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RESPIRATÓRIO PT. 2
Ana Luísa Gonçalves dos Santos
PNEUMONIA
Inflamação do parênquima pulmonar causada por vários tipos de micro-organismos e agentes
químicos. Micro-organismos: bactérias, micobactérias, clamídia, micoplasma, fungos, parasitas,
vírus.
ETIOLOGIA:
As principais causas infecciosas de pneumonia incluem:
Bactérias: pneumonia bacteriana por germes gram-positivos e gram-negativos.
Vírus : pneumonia viral por vírus da influenza, parainfluenza e adenovírus.
Fungos: pneumonia fúngica por Cândida albicans e aspergillus.
Protozoários: p. parasitária por Pneumocistis carinii: pacientes de AIDS.
Obs.: fungos e protozoários são considerados germes oportunistas, causam pneumonia após
extenso uso de antibióticos, corticóides, antineoplásicos, ou em pessoas com AIDS, ou
intensamente debilitadas.
Defesas comprometidas; infecções virais; doenças subjacentes – ICC, diabetes, DPOC, AIDS,
câncer, neutropenia -; tabagismo; alcoolismo; intoxicação alcoólica; idade avançada; reflexo de
tosse deprimido; antibioticoterapia; anestésico geral, sedativo (depressão respiratória);
broncoaspiração; terapia respiratória com equipamento que não foi adequadamente limpo.
Manifestações clínicas:
febre (40°), dor torácica, dispnéia, calafrios, cianose, tosse dolorosa e produtiva, escarro
ferruginoso, cefaléia, náuseas, vômitos, mialgia, artralgia, lábios e língua ressecadas.
Cuidados de enfermagem:
Oferecer e encorajar a ingestão de líquidos (6 a 8 copos ao dia);
Estimular mudança de decúbito de 2/2 horas, quando o cliente apresentar bom nível de
consciência;
Encorajar mobilização no leito e atividade física conforme tolerado;
Orientar ou apoiar o tórax do cliente durante a tosse;
Fazer avaliação respiratória pela ausculta;
Incentivar a prática da respiração profunda e tosse eficaz.
Orientar e encorajar o cliente a repousar o máximo possível;
Observar alterações na FR, FC, ocorrência de dispnéia, palidez ou cianose e disritmia,
durante a atividade;
Avaliar o nível de tolerância do cliente a qualquer atividade;
Programe, junto com o cliente, atividades gradativamente aumentadas, com base na
tolerância
manter o ambiente tranqüilo, calmo e que proporcione conforto ao paciente;
fazer a higiene oral e corporal, mantendo o paciente limpo;
verificar e anotar os sinais vitais (T, R, P, PA) de 4/4 h;
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
Ocorre quando o organismo não realiza a troca de oxigênio por dióxido de carbono
adequadamente, isto faz com que o nível de dióxido de carbono (CO2) se eleve e o de oxigênio
(O2) diminua, causando hipóxia.
A insuficiência respiratória aguda pode ser uma complicação da DPOC, ou ser causada em
pessoas com pulmões normais em conseqüência dos distúrbios do sistema nervoso (overdose
de drogas ilícitas, lesões cerebrais); pneumonia; anestesia e procedimentos cirúrgicos
(destacandose o pós-operatório imediato).
Sinais Clínicos:
↑ FC: Freqüência Cardíaca- maior que 90bpm.
↑ FR: Freqüência respiratória- maior que 20 mrpm.
Hipóxia (dispnéia, taquipnéia, hipotensão, taquicardia, bradicardia,
arritmias, cianose)
Desorientação, queda do nível de consciência, agitação psicomotora)
Uso de músculos acessórios da respiração
Sudorese
Tratamento:
- Cânula orofaríngea (Guedel): dispositivo de borracha para ser introduzido na boca evitando o
deslocamento da língua. Varia de tamanho de acordo com o paciente
- Cânula naso-faríngea: dispositivo de borracha para ser introduzido pelo nariz. O tamanho varia
de acordo com o paciente.
- Monitorização: oxímetro de pulso e monitor cardíaco.
- Oxigenoterapia: administração de oxigênio quando o paciente está com hipóxia.
Os cuidados de enfermagem junto ao cliente com
insuficiência respiratória devem considerar: