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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E


TECNOLOGIA
INSTITUTO FEDERAL GOIANO-CAMPUS CERES

Contribuição do setor florestal


brasileiro a mitigação das
mudanças climáticas

DOCENTE : Profª. Maria do Socorro Viana


DISCENTE : Larissa Amaral Santos
Michelle dos Santos Damasceno
Introdução
Para entender o papel que o setor florestal pode cumprir
num cenário de redução de emissões de CO2, é preciso
fazer um retrato do setor em termos de sua posição dentro
da economia brasileira e sua competitividade no mercado
externo, visto que boa parte da produção em especial
( papel e celulose ) é exportada.
Introdução
A atividade florestal é a extração de madeira para fins
industriais e de geração de energia, excluindo os produtos
não madeireiros.

Cipó
Semente
Plantas ornamentais
Plantas medicinais
Óleo
Resina
Introdução
O Brasil apresenta grande competitividade no
mercado de produtos florestais:

Possui a segunda maior cobertura florestal do mundo.


Tem tecnologia avançada, para exploração de floresta e
para a transformação industrial da madeira.
Em 2007 obteve 3,4% do PIB nacional.
E também obteve 5,6% de exportações.
 É líder mundial em produção de celulose branqueada
de eucalipto.
Introdução
Embora a frequência da apreensão de madeira retirada
ilegalmente em florestas nativas, como exemplo
(Amazônia), chama a atenção o fato de que os setores da
economia que dependem de madeira como seu insumo
básico conseguem obtê-la sem causar qualquer
desmatamento.

Produção de papel.
Celulose.
Painéis reconstituídos (Mdf, chapa dura).
Emissões de GEE pelo setor de florestas plantadas
no Brasil
 Já foram realizados no Brasil duas convenções:

1ª calculou as emissões anuais entre 1900 e 1994 .


2ª entre 1990 e 2005.
No Brasil as emissões provenientes da queima de
combustíveis fósseis representam a maior parte no total.
Em 2005 a emissão de CO2 foi de 1.638 Gt. (bilhões
de toneladas).
Mudança no uso da terra e florestas 77%.
Manejo florestal sustentável e certificação
florestal

De acordo com FAO (2007), o manejo florestal


sustentável “ refere-se, ao uso e conservação das florestas
para o benefício das gerações atuais e futuras.

A legislação brasileira define manejo florestal


sustentável como “ a administração da floresta de modo a
se obter benefícios econômicos e sociais, respeitando-se
os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do
manejo”
Manejo florestal sustentável e certificação
florestal

 A lein° 11.284/06 de Gestão de florestas públicas foi


aprovada com o objetivo de proteger as florestas
pertencentes à união, aos estados e municípios,
regulamentar o acesso a essas áreas, gerando
benefícios sociais, econômicos e ambientais e
promover o manejo florestal sustentável.
Manejo florestal sustentável e certificação
florestal
 Dentre as ações para efetivar o manejo sustentável
das plantações destacam-se:

A definição das melhores espécies/ procedências para


o plantio, plantação em mosaico evitando-se a
redução da base genética,

Definição prévia das madeiras, suas propriedades e


usos, favorecendo o desenvolvimento do sub-bosque,
sem contudo afetar a produtividade da plantação.
Manejo florestal sustentável e certificação
florestal

Manutenção de áreas naturais ao longo dos plantios visando


manter corredores de vegetação para o trânsito de animais e
o enriquecimento das áreas de preservação com espécies
nativas.

A adoção de técnicas de cultivo mínimo na implantação ou


reformas das florestas.

Adoção de efetivos de sistemas de vigilância e controle de


foques de incêndios florestais e de pragas e doenças.
Manejo Florestal de Eucaliptus e Pinus
O eucalipto, que em 1965 produzia cerca de 10
m³/ha/ano;

Passou para uma produtividade media de 26 m³/ha/ano


em 1990;

Atingindo 41 m³/ha/ano em 2006, chegando em alguns


casos a 50 m³/ha/ano.
https://www.mfrural.com.br/detalhe/floresta-de-eucalipto-328429.aspx
Manejo Florestal de Eucaliptus e Pinus

O pinus também alcançou níveis de excelências;

Com a produtividade média de 20 m³/ha/ano em 1965;

Passando para 25 m³/ha/ano em 1990;

E alcançando 30 m³/ha/ano em 2006;


https://rs.olx.com.br/regioes-de-caxias-do-sul-e-passo-fundo/terrenos/fazenda-de-pinus-em
-cambara-do-sul-rs-575142229
Manejo Florestal de Eucaliptus e Pinus
O custo do Brasil na produção de celulose de fibra
curta de eucalipto é o menor do mercado;

 (US$ 153/ton.) em 2003;

 Menos da metade de produtores florestais tradicionais,


como (EUA, Canadá, Suécia e Finlândia);

 Todos com custos acima de (US$ 300/ton.);


Manejo Florestal de Eucaliptus e Pinus
O Brasil possui claras vantagens competitivas na
produção de eucalipto, mais ainda existe forte
resistência ao seu plantio;

Devidoaos impactos causados pelo eucalipto, como o


empobrecimento e a dessecação do solo;

Ele também drena o solo de nutrientes, prejudicando


outras espécies;
Manejo Florestal de Eucaliptus e Pinus
O fato é que, por se tratar de um cultivo perene, o
eucalipto consome bem menos macronutrientes
(principalmente N, P e K);
Manejo Florestal de Eucaliptus e Pinus

Por um lado, a prática do bom manejo florestal


tem deixado claro que a sustentabilidade é um
caminho possível;
Retrato do Setor de Papel de Celulose
 Os dados da tabela evidencia as características que
permitiram que o Brasil tivesse o menor custo mundial
de produção de celulose do mundo, ancorado no
desenvolvimento de uma tecnologia florestal que
garante:

Alta produtividade ;
Baixo custo de sua matéria-prima principal a madeira;
Protocolo de Quioto e MDL Florestal
O Protocolo de Quioto foi um acordo celebrado em
1997, onde os países industrializados, reconheceram
sua responsabilidade histórica e acordaram em reduzir
suas emissões de GEE.

Durante o primeiro período de compromisso, entre


2008-2012, 37 países industrializados
comprometeram-se a reduzir as emissões de gases de
efeito estufa (GEE) para uma média de 5% em relação
aos níveis de 1990.
Protocolo de Quioto
No segundo período de compromisso, as Partes se
comprometeram a reduzir as emissões de GEE em pelo
menos 18% abaixo dos níveis de 1990 no período de
oito anos, entre 2013-2020.

Cada país negociou a sua própria meta de redução de


emissões em função da sua visão sobre a capacidade de
atingi-la no período considerado.
Protocolo de Quioto
O Brasil ratificou (comprovou) o documento em 23 de
agosto de 2002;

Sua aprovação interna foi dado por meio do 


Decreto Legislativo nº 144 de 2002.

Somente os Estados Unidos não ratificaram o


Protocolo.
MDL Florestal
 MDL- Mecanismo de Desenvolvimento Limpo ;

 MDL é um dos mecanismos de flexibilização criados pelo


Protocolo de Quioto para auxiliar o processo de redução de
emissões de gases de efeito estufa (GEE) ou de captura de
carbono (ou sequestro de carbono) por parte dos
países industrializados;

 Uma estratégia para remoção de carbono da atmosfera no


âmbito do MDL é através de projetos de “agricultura,
florestamento e uso do solo”;
MDL Florestal
 Asflorestas fixam carbono durante seu crescimento,
armazenando-o como constituinte de suas partes;

 Destaforma, comparativamente, o estabelecimento, de


novas florestas plantadas é uma atividade que remove uma
quantidade superior de carbono da atmosfera do que a
manutenção de estoques florestais maduros;

 Nas arvores adultas, existe um equilíbrio entre a


quantidade de carbono consumido durante a fotossíntese e
o liberado pela respiração;
Potencial de MDL Florestal;
Como espécie de crescimento rápido, o eucalipto
promove o sequestro de enormes quantidades de
dióxido de carbono em função do tempo.

Estimam que um povoamento de eucalipto sequestre


ao fim de sete anos de crescimento uma media de 300
toneladas de CO²;

Issorepresenta uma reprodutividade que não é


superada por nenhuma formação nativa;
Potencial de MDL Florestal;
Mas não se pode garantir que o carbono contido em
uma floresta não retornará para a atmosfera;

Isso pode ocorrer principalmente através de


queimadas, o que inclusive é um dos fenômenos cuja
frequência aumentará segundo diversos modelos
numéricos que lidam com as mudanças climáticas;
Perspectivas do Mercado de Carbono após 2012

 A mudança de uso da terra contribui com estimados18 a 20% do


total das emissões antrópicas de GEE;

 Com o contínuo agravamento do quadro das mudanças


climáticas, mecanismos que desestimulem o desmatamento
estão na pauta do dia do negociadores de um pacto pós período
de Quioto.
O Plano Nacional de Mudanças Climáticas e o
Setor Florestal

 Neste contexto, o Governo Federal lançou, em dezembro de


2008, o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC),
que pretende não apenas coordenar as ações que ocorrem com
o propósito que direta ou indiretamente reduzem as emissões
de gases de efeito estufa e provocam um aumento de sua
remoção por sumidouros, mas também fortalecer outras
iniciativas alem de promover novas ações. (RIBEIRO, 2009).
O Plano Nacional de Mudanças Climáticas e o
Setor Florestal
 Para os países em desenvolvimento, o IPPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) recomenda
uma redução na curva de crescimento de suas emissões no
mesmo período, de modo que as ações conjuntas levam a uma
redução global das emissões em 50% ate 2050.

 Desta forma, todos os países desenvolvidos, responsáveis


pelo aumento da temperatura media global, hoje e no futuro,
terão de adotar compromissos obrigatórios quantificados de
redução de emissões de GEE.
Perspectivas
 Para os avanços serem feitos, é necessário:

 A redução e controle das elevadas taxas de


desmatamento da Amazônia;

Valorizar os produtos lenhosos com redução do


impacto ambiental e social, relacionado ao plantio,
colheita e transformação de madeira;
Perspectivas

Pesquisas cientificas e tecnológicas, voltadas para


a melhoria da produção para fins industriais;

Tudoisso sem prejuízo aos ecossistemas florestais,


comunidades e populações de baixa renda;
Referência
CONTRIBUIÇÃO DO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO A MITIGAÇÃO DAS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Obrigada!

Discentes: Larissa Amaral Santos Fernandes


Michelle dos Santos Damasceno

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