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Vibração livre
O problema de autovalor e autovetor
Ortogonalidade dos modos normais
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Vibração livre
O modelo matemático de um sistema mecânico, em sua forma mais geral, em
vibração livre sem amortecimento, é obtido fazendo a matriz amortecimento e
o vetor forçamento nulos na eq. (6.3):
.. .
(6.3)
[m] x [c] x [k] x F ( t )
..
[m] x [k] x 0 (6.55)
..
onde [m] e [k] são matrizes n x n e x , x e 0 são vetores n x 1
[k] [m] X 0
2 (6.61)
Não é qualquer valor de 2 que permite encontrar uma solução não trivial
X0
Para obter soluções não triviais (soluções em que o vetor das amplitudes seja
não-nulo), é necessário que o determinante da matriz da eq. (6.61) seja nulo:
[D] 2 [I] 0
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A expansão do determinante acima conduz a um polinômio de
grau n em 2
Solução
Primeiro, vamos obter a matriz dinâmica para depois achar seus autovalores:
[D] [m] 1[k]
2k k 0 2 1 0
Matriz rigidez: k k 2k k k 1 2 1
0 k k 0 1 1
m 0 0 1 0 0
Matriz massa: m 0 m 0 m0 1 0
0 0 m 0 0 1 6
Para inverter a matriz [m], vamos usar o MatLab:
>> m=[1 0 0;0 1 0;0 0 1];
>> inv(m)
ans =
1 0 0 2 1 0
k
[D] m [k ] 0 1 0 1 2 1
1
m
0 0 1 0 1 1
ans =
2 -1 0
-1 2 -1
0 -1 1
2 1 0
k
Logo: [D] 1 2 1
m
0 1 1
2
A seguir, usamos o determinante [D] [I] 0
2k k
2 0
2 1 0 1 0 0 m m
k 2 k 2k k
1 2 1 0 1 0 0 2 0
m m m m
0 1 1 0 0 1 k k
0 2
m m 8
Resolvendo o determinante, chegamos a uma equação cúbica em 2, a qual
fornece os seguintes autovalores:
k
12 0,19806
m
k
22 1,5553
m
2 k
3 3,2490
m
cujas raízes quadradas são as freqüências naturais:
k
1 0,44504
m
k
2 1,2471
m
k
3 1,8025
m
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Após obtermos as freqüências naturais, podemos substituí-las na eq. (6.61)
para encontrar os autovetores, os quais são os modos naturais de vibração
[k] [m] X 0
2 (6.61)
1,0 1,0
( 2) (3)
X X 1( 2) 0,4450 X X 1(3 ) 1,2468
0,8020 0,5544
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Ortogonalidade dos Modos Normais
Consideremos a i-ésima freqüência natural, i, e o seu correspondente
(i)
vetor modal, X
Evidentemente, a eq. (6.61) deve ser satisfeita, logo:
[k] [m] X 0
2
(6.61)
[k] X
( i) (i ) (i)
i2 [m] 0 2
i [m] X [k] X (6.69)
Simetria de [k]
T T T
(i ) ( j) ( j) (i ) (i) ( j)
2j X [m] X 2j X [m] X X [k] X (6.72)
Simetria de [m]
T
( j) (i)
Subtraindo a eq. (6.72) da eq. (6.71): (i2 2j ) X [m] X 0 (6.73)
K 11 0
K 22
K X T K X
(6.79)
...
0 K nn
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onde [X] é a chamada matriz modal, na qual a i-ésima coluna corresponde
ao i-ésimo vetor modal:
(1) (2) (n )
X X X ... X (6.80)
Em muitos casos, normalizamos os vetores modais de tal modo que a matriz [M]
seja igual à matriz identidade [I], ou seja:
T
( j) (i )
X [m] X 1, i 1,2,..., n (6.81)
12 0
22
K X T K X
(6.82)
...
2
0 n
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Ortonormalização dos Autovetores
Diz-se que um autovetor é ortonormal em relação à matriz massa [m] quando a
seguinte relação é satisfeita:
T
(i ) ( i)
X [m] X 1
Exemplo 6.11
Ortonormalizar os autovetores do Exemplo 6.10 em relação à matriz massa
Solução
Do Exemplo 6.10:
1 0 0
Matriz massa: m m0 1 0
0 0 1
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Autovetores:
1,0 1,0 1,0
(1) ( 2) (3)
X X 1(1) 1,8019 X X 1( 2) 0,4450 X X 1( 3 ) 1,2468
2,2470 0,8020 0,5544
T
(i ) (i )
X [m] X 1
1 0 0 1,0
i=1 X 1(1) 1,0 1,8019 2,2470m0 1 0 1,8019 1
0 0 1 2,2470
0,7370 0,5911
i=2 X 1( 2) X1( 2)
m i=3
m
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