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Colégio Estadual Frederico

Bernardes Rabelo
1 Série FILOSOFIA
Professora Doranice 10.11.2021
Texto Para Leitura e Resumo
• Representação por meio de palavras
• Em ambas, descrição objetiva e subjetiva, o objetivo é o de apresentar ao leitor todas as características do objeto. Todo o texto
descritivo busca retratar, de forma fidedigna, os espaços, momentos, sentimentos, tudo o que está dentro da narrativa.

• O texto descritivo permite que o leitor consiga “visualizar” tudo o que se quer apresentar sobre algo ou alguém. 
• Quando um autor quer representar um personagem, por exemplo, ele informa sua altura, cor dos olhos, cabelos, modo de se vestir,
suas emoções, ou seja, todas as informações necessárias para que o leitor capte a história. Isso é conhecido como descrição. Porém,
ela pode se apresentar de dois modos: descrição objetiva e subjetiva.

• Como fazer uma boa descrição


• Como explicado no trecho acima, a descrição pode ser definida como a ação de descrever (detalhar por escrito) algo ou alguém.
Em termos linguísticos, a descrição é considerada como uma fotografia escrita.
• No nosso dia a dia, a descrição acontece com frequência, mesmo quando inserida em outros tipos de textos. Vamos supor que você
acabou de presenciar um acidente de carro e alguém te pergunta sobre como o fato ocorreu. 
• Para representar todas as impressões captadas, os agentes envolvidos, o barulho e até mesmo o que você sentiu na hora, é preciso
relatar com detalhes. E esse processo que faz com que quem não estava no local consiga entender e até mesmo “visualizar” o que
foi que aconteceu.

• Quando se trata de um texto, o objetivo é o mesmo, tanto o leitor quanto o ouvinte, devem se sentir próximos daquilo que está
sendo apresentado e isso depende de como as informações são passadas, ou seja, da capacidade descritiva do interlocutor.
• Por isso, é importante que o texto descritivo contemple algumas características essenciais. Vamos apresentá-las passo a passo.
• Primeiro, você já entendeu que a descrição é o ato de narrar, contar de forma minuciosa, ou seja, sempre que há exposição dos
detalhes de um objeto, características de uma passagem ou pessoa, a descrição está sendo utilizada

• Lembre-se: quem está ouvindo ou lendo a narrativa tem uma representação a partir do ponto de vista de quem escreveu ou está
narrando. Por isso, a descrição é pessoal. Isso também significa dizer que nem sempre a descrição será perfeita, já que cada
observador possui uma percepção diferenciada.

• Independentemente da subjetividade, alguns elementos não podem deixar de fazer parte do texto, como por exemplo:
• - Cores
• - Comprimento
• - Altura
• - Características físicas (cor do cabelo, olhos, forma do corpo)
• - Dimensões
• - Características psicológicas (podem ser descritas as emoções, como “raivoso” ,“espirituoso)
• - Tempo e clima (úmido, seco, chuvoso, tropical, semiárido, desértico)
•  - Sensação térmica (frio, calor)
• - Vegetação (aqui podem ser inseridas coisas mais específicas como as espécies das flores e plantas)
• - Textura e aroma
• - Localização, paisagem (urbano, rural, se existem lagos, casas, rios, mar)
• - Posição geográfica
• Essas informações valem para pessoas, objetos, animais, paisagem, sentimento, emoções, tudo o que faz parte da cena.
Algumas classes de palavras também são fundamentais para a descrição, como os adjetivos e as locuções adjetivas, pois são
eles que dão a qualidade e as características de quem está sendo descrito.
• Em relação aos tempos verbais, os textos descritivos geralmente aparecem no presente e no pretérito imperfeito.
• Com essas informações já deu para entender como um texto descritivo se apresenta, não é mesmo? Mas
você sabia que a descrição pode ser objetiva e subjetiva? Essa diferenciação se refere a natureza do
discurso.
• A descrição objetiva é mais simples, direta e não possui as opiniões do observador, ele não infere valor
no personagem ou objeto. Na descrição subjetiva ocorre o oposto, o observador se envolve com o objeto
descrito, revelando as impressões captadas. Vamos entender um pouco mais sobre esses dois modos?
• Descrição objetiva e subjetiva

• A principal diferença entre a descrição objetiva e subjetiva está na profundidade, porém ambas se
esforçam para demonstrar as características de um objeto.

• Objetiva – a realidade é tratada como ela é.


• Subjetiva – a realidade é representada de acordo com os sentimentos e a emoção.
• Para entender bem esses dois conceitos, observe os exemplos abaixo:

• “O rapaz era branco, de olhos verdes, muito animado e conversador. Ele entrou na sala, conversou com
todos de uma forma muito simpática e conquistou o cargo.”
• Perceba que essa é uma descrição simples e fiel. Não há espaço para a subjetividade ou para o que o
observador achou do personagem e as impressões que causou nas pessoas, somente o que aconteceu foi
narrado.
• Geralmente, conseguimos identificar melhor a forma objetiva na descrição de objetos.
• “O ventilador de mesa turbo, é preto, tem três velocidades de vento, 6 pás, grade removível, inclinação vertical
ajustável e porta fio.”
• Não há parcialidade no discurso objetivo. Ele é a representação real.

• A descrição subjetiva, por sua vez, é cheia de opiniões e juízo de valor. Além de retratar o que está em evidência,
o observador insere no texto as suas próprias impressões. Como nos exemplos a seguir:

• “Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que
testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele
não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem
regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai
mandou fazer para si uma canoa.”

• No trecho do texto “A terceira margem do rio” de Guimarães Rosa, é possível perceber que a descrição
apresentada pelo narrador sobre o seu pai, advém da perspectiva ou visão que o filho e as testemunhas tinham
sobre ele.
• Outro exemplo:

• “Maria era magra. Seus olhos grandes e fundos apresentavam uma melancolia intensa. Sua fala era calma, assim
como, seu estado de espírito.”
• Obviamente, o observador não conseguia “ver” a melancolia ou o estado de espírito da personagem, porém ele
interpreta o “invisível” a partir das características visíveis da personagem, impondo o seu juízo de valor.

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