w i k i p e d i a . o r g / w i k i / M a r t % C 3 % A D _ L l o r e n s H T T P S : / / F U E N T E TA J A L I T E R A R I A . C O M / N U E S T R O - E Q U I P O / M I E M B
TI-LLORENS
H T T P S : / / W W W.Y O U T U B E . C O M / W AT C H ? V = D O V D X L J I D 2 C
Hiroshi Sugimoto:

H T T P S : / / W W W. S U G I M O T O H I R O S H I . C O M / A R T W O R K S

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