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O que é o cultura?
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A predisposição para a sociabilidade:
–o
– Homem
Há razõesérelativas
Sensoriais: um permitem
que animal gregário. Istodos
significa
pôr a hipótese
às capacidades que
de haver
órgãos organiza
dosem a(captação
sua vida
cada recém-
sentidos
em interação
nascido com os outros.inata, uma raiz genética, para viver em
uma predisposição
de estímulos).
A “gregaridade”
sociedade. supõe sociabilidade,
Esta “apetência a estruturação
de base” para da vida
a sociabilidade individual
é suportada
de acordo
por com ade
um conjunto organização social.
capacidades que permitem interagir com os outros.
Salientam-se as seguintes competências:
Simbólicas/verbais:
Perceptivas:
Relacionais: há se a acção
possibilitadas
indicadores é o ocórtex
depelo
que ponto decerebral.
partidaé levado
recém-nascido daA relação da criança
percepção
a estabelecer eloscom
traduz-se os
afectivos
pela
outros, é sobretudo
capacidade
com os quede na ecabendo
a rodeiam,
associar pela
cadalinguagem
novo que seaàgeram
lugarestímulo
prioritário dados processos
figura materna deé aprendizagem
anteriormente
(que a registados,
pessoa que o
e de
que relação
alimenta,
leva comeos
a perceber
trata dáeoutros
carinho(assim
a assumir como é nela e por
ao bebé).
comportamentos ela que
positivos ouas sociedades
negativos em se
relação
organizam).
ao que se vai sentindo e, naturalmente, em relação a cada contexto social.
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b) Os casos conhecidos de crianças
selvagens (que cresceram entre animais)
revelam que:
A aquisição de comportamentos e de
capacidades próprias do ser humano só se
verifica se as crianças viverem em
sociedades humanas.
O contacto social nos primeiros anos de
vida é decisivo para a aprendizagem das
diferentes competências
A inteligência humanas, uma
humana, pressupondo
vez que as
estrutura estruturas
genética genéticas
específica, passam
resulta do
por um processo
contacto social.de maturação
Podemos, sujeito a
então,
prazos. Isto é,
considerar como
dois se diz popularmente
aspetos centrais do
“há uma idade
processo para tudo”:em
que constroem se cada
uma criança
não aprende
um ser humano: a falar nos primeiros
a socialização anos,
e a cultura.
posteriormente terá graves dificuldades em
comunicar verbalmente.
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c) Socialização:
• Noção:
• é o processo de integração do indivíduo na sociedade. Supõe uma
aprendizagem dos aspectos culturais, da interiorização das regras de cada
grupo social (em família, na creche, escola….).
• A aprendizagem em contexto social processa-se espontaneamente, de forma
automatizada e inconsciente. Cada criança, pouco a pouco, passa de animal
instintivo a animal cultural (pessoa).
Tipos
A de socialização:
integração social:
– AAsocialização
socializaçãofaz primária
com que aconsiste na
criança comece a
aprendizagem dos aspetos
abandonar gradualmente básicos do
o comportamento
convívio social.
instintivo Decorre próprio
e espontâneo fundamentalmente
dosanimais para o
durante a infância
substituir e também
por formas adolescência.
de comportamento
– A socializaçãodesecundária
características prolonga-se ao
cada cultura.
longo
– da vida
Integração e não
social relaciona-se com as
supõe igualdade
adaptações de cadaassim
comportamental: pessoa a novos
como cadacontextos
indivíduo
e alterações
possui sociais: únicas,
características (nova vida familiar,
de igual modo não
emprego…).
há uma rigidez absoluta de comportamentos no
contexto de cada cultura.
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d) Cultura e padrões culturais:
A integração numa cultura leva cada criança a adotar um comportamento que substitui,
pouco a pouco,
A cultura uma natureza dada por uma natureza adquirida:
abrange:
– Processos materiais (fabrico de utensílios, artesanato, indústria, habitação…). – Relações
sociais (formas de convívio, grupos sociais, instituições, formações políticas…),
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Cultura:
Abrange:
– Processos materiais (fabrico de utensílios, artesanato, indústria,
habitação…).
– Relações sociais (formas de convívio, grupos sociais, instituições,
formações políticas…),
– Aspetos mentais: teorias, formas de sentir, pensar e comunicar
(mentalidades, religião, linguagem, superstições, sistema de valores).
Noção:
- Os padrões designam o conjunto de normas de comportamento próprias de
uma cultura ou grupo social. Caracterizam e permitem distinguir culturas ou
grupos.
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A experiência pessoal:
- É única e resulta da interação indivíduo-meio: e constrói-se
por um modo particular de agir, de sentir, de viver, de pensar.
Ela resulta de um universo envolvente (o meio físico ou social)
com infindas situações e do modo como o indivíduo capta,
organiza e integra nas suas vivências anteriores cada nova
situação. Daí a diversidade e a complexidade de atitudes e de
comportamentos de diferentes pessoas perante situações
objetivamente iguais.
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O papel do indivíduo:
- A organização mental do mundo é uma auto-
organização. Isto é, os sentidos transmitem
informações que, atuando sobre o complexo
sistema nervoso, levam cada um a auto-
organizar o seu mundo de referências.
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A influência sociocultural:
O ser humano é dotado de plasticidade:
copia e representa o que copia. Quer isto
dizer que cada pessoa, construindo-se a si
própria, vai ser criada à imagem da
sociedade em que se integra: é uma
criação sociocultural. Este mimetismo não
dá origem a comportamentos
estandardizados (uniformes).
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Riqueza e diversidade humana:
Analisar a riqueza da diversidade humana:
Diferenciar herança genética e herança cultural.
Dar conta da heterogeneidade cultural a partir da identificação da diversidade de
valores, normas e modelos diferenciadores das culturas.
a) Heterogeneidade cultural:
As necessidades humanas não divergem muito, em cada cultura, quanto à sua
tipologia: necessidades básicas, de expressão artística, de relação com o
transcendente ou divino, de realização pessoal, de poder e reconhecimento social… O
que diverge é o modo de cada sociedade concretizar cada uma.
Não há duas sociedades com formas iguais de responder a cada uma destas
necessidades. Significa que o mundo é constituído por um mosaico de referências
culturais em que o bom e o mau, o bonito e o feio, o justo ou o injusto se caracterizam
pelo relativismo (relativismo cultural).
Isto é, em Portugal é considerado bom que as mulheres sejam socialmente
interventoras, o mesmo não acontece na Arábia Saudita. Quem está certo ou errado?
[A própria noção de certo ou de errado obedece a critérios culturais].
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• b) Diversidade individual:
• No interior da diversidade de
culturas há múltiplos indivíduos,
cada um com um património
genético próprio, uma personalidade
única e uma experiência singular.
Somos, por isso, todos diferentes.
• No entanto, pertencemos
biologicamente à mesma espécie,
somos seres sociais e culturais com
necessidades e formas comuns de
atuar no mundo: o que torna
possível o entendimento entre os
indivíduos não só numa mesma
cultura como entre diferentes
culturas.
BOM TRABALHO!
Prof. J. P.