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Noções de Eletricidade num Sistema de Frio

Noções de Eletricidade num Sistema de Frio

 Objetivo

• Enunciar conceitos de eletricidade de uma


instalação frigorifica.
Principais componentes num circuito elétrico.
Lei de Ohm.
Medição das grandezas elétricas fundamentais.
Conceito de Potencia e Energia.
Órgãos elétricos constituintes de um
refrigerador elementar.
Instalações elétricas das câmaras frigoríficas.
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 Principais componentes num circuito elétrico de uma instalação


frigorifica

I (A)

Fonte de
Condutores Recetor
Alimentação
elétricos R (Ω)
d.d.p ( V )
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 Lei de Ohm

 A intensidade de corrente que percorre um circuito é


diretamente proporcional à FEM ou tensão a ele aplicada, e
inversamente proporcional à sua resistência.

U
Ι 
R
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 Lei de Ohm
GRANDEZAS ELÉCTRICAS
LEI DE OHM

U = R .I
U

U R I U
R= I=
I R
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I = ?

U = 100 V R = 50 Ω

I=
100
=2A
50
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 Medição das grandezas elétricas fundamentais

A
Amperímetro

V Voltímetro
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 Medição das grandezas elétricas fundamentais

 Medição da resistência

Sempre com o equipamento Ω


desligado
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 Medição das grandezas elétricas fundamentais

 O aparelho de medida normalmente utilizado na medição destas


grandezas é o MULTÍMETRO, visto, tal como o seu próprio nome
indica mede múltiplas grandezas das quais fazem parte Tensões,
correntes e resistências.
 Podem ser Analógicos ou digitais.
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Medição das grandezas elétricas fundamentais


 Na medição de correntes elétricas pode ainda ser utilizada a
PINÇA AMPERIMÉTRICA.

 Tem vantagens em relação ao amperímetro como:


 Medir valores de Corrente muito superiores. Ex: 1000A

 Mais facilidade e rapidez na sua utilização visto não ser necessário


interromper o circuito para efetuar a medição.
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Medição das grandezas elétricas fundamentais

 Medição de corrente com Pinça Amperimétrica.

 Tem a desvantagem de não poder ser utilizada em componentes


contínuas ( DC ).
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Grandezas elétricas fundamentais

DIFERENÇA DE POTENCIAL OU TENSÃO

REPRESENTA-SE MEDE-SE EXPRIME-SE

U VOLTÍMETRO VOLT ( V )
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Grandezas elétricas fundamentais

RESISTÊNCIA

REPRESENTA-SE MEDE-SE EXPRIME-SE

R OHMÍMETRO OHM ( Ω )
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Grandezas elétricas fundamentais

INTENSIDADE

REPRESENTA-SE MEDE-SE EXPRIME-SE

I AMPERÍMETRO AMPÉRE ( A )
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 Conceito de Potência

A
Amperímetro

U V Voltímetro

P = V x I (W)
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 Conceito de Potência

W
Wattímetro

P = V x I (W)
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 Conceito de Potência

POTÊNCIA
ELÉCTRICA

P = U.I
P

P P
U
U I
I
I U
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 Conceito de Potência
 Desenvolvimento da fórmula de cálculo

P=VxI P = RI x I P=RxI

2
V V
P=VxI PV P
R R
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 Conceito de Potência

POTÊNCIA

REPRESENTA-SE MEDE-SE EXPRIME-SE

P WATTÍMETRO WATT ( W )
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 Conceito de Energia

A Energia dissipada num condutor por corrente elétrica é


diretamente proporcional ao quadrado da intensidade da
corrente, ao valor da resistência e ao tempo durante o
qual circula a corrente. – Lei de Joule

W = RI2 t W=Pxt

Tempo Unidade de Medida


Em segundos (s) Joule ( J )
Horas Watt.hora (Wh)
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 Conceito de Energia
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 Conceito de Energia

ENERGIA

REPRESENTA-SE MEDE-SE EXPRIME-SE

W CONTADOR WATT HORA (Wh)


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 Órgãos constituintes de um refrigerador elementar

 Grupo Eletro-Compressor (Monobloco hermético).


 Relé de arranque magnético ou PTC

 Termóstato

 Protetor térmico

 Órgãos auxiliares
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 Grupo Electro Compressor (Monobloco hermético).


 O motor e o compressor estão contidos num
compartimento de aço soldado hermeticamente.

 Dentro da carcaça está o motor elétrico assíncrono


monofásico, cujo estator contém os enrolamentos de
arranque e marcha e o rotor com eixo vertical que faz
acionar o compressor.

 Todo o conjunto se apoia em molas que garantem um


funcionamento silencioso.

 Só pode ser reparado em oficinas próprias.


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 Grupo Electro Compressor (Monobloco hermético).


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 Grupo Electro Compressor (Monobloco hermético).

No invólucro metálico existem três pinos ou pernos


servindo estes para ligar o motor ao exterior do monobloco.

C – Comum S R
S R S – Arranque
R - Trabalho
C C
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 Grupo Electro Compressor (Monobloco hermético).

 A resistência de cada um dos enrolamentos é diferente

Exemplo:
Para motores de 1/12HP a resistência é de:
Enrolamento de trabalho ( C---R) = +/-24
Enrolamento de arranque ( C---S) = +/- 64.

Para testar a resistência óhmica dos enrolamentos,


deve ligar-se uma ponta do ohmímetro ao perno
comum (C ) e a outra ao extremo do enrolamento a
medir.
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 Grupo Electro Compressor (Monobloco hermético).

Características

1) Modelo do compressor
2) Fase (PH)
3) Consumo em amperes
4) Potência do motor em HP
5) Tensão
6) Frequência

Deve sempre assegurar-se das características de um Eletro-


compressor, seja para efetuar uma reparação, ou para a sua
substituição.
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 Grupo Electro Compressor (Monobloco hermético).


Provas que devem ser efetuadas ao compressor

 Contacto interno com a massa – se um dos


enrolamento entra em contacto com a carcaça de aço.

 Circuito interno interrompido – se um dos enrolamentos


internos está aberto.

 Curto-circuito interno – quando o isolamento entre dois


ou mais condutores está defeituoso ao ponto de formar
um arco elétrico entre si.
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 Relés de Arranque
 Nos refrigeradores domésticos e comerciais, o arranque
do motor (assíncrono monofásico) é efectuado por
intermédio de um relé, chamado relé de arranque.

Relé de Intensidade
Os relés utilizados Relé PTC (estado sólido)

Relé de tensão

 Todo o modelo de compressor dispõe de um relé de


arranque apropriado e não pode ser substituído por outro
de características diferentes.
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 Relés de Intensidade
Este tipo de relés geralmente é empregue nos Eletro-
compressores de baixa força de torção e de pequena
potência em “ HP”. tem os contactos normalmente
abertos.
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 Relés de Intensidade
 Esquema de montagem:
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 Relés de Intensidade
Funcionamento:

 O motor para arrancar tem necessidade de uma elevada


corrente (4 a 5 vezes superior à corrente nominal).

 Assim no momento de arranque a bobine é atravessada por


essa elevada corrente, produzindo um intenso campo magnético
na bobine, que por sua vez fecha os contactos colocando assim
o enrolamento de arranque em paralelo com o de trabalho.

 Quando o motor atinge a sua rotação normal de


funcionamento, a corrente baixa para o valor nominal, não sendo
esta já suficiente para manter os contactos fechados. Os
contactos ao abrirem tiram o enrolamento de arranque do
circuito.
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 Relé PTC (estado sólido)


 É formado por uma pastilha de material cerâmico que
tem a propriedade de aumentar a sua resistência óhmica
quando aquecido.

 Ao ser percorrido pela corrente elétrica aquece e a sua


resistência aumenta bastante estrangulando a corrente
elétrica.
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 Relé PTC (estado sólido)


Noções de Eletricidade num Sistema de Frio

 Relé PTC (estado sólido)


No momento de arranque o PTC está frio, e com uma
resistência óhmica baixa, consequentemente, conduz a corrente
através do enrolamento de arranque, fazendo o arranque do
motor.

Esta corrente provoca o aquecimento da resistência, fazendo


com que o seu valor óhmico também aumente e
consequentemente a corrente diminua no enrolamento de
arranque até se tornar praticamente zero.

 Nesta condição apenas circula corrente através do


enrolamento de trabalho durante o funcionamento do motor.

No período de paragem arrefece e fica pronto para novo


arranque.
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 Relés de Tensão
 São utilizados em compressores herméticos com motores
monofásicos de indução que têm condensador de arranque
e permanente ligados em simultâneo ao circuito.

 Também são utilizados em compressores do tipo CSIR cuja


corrente de arranque do motor supera a capacidade de
corrente dos relês amperimétricos
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 Relés de Tensão
 Esquema de montagem:
Noções de Eletricidade num Sistema de Frio

 Relés de Tensão
Funcionamento:
• Tem contactos normalmente fechados que são
responsáveis por ligar inicialmente o enrolamento de
arranque via condensador de arranque, proporcionando
um elevado torque no motor.

• Durante o arranque os dois condensadores ficam em


paralelo, logo a capacidade é a soma das capacidades
dos condensadores de arranque e permanente.

• Com o aumento da rotação, a tensão no enrolamento de


arranque aumenta até atingir o valor de pick-up do relé
provocando a abertura dos contatos, e assim, é
removido do circuito o condensador de arranque, o
enrolamento de arranque é alimentado só via
condensador permanente.
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 Relés de Tensão
Funcionamento:

• Todo esse processo ocorre num intervalo de tempo < 1s.

• Durante o funcionamento, a tensão no enrolamento de


arranque mantem a bobine do relé com uma tensão
suficiente para manter os contactos abertos.

• Quando é retirada a alimentação ao motor a tensão cai


para zero e os contactos voltam a fechar.
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 Relés de Arranque

 Um relé defeituoso pode ser a causa da falta de arranque


do Electro compressor.

 O circuito interrompido da bobina; os contactos colados,


fazem com que o protector térmico interrompa o circuito.

 Se um relé está em bom estado, e se agita no sentido


vertical, deve-se ouvir o ruído do núcleo metálico móvel.
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 Térmico de proteção

 No campo da refrigeração doméstica é empregue um


térmico de sobrecarga
 É constituído por um dispositivo bimetálico de sobrecarga.
 Caso haja uma baixa de tensão da rede de modo
significativo abaixo dos 10% de tolerância, o motor não
consegue arrancar e o relé térmico actua.
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 Térmico de proteção
 A corrente que alimenta o motor passa através de uma
resistência eléctrica, que pelo seu maior ou menor grau
de aquecimento, comanda a abertura ou fecho dos
contactos que por sua vez interrompem a alimentação
para o motor.

2
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3

 Dada a importância vital do protector térmico, este não


deve ser nunca mudado da sua posição original e, em
caso de substituição deve ter as mesmas características.
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 Compressor com relé de arranque e térmico de proteção


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 Condensador de arranque

 Tem como finalidade ajudar o Electro compressor a


arrancar.

 Tem sempre marcado, de uma maneira bem visível, a


capacidade, e a voltagem.
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 Condensador de arranque

Estes condensadores são do tipo electrolítico não


polarizado.

Os condensadores antigos pela sua construção tinham


que ser retirados do circuito juntamente com o
enrolamento de arranque.

Modernamente fabricam-se condensadores que ficam no


circuito assim como os enrolamentos de arranque.
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 Condensador de arranque

 Um condensador de partida defeituoso impede o


funcionamento do circuito de arranque.

 Se este estiver aberto, estando o motor parado o


enrolamento de trabalho é percorrido por uma corrente
elevada.

 Se este estiver em curto circuito, pode fazer funcionar o


compressor ou não, porém a corrente no enrolamento é
sempre excessiva.
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 Termostato

O termóstato, também chamado relé de temperatura, é um


interruptor que regula, de forma automática, o
funcionamento do refrigerador, com a finalidade de
conservar a temperatura desejada no evaporador e na
câmara.

EXISTEM DIVERSOS TIPOS DE TERMÓSTATOS ASSIM TEMOS :

Termóstato simples (Standard).


Termóstato de degelo (Semi-Automático).
Termóstato para degelo (Automáticos).
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 Termostato
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 Termostato

 O funcionamento defeituoso do termóstato pode impedir


a partida do Electro compressor.

Causas prováveis:

 O elemento térmico perdeu parcialmente a carga de gás ou


líquido.
 Ruptura de qualquer componente do dispositivo, contactos
eléctricos sujos ou queimados.
 Contactos eléctricos colados por fusão, (neste caso o
funcionamento é contínuo).
 Para todos estes defeitos é aconselhável a sua substituição.
 Em caso de duvida fazer uma ponte com um pedaço de fio.
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Diagrama completo com relé de intensidade

EC - Motor do Electro compressor R1 - Relé de arranque


T1 - Térmico de proteção S1 - Interruptor da porta
T - Termostato L1 - Lâmpada interior
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 Câmaras frigorificas

Além dos dispositivos eléctricos já estudados, este tipo de


instalação contém de uma maneira geral:
 Ventiladores;
 Resistências eléctricas;
 Disjuntores;
 Eletroválvulas;
 Pressostatos de alta e baixa pressão.
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 Câmaras frigorificas
VENTILADORES – Servem para espalhar o ar dentro da
câmara.
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 Câmaras frigorificas
Resistências – Servem para efectuar o descongelamento
da câmara, estas são comandadas por um termóstato de
degelo.
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 Câmaras frigorificas

Pressostatos – São utilizados para proteger o motor do


abaixamento ou elevação da pressão no interior dos
encanamentos.
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 Câmaras frigorificas

 PRESSOSTATO DE ALTA PRESSÃO – Desliga todo o


sistema sempre que a pressão seja superior à sua
regulação.

 Tem a função de proteção.

 É montado muito próximo da saída do compressor


( lado da alta pressão) – sempre que ocorra o seu
disparo, é preciso o seu rearme manualmente.
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 Câmaras frigorificas
PRESSOSTATO DE BAIXA PRESSÃO – Funciona como
controlo de arranque e paragem do compressor.
Abre o circuito elétrico do compressor sempre que a
pressão seja inferior à sua regulação e fecha o circuito
quando a pressão é restabelecida.
O seu acionamento é controlado indiretamente por uma
electroválvula inserida no circuito de compressão.
Esta electroválvula por sua vez é controlada pelo
termostato.
Normalmente os contactos elétricos do pressótato de alta
e baixa são ligados em série.
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 Electroválvulas
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 Electroválvulas
Comandada pelo termostato, interrompem a
circulação do refrigerante.

 O compressor continua a trabalhar, mas a pressão no


sistema começa a baixar, até que o pressóstato de
mínima actua, provocando a paragem do compressor.

A temperatura da câmara vai tornar-se menos fria, o


termostato alimenta a electroválvula, esta deixa passar
livremente o refrigerante fazendo subir a pressão no
sistema, provocando o arranque do compressor.
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 Electroválvulas

ATENÇÃO; Não podemos alimentar uma solenoide


sem que esta esteja inserida na válvula
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FIM

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