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PEDIATRIA

A pediatria é o ramo da medicina que se


especializa na saúde e nas doenças das
crianças. Trata-se de uma especialidade
médica que se centra nos pacientes desde
o momento do nascimento até à
adolescência

Enfª Alessandra
AFECÇÕES DA
CRIANÇA
 A cura das afecções da criança e o êxito do
tratamento em um ambiente hospitalar não
dependem exclusivamente do nível científico do
pediatra, de um cuidadoso exame físico ou de
uma perfeita prescrição médica; o trabalho da
equipe de enfermagem é imprescindível.
Ademais, uma conduta profissional integrada e
co-responsável - médico/equipe de enfermagem -
é de valor inestimável na tarefa de tratar e curar
as crianças que chegam a necessitar de
atendimento hospitalar, que por certo estaria
potencializada se contasse com a participação
ativa da família.
ATENDIMENTO
HUMANIZADO
 A hospitalização da criança é um fenômeno traumatizante, pois a mesma
vivencia situações de medo e angustia pelo afastamento do seu ambiente
familiar, do convívio com as pessoas queridas e de suas atividades
diárias. Humanizar o ambiente pediátrico durante a internação é de
suma importância, e a inserção da família no cuidado em pediatria
favorece ao cuidado mais humano.
 A presença dos pais ou responsáveis traz para a criança segurança, desta
forma, o cuidar em pediatria deve estar voltado não só para a criança,
mas considerar a mesma e seu familiar como clientes, sendo assim o
profissional deve estar atento para os sentimentos enfrentados pelos
familiares durante a fase da hospitalização.
 O acompanhante é uma pessoa significativa para a criança, sendo um
representante de sua rede social que vai acompanhá-lo durante a
permanência no ambiente hospitalar (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).
 A importância do relacionamento humanizado no âmbito hospitalar com
o familiar da criança permite um olhar decisivo para a assistência,
trazendo e inserindo uma nova forma de cuidado para a criança com a
participação intensa da família estabelecendo vínculos entre o
profissional- criança – família.
HUMANIZAÇÃO EM
PEDIATRIA
 Falar em humanização, nos cuidados pediátricos, tem
um significado mais relevante e essa relevância se
dá, por um lado, à imaturidade da criança em
compreender a sua situação clínica, o ambiente e
rotinas hospitalar e todos os tratamentos a que é
sujeita; e, por outro, à vulnerabilidade do
afastamento do seu meio familiar; de sua rotina;
brinquedos e brincadeiras.
 A falta da humanização da equipe descreve a
experiência hospitalar da criança como
frequentemente fracionada, onde a criança é
segmentada “[…] em órgãos ou em patologias, sendo
até mesmo apontada, por alguns profissionais, pelo
número de seu leito.
MEDIDAS HUMANIZADAS
PARA ASSISTÊNCIA
PEDIÁTRICAS.
Entre as medidas internas de humanização
pediátrica nos hospitais, destacam-se:
 A possibilidade da criança ter um
acompanhante;
 O encorajamento dos pais para assumirem
um papel ativo no cuidado da criança;
 Receber visitas;
 a disponibilidade de espaços lúdicos (por
exemplo, brinquedotecas);
 Decoração lúdica
CUIDADOS DE
ENFERMAGEM NA
ASSISTENCIA PEDIATRIA
Temos como premissa que a Criança não é
um “ Adulto Pequeno”; como alguns
profissionais erroneamente descrevem.
O cuidado com a criança vai muito além do
Medicamentoso; abrange o cuidado também
com o acompanhante que por muitas vezes
estão totalmente perdidos com a doença do
ente querido.
SINAIS VITAIS
São medições mais frequentes obtidas pela
equipe de Saúde.
 Temperatura
 Pulso
 Pressão arterial
 Frequência respiratória
 A dor seria o 5º sinal vital
Essas medidas são indicadores do estado de
saúde, devido a sua importância elas são
referidas como Sinais Vitais.
SINAIS VITAIS
 A avaliação dos sinais vitais permite
identificar necessidades básicas dos
pacientes. É uma maneira rápida e
eficiente. Os sinais vitais e outras
medições fisiológicas são a base para
solução de problemas clínicos.
TEMPERATURA
 O ser humano é mantido em uma
temperatura constante em torno de 37ºC,
sendo que as extremidades do corpo
podem se apresentar em menor
temperatura
 Recém nascido: mecanismos de controle
de temperatura são imaturos.
FEBRE

- Aumento anormal da temperatura corporal devido à produção excessiva de calor e incapacidade


dos mecanismos de perda de calor acompanharem o ritmo da produção de calor.
 Mecanismos de defesa importante Ativação do sistema imune reduz concentração de ferro no
plasma sanguíneo suprimindo o crescimento de bactérias.
 Altera outros Sinais vitais:
 Frequência cardíaca
 Frequência respiratória.
LOCAIS PARA
AFERIÇÃO DA
TEMPERATURA
 Axilar – mais comum (3minutos)
 Oral (3 minutos)
 Retal (3 minutos) – local utilizado em caso
específicos(ex: apêndice); conta- indicado em
RN; ou portadores de doenças anal e retal.
 Auricular (3 minutos)
 Frontal (a pele deve estar seca para uma aferição
fidedigna; aponta-se o termômetro no centro da
região frontal e corre com o termômetro até
região temporal)
Retal

O
r
a
l

F
r
o
n
t
a
l

Axilar
Auricular
TIPOS DE TERMÔMETROS
•Analógicos (mercúrio) O líquido prateado que
mencionamos é o mercúrio, uma substância que expande
quando é aquecida. ...
•Digitais. Equipados com sensores de temperatura, esses
instrumentos mostram a temperatura em uma pequena
tela. ...
•Infravermelho. ...
•Axilar. ...
•Auricular. ...
•Bucal. ...
•Retal. ...
•Sem contato.
COMO REALIZAR A
AFERIÇÃO DA
TEMPERATURA:
 Higienizar as mãos antes e após o procedimento;
 Selecionar a via e os aparatos corretos;
 Avaliar fatores que possam interferir na
determinação da Tº (ambiente, atividade prévia do
paciente, ...);
 Explicar o procedimento a criança e ao
acompanhante;
 Posicionar o paciente em posição confortável e
adequada;
 Limpar o termômetro com álcool (haste para bulbo)
antes e após a realização do procedimento;
 Registrar corretamente o procedimento.
PULSO (FC)

 O pulso é uma avaliação periférica da frequência e ritmo dos


batimentos cardíacos.
 Podem ocorrer variações dependendo da idade, do horário em que
é medido, da proximidade com atividade física, da ansiedade ou
da presença de alguma alteração sistêmica.
 A frequência do pulso poderá ser obtida através do método digital
ou palpação das artérias radial
 A frequência cardíaca é mais rápida no RN e vai diminuindo até a
idade adulta.
LOCAIS DE AFERIÇÃO DO PULSO
VALORES DO
PULSO
 RESCÉM NASCIDOS – 100 A 160 BPM
 CRIANÇAS DE 0-10ANOS – 70 a 120
CARACTERÍSTICAS
DO PULSO
 Normocardia: frequência cardíaca normal
 Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do
normal
 Taquicardia: frequência cardíaca acima do
normal
COMO REALIZAR A
AFERIÇÃO DO PULSO
 Relógio de pulso com ponteiro de
segundos(contar a frequência por 1 minuto)
 Caneta e folha de registro de enfermagem
 Lavar as mãos Identificar o cliente e explicar o
procedimento (acompanhante em caso de
criança)
 Posicionar confortavelmente o cliente de acordo
com o local de verificação
 Obtenha o valor do pulso e avalie suas
características
 Realizar anotação no prontuário
 A pressão Arterial é a força exercida sobre as paredes de
uma artéria pelo sangue que pulsa sob pressão do coração.
O sangue flui através do sistema circulatório por causa da
mudança de pressão. Ele se move de uma área de alta
pressão para uma área de baixa pressão.
 Lembrete: pressão máxima é quando ocorre a ejeção de
sangue para aorta (contração)- Sistólica pressão mínima
ocorre quando os ventrículos relaxam e o sangue que
permanece nas artérias exercendo uma pressão mínima –
Diastólica

PRESSÃO ARTERIAL (PA)


Todas as crianças a partir de 3 anos de idade e os
adolescentes devem medir a pressão arterial com
regularidade nas consultas médicas de rotina.
Abaixo dessa idade, a pressão deve ser aferida, quando há
suspeita de hipertensão secundária a outras condições de
saúde;
VALORES DA PRESSÃO ARTERIAL EM
PEDIATRIA
 A sobrevivência humana depende da capacidade de
oxigênio alcançar as células do corpo
 A respiração é o mecanismo que o corpo para promover
trocas gasosas entre a atmosfera e o sangue, e o sangue
e as células.

RESPIRAÇÃO (FR):
ANALISE DA
EFICIÊNCIA
RESPIRATÓRIA:
 Deve ocorrer de maneira integrada
avaliando os 3 processos:
 ventilação: frequência ( número de
movimentos por min.)
 Profundidade : Profunda, superficial e
Normal
 Ritmo: Regular e irregular

Obs. A difusão e a perfusão pode ser


avaliadas ao se determinar o nível de
saturação de oxigênio.
As retrações são classificadas de acordo com sua
localização.
 Retrações subcostais Retração do abdômen logo
abaixo das costelas (algumas vezes citada como
respiração abdominal)
 Retrações subesternais: Retração do abdômen logo
abaixo do esterno (osso do peito).
 Retrações intercostais: Retração da pele presente
entre cada costela.
 Retrações supraesternais (puxão traqueal) ou ainda
Retração de Furcula: Retração da pele no meio do
pescoço acima do esterno.

COMPLICAÇÕES VISÍVEIS NA
RESPIRAÇÃO
 Observe o nariz: Olhe as narinas no
espelho e inspire profundamente. Você
viu que elas se alargaram levemente?

É assim que é o batimento de asa nasal. O


batimento de asa das narinas a cada
respiração é um sinal de insuficiência
respiratória, e é mais comumente visto em
bebês e crianças pequenas.

BATIMENTO DA ASA DO NARIZ


 Relógio com ponteiro de segundos;
 Material para registro;
 Higienizar as mãos antes e após o procedimento;
 Confirmar o nome e o leito do paciente;
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao
procedimento;
 Observar o ciclo respiratório completo (inspiração e
expiração) e iniciar a contagem da frequência por 60
segundos.
 Registrar valores da FR, características da respiração

COMO AFERIR A FREQUÊNCIA


RESPIRATÓRIA
 Punção venosa periférica consiste na
introdução de um cateter venoso na luz de
uma veia superficial, de preferência de
grande calibre.
Para o sucesso da punção Envolve:
 A seleção de um dispositivo
 O local de inserção dependendo do tipo de
solução a ser utilizada;
 A frequência e duração da infusão,
 A localização de veias acessíveis;
 A idade e o estado do cliente;

ACESSO VENOSO PERIFÉRICO


ACESSO VENOSO
PERIFÉRICO
 Objetivo: instalar cateter em trajeto venoso periférico para
manutenção de uma via de acesso para infusão de soluções
ou administração de medicamentos (contínua ou
intermitente).
 Aplicação: aos pacientes internados com prescrição
 médica de soluções ou medicamentos intravenosos.
 Responsabilidades: enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem.
 Contraindicação: absoluta – fístula arteriovenosa,
esvaziamento ganglionar (mastectomia), veia esclerosada
relativa: braço ou mão edemaciados ou que apresentem
algum tipo de comprometimento, presença de queimadura,
plegias no membro a ser puncionado.
1.Bandeja;
2.Garrote;
3.Clorexidina alcoólica 0,5% ou álcool à 70%, quando não houver
clorexidina alcoólica;
4.Bolas de algodão/gazes;
5.Cateter intravenoso periférico sobre agulha apropriado ao calibre
da veia e rede venosa do paciente (ex: Jelco(abocath) nº 24 – 22
em neonatologia/pediatria)
6.Filme transparente; Coban; Micropore; Atadura; para fixação
7.Luvas de procedimento;
8.Dispositivo a ser conectado ao cateter venoso de acordo com o
objetivo da punção (torneirinha, tubo extensor, tubo em
“Y”(multivias));
9.Material para permeabilização do cateter( SF0,9%- acesso
salinizado)

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA


PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA
ETAPAS DO
PROCEDIMENTO

1.Lavar as mãos;
2.Verificar na prescrição médica: nome do Paciente, número do
leito, solução a ser infundida, volume, data e horário;
3.Dataro equipo e o Acesso Venoso Periférico com o prazo de
validade, conforme recomendação da CCIH do hospital;
4.Identificar o Paciente pelo nome completo;
5.Explicar
o procedimento a criança quando possível e ao
acompanhante;
6.Calçar as luvas de procedimento;
7.Posicionar o paciente de maneira confortável e adequada à
realização do procedimento;
8.Expor a região a ser puncionada;
9.Palpar a rede venosa para escolher o local a ser puncionado, de
preferência vasos periféricos superficiais de grosso calibre e
distante das articulações.
10.Escolher o cateter adequado ao calibre do vaso periférico;
11.Prender o garrote acima do local escolhido (não colocá-lo sobre as articulações);
12.Pedir ao cliente para abrir e fechar a mão e, em seguida, mantê-la fechada;
13.Fazer a antissepsia da área usando algodão/gaze embebido em clorexidina alcoólica 0,5%,alccol a
70% com movimentos no sentido do retorno venoso ou circular do centro para fora;
14.Tracionar a pele do cliente (no sentido da porção distal do membro) com a mão não dominante,
posicionando o dedo polegar cerca de 2,5 cm abaixo do local selecionado para a punção;

ETAPAS DO 16.Inserir a agulha com o bisel voltado para cima, até observar o refluxo do sangue;
17.Retirar o mandril quando puncionar com cateter sobre agulha, fazendo pressão acima da ponta do
cateter com o indicador da mão não dominante;

PROCEDIMENTO 18.Soltar o garrote e solicitar ao cliente para abrir a mão;


19.Adaptar a conexão de duas vias ao cateter;
20.Testar a permeabilidade do sistema. Observar se não há formação de edema local;
21.Fixar o cateter à pele do Paciente, utilizando película transparente estéril; coban; Micropore ou
atadura de maneira que fique firme, visualmente estético e que não atrapalhe os movimentos;
22.Identificar no próprio curativo do cateter o dia e hora da punção, o responsável pela mesma e o
calibre do cateter utilizado;
23.Colocar o Paciente em posição confortável;
24.Recolher o material utilizado, desprezar o lixo em local adequado;
25.Retirar as luvas de procedimento;
26.Higienizar as mãos;
27.Realizar as anotações de enfermagem no prontuário do paciente.
LOCAIS DE PUNÇÃO VENOSA
PERIFÉRICA
CATETER VENOSO PERIFÉRICO
NEBULIZAÇÕES/
AEROGAÇÕES
OXIGENIOTERAPIA
 O oxigênio está indicado toda vez que
suspeitarmos clinicamente de que a saturação de
oxigênio no sangue arterial estiver baixa.
 Valor Normal ≥ 95%.
* Na ausência de oxímetro os parâmetros clínicos a
serem considerados são:
 cianose de extremidades,
 dispneia,
 taquicardia.
 Nos casos graves podemos ter exaustão da
musculatura acessória, confusão mental (por
hipóxia)
EQUIPAMENTOS QUE OFERTAM O2

TENDA
MÁSCARA DE TRAQUEOSRTOMIA
MÁSCARA DE VENTURI
MASCARA DE REINALAÇÃO COM
RESERVATÓRIO
CATETER TIPO ÓCULOS
AMBÚ
A terapia medicamentosa tornou-se uma das formas mais comuns de intervenção
no cuidado ao paciente, utilizada ao longo dos anos na cura de doenças. Cerca de
88% dos pacientes que procuram atendimento à saúde recebem prescrições de
medicamentos. A correta administração requer conhecimento pleno dos
integrantes da equipe de enfermagem envolvidos no cuidado ao paciente

CÁLCULO DE MEDICAÇÃO
REGRA DE TRÊS
REGRA DE TRÊS

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