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CONSTRUÇÕES
SUSTENTÁVEIS
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje a sustentabilidade tem ocupado lugares importantes em
discussões de diversos setores. Na construção civil ela vem se destacando
cada vez mais. Além dos benefícios ecológicos, a utilização desses
materiais traz novas alternativas para engenheiros e decoradores.
Ser sustentável deixou de ser unicamente a preocupação com o meio
ambiente, é se preocupar com o futuro de milhões de indivíduos. Tendo
em vista essa preocupação, muitas pessoas buscam atitudes mais
saudáveis ao meio ambiente e começam da própria casa, optando por
materiais alternativos na construção civil.
Dentre os mais utilizados, encontra-se cimento e tijolos ecológicos,
tintas minerais, gesso, madeira, telhas alternativas e também bambu. De
acordo com especialistas, alguns itens podem custar um pouco mais do
ponto de vista financeiro. No entanto, se pensar no impacto ambiental
gerado pela produção e manejo eles saem muito mais baratos.
MATERIAS SUSTENTÁVEIS
RESÍDUOS DE GESSO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
O uso do gesso na Construção Civil brasileira vem
crescendo gradativamente ao longo dos últimos
anos. Ganhou impulso a partir de meados da
década de 1990, com a introdução da tecnologia
drywall nas vedações internas de todos os tipos
de edificações no país. A isso se somam todos os
usos tradicionais do gesso como material de
revestimento, aplicado diretamente em paredes
e tetos, e como material de fundição, utilizado
na produção de placas de forro, sancas, molduras
e outras peças de acabamento.
Todas essas utilizações geram resíduos. E a gestão
destes, da mesma forma que ocorre com outros
materiais empregados nos canteiros de obras, passou a
demandar atenção cada vez maior dos construtores,
em razão das rigorosas exigências da legislação
ambiental brasileira.
Gestão ambiental
do Gesso na obra
Uma boa Gestão Ambiental do canteiro de obras não tem como
objetivo apenas cumprir a legislação. Gera qualidade,
produtividade, contribui para a diminuição de acidentes de
trabalho e ainda reduz os custos de produção do
empreendimento e de destinação dos resíduos. O grande
benefício para o meio ambiente é a geração de menos resíduos e
a menor utilização de recursos naturais.
Nesse sentido, a gestão dos resíduos de gesso, nas diversas
formas em que é aplicado na construção civil, merece cuidados
específicos, desde a escolha do material, passando pelo
treinamento dos aplicadores e a utilização do produto, até a fase
de coleta, segregação, transporte e destinação dos resíduos.
Esses cuidados serão explicados nas páginas a seguir.
Uso do Gesso
6 a 8 kg de terra argilosa;
10 litros de água;
1 kg de cola branca.
Pigmentos como urucum ou açafrão podem ser
adicionados até se chegar à tonalidade desejada.
Misture todos os ingredientes e passe a tinta em
uma peneira fina. Quanto mais vezes você
peneirar, mais fina ela fica. Este é um tipo de
composto que, devido à cola, adere bem e custa
cerca de 70% menos que a tinta industrializada.
Uma lata de tinta ecológica cobre de 70 a 90 m².
Apesar de as grandes indústrias terem passado a
produzir tintas à base d’água, com menos
poluentes devido ao baixo número de compostos
orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês –
Volatile Organic Compounds), buscar por
substâncias naturais ainda é a melhor opção.
CIMENTO ECOLÓGICO: UMA ALTERNATIVA
VERDE PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL.
Desenvolvido a partir de resíduos industriais, o cimento ecológico é
fundamental para garantir o crescimento sustentável de um dos setores
mais relevantes da economia
A busca por materiais alternativos e sustentáveis para a construção
civil é um dos desafios que acompanha o crescimento deste mercado no
país. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o setor
consome 40% de toda energia, extrai 30% dos materiais do meio natural e
gera 25% dos resíduos sólidos. Além disso, a indústria de insumos é uma
das principais emissoras de gases do efeito estufa.
Para minimizar os impactos do setor, pesquisas sobre novos produtos e
tecnologias adequadas às exigências sustentáveis têm ganhado atenção
especial. Como resultado destes estudos, um dos principais materiais
utilizados na construção civil, o cimento, já ganhou uma versão ecológica,
mais resistente, estável e impermeável em relação ao cimento comum.
O cimento ecológico é desenvolvido a partir de resíduos
provenientes de diversas indústrias – siderúrgica, de
fundição, termelétrica e de carvão vegetal. A substituição
do clínquer – material de argila e calcário utilizado na
produção de cimento convencional – por estes materiais
reduz em 95% as emissões de carbono e em 80% o gasto de
energia em relação ao processo de produção tradicional.
O CP III (Cimento Portland de Alto Forno), como é
chamado, é um cimento de uso geral, que pode ser
utilizado em todas as etapas da obra, e já representa mais
de 17% do consumo do material no Brasil. Essa alternativa
verde é fundamental para garantir a sustentabilidade do
mercado de construção civil no médio e longo prazo, uma
vez que, de acordo com projeções da indústria, a
demanda pelo material deve mais do que dobrar até 2050.
TIJOLOS ECOLÓGICOS
Estudantes criam tijolo ecologicamente correto e mais resistente do
que os convencionais.
Por contar com apenas 7% de cimento em sua fórmula, o produto
desenvolvido pelas alunas alagoanas reduz a emissão de CO2 e baixa
o preço de materiais de construção.
Produzida a partir da mistura entre as cinzas do bagaço de cana-
de-açúcar, argila e areia, a invenção das alunas necessita da adição
de apenas 7% de cimento à fórmula. O modo de preparo é prático, já
que depois de prensados os tijolos sustentáveis não precisam ser
queimados, requerendo somente uma semana para secar num
ambiente de baixa luminosidade. “O objetivo era criar um elemento
estrutural que minimizasse os impactos ambientais que a indústria
da construção civil vem trazendo”, diz Taísa Tenório. A preocupação
da garota é válida, uma vez que a produção de cimento é causadora
de 5% das emissões de gás carbônico no mundo, ou seja, o novo
produto será capaz de reduzir demanda de um dos componentes que
aumentam o aquecimento global.
Orientadora do projeto, a professora Sheyla Marques diz que o
produto ecologicamente correto será acessível à população,
pois apresenta facilidade para a fabricação, descartando o
cozimento e a necessidade de mão de obra qualificada. Estima-
se que os tijolos custem algo em torno de seis centavos a
unidade, enquanto os convencionais ficam na média dos trinta
centavos.
A docente afirma que a invenção das meninas terá diversas
utilidades, podendo servir como base asfáltica e auxiliando em
pequenas obras do meio rural. “Mas é preciso convencer a
indústria a investir neste tipo de material”, conclui. Taísa
Tenório é mais otimista e vai mais longe: “Pelo baixo preço e
alta qualidade, os tijolos podem ser utilizados na construção de
casas populares”.
Ainda não é possível saber se a criação das estudantes será
incorporada ao mercado, entretanto, os estudos já renderam
medalha de bronze no concurso Genius Olympiad, competição
que envolve estudantes de todo o planeta, ou seja, os tijolos
ecológicos já ajudaram as meninas a “construir” um futuro
melhor através da educação, iniciação científica e consciência
ambiental.
TELHAS ECOLÓGICAS
ECOLÓGICAS
São telhas fabricadas com resíduos sólidos
(embalagem longa vida), e possuem em sua
composição predominante papel, plástico e metal.
Por ser aluminizada, além da durabilidade e
resistência, ela atua na reflexão da luz solar,
deixando o ambiente mais fresco e agradável.
As telhas ecológicas, que são telhas fabricadas a
partir de fibras naturais ou então de materiais
reciclados, trazem muitas vantagens para o
consumidor e também para o meio ambiente. Confira
os tipos de telhas ecológicas disponíveis no mercado:
Fibras
http://www.hagah.com.br/especial/sc/decoracao-sc/19,1267,3729894,Saib
a-quais-sao-as-caracteristicas-das-telhas-ecologicas-e-onde-encontra-las-e
m-Santa-Catarina.html
http://www.ecocasa.com.br/solucoes-para-construcao-sustentavel-da-ecoc
asa.asp