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Revisão de Proc.

Penal II –
Unidade I – Tribunal do Júri
Prof. Thiago Dantas
Previsão constitucional
Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri,
com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes
dolosos contra a vida;
Princípios constitucionais relativos ao Júri
• 1 – Plentude de defesa: “É um superlativo da defesa ampla”
(Fernando da Costa Tourinho Filho)

• OBS: Réu Indefeso: Ler o art. 497, V, do CPP

Art. 497.  São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri,


além de outras expressamente referidas neste Código:

V – nomear defensor ao acusado, quando considerá-lo indefeso,


podendo, neste caso, dissolver o Conselho e designar novo dia para
o julgamento, com a nomeação ou a constituição de novo defensor;
Princípios constitucionais relativos ao Júri

• 2 – Sigilo das votações: É garantido o segredo


de voto dos jurados

• OBS 1: Sigilo das votações (art. 5º XXXVIII, “b”,


da CF)

• OBS 2: Publicidade dos julgamentos (art. 93,


IX, da CF)
Princípios constitucionais relativos ao Júri

• 3 – Soberania dos veredictos: É a proibição de


que órgãos jurisdicionais de instância superior
substituam por outra decisão a decisão
proferida pelo conselho de sentença, no
tocante ao reconhecimento da procedência
(ou não) da pretensão punitiva.
Soberania dos vereditos (continuação)
• OBS 1: Não tem incidência sobre a decisão do juiz-presidente.

• OBS 2: Poderão os tribunais de segundo grau:

• Anular  veredicto em decorrência de vício processual

• Cassar  decisão manifestamente contrária às provas dos


autos

• (Art. 593, III e art. 593, § 3º, do CPP)


Princípios constitucionais relativos ao Júri

• 4 - competência para o julgamento dos crimes


dolosos contra a vida: O Tribunal do Júri no
Brasil terá competência para julgar crimes
desta natureza.

• O art. 74, § 1º, do CPP traz o rol de crimes.


OBS: Crimes julgados pelo Trib. do Júri
• Art. 121 – Homicídio Simples
• Art. 121, § 1º - Homicídio Privilegiado
• Art. 121, § 2º - Homicídio Qualificado
• Art. 122, § 3º (antigo § único) - Induzimento ou
instigação ao suicídio por motivo egoístico, fútil
ou torpe e contra menor ou incapaz.
• Art. 123 – Infanticídio
• Art. 124 a 127 – Modalidades do crime de aborto
OBS: Exceções
• Súmula 603 do STF: a competência para o
processo e julgamento de latrocínio é do juiz
singular e não do tribunal do júri.

• Súmula Vinculante 45: A competência


constitucional do Tribunal do Júri prevalece
sobre o foro por prerrogativa de função
estabelecido exclusivamente pela Constituição
Estadual.
Primeira fase do Rito do Tribunal
do Júri
Prof. Thiago Dantas
Fases do Tribunal do Júri
• 1ª Fase: Sumário da culpa (judicium accusationis): Trata-se de juízo de
admissibilidade da acusação.

• Início: Com o recebimento da denúncia.


• Final: Com a preclusão da decisão de pronúncia.

• 2ª Fase: Juízo da causa (ou judicium causae): Essa fase compreende


uma etapa preparatória ao julgamento e o próprio julgamento do
mérito da pretensão punitiva.

• Início: Com a intimação das partes para indicação das provas


que pretendem produzir em plenário.
• Final: Com o trânsito em julgado da decisão do tribunal do júri.
Etapas do Sumário de Culpa (1ª Fase)
• 1 - Recebimento da denúncia

• 2 – Resposta à acusação em 10 dias (art. 406, caput, do CPP)

– Teses e provas a serem produzidas: Preliminares, documentos, justificações, requisição


de produção de provas e apresentar até 8 (oito) testemunhas (art. 406, § 3º, do CPP).

Art. 406.  O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para
responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

§ 2o  A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na


queixa.

– Contagem do prazo:
• OBS: Prazo contado a partir da data do cumprimento do mandado.

• OBS: Prazo nos casos de citação inválida ou por edital, a partir do comparecimento em juízo
do acusado ou de defensor constituído (art. 406, § 1º, do CPP).
Etapas do Sumário de Culpa (1ª Fase)
• 3 – Oitiva do MP ou Querelante sobre preliminares e
documentos (5 dias) – Art. 409, do CPP

• 4 – Deliberação do juiz sobre as inciativas probatórias


requeridas pelas partes (10 dias) – Art. 410, do CPP

• OBS: É possível ao juiz indeferir as provas


consideradas irrelevantes, impertinentes ou
protelatórias (art. 411, §2º, do CPP)
Etapas do Sumário de Culpa (1ª Fase)
• 5 – Audiência de instrução e julgamento

• 6 – Decisão de Pronúncia

• Elementos que devem estar presentes na decisão:


• A) Dispositivo legal em que está incurso o acusado
• B) Qualificadoras e causas de aumento de pena
existentes
• C) Indicar se o crime é tentado ou consumado
Decisão de Pronúncia (continuação)
• OBS: A decisão NÃO DEVE constar qualquer referência a
causa especial de diminuição de pena, agravantes ou
atenuantes genéricas (art. 7º da Lei de Introdução ao CPP)

•  Não poderá tratar de concurso de crimes (material ou


formal) e continuidade delitiva

• Os autos serão remetidos ao Ministério Público, para que


este proceda as providências para dedução da pretensão
punitiva (15 dias).
Efeitos da Pronúncia
• Submissão do acusado a julgamento pelo
tribunal do júri

• Demarcação dos limites da acusação que será


sustentada perante o tribunal

• Interrupção da prescrição (art. 117, II, do CP)


Juízo de Causa (2ª Fase)

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Fase Preparatória
• 1) Juiz-Presidente receberá os autos e intimará as partes

• 2) Deverão as partes apresentar rol de testemunhas (até 5), requerer


diligências e juntar documentos no prazo de 5 dias (art. 422 do CPP)*

• 3) Deliberação do juiz sobre o requerimento de provas e, em seguida,


fará o relatório. (art. 423 do CPP)

• OBS: Não há mais libelo e contrariedade – Lei nº 11.689/08

• Libelo: Peça escrita que inaugurava o juízo de causa e era oferecida pelo
MP, dela saiam os quesitos que viriam a ser perguntados aos jurados.

• OBS 2: Art. 479 do CPP


Desaforamento
(arts. 427 e 428 do CPP)
• Por interesse da ordem pública: Casos em que a realização do julgamento
importar risco para a paz social local ou para a segurança pública.

• Dúvida sobre a imparcialidade do júri: Por motivos de favoritismo ou


perseguição, há elementos que indiquem que os jurados não apreciarão com
isenção.

• Dúvida sobre a segurança do réu: Quando houver risco para segurança do réu.

• Em razão de excesso de serviço, se o julgamento não puder ser realizado no


prazo de 6 meses, contado da preclusão da pronúncia: Situação que decorre
da quantidade de processos que ultrapassa a possibilidade de apreciação pelo
tribunal.
Organização da pauta do Tribunal do Júri

• Ordem de preferência (art. 429 do CPP):

• 1) Os acusados presos;

• 2) Dentre os presos, os mais antigos na prisão;

• 3) Em igualdade de condições, os que tiverem


sido pronunciados há mais tempo.
Sobre as intimações para Sessão do Júri

• 25 jurados: por correio ou qualquer outro


meio. (*penas do art. 434 do CPP)

• MP, Defensoria ou Ofendido: Pessoalmente

• Advogado, Querelante ou Assistente: Por


intimação na imprensa
Antes da abertura da sessão
• 1 - Caberá ao juiz decidir sobre:
• Isenção ou dispensa de jurado (daquela sessão)
• Pedido de adiamento do julgamento

• 2 – Verificação de presença das partes e testemunhas:

• a) Ausência do MP:
• Adiamento para 1º dia útil desimpedido (art. 455 do CPP)
• Se ausência for injustificada será expedido ofício ao
Procurador-Geral de Justiça ou PGR
2 – Verificação de presença das partes e
testemunhas:
• b) Ausência do defensor:

• Ausência por justo motivo demonstrada até abertura dos trabalhos


 Adiamento

• Ausência sem justo motivo  adia-se uma única vez e o juiz


comunicará o feito a Defensoria Pública ou nomear dativo, com
remarcação num prazo mínimo de 10 dias (art. 456, §§ 1º e 2º, do
CPP)

• OBS: Art. 456, caput, do CPP  Comunicação ao presidente da


seccional da OAB
2 – Verificação de presença das partes e
testemunhas:
• c) Ausência de réu solto:
• Deverá ser este intimado!
• Sua ausência gera o julgamento à revelia (art. 457, caput,
do CPP)

• d) Ausência de réu preso:


• Deverá ser adiada a sessão para o 1º dia desimpedido
(art. 457, § 2º, do CPP)
• OBS: Salvo requerimento de não participação, deverá
estar presente o réu.
2 – Verificação de presença das partes e
testemunhas:
• e) Ausência do advogado do querelante:
• Ação Subsidiária da Pública  MP reassume a
titularidade e ocorre o julgamento
• Crime conexo de iniciativa privada  Extinção da
punibilidade pela ocorrência de PEREMPÇÃO.

• f) Ausência do Assistente de acusação:


• Não gera nenhum prejuízo, podendo ser realizada
a sessão sem problemas.
2 – Verificação de presença das partes e
testemunhas:
• g) Ausência da testemunha:
• I- Testemunha arrolada em caráter de
imprescindibilidade:
– Suspenderá os trabalhos para que se tente sua
condução, ou adiará e determinará condução coercitiva
(art. 461, § 1º, do CPP).

– Caso o oficial de justiça certifique que não foi


encontrada, será a sessão realizada (art. 461, § 2º, do
CPP).
2 – Verificação de presença das partes e
testemunhas:
• II – Testemunha arrolada não imprescindível:
• Sessão ocorrerá sem sua presença

• III – Testemunha residente em outra comarca:


• Não terá o dever de comparecer ao julgamento, porém o juízo
deve notifica-lo.

• STF adotou o entendimento de que é possível que a


testemunha seja ouvida por carta precatória (HC 82.281/SP –
2ª Turma – Rel. Min. Maurício Corrêa – DJ 01.08.2003 – p.141).
Testemunha ausente
• OBS: Salvo a testemunha residente em outra
comarca, quem faltar injustificadamente à
sessão será aplicada multa de 1 a 10 salários
mínimos (art. 442 do CPP) além de
responsabilização por crime de desobediência
(art. 330 do CP).
Pregão
• Art. 463, § 1º, do CPP: O oficial de justiça fará
o pregão, certificando a diligência nos autos.
Pessoas isentas do serviço do Júri
Art. 437 do CPP -  Estão isentos do serviço do júri:

I – o Presidente da República e os Ministros de Estado;


II – os Governadores e seus respectivos Secretários; 
III – os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das
Câmaras Distrital e Municipais;
IV – os Prefeitos Municipais;
V – os Magistrados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública; 
VI – os servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
Pública;
VII – as autoridades e os servidores da polícia e da segurança pública; 
VIII – os militares em serviço ativo; 
IX – os cidadãos maiores de 70 (setenta) anos que requeiram sua dispensa;
X – aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento.
Sorteio dos Jurados
• O juiz irá retirar de uma urna, a cédula e a lerá
em voz alta.

• Poderá defesa e MP recusar até 3 sem


justificativa.

• Poderá defesa e MP recusar quantos quiserem


desde que demonstrem justo motivo.
Sorteio dos Jurados
• OBS: Estouro da urna (art. 471 do CPP)

• OBS 2: se forem 2 ou mais réus, as recusas serão feitas por um só defensor (art.
469 do CPP)

• OBS 3: Só ocorrerá a separação dos julgamentos se, em razão das recusas, não
for obtido o número mínimo de 7 jurados (art. 469, § 1º, do CPP)

• OBS 4: Ordem dos julgamentos separados (art. 469, § 2º, do CPP):


• 1º) Acusado a quem se atribua a autoria
• 2º) No caso de coautoria, aquele que estiver preso
• 3º) Dentre os presos, os mais antigos na prisão
• 4º) Em igualdade de condições, os que tiverem sido pronunciados há mais tempo
Sobre o uso de algemas (art. 474, § 3º, do
CPP)
• § 3o  Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o
período em que permanecer no plenário do júri, salvo se
absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à segurança das
testemunhas ou à garantia da integridade física dos presentes. 

• OBS: Súmula Vinculante nº 11: Só é lícito o uso de algemas em


casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de
terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se
refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Retirada do Acusado da sessão do júri
• É prerrogativa do Réu estar presente no julgamento,
porém poderá ser restringido esse direito caso o mesmo
dificulte a realização do julgamento(art. 497, VI, do CPP).

• OBS: O réu poderá ser retirado momentaneamente, caso


sua presença gere à testemunha o sentimento de (art.
217 do CPP):
– Humilhação;
– Temor;
– Sério constrangimento.
Atos de instrução probatória
• Oitiva do Ofendido

• Oitiva das testemunhas de acusação

• Oitiva das testemunhas de defesa

• OBS: Art. 473, § 3º, do CPP

• Interrogatório do Réu
Ordem das perguntas (art. 473, caput, do
CPP)
• Art. 473.  Prestado o compromisso pelos jurados, será
iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o
Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor
do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as
declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as
testemunhas arroladas pela acusação.

• OBS: As perguntas serão feitas diretamente às testemunhas


e o ofendido.

• OBS: Foge da regra do art. 212 do CPP.


Prova Nova
• Art. 479. Durante o julgamento não será
permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto que não tiver sido juntado
aos autos com a antecedência mínima de 3
(três) dias úteis, dando-se ciência à outra
parte.
Debates (art. 477 do CPP)
• Acusação – 1:30 hora
• Assistente de acusação (analogia do art. 12, I, da Lei
nº 8.038/90)
• Defesa – 1:30 hora
• Réplica – 1 hora
• Tréplica – 1 hora

• OBS: Pluralidade de acusados (art. 477, § 2º, do


CPP): 2:30 horas + 2 horas
Apartes (art. 497, XII, do CPP)
• São as intervenções feitas por uma parte na
exposição do oponente.

• OBS: Poderá ser concedida a fala de 3


minutos.
Referências proibidas nos debates (art. 478
do CPP)
• I – à decisão de pronúncia, às decisões
posteriores que julgaram admissível a acusação
ou à determinação do uso de algemas como
argumento de autoridade que beneficiem ou
prejudiquem o acusado;

• II – ao silêncio do acusado ou à ausência de


interrogatório por falta de requerimento, em
seu prejuízo.
Solicitação de esclarecimento ao orador

• Art. 480.  A acusação, a defesa e os jurados


poderão, a qualquer momento e por
intermédio do juiz presidente, pedir ao orador
que indique a folha dos autos onde se
encontra a peça por ele lida ou citada,
facultando-se, ainda, aos jurados solicitar-lhe,
pelo mesmo meio, o esclarecimento de fato
por ele alegado.  
Da Formulação dos Quesitos
Art. 482.  O Conselho de Sentença será questionado
sobre matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido.

Parágrafo único.  Os quesitos serão redigidos em


proposições afirmativas, simples e distintas, de modo
que cada um deles possa ser respondido com suficiente
clareza e necessária precisão. Na sua elaboração, o
presidente levará em conta os termos da pronúncia ou
das decisões posteriores que julgaram admissível a
acusação, do interrogatório e das alegações das partes.
Da Formulação dos Quesitos
Art. 483.  Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre: 
I – a materialidade do fato; 
II – a autoria ou participação;      
III – se o acusado deve ser absolvido; 
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; 
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que
julgaram admissível a acusação.

§ 1o  A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a
votação e implica a absolvição do acusado.

§ 2o  Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado
quesito com a seguinte redação: O jurado absolve o acusado?

§ 3o  Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre: 
I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa;   
II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram
admissível a acusação.    

§ 4o  Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser
respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito, conforme o caso.

§ 5o  Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada ou havendo divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da
competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará quesito acerca destas questões, para ser respondido após o segundo quesito.  

§ 6o  Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas.      
Da Formulação de Quesitos
Art. 482, § único, do CPP : Serão proposições afirmativas,
simples e distintas.

OBS: Impugnação de quesitos

Art. 484.  A seguir, o presidente lerá os quesitos e indagará das


partes se têm requerimento ou reclamação a fazer, devendo
qualquer deles, bem como a decisão, constar da ata.
Parágrafo único.  Ainda em plenário, o juiz presidente
explicará aos jurados o significado de cada quesito.  
Sala Secreta
Art. 485.  Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, os
jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor
do acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir-se-ão à sala
especial a fim de ser procedida a votação. 

§ 1o  Na falta de sala especial, o juiz presidente determinará que o


público se retire, permanecendo somente as pessoas mencionadas
no caput deste artigo.

§ 2o  O juiz presidente advertirá as partes de que não será permitida


qualquer intervenção que possa perturbar a livre manifestação do
Conselho e fará retirar da sala quem se portar inconvenientemente. 
Da Sentença
• Condenação:

• Cabe ao juiz aplicar a pena e decidir sobre as


agravantes e atenuantes genéricas (arts. 61, 62,
65 e 66 do CP).

• Além disso, deverá analisar sobre os requisitos da


prisão preventiva, devendo fundamentar a
decisão.
Da Sentença
•  Absolvição:

• Deverá por em liberdade o réu preso e aquele


que esteja sob alguma medida cautelar, deverá
ser a mesma revogada.

• Em caso de absolvição imprópria, será imposta


medida de segurança (inimputáveis – art. 26 do
CPP).
Da Sentença
• Desclassificação:

Art. 492 do CPP:


§ 1o  Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do
juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em
seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for
considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o
disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de
1995.

§ 2o  Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso


contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri,
aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
Da Sentença
• Art. 493.  A sentença será lida em plenário
pelo presidente antes de encerrada a sessão
de instrução e julgamento.  

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