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MATERIAS PARA

CONSTRUÇÕES
SUSTENTÁVEIS
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje a sustentabilidade tem ocupado lugares importantes em
discussões de diversos setores. Na construção civil ela vem se destacando
cada vez mais. Além dos benefícios ecológicos, a utilização desses
materiais traz novas alternativas para engenheiros e decoradores.
Ser sustentável deixou de ser unicamente a preocupação com o meio
ambiente, é se preocupar com o futuro de milhões de indivíduos. Tendo
em vista essa preocupação, muitas pessoas buscam atitudes mais
saudáveis ao meio ambiente e começam da própria casa, optando por
materiais alternativos na construção civil.
Dentre os mais utilizados, encontra-se cimento e tijolos ecológicos,
tintas minerais, gesso, madeira, telhas alternativas e também bambu. De
acordo com especialistas, alguns itens podem custar um pouco mais do
ponto de vista financeiro. No entanto, se pensar no impacto ambiental
gerado pela produção e manejo eles saem muito mais baratos.
MATERIAS SUSTENTÁVEIS
RESÍDUOS DE GESSO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
O uso do gesso na Construção Civil brasileira vem
crescendo gradativamente ao longo dos últimos
anos. Ganhou impulso a partir de meados da
década de 1990, com a introdução da tecnologia
drywall nas vedações internas de todos os tipos
de edificações no país. A isso se somam todos os
usos tradicionais do gesso como material de
revestimento, aplicado diretamente em paredes
e tetos, e como material de fundição, utilizado
na produção de placas de forro, sancas, molduras
e outras peças de acabamento.
Todas essas utilizações geram resíduos. E a gestão
destes, da mesma forma que ocorre com outros
materiais empregados nos canteiros de obras, passou a
demandar atenção cada vez maior dos construtores,
em razão das rigorosas exigências da legislação
ambiental brasileira.
Gestão ambiental
do Gesso na obra
Uma boa Gestão Ambiental do canteiro de obras não tem como
objetivo apenas cumprir a legislação. Gera qualidade,
produtividade, contribui para a diminuição de acidentes de
trabalho e ainda reduz os custos de produção do
empreendimento e de destinação dos resíduos. O grande
benefício para o meio ambiente é a geração de menos resíduos e
a menor utilização de recursos naturais.
Nesse sentido, a gestão dos resíduos de gesso, nas diversas
formas em que é aplicado na construção civil, merece cuidados
específicos, desde a escolha do material, passando pelo
treinamento dos aplicadores e a utilização do produto, até a fase
de coleta, segregação, transporte e destinação dos resíduos.
Esses cuidados serão explicados nas páginas a seguir.
Uso do Gesso

Em ordem de importância, pelo volume de


resíduos gerados nas obras, estão os seguintes
materiais produzidos à base de gesso:
Gesso para revestimento
Placas e ornamentos de gesso
fundido
Chapas para drywall
Massas
Coleta
Todos os resíduos de gesso devem ser
coletados e armazenados em local
específico nos canteiros, separados de
outros materiais como madeira, metais,
papéis, plástico, restos de alvenaria
(tijolos, blocos, argamassa) e lixo
orgânico.
A coleta seletiva ou diferenciada melhora
a qualidade do resíduo a ser enviado para
a reciclagem, tornando-a mais fácil. Nesse
sentido, o treinamento da mão-de-obra
envolvida nas operações com gesso –
incluindo os prestadores de serviços
terceirizados – é fundamental para a
obtenção de melhores resultados para
todos.
Armazenagem

Em ambos os casos, o local deve ser coberto e protegido


das chuvas e outros possíveis contatos com água.
Transporte

O transporte dos resíduos deve obedecer às regras


estabelecidas pelo órgão municipal responsável por meio
ambiente e/ou limpeza pública, inclusive no que diz
respeito à sua adequada documentação.
Os transportadores também devem ser cadastrados
nesses órgãos municipais.
Destinação
Já estão em operação em vários municípios brasileiros
ATTs (Áreas de Transbordo e Triagem) licenciadas pelas
respectivas prefeituras para receber resíduos de gesso,
entre outros.
Existem empresas que respondem
pela coleta dos resíduos nas
obras, mediante o pagamento de
uma determinada taxa por metro
cúbico, e depois de triá-los e
homogeneizá-los, os vendem para
os setores que farão a sua
reciclagem.
Reciclagem do Gesso
Após sua separação de outros resíduos da construção, os
resíduos do gesso readquirem as características químicas
da gipsita, minério do qual se extrai o gesso. Desse modo,
o material limpo pode ser utilizado novamente na cadeia
produtiva.
Desde o final da década de 1990,
vêm sendo pesquisados métodos
de reciclagem do gesso e já se
avançou de forma significativa
em pelo menos três frentes de
reaproveitamento desse
material:
 indústriacimenteira, para a qual o
gesso é um ingrediente útil e
necessário, que atua como
retardante de pega do cimento.
 setor agrícola, no qual o gesso é
utilizado como corretivo da acidez
do solo e na melhoria das
características deste.
 indústriade transformação do gesso, que pode
reincorporar seus resíduos, em certa proporção,
em seus processos de produção (opção muito
pouco utilizada, na prática).
Essas três frentes de
reaproveitamento já foram
largamente testadas,
sendo não só tecnicamente possíveis,
como economicamente viáveis.
Portanto, representam importantes
contribuições à sustentabilidade da
Construção Civil brasileira.
Logística Auto-Reversa
Na logística auto-reversa, cada segmento da
cadeia mostrada no diagrama responde pelo
encaminhamento dos resíduos ao segmento
anterior. São várias as possibilidades: o
distribuidor pode receber da construtora os
resíduos da obra e encaminhá-los à ATT; da
mesma forma, o montador pode receber da
construtora os resíduos da obra e
encaminhá-los à ATT; eventualmente, a
própria construtora pode encaminhar os
resíduos da obra para a ATT.
O envio dos resíduos para o segmento que irá
reaproveitá-lo é sempre feito pela ATT.
Por suas características, o gesso utilizado na construção civil, nas
várias formas citadas neste documento, apresenta baixo impacto
ambiental e, portanto, é compatível com as crescentes exigências
de sustentabilidade das atividades econômicas, notadamente no
setor construtivo.
Esse fator positivo é reforçado pelo fato de que os resíduos do
gesso utilizado na construção podem ser reciclados com
facilidade, principalmente pela indústria cimenteira, segmento no
qual o seu reaproveitamento mostra-se particularmente
econômico.
A esse aspecto soma-se outro: já há ATTs (Áreas de Transbordo e
Triagem) devidamente estruturadas para receber esses resíduos e
prepará-los para reaproveitamento industrial.
MADEIRA SUSTENTÁVEL
A madeira de demolição nada mais é que
aqueles pedaços de móveis e construções
antigas que ainda permanecem com resquícios
de pintura, pregos e riscos. O estilo
‘detonado’ das peças é exatamente o ponto-
chave para a criação dos mais diversos tipos
de objetos para decorar qualquer ambiente da
casa. De maneira geral, a decoração com
madeira de demolição resgata o antigo e toda
a história advinda dos mais diferentes
mobiliários.
A utilização de materiais provenientes de demolição nas
construções entrou em moda na década de 1990.
Acreditamos que muito mais que modismo, é uma postura
anti-desperdício. Uma atitude de preservação do meio
ambiente, tendo como base o trabalho artesanal, a arte.
A origem da utilização da madeira de demolição é secular,
mas tem crescido vertiginosamente no mercado nos últimos
anos. Segundo especialistas os resíduos de casarões, pontes
e dormentes de trilhos proporcionam madeira de qualidade
excelente. O diferencial da matéria prima da demolição?
As marcas do tempo de madeiras, janelas, portas, sinais de
pregos, riscos e resíduos de tintas.
As fábricas de móveis de madeira de demolição estão
ganhando o mercado. Além da questão da
sustentabilidade (reutilizam matéria prima), acabam
destacando-se por prezar pelo estilo único, diferente
das fábricas de móveis em série.
Os móveis produzidos com resíduos de demolição
podem ser artesanais, rústicos e modernos. O
material usado em caibros, pisos, madeira de
telhado, portas e janelas das antigas casas coloniais
são reaproveitados, reciclados e transformados em
móveis. Podem ser reutilizados também outros
restos de demolição como grades de ferro. Ver no
móvel com jeito “antigo” uma forma de sofisticação,
além de possibilitar uma decoração ecologicamente
correta nos fascina.
O principal diferencial da decoração com madeira de
demolição é a sustentabilidade, já que as matérias-primas
são reutilizadas para outros fins. Sem falar, logicamente,
na robustez, resistência e durabilidade assegurada pelos
diversos tipos de madeira que são aplicadas das mais
diferentes formas: lareiras, penteadeiras, armários, mesas
de cabeceira, estantes, painéis e muito mais.
A decoração com madeira de demolição também é ótima
para as áreas externas da casa, porém, deve-se ter um
cuidado especial para que os objetos não sofram com a
incidência de raios solares – isto pode danificar a peça.
Assim, procure proteger os móveis com verniz.
Cuidados
Por se tratar de um estilo mais rústico, muitas
pessoas acham que a decoração com madeira de
demolição não necessita de cuidados – muito pelo
contrário. A manutenção preventiva é essencial
para evitar que o móvel se estrague e seja um
foco de possíveis pragas, como os cupins, por
exemplo. É importante que a madeira não fique
exposta à luz do sol e luzes artificiais e deve-se
fazer uma limpeza com pano liso e não úmido.
Aqui uma janela de demolição foi trabalhada com
espelhos e cortiça, transformando-se num lindo porta
recados e este porta retratos é resultado do
reaproveitamento de uma pequena porta…
Portas e janelas de demolição são usadas quase que em
seu estado natural em interiores, servindo como painéis
ou cabeceiras de camas…
Móvel do Ateliê Madeira Velha, no Recife. Chamado por
seu criador (designer Tom Cavalcante) de “Aparador
Imigrante”, este móvel possui uma antiga janela que
conserva ferrolho e dobradiças originais.
Nesta peça os traços de tinta originais da madeira de
demolição foram preservados, conferindo um ar rústico
ao móvel.
CASA ECOLOGICA
Quanto custa uma casa sustentável?
Atualmente, muitas pessoas têm demonstrado maior preocupação com os
rumos que a sustentabilidade está tomando. Com vontade de contribuir,
muitos afirmam procurar ideias ecológicas para seu dia a dia, a fim de
diminuir no impacto que cada um, sozinho, gera no meio ambiente.
Separar o lixo para a reciclagem, economizar água e luz, usar sacolas
retornáveis, evitar a compra de supérfluos que geram lixo desnecessário e
comprar apenas o que se precisa (de forma consciente), evitando produtos
que usam embalagens que não são recicláveis, por exemplo, são atitudes
simples que muita gente vem tomando para contribuir com o meio
ambiente. Essas pessoas afirmam constantemente que, se tiverem
possibilidade, irão preferir usar também recursos sustentáveis em suas
casas. No entanto, na hora de construir ou reformar a casa, acabam
tomando o caminho da construção comum, com medo dos possíveis altos
custos de se construir de forma sustentável. Olhando de forma grosseira,
muitas vezes esses recursos parecem onerar a construção ou reforma,
fazendo até mesmo os mais ecologicamente corretos mudar de ideia.
Será que construir de forma sustentável é
mesmo tão mais caro assim?
Quando falamos em casa sustentável, a grande maioria das pessoas imediatamente
pensa em aquecimento solar e coleta de água. Mas saiba que não é apenas isso.
Pequenas escolhas na hora de construir e reformar podem gerar grandes economias
que tornarão a casa mais ambientalmente correta.
Algumas dicas podem ser postas em prática sem a necessidade de grandes reformas.
É o caso, por exemplo, das lâmpadas econômicas, que geram economia de energia.
Em residências, a mais comum atualmente é a fluorescente compacta (que dura
cerca de 10 vezes mais e gasta 80% menos energia que a lâmpada comum). Outra
dica são os arejadores de torneira, que são simples e baratos e podem representar
uma economia de uma média de 20% no gasto de água. Se sua casa possui uma rede
hidráulica pressurizada, uma boa ideia são as duchas econômicas: uma medida
simples capaz de reduzir até 70% da água gasta por ducha comum.
Com uma pequena reforma, também é possível fazer pequenas adaptações na casa
que geram grandes economias. Uma boa dica, por exemplo, é com relação aos vasos
sanitários. As caixas acopladas com válvulas de descarga de duplo-fluxo gastam em
média um terço do gasto de água gerado pela descarga comum.
Do Começo

Se você vai construir uma casa do zero, muito além


da energia solar e do aproveitamento de água da chuva,
é possível repensar todos os conceitos. Além de seguir
as dicas anteriores, outras dicas ficam por conta de
substituir o material comumente usado por materiais
ecológicos. Muitas vezes a economia não está no valor
do material em si, mas na rapidez e/ou facilidade em
que se aplica o material, economizando na mão-de-
obra. Para muitos projetos, esse é o caso para o uso
de tijolo de solo cimento . Há casos em que a economia
do custo por metro quadrado chegou a 50%.
 O conforto
Engana-se quem pensa que uma casa
ecológica perde em relação às outras no
quesito conforto. Atualmente, existem
no mercado soluções ecológicas que não
afetam em nada o conforto a que já
estamos acostumados. Melhor até!
Algumas escolhas podem deixar a casa
mais confortável que os produtos
tradicionais.
Afinal, o investimento
vale a pena?
Diferente do que muita gente pensa, muitos dos produtos sustentáveis para
construção civil não são necessariamente mais caros do que os produtos comuns.
Em outros casos, é necessário que se considere o impacto da escolha no custo da
obra como um todo, como dito anteriormente, a vantagem pode estar, por
exemplo, na economia com mão-de-obra ou outro fator correlato.
A Eficiência energética e economia de água são investimentos que são
percebidos facilmente como vantajosos ao longo do tempo mas, além disso,
agregam valor ao imóvel como um todo, afinal, a cada dia, mais pessoas
adicionam esses critérios em sua decisão de compra, pense daqui 10 anos: qual
imóvel será mais valioso?
Outra fator indireto que está cada vez mais sendo percebido nesta equação são
os descontos progressivos em tributos relacionados à adoção de materiais e/ou
sistemas ecológicos em imóveis , tanto residenciais, quanto comerciais.
Construir ou reformar de forma ecológica e sustentável é vantajoso, mas essa
vantagem não é percebida apenas comparando o valor de material a material e
sim realizando-se a comparação do projeto como um todo, sua utilização e
valorização no mercado. Com todas essas variáveis, é extremamente
aconselhável que um arquiteto especializado em construções ecológicas oriente
suas decisões, para que você possa tirar a maior vantagem possível dos recursos
e possibilidades inerentes a seu caso.
CASAS SUSTENTÁVEIS DE BAMBU

Antes associado a edificações rústicas, o bambu ganha os cenários urbanos de


diversas cidades. Leve e resistente, é uma opção sustentável para a construção
civil.
Altamente flexível e resistente, o bambu oferece as características necessárias
para se firmar como alternativa sustentável à madeira. Embora tradicionalmente
utilizado no meio rural, pesquisas e processos aprimorados para o tratamento
desta gramínea a transformaram em matéria-prima apropriada para construção de
pisos, móveis e até mesmo casas, que deixam de lado o aspecto artesanal
normalmente associado a este material.
Concentrando as maiores áreas de cultivo de bambu do mundo, a China tem se
destacado no desenvolvimento de pesquisas e na exploração do material em
edificações rurais e urbanas. As casas de bambu, além de serem uma alternativa
sustentável – uma vez que o bambu, entre outras vantagens, não precisa ser
replantado e leva apenas 60 dias para alcançar a altura necessária –, são mais
baratas, duráveis e altamente resistentes a terremotos.
No Brasil, apesar da abundância do material, sua exploração ainda é limitada. De
acordo com a arquiteta e diretora da Ebiobambu (Escola de Bioarquitetura e
Centro de Pesquisa e Tecnologia Experimental em Bambu), Celina Llerena, a
falta de divulgação de técnicas construtivas – essenciais para aumentar a
durabilidade do material – e de mecanismos de crédito para incentivar a
utilização, são alguns dos motivos que limitam a sua aplicação no país.
Para assegurar sua eficiência como matéria-prima na construção
civil, o bambu deve ser submetido a um tratamento para extrair o
excesso de amido, que atrai os carunchos, pragas comuns na
planta. Esta preparação do material pode ser feita através de
técnicas de defumação ou aplicação de substâncias produzidas a
partir de seiva de plantas.
Segundo dados do Instituto Internacional do Bambu e Rattan
(Inbar), o mercado mundial do produto movimenta cerca de US$ 14
bilhões por ano. Na avaliação do Instituto, as vantagens do bambu –
leveza, resistência, flexibilidade, baixo custo de exploração – o
tornam uma solução viável para combater o déficit habitacional nos
países.
TINTA ECOLÓGICA
Opção barata e totalmente sustentável, a produção é feita com substâncias
extraídas da própria natureza.
Uma forma de buscar por opções mais sustentáveis é sempre dar prioridade
a substâncias naturais, extraídas da própria natureza e livre de compostos
químicos. Isso serve também na hora de pintar ou reformar a casa. A cal, por
exemplo, é um dos mais antigos e baratos compostos utilizados para pintura.
Constituída basicamente de hidróxido de cálcio, ela não contém insumos tóxicos
e permite a “respiração” da parede. Misturada à água, a cal obtém um branco
perfeito e é indicada para locais fechados e que têm incidência de mofo.
Outra opção é recorrer à tinta ecológica feita de terra. A composição é básica,
fácil de ser preparada:

6 a 8 kg de terra argilosa;
10 litros de água;
1 kg de cola branca.
Pigmentos como urucum ou açafrão podem ser
adicionados até se chegar à tonalidade desejada.
Misture todos os ingredientes e passe a tinta em
uma peneira fina. Quanto mais vezes você
peneirar, mais fina ela fica. Este é um tipo de
composto que, devido à cola, adere bem e custa
cerca de 70% menos que a tinta industrializada.
Uma lata de tinta ecológica cobre de 70 a 90 m².
Apesar de as grandes indústrias terem passado a
produzir tintas à base d’água, com menos
poluentes devido ao baixo número de compostos
orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês –
Volatile Organic Compounds), buscar por
substâncias naturais ainda é a melhor opção.
CIMENTO ECOLÓGICO: UMA ALTERNATIVA
VERDE PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL.
Desenvolvido a partir de resíduos industriais, o cimento ecológico é
fundamental para garantir o crescimento sustentável de um dos setores
mais relevantes da economia
A busca por materiais alternativos e sustentáveis para a construção
civil é um dos desafios que acompanha o crescimento deste mercado no
país. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o setor
consome 40% de toda energia, extrai 30% dos materiais do meio natural e
gera 25% dos resíduos sólidos. Além disso, a indústria de insumos é uma
das principais emissoras de gases do efeito estufa.
Para minimizar os impactos do setor, pesquisas sobre novos produtos e
tecnologias adequadas às exigências sustentáveis têm ganhado atenção
especial. Como resultado destes estudos, um dos principais materiais
utilizados na construção civil, o cimento, já ganhou uma versão ecológica,
mais resistente, estável e impermeável em relação ao cimento comum.
O cimento ecológico é desenvolvido a partir de resíduos
provenientes de diversas indústrias – siderúrgica, de
fundição, termelétrica e de carvão vegetal. A substituição
do clínquer – material de argila e calcário utilizado na
produção de cimento convencional – por estes materiais
reduz em 95% as emissões de carbono e em 80% o gasto de
energia em relação ao processo de produção tradicional.
O CP III (Cimento Portland de Alto Forno), como é
chamado, é um cimento de uso geral, que pode ser
utilizado em todas as etapas da obra, e já representa mais
de 17% do consumo do material no Brasil. Essa alternativa
verde é fundamental para garantir a sustentabilidade do
mercado de construção civil no médio e longo prazo, uma
vez que, de acordo com projeções da indústria, a
demanda pelo material deve mais do que dobrar até 2050.
TIJOLOS ECOLÓGICOS
Estudantes criam tijolo ecologicamente correto e mais resistente do
que os convencionais.
Por contar com apenas 7% de cimento em sua fórmula, o produto
desenvolvido pelas alunas alagoanas reduz a emissão de CO2 e baixa
o preço de materiais de construção.
Produzida a partir da mistura entre as cinzas do bagaço de cana-
de-açúcar, argila e areia, a invenção das alunas necessita da adição
de apenas 7% de cimento à fórmula. O modo de preparo é prático, já
que depois de prensados os tijolos sustentáveis não precisam ser
queimados, requerendo somente uma semana para secar num
ambiente de baixa luminosidade. “O objetivo era criar um elemento
estrutural que minimizasse os impactos ambientais que a indústria
da construção civil vem trazendo”, diz Taísa Tenório. A preocupação
da garota é válida, uma vez que a produção de cimento é causadora
de 5% das emissões de gás carbônico no mundo, ou seja, o novo
produto será capaz de reduzir demanda de um dos componentes que
aumentam o aquecimento global.
Orientadora do projeto, a professora Sheyla Marques diz que o
produto ecologicamente correto será acessível à população,
pois apresenta facilidade para a fabricação, descartando o
cozimento e a necessidade de mão de obra qualificada. Estima-
se que os tijolos custem algo em torno de seis centavos a
unidade, enquanto os convencionais ficam na média dos trinta
centavos.
A docente afirma que a invenção das meninas terá diversas
utilidades, podendo servir como base asfáltica e auxiliando em
pequenas obras do meio rural. “Mas é preciso convencer a
indústria a investir neste tipo de material”, conclui. Taísa
Tenório é mais otimista e vai mais longe: “Pelo baixo preço e
alta qualidade, os tijolos podem ser utilizados na construção de
casas populares”.
Ainda não é possível saber se a criação das estudantes será
incorporada ao mercado, entretanto, os estudos já renderam
medalha de bronze no concurso Genius Olympiad, competição
que envolve estudantes de todo o planeta, ou seja, os tijolos
ecológicos já ajudaram as meninas a “construir” um futuro
melhor através da educação, iniciação científica e consciência
ambiental.
TELHAS ECOLÓGICAS 
ECOLÓGICAS
São telhas fabricadas com resíduos sólidos
(embalagem longa vida), e possuem em sua
composição predominante papel, plástico e metal.
Por ser aluminizada, além da durabilidade e
resistência, ela atua na reflexão da luz solar,
deixando o ambiente mais fresco e agradável.
As telhas ecológicas, que são telhas fabricadas a
partir de fibras naturais ou então de materiais
reciclados, trazem muitas vantagens para o
consumidor e também para o meio ambiente. Confira
os tipos de telhas ecológicas disponíveis no mercado:
Fibras

Nessas telhas, produzidas com resíduos de fibras


vegetais, são usadas fibras de madeiras, como
pinho e eucalipto, e de não-madeiras, como
sisal, bananeira e coco, empregadas no reforço
dos materiais cimentícios. Exige maior
estrutura de sustentação para ser instalada, já
que se trata de um material mais flexível e
pesado.  Há várias marcas desse tipo de telha
que são comercializadas por a partir
de R$30,49.
TUBO DE PASTA DE DENTE
No mercado já há uma alternativa interessante de reaproveitá-
los: usá-los para fabricar telhas. Feitas apenas de material
reciclado, compostas por 25% de alumínio e 75% de plástico,
essas telhas, além de serem ambientalmente corretas,
apresentam outras vantagens, como deixar o interior do
ambiente mais fresco cerca de 20%. Outro benefício é que as
peças são mais leves, pesam em torno de 6,5kg o medro
quadrado, o que dispensa uma estrutura de sustentação
pesada. “A instalação é fácil e rápida, sem segredo”. O valor
é de R$65, cada folha.
As telhas ecológicas são completamente impermeáveis, difíceis
de quebrar, resistentes a ventos fortes, tão leves que
reduzem em até 80% o peso da cobertura, o que significa uma
enorme economia do custo de construção.
MADEIRA PLÁSTICA
Uma opção sustentável para o uso da madeira em ambientes
externos (decks, piers e outros) é o uso da Madeira Plástica.
Esse material é altamente resistente à corrosão de intempéries
e é imune à pragas, cupins, insetos e roedores. Apesar da
aparência lembrar muito a madeira comum, sua fabricação é
feita com diversos tipos de plásticos reciclados e resíduos
vegetais de agroindústrias.Além de decks, piers, assoalhos em
geral e revestimentos de fachadas e paredes, esse material
pode ser amplamente usado em objetos de uso diário e
decoração, como mesas, bancos, lixeiras, guarda-copos e
outros. A Madeira Plástica não empena, não racha e não solta
farpas, como a madeira comum. Além disso, não absorve
umidade e, portanto, não cria fungos nem mofa. Também não
precisa de pintura ou qualquer outra manutenção.
COMPONENTES

 Diego Soares Batista


 Heitor Eduardo Seixas Pinto
 Hebert
 Maikon Gerry Vasconcelos
 Marcelo Iago Caires Bastos
 Rafael
 Referência Bibliográfica
 
 http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/construcao-civil-materiais
-alternativos-podem-diminuir-custo-de-habitacoes.htm
 
 http://www.pensamentoverde.com.br/arquitetura-verde/confira-sao-mater
iais-alternativos-utilizados-construcao-civil/

 http://www.hagah.com.br/especial/sc/decoracao-sc/19,1267,3729894,Saib
a-quais-sao-as-caracteristicas-das-telhas-ecologicas-e-onde-encontra-las-e
m-Santa-Catarina.html

 http://www.ecocasa.com.br/solucoes-para-construcao-sustentavel-da-ecoc
asa.asp

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