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ATRIBUTOS CRIATIVOS

Leonardo da Vinci, ao escrever, em


1483, a Ludovico Sforza, de Milão,
para pedir emprego, destacou, em
seu currículo como maiores
atributos criativos, seus projetos
em engenharia militar e alguma
noção sobre pintura e escultura.
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Por aí podemos concluir o quanto nos


encarregamos de valorizar ou
menosprezar nossas capacidades
criativas em função dos desafios que
nos são impostos.
Desafios estes, que, na maioria das
vezes, são de caráter interior e não
exterior.
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Como já vimos anteriormente


Toda boa idéia tende a gerar
resistência!
E essa resistência pode ser nossa.
Não dos outros.
O que estamos fazendo ao resistir é
deixando de estruturar nossas idéias.
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Assim é que funciona

a psicologia da forma

ou o modo como lidamos com

PENSAMENTO E ESTRUTURA
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A psicologia da forma diz...
• que o estímulo local é irrelevante;
• o que se percebe depende unicamente da
condição total do organismo, isto é, da
estimulação de muitos ou de todos os órgãos.

Existe, um fenômeno de constância


– constância da forma, das dimensões, da cor –
que pode ser demonstrado experimentalmente de
acordo com leis.
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Lei da vizinhança
o olhar percebe os pontos próximos e os constitui em unidades.
Lei da igualdade
verifica-se a tendência de agrupar os elementos semelhantes entre si.
Lei da forma fechada
as superfícies delimitadas constituem-se em unidades mais facilmente
do que as de formas abertas.
Lei da experiência
a experiência individual ajuda a modelar as nossas impressões. A
percepção das formas está ligada à exposição espacial.
Lei da pregnância
sempre procuramos atribuir às coisas simetria, regularidade,
homogeneidade, coesão, equilíbrio, simplicidade, concisão,
apresentadas aos nossos olhos por um todo ou conjunto organizado.
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Por essas leis podemos dizer que as formas não ocorrem
independentes ou desvinculadas de colocações culturais.

Cada um de nós pensa e imagina dentro dos termos de sua


linguagem verbal ou visual inserido nas propostas de sua
cultura.

E isso tem a ver com a espontaneidade de que falávamos.

Ser espontâneo apenas significa ser coerente consigo mesmo.

Ninguém consegue fugir das influências do contexto cultural.


Nós as enfrentamos seletivamente.
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Como indivíduos, somos seres seletivos.

Cada um de nós absorve aquilo que de uma maneira ou de outra se


torne relevante para o nosso ser.
Cada um de nós absorve, normalmente, das influências apenas
aquilo com que já tem afinidade.

A essa melhor seletividade corresponderá maior espontaneidade.

Na espontaneidade seletiva estão os comportamentos criativos.

Os processos de descoberta são sempre processos seletivos de


estruturação.
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Por isso não nos ocupamos apenas em conhecer o nosso
mundo; estamos sempre reformando esse mundo por
meio do inter-relacionamento com ele.

É o que caracteriza a nossa paixão pela forma.

Ela é uma parte da nossa tentativa de dar sentido à vida.

E isso é a criatividade genuína.

É o uso de nossa imaginação.


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A imaginação pode ser considerada o princípio básico da
própria razão, pois as funções racionais, de acordo com
as definições podem levar à compreensão
– podem participar da realidade –
apenas enquanto são criativas.

Portanto, a criatividade está implicada em todas as nossas


experiências no processo de dar sentido ao
relacionamento eu-mundo.

É preciso que me relacione ao mundo objetivo no qual vivo.


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A imaginação é a extrapolação da mente.

É a capacidade de aceitar o bombardeio do consciente pelas


imagens, idéias, impulsos e toda a sorte de fenômenos
psíquicos vindos do pré-consciente.

É a capacidade de “sonhar sonhos e ver visões”,


de considerar as diversas possibilidades,
e de suportar a tensão implicada em manter essas
possibilidades no campo da nossa atenção.
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Podemos responder à vida espontaneamente porque nossa
seletividade estrutura nossa abertura à vida.

Podemos estabelecer ordenações novas, dar forma aos


fenômenos, dar significados, pois ao criar sempre
delimitamos.

O potencial de renovação existe sempre devido aos nossos


conteúdos de vida.

É em nível de valores interiorizados que se dá a criação.


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E em nível de valores interiorizados e


de atributos contamos com um que
pode ser considerado quase que
fundamental:
Nossa INTELIGÊNCIA.
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É ela que nos dá a capacidade de


exercermos nossa criatividade de
diversas maneiras.
São basicamente sete os modos de
sermos criativos em termos de
atributo intelectual.
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Horward Gardner em seu livro


‘Frames of mind’ e Thomas
Armstrong em ‘Seven kinds of
smart’ afirmam que somos dotados
não de um tipo de inteligencia
geral, mas de sete tipos.
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Verbal/lingüística

É a nossa capacidade de manipular


palavras de forma oral ou escrita.
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Matemática/lógica

Nossa capacidade de manipular


sistemas numéricos e conceitos
lógicos.
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Espacial

É a nossa capacidade de ver e


manipular padrões e formas.
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Musical

Está relacionada com a nossa


capacidade de ver e manipular
conceitos musicais como tom, ritmo
e harmonia.
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Corporal/cinestésica

Nossa capacidade de usar o corpo e


o movimento, como nos esportes ou
na dança.
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Intrapessoal

A capacidade de entender os
sentimentos e de sermos reflexivos
e filosóficos.
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Interpessoal

A capacidade de entender outras


pessoas, seus pensamentos e
sentimentos.
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Cada um de nós domina uma ou duas
dessas inteligências.

Todos temos uma combinação única


de todas as sete que exploramos
durante nossa vida.
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O grande problema é que quando crianças
somos incentivados a utilizar apenas uma
ou duas de acordo com o que os adultos
julgam sejam nossas habilidades.

Geralmente somos encaminhados para a


verbal/lingüística ou matemática/lógica.
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Concluímos então que não temos


capacidade ou potencial em outras
áreas. Quando o problema real é
não termos tido ou nos darmos a
chance de nos desenvolver dentro
de nossas outras inteligências.
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A teoria de Gardner é fundamental para o
desenvolvimento e o uso da criatividade
tanto na vida pessoal quanto na
profissional.

Basta reconhecermos que nossa inteligência


não está baseada na premissa do
‘tudo ou nada’.
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Precisamos nos sentir livres para


buscar nossos interesses, seguir
nossa combinação singular e única
de inteligências.

Seja ela qual for.


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Se gostamos de ouvir música
enquanto trabalhamos, devemos
ouvir.
Se durante uma reunião precisamos
desenhar, desenhemos.
Isso não quer dizer que não
estejamos concentrados.
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Simplesmente quer dizer que assim


conseguimos relaxar e alcançar mais
facilmente aquilo que nos é
solicitado, que nos está sendo
proposto como problema a ser
resolvido.
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Segundo Gardner, não há limites para
a obtenção de um estilo de vida
mais criativo.

Nossa criatividade está dentro de


nós mesmos.
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Tudo que precisamos é deixá-la


surgir através da combinação única
dos traços de personalidade e
inteligências que nos definem
enquanto seres humanos únicos.
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Por isso ao escrever ou declamar poesias,
calcularmos nossos pagamentos, mudarmos a
decoração de nossa casa, assistirmos uma
orquestra ou um concerto de rock,
dançarmos até a exaustão trancados no
nossos quarto ou ralarmos o joelho num jogo,
pensar sobre as atitudes que
tomamos,chorarmos ou rirmos com um amigo,
estamos exercitando aquilo que temos de
mais humano em nós.
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Nosso ímpeto natural de


criar, experimentar e construir.
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Exercícios
1.Como funciona nossa seletividade e de que forma ela nos
torna espontâneos?
2.Em que consiste a delimitação que estabelecemos ao
exercermos nossa criatividade?
3.Relacione as Leis da Constância aos nossos conteúdos, aos
nossos valores interiorizados.
4. De que forma você julga esses valores podem ser
expressos através das nossas inteligências?

*Podem escrever em forma de poema,exemplificar com uma letra de música


que lhes toque,mandar um desenho como resposta. Enfim, exercitem suas
inteligências e suas sensibilidades. Tudo o que não quero são respostas prontas
para cada das questões formuladas.
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Referências Bibliográficas
AYAN, Jordan. Aha! 10 maneiras de libertar seu espírito criativo e encontrar
grandes idéias. SP: Elsevier. 2001.
BARRETO, Roberto Menna. Criatividade no trabalho e na vida. SP: Summus, 1997.
GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1994.
MASSARETO, D. e MASSARETO, H. Potencializando sua criatividade. SP: DVS
Editora, 2004.
MAY, Rollo. A coragem de criar. RJ: Nova Fronteira, 1982.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação.Petrópolis: Vozes, 1978.
PREDEBON, José. Criatividade hoje. Como se pratica, aprende e ensina. SP: Atlas,
2001.
ZINGALES, Mário. A organização da criatividade. SP: EPU, 1978.

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