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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

 GOVERNANÇA CORPORATIVA
 COMITÊ DE AUDITORIA
 METODOLOGIA
 GERENCIADOR DO TRABALHO DE AUDITORIA
 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA
 RISCOS DE AUDITORIA
 PARECER
 PROGRAMA DE AUDITORIA
 NOTAS EXPLICATIVAS
 PLANO DE AUDITORIA
 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
 FLUXOGRAMA DO PROCESSO
 RELATÓRIO DE CONTROLES
 AMOSTRAGEM
INTERNOS
 RELEVÂNCIA
 PAPÉIS DE TRABALHO
 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
GOVERNANÇA CORPORATIVA

 O QUE É GOVERNANÇA CORPORATIVA?

“Governança Corporativa é o conjunto de práticas que tem por


finalidade otimizar o desempenho de uma companhia ao proteger
todas as partes interessadas, tais como investidores, empregados e
credores, facilitando o acesso ao capital” (Cartilha da CVM/2002).

 “A Governança Corporativa são as práticas e os relacionamentos


entre os acionistas/cotistas, conselho de administração, diretoria,
auditoria independente e conselho fiscal, com a finalidade de
otimizar o desempenho da empresa e facilitar o seu acesso ao
capital” (IBGC).
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

CRESCIMENTO DA IMPORTÂNCIA DA GOVERNANÇA CORPORATIVA

ASPECTOS MACROECONÔMICOS

 A aceleração da desestatização em várias economias mundiais,


com ênfase na América Latina, afastou o Estado da produção e
colocou a gestão de empresas e atividades de prestação e geração
de serviços públicos sob controle da iniciativa privada.

 Fortalecimento da presença de investidores institucionais, em


particular de fundos de pensão e suas influências nos processos de
gestão e os problemas de “agência” eventualmente gerados (GC
dos próprios investidores x GC dos veículos investidos x interesses
gerais).

* Baseado em Fuller e Jensen, apud Zylberstajn (2003)


GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

CRESCIMENTO DA IMPORTÂNCIA DA GOVERNANÇA CORPORATIVA --


Continuação

ASPECTOS MACROECONÔMICOS -- Continuação

 Onda de fusões e aquisições iniciada nos anos 90, criando


corporações maiores, mais complexas e com problemas de controle
ampliados.
 Processo de desregulamentação legal e integração de mercados
muito acelerada, sem um modelo de proteção ou salvaguardas para
acionistas não controladores.
 Crises localizadas (Rússia, México, Brasil, Argentina etc) que
ganharam proporções e efeitos de crises globais demandando
estruturas de controle empresarial internacionalizadas, não
disponível em grande parte das empresas.
 Onda de escândalos em organizações, até então consideradas
modelos em GC.
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

CRESCIMENTO DA IMPORTÂNCIA DA GOVERNANÇA CORPORATIVA --


Continuação

ASPECTOS GERAIS

 Inicialmente muitos viam a GC como uma satisfação aos acionistas


dentro de uma prática de cristalização de uma boa imagem, mas o
“discurso era diferente da realidade”.

 De uma forma geral, todos dizem que adotam a GC, mas poucos a
praticam na plenitude do seu conceito, funcionando como se fosse
um departamento de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)
de acionistas.

 Fraudes contábeis, problemas com a postura de auditores


independentes e recomendações de consultores estão no epicentro
de grandes e recentes escândalos financeiros empresariais.
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

CRESCIMENTO DA IMPORTÂNCIA DA GOVERNANÇA CORPORATIVA --


Continuação

ASPECTOS GERAIS -- Continuação

 Prejuízos de investidores e falência de empresas determinam clamor


social por melhores práticas empresariais e maior rigor fiscalizatório.

 Adoção efetiva de práticas de Governança Corporativa ganha destaque


e se torna um dos diferenciais de postura empresarial mais respeitados
e valorizados pelo mercado.

 Legislação americana foi modificada pela aprovação da Lei SOX – de


autoria dos políticos Sarbanes e Oxley (2002).

 Muito se vem avançando em termos de GC, mas ainda há um longo


caminho a percorrer sobre a ampliação e difusão dos conceitos sobre o
tema.
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

ALGUNS MARCOS IMPORTANTES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA

 Resolução BACEN 3.081, de 29/05/2003, que determinou que as


instituições financeiras criassem “Comitês de Auditoria” até 31/12/2003
(prorrogado para 31/03/2004 pela Resolução 3.143, de 27/11/2003).

 Efeitos indiretos da legislação americana (Sarbanes & Oxley, de 2002)


sobre empresas brasileiras emissoras de ADRs e subsidiárias no Brasil
de empresas estrangeiras, fizeram com que a discussão sobre a
Governança Corporativa se desenvolvesse na prática, no tocante ao
cumprimento e adequação às novas normas legais que lhes foram
impostas.
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

ELEMENTOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA:

TRANSPARÊNCIA

PRESTAÇÃO
IGUALDADE
DE CONTAS
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

TRANSPARÊNCIA:

 Assegura que as informações materiais, precisas e comparáveis


de natureza financeira, operacional, desempenho, patrimonial e
de governança da companhia serão disponibilizadas no
momento adequado.

 Lei das S/A art. 157 e Instrução CVM 358/01.


GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

TRANSPARÊNCIA -- Continuação

TRANSPARÊNCIA -
INFORMAR
ADEQUADAMENTE:

PROPRIETÁRIOS CONSELHO DE CONSELHO


ADMINISTRAÇÃO FISCAL

SOCIEDADE AUDITORES
STAKEHOLDERS
EM GERAL INDEPENDENTES
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

TRANSPARÊNCIA -- Continuação

“Mais do que a “obrigação de informar”, a Administração


deve cultivar o “desejo de informar”, sabendo que a
comunicação interna e externa, particularmente quando
espontânea, franca e rápida, resulta um clima de confiança, tanto
internamente, quanto nas relações da empresa com terceiros. A
comunicação não deve restringir-se ao desempenho econômico-
financeiro, mas deve contemplar também os demais fatores
(inclusive intangíveis) que norteiam a ação empresarial e que
conduzem à criação de valor.” (Código das Melhores Práticas de
GC, IBGC, 2004).
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

PRESTAÇÃO DE CONTAS:

 Assegura que a orientação estratégica da companhia, a efetiva


supervisão da gerência pelo conselho de administração e que o
controle dos atos da companhia estão sendo monitorados e
avaliados.

 Lei das S/A art. 153 e 155.


GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

PRESTAÇÃO DE CONTAS -- Continuação

EXECUTIVO
CONSELHO DE PRINCIPAL E
ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA

PREST. DE CONTAS

AUDITORES CONSELHO FISCAL


INDEPENDENTES
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

IGUALDADE:

TRATAR OS
ACIONISTAS:

JUSTIÇA IMPARCIALIDADE
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

VISÃO GERAL Comunidade de Investimento

o
çã
PROPRIETÁRIOS

lga

Au
vu

d
ito
Di
Acionistas

res
Governo e Comunidade

Ex
AGENTES FIDUCIÁRIOS
Financeira

te
Órgãos

rno
Normativos

s
Conselho de
Administração
Comitê de Outros

Au
Auditoria Conselhos ou Comitês
ão

d it

ore
ni c

sI
DIRETORIA EXECUTIVA
mu

nte
Co

Código de

r
no
Controles Gerenciamento Políticas

s
Conduta
Internos de Risco e
e Ética Procedimentos

Administração das Linhas de Administração das Unidades de Negócios


Negócios

Ambiente
de Negócios
GOVERNANÇA CORPORATIVA --
Continuação

AS PRÁTICAS MAIS USADAS PELAS EMPRESAS PARA INFLAR LUCROS


E PARECER MAIS ATRAENTES AOS INVESTIDORES (Baseado em
material original do Prof. Rohan Lima):

QUEM FEZ: WorldCom QUEM FEZ: Enron


O TRUQUE: “Trocando as O TRUQUE: “Esconde - esconde”
bolas”
COMO: Com participações em pequenas
COMO: É uma maneira empresas que não constavam no balanço, a
extremamente simples de Enron escondeu bilhões em dívidas. No
manipular resultados. O que a último balanço publicado, a empresa
WorldCom fez foi colocar no superestimou os lucros em quase 600
balanço 3,8 bilhões de dólares milhões de dólares e fez desaparecer dívidas
como investimentos - quando, de quase 650 milhões de dólares. A mágica
na verdade, eram despesas. contábil não parou por aí. Além de esconder
Especialistas dizem que os os passivos, a Enron também vendeu bens a
auditores da Andersen (os essas empresas por preços
mesmos da Enron) deveriam ter supervalorizados, a fim de criar falsas
descoberto a falcatrua. receitas.
GOVERNANÇA EM TI

O objetivo da Governança em TI é o de afiançar que as


estruturas e processos internos garantam que a tecnologia da
informação suporte e maximize a missão e as estratégias da
organização de uma entidade. Para tanto, busca-se controlar,
auditar e avaliar a operacionalização e a qualidade dos
serviços e equilibrar os riscos do retorno sobre os
investimentos, ou seja, garantir o equilíbrio entre os riscos e
os retornos sobre as atividades e processos.
GOVERNANÇA EM TI -- Continuação

Vantagens na Governança de TI

As vantagens da Governança de TI podem ser listadas como as seguintes:

 alinhar as estratégias de TI com as do negócio;

 mais capacidade e agilidade para novos modelos de negócios ou ajustes nos


modelos atuais;

 explicita a relação entre aumento nos custos de TI e aumento no valor da


informação;

 mantém os riscos de negócio sob controle;

 explicita a importância da TI na continuidade dos negócios;

 mede e melhora continuamente a performance de TI.


COMITÊ DE AUDITORIA

O funcionamento do comitê de auditoria deve ser semelhante ao


de um comitê do conselho de administração. Sua difusão é
bastante grande nos Estados Unidos, onde o mercado de
capitais é desenvolvido. Principalmente neste país, o comitê de
auditoria dedica-se:

 À averiguação dos controles internos;


 Ao gerenciamento da implantação e observância dos padrões
éticos e legais;
 À revisão periódica de todo o seu sistema contábil; e

 Ao acompanhamento dos trabalhos de auditoria interna e


externa.
METODOLOGIA

1 2 3 4 5
Desenvolvimento Elaboração do Execução dos Comunicação
Avaliação de
de Plano de testes de dos Resultados
Riscos
Expectativas Auditoria auditoria

Principais Processos do Desenvolvimento de Expectativas

Algumas questões discutidas durante o desenvolvimento de expectativas

 Aspectos típicos do processo de auditoria:  Identificação dos processos da organização e


- Identificação dos processos - escopo da estrutura organizacional
- Fatores a serem considerados no Plano de  Definição do Formato dos relatórios
Auditoria  Protocolo para contatos com o Comitê de
- Critérios para avaliação do risco Auditoria
 Entendimento dos objetivos do negócio  Protocolo para comunicação de divergências ou
 Foco da Auditoria Interna problemas identificados durante o projeto
 Definição do Comitê de Auditoria
 Definição do “facilitador”
METODOLOGIA -- Continuação

1 2 3 4 5
Desenvolvimento Elaboração do Execução dos Comunicação
Avaliação de
de Plano de testes de dos Resultados
Riscos
Expectativas Auditoria auditoria

Avaliação dos Riscos: Probabilidade e Impacto


A avaliação geral do risco é efetuada através da ponderação da análise de impacto
versus análise de probabilidade, conforme demonstrado na matriz a seguir:

Legenda:
A Moderado Alto Alto
A - Alto
M - Moderado
IMPACTO

Baixo Moderado Alto


M B - Baixo

Baixo Baixo Moderado


B
B M A
PROBABILIDADE
METODOLOGIA -- Continuação

1 2 3 4 5
Desenvolvimento Elaboração do Execução dos Comunicação
Avaliação de
de Plano de testes de dos Resultados
Riscos
Expectativas Auditoria auditoria

PROBABILIDADE X IMPACTO

Impacto Probabilidade

Alto – Reduz a habilidade de se alcançar os objetivos e Alto – Acima de 66% de chance de ocorrência;
estratégias do negócio;

Moderado – Alteração na operação normal com efeito Moderado – Acima de 33% de chance de
limitado na realização dos objetivos e estratégias do ocorrências;
negócio;
Baixo – Baixo impacto na realização dos objetivos e Baixo – Mínimas chances de ocorrências.
estratégias de negócio.
METODOLOGIA -- Continuação

1 2 3 4 5
Desenvolvimento Elaboração do Execução dos Comunicação
Avaliação de
de Plano de testes de dos Resultados
Riscos
Expectativas Auditoria auditoria

Principais Processos da Elaboração do Plano de Auditoria

Montar o
Análise da Definição do volume Apresentar , discutir e
Priorização dos Programa de testes
importância de cada de horas disponíveis Aprovar a priorização e o
processos a serem de auditoria
processo (considera os dados e nível de cobertura Plano de Auditoria
auditados (testes a realizar,
da matriz de risco) por processo com o Comitê do cliente
horas e cronograma)

Fontes de Informação Níveis de Cobertura


1. Expectativas de cobertura do 1. Efetuada pela Auditoria Interna
cliente 2. Efetuada pela Auditoria Externa
2. Matriz de Avaliação de Riscos 3. Efetuada por Outros
3. Planejamento de horas e Especialistas
recursos para o projeto (Impostos, consultores, órgãos
regulamentadores etc.)
4. O que “Não Será Aplicável”
5. O que “Não Será Testado”
METODOLOGIA -- Continuação

1 2 3 4 5
Desenvolvimento Elaboração do Execução dos Comunicação
Avaliação de
de Plano de testes de dos Resultados
Riscos
Expectativas Auditoria auditoria

Principais Processos de Execução dos Testes de Auditoria


Avaliar resultados Desenvolver
Solicitar bases de Efetuar os Montar relatório
dos testes e Plano de Ação
dados/ documentos testes de Final
discutir com Para minimizar
do cliente controle do Projeto
Responsáveis do cliente Risco residual

Resultados dos Testes


• Risco Residual após exceção encontrada em nossos testes
sobre os controles existentes
•Verificar se o erro foi fato isolado ou se é recorrente
• Analisar ocorrência com todo o universo de operações ou um
grupo específico
• Documentar as causas e o impacto do erro
• Atestar se a ocorrência é falha de execução dos procedimentos
ou de documentação
• Possíveis impactos decorrentes dos riscos residuais
(financeiros, estratégicos, de mercado, de performance etc)
• Nosso Plano de Ação para minimizar os Riscos residuais
METODOLOGIA -- Continuação

1 2 3 4 5
Desenvolvimento Elaboração do Execução dos Comunicação
Avaliação de
de Plano de testes de dos Resultados
Riscos
Expectativas Auditoria auditoria

Principais Processos da Comunicação dos Resultados


Relatório de Auditoria
PROCESSOS AUDITADOS
• Resumo das avaliações dos riscos detectados
e seus controles por processo auditado
• Sumário Executivo
• Relatório Detalhado
• Value Score Card
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

1
Desenvolvimento
de
Expectativas

O auditor deve planejar seu trabalho consoante às normas profissionais


de auditoria e de acordo com os prazos e demais compromissos
contratualmente assumidos com a entidade.

O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre a


atividade, fatores econômicos, legislação aplicável, práticas operacionais
da entidade e nível geral de competência de sua administração.

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução


dos trabalhos, especialmente os seguintes:

 Conhecimento detalhados das práticas contábeis e controles internos;


 Entendimento dos sistemas de informação;
 Riscos de auditoria e as áreas chaves;
 Estrutura da entidade; filiais, partes relacionadas etc
 Uso de trabalho de outros auditores.
RISCOS DE AUDITORIA
2
Avaliação de
Riscos

 Identifica e prioriza os riscos, e avalia os controles;


 Documenta os riscos e os respectivos controles em

detalhes;
 Fornece visão consolidada dos riscos e controles;
 Melhora a eficiência por meio da consolidação dos

resultados em um formato que facilita as auditorias em


diversas localidades;
 Fornece suporte às decisões sobre a alocação dos

recursos de auditoria em áreas de maior risco; e


 Oferece assistência ao auditor para agregar valor

por meio do fornecimento de idéias das melhores


práticas.
FLUXOGRAMA DO PROCESSO

O fluxograma é o gráfico de rotinas que representa de forma dinâmica o


fluxo, seu canal com as respectivas fases ou passos e seqüência normal
de um trabalho.

Podemos definir fluxograma como sendo o gráfico que representa a


seqüência de um trabalho de forma analítica, caracterizando as
operações e os agentes executores, assim como o canal do fluxo de
comunicações e informações.

Principais Vantagens do Fluxograma

 Possibilita visualizar, localizar,


corrigir e eliminar os movimentos
desnecessários; e
 Possibilita estudar, corrigir e obter
seqüência das fases dos processos.
3 PROGRAMA DE AUDITORIA
Elaboração do
Plano de
Auditoria

O programa de auditoria é o plano de ação voltado para


orientar e controlar a execução dos exames de auditoria.

As vantagens fornecidas pelo programa de auditoria são:


 Estabelecer a forma adequada de realização dos
trabalhos;
 As considerações feitas pelo auditor para a
determinação de seu trabalho;
 Controlar o tempo despendido na realização do
trabalho;
 A seqüência lógica de realização do trabalho; e
 Evidência dos trabalhos e quaisquer modificações
ocorridas em relação ao original.
3
Elaboração do PROGRAMA DE AUDITORIA --
Plano de Continuação
Auditoria

Para a elaboração adequada de um programa de


auditoria, deve-se sempre levar em consideração:

 Definição dos objetivos da área ou tarefas a auditar;


 Avaliação do controle interno como base para
extensão e profundidade do trabalho a ser realizado;
 Avaliação da relevância; e
 Definição dos procedimentos de auditoria e o
momento de sua aplicação.
3 PROGRAMA DE AUDITORIA --
Elaboração do
Plano de
Auditoria Continuação

PROGRAMA DE AUDITORIA FOLHA: ER


  1
DEPARTAMENTO: ASSUNTO:
Administração de Produção Regionais
    TRABALHO  
       
ROTEIRO DATA ELABORADOR REFERÊNCIA

         
I PREPARAÇÃO DO TRABALHO
   
     
1 Deve-se manter sigilo quanto a ida do Auditor à Regional a ser
  auditada.
    
2 Inicialmente o Auditor deverá obter informações da Regional a
ser auditada. Esses dados deverão ser colhidos através de:
 
2.1 - Relatório da Auditoria anterior, quando aplicável
 
O Auditor deverá atentar para as principais irregularidades
ocorridas naquela época.
 
2.2 - Normas e Procedimentos
 
O Auditor deverá obter todas as normas emitidas
exclusivamente para Regionais.
 
2.3 - Reunião com a Coordenadoria das Regionais
 
O Auditor deverá entrevistar o Gerente da Administração de
Produção, solicitando-lhe informações que poderão ser úteis
para a Auditoria.
 
3 PLANO DE AUDITORIA
Elaboração do
Plano de
Auditoria
4 PAPÉIS DE TRABALHO
Execução dos
testes de
auditoria

O auditor deve documentar, por meio de papéis de trabalho,


todos os elementos significativos dos exames realizados que
evidenciam ter sido a auditoria executada de acordo com as
normas aplicáveis.

Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe


suficientes para propiciar a compreensão do planejamento, da
natureza, da oportunidade e extensão dos procedimentos de
auditoria aplicados, bem como o julgamento exercido pelo
auditor e as conclusões alcançadas.

Os papéis de trabalho devem ser elaborados, organizados e


arquivados de forma sistemática e racional, devendo ficar
guardados pelo período de cinco anos contados da data de
emissão do parecer / relatório.
PROGRAMA DE AUDITORIA --
Continuação

Referência: Trata-se da indicação no papel de trabalho,


devidamente codificado, onde o procedimento de
auditoria foi realizado, o que auxilia e permite fácil
localização do serviço executado pelo auditor.

Exemplo:

C1, C2, C3 = Caixa


B1, B2, B3 = Bancos
A1, A2, A3 = Contas a Receber
GERENCIADOR DO TRABALHO
DE AUDITORIA
AMOSTRAGEM

Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de


seleção de itens a serem testados, o auditor pode empregar
técnicas de amostragem.

O auditor deve projetar e selecionar uma amostra de auditoria,


aplicar a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os
resultados da amostra, de forma a proporcionar evidência de
auditoria suficiente e apropriada.

A amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o


volume de transações realizadas pela entidade na área ou
transação objeto de exame e com os efeitos na posição
patrimonial e financeira da entidade, bem como com o resultado
por ela obtido no período.
AMOSTRAGEM -- Continuação

Na determinação da amostra, o auditor deve levar em


consideração os seguintes fatores:

 População objeto da amostra;


 Estratificação da amostra;
 Tamanho da amostra;
 Risco da amostragem;
 Erro tolerável; e
 Erro esperado.

Na seleção de amostra, devem ser considerados:

 Seleção aleatória;
 Seleção sistemática, observando um intervalo constante entre
as transações realizadas; e
 Seleção casual, a critério do auditor, baseada em sua
experiência profissional.
RELEVÂNCIA

Os exames de auditoria devem ser planejados e


executados na expectativa de que os eventos
relevantes relacionados com as demonstrações
contábeis sejam identificados.

A relevância deve ser considerada pelo auditor quando:


 Determinar a natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos de auditoria;
 Avaliar os efeitos das distorções sobre os saldos,
denominações e classificações das contas; e
 Determinar a adequação da apresentação e da
divulgação das informações contábeis.
TESTES DE OBSERVÂNCIA

Os testes de observância são, também, denominados de testes de


aderência ou testes de controle.

Santi (1988, p. 88) define testes de observância como o conjunto de


procedimentos de auditoria destinados a confirmar se as funções
críticas de controle interno, das quais o auditor dependerá nas fases
subseqüentes da auditoria, estão sendo efetivamente executadas.

Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a


existência, efetividade e continuidade dos controles internos. A Norma
Brasileira de Contabilidade – NBC T 11, de 17.12.1997, emitida pelo
Conselho Federal de Contabilidade, em seu item 11.1.2.2, descreve que
os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de
que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela
administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento.
TESTES SUBSTANTIVOS

Testes substantivos são definidos por Santi (1988, p. 52) como


procedimentos de auditoria destinados a obter competente e razoável
evidência da validade e propriedade do tratamento contábil das
transações e saldos.

Os testes substantivos são procedimentos de auditoria aplicados para


constatar a razoabilidade ou não das transações e saldos contábeis
registrados. Têm como intuito a verificação da existência de distorções
materiais nas demonstrações contábeis.

A Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 11, de 17. 12.1997, do


Conselho Federal de Contabilidade, em seu item 11.1.2.3, explicita que os
testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da
entidade.
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Procedimentos de auditoria são as técnicas utilizadas pelo auditor para a


obtenção de provas ou evidências sobre os atos e fatos examinados:

 Exame físico;
 Confirmação ou Circularização;
 Exame dos documentos;
 Conferência de cálculo;
 Exame da escrituração;
 Investigação;
 Inquérito;
 Correlação de Informações; e
 Observação.
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
-- Continuação

Exame Físico
 
Comprovação física do bem ou do material quanto à quantidade, existência
física, autenticidade e qualidade. Exemplos: contagem de caixa, estoques,
bens patrimoniais etc.

Confirmação e Circularização
 
Prova que se obtém por meio da declaração de terceiros, pessoas físicas
ou jurídicas, independentes da empresa, que tenham a haver ou devem
algum valor à empresa. Exemplos: confirmação de contas a receber, saldos
bancários, contas a pagar etc.
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
-- Continuação

Exame de Documentos
 
Exame de documentação comprobatória das operações realizadas pela
empresa, quanto à autenticidade, normalidade, aprovação, registro e
arquivamento.

Conferência de Cálculos
 
Trata-se da realização dos cálculos
contidos nos documentos. Exemplo:
cálculo de listagens ou fichas de
controle de estoque, depreciação de
bens patrimoniais, juros ativos e
passivos.
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
-- Continuação

Exame de Escrituração
 
Consiste na constatação da veracidade dos registros de contas a pagar/
receber, conciliações bancárias, controles de estoques, controles de custos
etc.

Investigação
 
Exame minucioso de todo o processo administrativo. Exemplo: exame
detalhado em despesas de viagens, custos inclusos nas vendas,
pagamentos etc.

Inquérito
 
Técnica que consiste na realização de perguntas criteriosas sobre uma
questão, de modo a obtermos respostas satisfatórias.
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
-- Continuação

Correlação de Informações
 
Relação de informações de um mesmo processo.
Exemplo: cruzamento de informações da área de crédito
com as obtidas no controle de contas a receber ou no
registro sobre o volume de vendas.

Observação
 
Exame em que o auditor aplica sua habilidade de constatação visual.
Exemplo: acompanhamento de sorteios, riqueza exterior incompativel com
o poder aquisitivo, materiais obsoletos no estoque etc.
PARECER

NORMAS DO PARECER DOS AUDITORES

5
Comunicação
dos Resultados INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS

Tais normas constam da Resolução nº 830/98, de 11


de dezembro de 1998, do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), que aprovou a interpretação
Técnica NBC T 11 – IT – 05.

Essa Interpretação Técnica (IT) visa explicar o item


11.3 da Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 11
– Normas de Auditoria Independentes das
Demonstrações Contábeis, revisada em dezembro de
1977, referente ao Parecer dos Auditores
Independentes, nesta IT denominada Parecer, título
que deve ser usado para distingüi-lo dos pareceres ou
relatórios emitidos por outros órgãos.
PARECER -- Continuação

Estrutura do parecer dos auditores independentes,


responsabilidades, data e local

“1. O parecer emitido pelo auditor independente, nesta IT


denominado auditor, compõe-se, basicamente, de três parágrafos:

a) o referente à identificação das demonstrações contábeis e à


definição das responsabilidades da administração e dos auditores;

b) o relativo à extensão dos trabalhos; e

c) o que expressa a opinião sobre as demonstrações contábeis.

2. Em condições normais, o parecer é dirigido aos acionistas, cotistas


ou sócios, ao conselho de administração ou à diretoria da entidade,
ou outro órgão equivalente, segundo a natureza desta. Em
circunstâncias próprias, o parecer é dirigido ao contratante dos
serviços.
PARECER -- Continuação

3. O parecer deve identificar as demonstrações contábeis sobre as


quais o auditor está expressando sua opinião, indicando, outrossim, o
nome da entidade, as datas e períodos a que correspondem.

Salvo declaração expressa em contrário, constante do parecer,


entende-se que o auditor considera adequadas e suficientes, para o
entendimento dos usuários, as informações divulgadas nas
demonstrações contábeis, tanto em termos de conteúdo quanto de
forma.

O parecer do auditor independente tem por limite os próprios


objetivos da auditoria das demonstrações contábeis e não
representa, pois, garantia de viabilidade futura da entidade ou algum
tipo de atestado de eficácia da administração na gestão dos
negócios.
PARECER -- Continuação

4. O auditor deve mencionar, no seu parecer, as responsabilidades


da administração e suas, evidenciando que:

a) a administração é responsável pela preparação e pelo conteúdo


das demonstrações contábeis, cabendo ao contabilista, que as
assina, a responsabilidade técnica; e

b) o auditor é responsável pela opinião que expressa sobre as


demonstrações contábeis, objeto dos seus exames.

5. O auditor deve, no seu parecer, declarar se o exame foi efetuado


de acordo com as normas de auditoria.
PARECER -- Continuação

6. O parecer deve, ainda, conter a descrição concisa dos trabalhos


executados pelo auditor, compreendendo:

a) planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos


saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controle
interno da entidade;

b) execução dos procedimentos com base em testes; e

c) avaliação das práticas e das estimativas contábeis adotadas, bem


como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em
conjunto.

7. O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se as


demonstrações contábeis, em todos os aspectos relevantes, na
opinião do auditor, estão adequadamente representadas ou não,
consoante às disposições contidas no item 11.1.1.1 da NBC T 11.
PARECER -- Continuação

8. Na data do parecer, o dia deve corresponder


ao da conclusão dos trabalhos da entidade
auditada, objetivando informar ao usuário que
foi considerado o efeito, sobre as demonstrações
contábeis e sobre o parecer, de transações e
eventos ocorridos entre a data de encerramento do
período a que se referem as demonstrações
contábeis e a data do parecer.
“Auditoria Interna, um
investimento que traz
retornos no desempenho
das Organizações”
PARECER -- Continuação

9. Poderão ocorrer situações em que haverá necessidade de menção


de mais de uma data ou atualização da data original. Essas situações
decorrem de transações e eventos subseqüentes à conclusão dos
trabalhos, e anteriores à emissão de parecer, considerados
relevantes para a opinião do auditor. Nessas circunstâncias, o auditor
poderá optar por uma das duas alternativas:

a) estender os trabalhos até a data do novo evento, de modo a emitir


o parecer com a data mais atual; ou

b) emitir o parecer com data dupla, ou seja, mantendo a data original


para as demonstrações contábeis, exceto quanto a um assunto
específico, adequadamente divulgado nas notas explicativas. Por
exemplo: “13 de fevereiro de 200x, exceto quanto à Nota
Explicativa 21 às demonstrações contábeis, para a qual a data é
31 de março de 200x”.
PARECER -- Continuação

10. O parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsável


pelos trabalhos, e conter seu número de registro no Conselho
Regional de Contabilidade.

11. Caso o trabalho tenha sido realizado por empresa de auditoria, o


nome e o número de registro cadastral no Conselho Regional de
Contabilidade também devem constar no parecer”.

Conforme a natureza da opinião da auditoria, o parecer pode ter a


seguinte classificação:

 parecer sem ressalva;


 parecer com ressalva;
 parecer adverso;
 parecer com abstenção de opinião.
PARECER -- Continuação

PARECER SEM RESSALVA

O parecer sem ressalva indica que o auditor está


convencido de que as demonstrações contábeis
foram elaboradas consoante aos Princípios
Fundamentais de Contabilidade e às Normas
Brasileiras de Contabilidade e, no que for
pertinente, à legislação específica.
PARECER -- Continuação

PARECER COM RESSALVA

O parecer com ressalva é emitido quando o auditor


concluir que o efeito de qualquer discordância ou
restrição na extensão de um trabalho não é de tal
magnitude que requeira parecer adverso ou
abstenção de opinião.
PARECER -- Continuação

PARECER ADVERSO
O auditor emite opinião de que as demonstrações
contábeis não estão adequadamente
representadas, nas datas e períodos indicados.

O auditor deve emitir parecer adverso quando


verificar que as demonstrações contábeis estão
incorretas ou incompletas, em tal magnitude que
impossibilita a emissão de parecer com ressalva.
PARECER -- Continuação

PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO

Parecer com abstenção de opinião é aquele em que


o auditor deixa de emitir opinião, sobre as
demonstrações contábeis, por não ter obtido
comprovação suficiente para fundamentá-la.

A abstenção de opinião em relação às


demonstrações contábeis tomadas em conjunto não
elimina a responsabilidade do auditor de mencionar,
no parecer, qualquer desvio relevante que possa
influenciar a decisão do usuário dessas
demonstrações.
NOTAS EXPLICATIVAS

As demonstrações financeiras devem se


complementadas por notas explicativas, quadros
analíticos ou outras demonstrações contábeis
necessárias à plena avaliação da situação e da
evolução patrimonial da empresa.

A lei enumera o mínimo dessas notas e induz à


ampliação quando for necessário para o devido
“esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício”.
NOTAS EXPLICATIVAS -- Continuação

Nesse mínimo incluem-se:

 A descrição dos critérios de avaliação dos


elementos patrimoniais;
 As práticas contábeis adotadas;
 As reavaliações;
 Os detalhamentos das dívidas de longo prazo;
 O capital e os investimentos relevantes em outras
empresas; e
 Os eventos subseqüentes importantes após a
data do balanço.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Não faz parte das


Demonstrações
Financeiras
propriamente ditas, mas
a lei exige a
apresentação desse
relatório que deve
evidenciar os negócios
sociais e principais fatos administrativos ocorridos no
exercício, os investimentos em outras empresas, a política
de distribuição de dividendos e de reinvestimento de lucros
etc.
RELATÓRIO DE CONTROLES
INTERNOS
É o produto esperado do
processo de auditoria
interna, ao término de
todos os procedimentos
envolvidos e do
desenvolvimento de
todas as operações
integrantes de sua
execução.
Ponto Suporte Controle Recomendação Plano de ação a ser
de documental Interno elaborada pelo preenchido pelo auditado.
auditoria do ponto se auditor Deverá constar o resumo
com um encontrado existente do plano e a data de
breve implantação
resumo
BIBLIOGRAFIA

Auditoria de Processos Organizacionais – Autor: Sérgio Vidal dos Santos Dias –


Editora Atlas;
Curso Básico de Auditoria – Autores: Luís Martins de Oliveira, André Diniz Filho –
Editora Atlas;
Curso Prático – Auditoria Administrativa – Autor: Jorge Augusto R. de Oliveira –
Editora Saraiva;
Auditoria Interna – Embasado Conceitual e Suporte Tecnológico – Autora: Maria
Goreth Miranda Almeida Paula – Editora Atlas;
Auditoria – Conceito e Aplicações – Autor: William Attie – Editora Atlas;

Material de Apoio:
 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
 Instituto dos Auditores Internos do Brasil – Audibra
 Pricewaterhousecoopers
 Ernst & Young
 KPMG
 Deloitte

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