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DURAÇÃO DO TRABALHO: Artigos 57 ao 75 da CLT; Normas

complementares
 
 

DISCIPLINA: Direito das Relações do Trabalho

PROFESSOR: Juliano Gianechini Fernandes


E-MAIL: jgfernandes.adv@gmail.com
 
FUNDAMENTOS: HISTÓRIA PÓS REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
 
- Biológico
- Social
- Econômico
 
DIVISÃO: Jornada de Trabalho e Períodos de Repouso
Jornada de Trabalho
 
- Teoria do Tempo Efetivamente Trabalhado
- Teoria do Tempo à disposição do Empregador:
 
Art. 4º CLT - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o
empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada.
 
Súmula 429 TST: Considera-se à disposição do empregador, na forma do
art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre
a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de
10 (dez) minutos diários. (OBS: § 2º Art. 58 CLT – Hora In Itinere).
Texto após Vigência da Lei nº 13.467/2017
CLT Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o
empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. 

§ 2° Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que
exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação,
quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades
particulares, entre outras:

I – práticas religiosas;
II – descanso;
III – lazer;
IV – estudo;
V – alimentação;
VI – atividades de relacionamento social;
VII – higiene pessoal;
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
Jornada normal fixada na CLT e fim da Jornada “In Itinere”

Texto após Vigência da Lei nº 13.467/2017


CLT Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá
de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro
de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de
trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo
empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
§ 3º (Revogado). (NR)
 
 
Ampliação da Teoria do Tempo à Disposição – Dúvidas
sobre aplicação
 

Súmula 429 TST: Considera-se à disposição do empregador, na


forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do
trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho,
desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários.

OBS: § 2º Art. 58 CLT.


 
Ampliação da Teoria do Tempo à Disposição – Dúvidas sobre
aplicação
 
Teoria do Tempo “In Itinere: Local de difícil acesso, não servido por
transporte público, transporte fornecido pela empresa.

Origem:
 
§ 3º Art. 238 da CLT: No caso das turmas de conservação da via
permanente, o tempo efetivo do trabalho será contado desde a hora da
saída da casa da turma até a hora em que cessar o serviço em qualquer
ponto compreendido centro dos limites da respectiva turma. Quando o
empregado trabalhar fora dos limites da sua turma, ser-lhe-á também
computado como de trabalho efetivo o tempo gasto no percurso da volta a
esses limites.
Súmula 90 do TST: HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO

I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador,


até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular,
e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho.
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado
e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas
"in itinere".
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in
itinere".
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução
da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado
pelo transporte público.
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o
tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele
deve incidir o adicional respectivo.
Se o Empregador cobra pelo transporte do empregado?

Súmula 320 do TST: HORAS "IN ITINERE".


OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA JORNADA DE
TRABALHO: O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou
não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil
acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o
direito à percepção das horas "in itinere".
 
Classificação da Jornada de Trabalho
 
 
a) Quando à duração: Normal máxima; normal especial;
extraordinária ou suplementar
 
b) Quanto ao período em que for prestada: Diurna; noturna;
mista.
 
 
Flexibilizações/Alterações: Permitido através de negociações
coletivas, desde que não cause prejuízo aos empregados.
Art. 7º CF/88: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

 
Inciso XIV -  jornada de seis horas para o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva

CLT Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados


em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas
diárias, desde que não seja fixado expressamente outro
limite. (possibilidade de flexibilização) Grifo nosso.
Limitações Legais a partir da Lei 13.467/2017
Texto após Vigência da Lei nº 13.467/2017
CLT Art. 9 – Artigo 9º CLT: Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir
ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
CLT Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas
em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art.
611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no
caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a
duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
CLT Art. 468 – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento,
  e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob
pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
 
Texto do Artigo 611-A da CLT: Incluído pela Lei nº 13.467/2017

CLT: Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre:

I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;


II – banco de horas anual;
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis
horas;
(...)
VIII – teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
(...)
X – modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI – troca do dia de feriado;
(...)
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho;
(...)
§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o
prazo de vigência do instrumento coletivo.
Jornada Normal Máxima
 
Inciso XIII art. 7º CF/88: duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias
e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
 
Jornada Normal Especial
 
Categorias Especiais ou por Força de Organização ou Turnos Inferiores à jornada
Normal. Em geral, decorrem de previsão legal: Bancários, Professores, Advogados,
Mineiros, Telefonistas, etc.
 
OBS: SÚMULA 444 DO TST: JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI.
ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE: É valida, em caráter excepcional, a jornada de
doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada
exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de
trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O
empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na
décima primeira e décima segunda horas. 
Jornada e Horário de Trabalho
 
Jornada: Tempo à disposição do empregador. Artigo 4º
da CLT.

Horário: Início e término do período que engloba a


jornada de trabalho e intervalo intrajornada.
Sobreaviso e Prontidão
 
Ferroviários: Artigo 244 da CLT: Locomoção Restringida
 
§ 2º - Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua
própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada
escala de "sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de
"sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do
salário normal.
 
OBS: Em qualquer local.
 
§ 3º - Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da
estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas.
As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois
terços) do salário-hora normal.
 
OBS: Nas dependências da empresa. Máximo 12h.
Súmula 229 do TST: SOBREAVISO. ELETRICITÁRIOS: Por aplicação
analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas de sobreaviso dos
eletricitários são remuneradas à base de 1/3 sobre a totalidade das
parcelas de natureza salarial.
 
Súmula 428 do TST: SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO
ART. 244, § 2º DA CLT I - O uso de instrumentos telemáticos ou
informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não
caracteriza o regime de sobreaviso. 
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e
submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou
informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente,
aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o
período de descanso.
Controle de Horário: Artigo 74 da CLT
 
Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. (Redação dada
pela Lei nº 13.874, de 2019)

§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)

§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação


da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções
expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida
a pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)

§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará do


registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)

§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho,
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Controle de Horário: Artigo 74 da CLT
 
- Obrigatório (entrada/saída) nas empresas com mais de 20
empregados. §2º Art. 74 CLT.

- Publicidade em local visível com discriminações. Caput


art. 74 da CLT.

- Questão probatória, presunção de veracidade, horários


uniformes. Súmula 338 do TST.

- Tolerância e variações de 5min na entrada ou saída, ou


10min diários. § 1º Artigo 58 da CLT e Súmula 366 do TST.
Questão probatória, presunção de veracidade, horários uniformes. Súmula 338
do TST.

Súmula nº 338 do TST JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA

I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da


jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não apresentação injustificada
dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de
trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.

II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em


instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.

III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras,
que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se
desincumbir.
Tolerância e variações de 5min na entrada ou saída, ou 10min
diários. § 1º Artigo 58 da CLT e Súmula 366 do TST.

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em


qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias,
desde que não seja fixado expressamente outro limite.

§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada


extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários. 
Tolerância e variações de 5min na entrada ou saída, ou 10min diários. § 1º Artigo
58 da CLT e Súmula 366 do TST.

Súmula nº 366 do TST


CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM
E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO  

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações


de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como
extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à
disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo
empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal,
etc).
Deslocamentos não mais considerados tempo à disposição do
Empregador:

Art. 58 -(...)

§ 2º  O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva


ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio
de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada
de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
Empregados isentos do controle de horário: Art. 62 da CLT:  
Texto após Vigência da Lei nº 13.467/2017

CLT Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:

I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal
condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei
nº 8.966, de 27.12.1994)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do
disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
III – os empregados em regime de teletrabalho.

Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste
artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior
ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
Empregados Excluídos do Direito ao Pagamento de Horas Extras:
Artigo 62 da CLT.
 
- Empregados que exercem atividades externas. Artigo 62,I da CLT

- Gerentes e Cargos de confiança com gratificação de função. Artigo


62, II e § único CLT.

- Teletrabalhador (Arts. 75-A ao 75-E da CLT). Artigo 62, III da CLT.

- Deve haver a condição especial anotada na CTPS.

- Presunção “Iuris Tantum”, Princípio da Primazia da Realidade.


Súmula 12 do TST.
a) Bancário – Artigos 224 ao 226 da CLT
- 6h nos dias úteis. Segunda a sexta. 30h semanais. Intervalo de
15min. Artigo 224 da CLT e § 1º.
- Sábado é dia útil não trabalhado. Súmula 113 do TST.
- Horário da prestação de serviços entre 7h e 22h. § 1º.

- Exceções: Cargos com 8h diárias e 40 semanais. Intervalo


de 1h. Artigo 225 da CLT
-
Cargos de Gerência e de Confiança: Gratificação de 1/3 do
salário do cargo efetivo. § 2º artigo 224 da CLT. De acordo com
a Súmula 287 do TST, aplica-se ao cargo de Gerente a regra do
artigo 62 da CLT no que diz respeito ao controle de jornada.
OBSERVAÇÕES:

- Súmula 124 do TST: Divisores para cálculo de horas extras.

- Súmula 109 do TST: Bancário não enquadrado no § 2º do artigo 224 da CLT não pode compensar
horas extras com o valor da gratificação.

- Atividades de Portaria, Limpeza e telefonista têm direito à mesma jornada especial. Artigo 226
da CLT.

- Empregado de processamento de dados também tem direito à jornada especial. Súmula 239 do
TST. Já os Vigilantes não. Súmula 257 do TST.

- Súmula 55 do TST: Equiparam-se aos bancários as financeiras.

- Súmula 119 do TST: Não se equiparam as distribuidoras e corretoras de títulos e valores


mobiliários.

- Advogado Empregado de Banco não exerce cargo de Confiança pelo simples exercício da
advocacia. Súmula 102, V do TST.

- Súmula 102, VI: Caixa bancário não exerce cargo de confiança. Gratificação pelo risco.
OBSERVAÇÕES:

- Súmula 124 do TST: Divisores para cálculo de horas extras.

BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (alteração em razão do julgamento do processo TST-IRR


849-83.2013.5.03.0138)  - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada -
DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017

I - o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário será:

a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art. 224 da
CLT;

b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da
CLT.

II – Ressalvam-se da aplicação do item anterior as decisões de mérito sobre o tema, qualquer que
seja o seu teor, emanadas de Turma do TST ou da SBDI-I, no período de 27/09/2012 até
21/11/2016, conforme a modulação aprovada no precedente obrigatório firmado no Incidente de
Recursos de Revista Repetitivos nº TST-IRR-849-83.2013.5.03.0138, DEJT 19.12.2016.
Professor: Artigos 317 ao 323 da CLT

- Não pode dar mais de 4h consecutivas ou 6h intercaladas de


aula no mesmo estabelecimento por dia. Artigo 318 da CLT.

- Atividades extraclasse nem sempre são consideradas como


horas extras.

- Janelas e recessos devem ser remunerados normalmente. PN


31 da SDC do TST e Art. 322 da CLT

- Permitida redução de carga horária por redução de alunos. OJ


244 da SDI-1 do TST.
Professor: Descanso Semanal Remunerado

Súmula nº 351 do TST


PROFESSOR. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. ART. 7º,
§ 2º, DA LEI Nº 605, DE05.01.1949 E ART. 320 DA CLT
O professor que recebe salário mensal à base de hora-aula tem
direito ao acréscimo de 1/6 a título de repouso semanal
remunerado, considerando-se para esse fim o mês de quatro
semanas e meia.
Professor: Outras Considerações:

Art. 319 - Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho em
exames.

Art. 320 - A remuneração dos professores será fixada pelo número de aulas semanais, na
conformidade dos horários.

§ 1º - O pagamento far-se-á mensalmente, considerando-se para este efeito cada mês


constituído de quatro semanas e meia.

§ 2º - Vencido cada mês, será descontada, na remuneração dos professores, a importância


correspondente ao número de aulas a que tiverem faltado.

Licenças Remuneradas
§ 3º - Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas verificadas por motivo de
gala ou de luto em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho.
Professor: Cálculo da Remuneração de Acordo com a
Jornada de Trabalho

Exemplo: 20h semanais.


Valor da hora-aula: R$ 30,00

Fórmula de Cálculo:

(nº de horas semanais x Valor/hora) x 4,5 semanas) + 1/6 DSR


(20 x R$ 30,00) x 4,5) + 1/6
(R$ 600,00 x 4,5) + 1/6
R$ 2700,00 + R$ 450,00 = R$ 3.150,00

OBS: Verificar se há adicionais pela CCT ou ACT (Aprimoramento, tempo de


serviço, etc.)
Professor: Períodos de Férias e Recesso:

Art. 322 - No período de exames e no de férias escolares, é assegurado aos


professores o pagamento, na mesma periodicidade contratual, da remuneração por
eles percebida, na conformidade dos horários, durante o período de aulas. 

§ 1º - Não se exigirá dos professores, no período de exames, a prestação de mais de


8 (oito) horas de trabalho diário, salvo     mediante o pagamento complementar de
cada hora excedente pelo preço correspondente ao de uma aula.

§ 2º No período de férias, não se poderá exigir dos professores outro serviço senão o
relacionado com a realização de exames.

§ 3º - Na hipótese de dispensa sem justa causa, ao término do ano letivo ou no curso


das férias escolares, é assegurado ao professor o pagamento a que se refere o caput
deste artigo. 
Telefonista (Empregado nos serviços de telefonia, telegrafia
submarina e subfluvial, Radiotelegrafia e Radiotelefonia):
Artigos 227 ao 231 da CLT

- Jornada de 6h diárias ou 36h semanais. Artigo 227 da CLT

- Mesma norma para telefonista de mesa em empresa que não


explore esse serviço como atividade fim. Súmula 178 do TST
Advogado Empregado: Lei n. 8.906/94

- Jornada de 4h diárias ou 20h semanais sem dedicação


exclusiva, salvo ACT/CCT.

- Com dedicação exclusiva, vale o contrato e art. 7º, XIII CF/88.


Art. 20 Lei 8906/94.

- Horas extras com adicional de 100%. Artigo 20 § 2º da Lei


8906/94.

- Trabalho Noturno entre 20h e 5h, com adicional de 25%. Artigo


20 § 3º Lei 8906/94.
 
Lei 8.906/94 - CAPÍTULO V - DO ADVOGADO EMPREGADO
 
Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a
isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à
advocacia.
 
Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à
prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos
empregadores, fora da relação de emprego.
 
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em
sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
Jornada de Trabalho

Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá
exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo
ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva.
 
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o
advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu
escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com
transporte, hospedagem e alimentação.
 
Adicional de Horas Extras
§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional
não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
 
Adicional Noturno
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia
seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.  
Dedicação Exclusiva

Regulamento Geral do Estatuto da OAB:


Art. 12. Para os fins do art. 20 da Lei nº 8.906/94, considera-se de dedicação exclusiva o
regime de trabalho que for expressamente previsto em contrato individual de trabalho.

Parágrafo único. Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as


horas trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias.

Honorários de Sucumbência

Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os
honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.

Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de


sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em
acordo.
Jornada de Tempo Parcial: Artigo 58-A da CLT

Texto após Vigência da Lei nº 13.467/2017


Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda
a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda,
aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de
acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua
jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.

§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção
manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação
coletiva.
Jornada de Tempo Parcial: Artigo 58-A da CLT
Texto após Vigência da Lei nº 13.467/2017
Art. 58-A. (...)

§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
§ 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a
vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para
fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais.
§ 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a
semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento
do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
§ 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de
férias a que tiver direito em abono pecuniário.
§ 7º As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação.”
3 – Jornada de Tempo Parcial: Artigo 58-A da CLT

- Entre 26h e 30h semanais com salário proporcional,


respeitado o salário mínimo nacional ou piso da categoria. §
1º Artigo 58-A e OJ 358 da SDI-1 do TST.

- Alteração de tempo integral para tempo parcial com


autorização expressa do empregado. § 2º artigo 58-A da CLT.

- Proibido prestação de horas extras se for de 30h semanais.


Turnos Ininterruptos de Revezamento

Artigo 7º, XIV CF/88: jornada de seis horas para o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva.

- Não se aplica a jornada especial aos turnos fixos.

- Intervalo intrajornada em cada turno e repouso semanal não


descaracteriza. Súmulas 360 TST e 675 do STF.

- ACT/CCT pode estabelecer jornada superior a 6h limitada a 8h diárias


(Súmula 423 do TST), salvo para regularizar situações pretéritas. (OJ 420
SDI-1 do TST).
Turnos Ininterruptos de Revezamento

- Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o


trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de
turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo
ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de
horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa
se desenvolva de forma ininterrupta. OJ 360 da SDI-1 do TST.

- Se não houver norma coletiva, empregado horista submetido ao regime


receberá hora extra após a 6ª hora de trabalho. OJ 275 SDI-1 do TST.

- Aplica-se aos ferroviários com escalas variadas. OJ 274 da SDI-1 do


TST.
Jornada de 12h de Trabalho por 36h de Descanso – Jornada 12x36

OBS: SÚMULA 444 DO TST: JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI.


ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE: É valida, em caráter excepcional, a jornada de
doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada
exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de
trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O
empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na
décima primeira e décima segunda horas. 
Jornada de 12h de Trabalho por 36h de Descanso – Jornada 12x36

Regulamentação na CLT através da lei nº 13.467/2017:

Art. 59-A.  Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às


partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis
horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para
repouso e alimentação.

Parágrafo único.  A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto


no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os
feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art.
70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
Jornada Extraordinária
 
 
- Duração de 8h diárias pode ser acrescida de duas horas extras mediante
acordo expresso, individual ou coletivo entre as partes, por prazo determinado
ou não;
 
- Antes, durante e após o horário normal. Requisitos na lei. Exceção ao Regime.
 
CLT: Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras,
em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho.
 
- Remuneração da hora com acréscimo mínimo de 50%.
 
CLT Art. 59 § 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta
por cento) superior à da hora normal. No mesmo sentido Art. 7º, XVI CF/88.
- Atividades insalubres necessitam de licença prévia do MTE, inclusive para
compensação.
 
CLT Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos
quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho",
ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e
Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença
prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as
quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à
verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por
intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com
quem entrarão em entendimento para tal fim.
 
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de
doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.

OBS: Art. 611-A, XIII da CLT


- O excesso do limite de 2h diárias não exime o empregador
do pagamento e das penalidades e das horas excedidas.
 

Súmula nº 376 do TST

HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS


I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas
diárias não exime o empregador de pagar todas as horas
trabalhadas.
II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra
o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da
limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT.
CÁLCULO DA HORA ADICIONAL
- A hora adicional deve ser calculada tendo por base a
remuneração.

 
Súmula nº 264 do TST
HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO
A remuneração do serviço suplementar é composta do valor
da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial
e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo,
convenção coletiva ou sentença normativa.
IDENTIFICANDO O DIVISOR DE HORAS: Regra Geral:
 
Divisor = (Nº horas semanais/Dias úteis) x 30 dias do mês
ou
Multiplicar o nº de horas semanais por 5.

Exemplo: (44h semanais/6 dias úteis) x 30 dias = 220h mensais

7,333 x 30 = 220

Ou

44h x 5 = 220
Exercício:

Se o trabalhador, exercendo a jornada constitucional máxima


de trabalho, percebendo remuneração de R$ 2.200,00, qual o
valor da hora de trabalho?
 
Hora Normal de trabalho = R$ 2.200,00 = R$ 10,00
220h
 
Assim: Uma hora com adicional mínimo se calcula da seguinte
forma:
 
R$ 10,00 + 50% = R$ 15,00

R$ 10,00 x 1,5 = R$ 15,00


Horas Extras Decorrentes de Força Maior ou Serviços Inadiáveis:
Artigos 61 e 501 da CLT
 
- Independentes de ACT ou CCT. § 1º art. 61 CLT.
- Duração máxima da jornada de 12h (8+4). § 2º artigo 61 da CLT.
- Compensação por paralisação temporária: máximo 45 dias por ano;
máximo 2h diárias, com autorização de autoridade competente. § 3º
artigo 61 da CLT.
 
Súmula 291 do TST: Supressão das horas extras prestadas com
habitualidade durante pelo menos 1 ano: Indenização de 1 mês de horas
suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a 6 meses
Compensação de Jornada: Artigo 7º, XIII CF/88 e Súmula 85 do TST
 
- Para Compensação, deve haver acordo individual, ACT/CCT. Súmula 85, I, II, V do
TST.

- Se instituído por ACT/CCT, o acordo individual é inválido. Súmula 85, V do TST.

- O não atendimento às exigências gera o dever de pagar apenas o adicional das


horas extras, salvo se ultrapassou a jornada semanal, quando deve pagar a hora
acrescida do adicional. Súmula 85, III do TST.

- Prestação de horas extras habituais descaracteriza o regime. Súmula 85, IV do


TST.

- CLT Art. 59 § 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por


acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.
OBSERVAÇÃO:

Novo Art. 59-B da CLT: O não atendimento das exigências legais para
compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo
tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada
normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido
apenas o respectivo adicional.
 
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o
acordo de compensação de jornada e o banco de horas.
- Rescindido o contrato, se houver horas pendentes de compensação,
devem ser pagas com o respectivo adicional.
 
CLT Art. 59 § 3º: Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que
tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos
§§ 2º e 5º deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas
extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data
da rescisão.

- Menores de 18 anos só podem fazer compensação se instituído o regime


por ACT/CCT. Artigo 413, I da CLT.
 
-Semana Espanhola: 48h e 40h semanais alternadas. Permitida adoção. OJ
323 SDI-1.

- Semana Inglesa: Compensa o sábado.


- Súmula 444 do TST: Jornada 12x36: Permitida por ACT/CCT.
 
OBS: Novo Art. 59-A da CLT: Em exceção ao disposto no art. 59 desta
Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito,
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de
trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de
descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e
alimentação.
 
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no
caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados
compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando
houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
REGIME DE COMPENSAÇÃO POR BANCO DE HORAS
 
CLT Art. 59 § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força
de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia
for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira
que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas
semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de
dez horas diárias.
 
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado
por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período
máximo de seis meses.
Trabalho Noturno: Artigo 7º, IX CF/88 e Artigo 73 da CLT
 
CLT Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo
de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
 
CF/88 Art. 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
- Urbanos:

§1º art. 73: Hora Reduzida=52min.30s.

§2º art. 73: Entre 22h e 5h. Adicional de 20%.

§4º art. 73: Em horários mistos, a hora noturna deve ser


paga com adicional.

§5º art. 73: Cumprida integralmente e estendida a jornada,


aplica-se a mesma regra às horas prorrogadas. Súmula 60, II
do TST.
 
- Súmula 265 do TST: Transferência para horário diurno gera
perda do adicional.
 
- Súmula 213 do STF: Devido ao empregado sujeito ao regime
de turnos de revezamento (Entendimento contrário ao caput do
artigo 73 da CLT).

- Adicional integra a remuneração. Súmula 60, I do TST e OJ


97 SDI-1 do TST.

- Trabalho noturno proibido aos menores de 18 anos. Artigo


7º, XXXIII CF/88, 404 da CLT e 8º Lei n. 5.889/73.
Rural: Artigo 7º Lei n. 5.889/73

- Agricultura: entre 21h e 5h; Pecuária: Entre 20h e 4h. Sem


hora reduzida. Adicional 25%
 
- Portuário: OJ 60, I SDI-1 do TST
- Entre 19h e 7h. Sem hora reduzida. Adicional de 20%.
 
- Advogado Empregado: Artigo 20 § 3º Lei n. 8.906/94
- Entre 20h e 5h. Sem hora reduzida. Adicional de 25%.
Períodos de Repouso – Intervalos: Intrajornada, Interjornada, DSR,
Feriados
 
Intervalos Intrajornada: Não Remunerados – Artigo 71 da CLT
 
-De 4h até 6h de trabalho: 15min. § 1º Artigo 71 da CLT.

-Acima de 6h, limitada a 8h de trabalho: 1h, máximo 2h, salvo ACT/CCT.


Caput art. 71

-Não computados na jornada, não remunerados. § 2º Artigo 71 da CLT.

- Permitido redução por ato do MTE em empresa com refeitório próprio


e que não submete os trabalhadores ao exercício de horas extras. § 3º
Artigo 71 da CLT.
- Súmula 437, II do TST: Inválida cláusula de ACT/CCT prevendo redução
do intervalo intrajornada. (Higiene, Saúde e Segurança).

- Motoristas, Cobradores e fiscais podem fracionar devido à natureza do


serviço, desde que previsto em ACT/CCT. § 5º Artigo 71 da CLT.

- Súmula 437, I do TST: Não concessão gera dever de pagamento de 1h


extra acrescida do adicional de 50%. § 4º Artigo 71 da CLT.

- Súmula 437, III do TST: Quando pago, valor tem natureza de


remuneração.

- Súmula 437, IV do TST: Ultrapassada habitualmente a jornada de 6h,


devido intervalo de 1h, devendo remunerar o período de descanso não
usufruído.
- Artigo 5º Lei n. 5.889/73: Trabalho Superior a 6h: intervalo de acordo
com usos e costumes da região.
 
OBSERVAÇÃO:

Novo § 4º Art. 71 da CLT: A não concessão ou a concessão parcial do


intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados
urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do
período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o
valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Intervalos Intrajornada: Remunerados

- Computados na Jornada de Trabalho

- Artigo 72 da CLT: Mecanografia: Para cada 90min., 10min. de intervalo.


Digitadores: Súmula 346 do TST: aplica-se por analogia.

- Artigo 253 da CLT: Câmaras Frias: para cada 1h40min, 20min de intervalo.
Ambiente artificialmente frio: Súmula 438 do TST: aplica-se a regra.

- Artigo 298 da CLT: Minas de subsolo: Para cada 3h, intervalo de 15min.

- Artigo 229 da CLT: Telefonia, Telegrafia, Radiotelegrafia: Para cada 3h,


intervalo 20min.
 
- Súmula 118 do TST: Intervalos concedidos espontaneamente pelo
empregador, se acrescidos no final da jornada, devem ser remunerados.
Intervalos Interjornadas
 
Diário – Não Remunerado – Artigo 66 da CLT- 11h
 
OBS: OJ 355 SBDI-1 do TST.   INTERVALO INTERJORNADAS.
INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA.
ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT
O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta,
por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº
110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do
intervalo, acrescidas do respectivo adicional. 

OBS: Súmula nº 110 do TST JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO


No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal
de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para
descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive
com o respectivo adicional.
Semanal – Remunerado – DSR – Artigo 7º, XV CF/88, Artigos 67
e 68 da CLT, Lei n. 605/49, Decreto 27.048/49

 
- Artigo 68 da CLT: Trabalho aos Domingos depende de prévia
autorização do MTE.
 

- Artigo 6º Lei 10.101/2000: um domingo a cada 3 semanas nas


atividades de comércio.
- Súmula 113 do TST: Sábado dia útil não trabalhado para
empregados 40h semanais.
 
- Artigo 6º Lei 605/49: Direito de remuneração depende de
cumprimento integral da jornada semanal, salvo artigo 473 da CLT
e § 1º do Artigo 6º Lei n. 605/49, Artigo 320 § 3º da CLT, Artigo 7º,
XIX CF/88 c/c Artigo 10, § 1º ADCT, Súmula 155 TST (Falta para
comparecimento na Justiça do Trabalho).
 
- § 2º Artigo 6º Lei n. 605/49 – Atestados Médicos c/c Súmula 15 do
TST.
Cálculo do DSR – Artigo 7º Lei n. 605/49:

- Artigo 7º “a”: Valor de 1 dia para quem trabalha por dia, semana, quinzena, mês.
- Súmula 172 do TST: Computam-se no cálculo horas extras prestadas.
- Artigo 7º “b”: Para quem trabalha por hora = jornada normal de trabalho.
- Artigo 7º “c”: Para quem trabalha por tarefa ou peça = igual salário das tarefas ou
peças feitas durante a semana no horário normal, dividido pelos dias de serviços
efetivamente prestados.
 
- Súmula 27 do TST: Devido DSR e feriados aos comissionistas.
- § 2º Artigo 7º Lei n. 605/49: Consideram-se remunerados no valor do salário de
quem recebe por 15 ou 30 dias.
 
- Artigo 9º Lei n. 605/49: Compensar ou pagar em dobro se trabalhar no DSR.
Súmula
-
146 do TST: Tem natureza salarial.
Feriados Civis e Religiosos – Remunerados – Artigo 70 da CLT e Lei n.
9.093/95
 
- Comemorações. Mesmas regras da Lei n. 605/49 e Decreto 27.048/49.

- Lei n. 9.093/95 explica o que são feriados civis e religiosos.

- Vinculados às legislações Federais, Estaduais e Municipais.

- Podem outros serem concedidos por costumes. Pontos Facultativos.


Ex. Carnaval

- Aplica-se o Artigo 9º da Lei n. 605/49 e Súmula 146 do TST.

- Artigo 6º-A Lei n. 10.101/2000 – Permitido trabalho nas atividades de


comércio, desde que autorizado em ACT/CCT e observada legislação
municipal.
Descanso Anual: Das Férias

Base Legal:
- Artigo 7º, XVII CF/88 – Direito Indisponível
- Artigos 129 ao 153 da CLT
 
- Obrigação do Empregado: Não Trabalhar
Art. 138 CLT: Durante as férias, o empregado não poderá prestar
serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em
virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.
 
Obrigações do Empregador: Não Exigir Trabalho e Dar Salário
 
Art. 129 da CLT - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de
um período de férias, sem prejuízo da remuneração.
Direito ao Período de Férias - Contagem pela data de Admissão
 
-Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
 
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;   

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; 

III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas)
faltas. 

§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.   

§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
 
Faltas Justificadas:
 
- Artigo 131 da CLT: Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo
anterior, a ausência do empregado: 
 
I - nos casos referidos no art. 473;
 
Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou
aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela
Previdência Social;  
 
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; 
 
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o
desconto do correspondente salário; 
 
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão
preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e 
 
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133.  
Direito ao Gozo do Período de Férias

CLT Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um


só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o
empregado tiver adquirido o direito.
 
§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser
usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser
inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a
cinco dias corridos, cada um.
 
§ 2º (Revogado).
 
§ 3º É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede
feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
Aviso de Férias:
 
Artigo 135 da CLT: A concessão das férias será participada, por escrito, ao
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa
participação o interessado dará recibo. 
 
Escolha do Período das Férias:
 
Pelo Empregador - Artigo 136 da CLT: A época da concessão das férias será
a que melhor consulte os interesses do empregador. 
 
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período,
se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.
 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a
fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
Perda do Direito às Férias:
 
Artigo 133 da CLT: Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: 
 
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída;   
 
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;  
 
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação
parcial ou total dos serviços da empresa; e 
 
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais
de 6 (seis) meses, embora descontínuos. 
 
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência
Social. 

§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de


qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço. 
 
§ 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do
Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou
parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato
representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho.
Concessão Incorreta do Período pelo Empregador:
 
Penalidade Artigo 137 da CLT:  Sempre que as férias forem concedidas
após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a
respectiva remuneração. 
 
§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido
as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por
sentença, da época de gozo das mesmas.  
 
§ 2º - A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário
mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. 
 
§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão
local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter
administrativo.
OBSERVAÇÃO:

Súmula 450 do TST: FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA.


PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E
145 DA CLT. É devido o pagamento em dobro da remuneração
de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137
da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o
empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do
mesmo diploma legal.
Concessão Incorreta do Período pelo Empregador:
 
Súmula nº 81 do TST: FÉRIAS - Os dias de férias gozados após o
período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. 
 
Pagamento das Férias:
Art. 142 da CLT: O empregado perceberá, durante as férias, a
remuneração que lhe for devida na data da sua concessão.
 
Art. 145 da CLT: O pagamento da remuneração das férias e, se for
o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois)
dias antes do início do respectivo período.
Possibilidade de Converter 1/3 do Período em Abono:
 
Art. 143 da CLT: É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias
a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos
dias correspondentes. 
 
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do
período aquisitivo. 

§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser
objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva
categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono.
 
Abono não tem natureza remuneratória:
Art. 144 da CLT: O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido
em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de
convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não
integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho.
Das Férias Coletivas:
 
Art. 139 da CLT:  Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma
empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. 
 
§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum
deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.  
 
§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do
Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início
e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela
medida. 
 
§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos
representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso
nos locais de trabalho.

Art. 140 da CLT: Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na


oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.
Efeitos na Cessação do Contrato: Férias Vencidas devidas em
qualquer hipótese de extinção:
 
Art. 146 da CLT:  Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que
seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou
em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo
direito tenha adquirido. 
 
Contagem do período para pagamento na extinção Contratual:
 
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze)
meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por
justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de
férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos)
por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Efeitos na Cessação do Contrato:
 
Férias Proporcionais: Art. 147 da CLT:  O empregado que for despedido sem justa
causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de
completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período
incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.
 
OBS: Súmula nº 171 do TST: Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa
causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da
remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12
(doze) meses (art. 147 da CLT).
 
Súmula nº 261 do TST: FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE DEMISSÃO.
CONTRATO VIGENTE HÁ MENOS DE UM ANO. O empregado que se demite antes de
complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais.
Natureza Jurídica das Férias – Pagamento na Extinção do Contrato:
 
Natureza Remuneratória:
 
Art. 148 da CLT:   A remuneração das férias, ainda quando devida após a
cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art.
449.
 
OBS: OJ 195 SBDI-1 do TST: FÉRIAS INDENIZADAS. FGTS. NÃO
INCIDÊNCIA. Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias
indenizadas.
 
Aplicação de Prescrição Parcial:
 
Art. 149 da CLT: A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o
pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo
mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho.
Considerações sobre Convenção 132 da OIT: Aprovada pelo Brasil pelo
Dec. Legislativo 47 de 23 de Setembro de 1981:
 
Pontos Mais Benéficos:
 
- Art. 11: Direito Pecuniário às férias proporcionais após 6 meses de contrato
independente do modo de extinção contratual.
 
- Arts. 5º e 6º: Feriados e períodos de licença acidentária não computados
no período.

- Fracionamento com período mínimo de duas semanas.


Considere as informações abaixo sobre um trabalhador que
lhe procura para pedir informações:
 
Salário: R$ 3.000,00
Recebia Periculosidade = R$ 900,00
Remuneração: R$ 3.900,00
Exercia Jornada normal constitucional
 
Como Achar o Divisor de horas?
 

a) Na jornada de 8h diárias ou 44h semanais:

 
b) Na jornada de 6h diárias ou 36 horas semanais

 
Calcule:
 
a) Hora diurna normal de trabalho de acordo com a jornada normal
constitucional?
 
b) Hora noturna normal de trabalho de acordo com a jornada normal
constitucional?
 
c) 1 Hora extra diurna?
 
d) 1 Hora extra noturna?

e) O descanso semanal remunerado em horário diurno?

f) O descanso semanal remunerado em horário noturno?


MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
jgfernandes.adv@gmail.com

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