Você está na página 1de 24

MULHER

08/03/2022
•MULHER
•  

•M ultiplicas o tempo com magia e sensibilidade. És


•U m ser único, uma estrada, uma regaço sempre aberto, uma
mesa sempre posta
•L inda, sempre, ainda que não sejas linda…o sol da vida
•H á eternamente amor em ti! És graça, és a eterna força do rio!
•E ainda que ninguém o veja ou valorize, és tu e sempre tu o
esteio que sustenta a casa
•R ecomeças da dor com o sorriso de quem ampara todos,
seguras eternamente os filhos nos teus braços e no teu peito
existe sempre um coração cheio de amor!
Fernanda Costa
Mulheres que marcaram a nossa história

Portugal tem sido agraciado com mulheres importantes em todos os quadrantes sociais e profissionais:
artistas, músicas, poetisas, cientistas… Todas elas muito corajosas.

Brites de Almeida (1350)

Foi uma figura lendária, a nossa Padeira de Aljubarrota.


Considerada uma heroína na Batalha de Aljubarrota,
contra as forças castelhanas. Segundo a história, Brites
ficou conhecida por ter morto 7 castelhanos que
estavam escondidos num forno de pão, apenas com
a sua pá de padeira.
 Antónia Pusich (1805-1883)
Nascida em Cabo Verde, Antónia Pusich teve um
importante impacto na literatura portuguesa, não apenas
pela sua escrita, mas também pela ousadia de utilizar o
seu próprio nome em vez de um pseudónimo, para
esconder o facto de ser mulher, como era habitual
nessa época.
Foi também a primeira mulher a fundar o seu próprio
jornal, tendo sido diretora e proprietária dos periódicos
“A assemblea litteraria”, “A Beneficência” e “A Cruzada”.
Lutou ainda para que as mulheres pudessem aprender a
ler e escrever e assim participar na vida social e política do
país.
D. Maria II (1819-1853)

D. Maria II tinha apenas sete anos quando, em 1826, o seu pai,


o rei D. Pedro IV, abdicou do trono em seu favor, tornando-se
assim rainha de Portugal e dos Algarves. 
Recebeu o cognome de “a Educadora”, devido ao seu trabalho
que procurava melhorar os níveis de escolaridade em todo o
país, e foi também chamada de “a Boa Mãe”, pois foi uma líder
bondosa.
No seu reinado foi promulgada uma lei de saúde pública que
pretendia combater a propagação da cólera em Portugal.
A escritora, ativista e pedagoga Ana de
Castro Osório ( Mangualde, 18 de Junho
de 1872 – Setúbal, 23 de Março de 1935-
foi uma das fundadoras do Grupo Português
de Estudos Feministas, em 1907, da Liga
Republicana das Mulheres Portuguesas, em
1909 e, em 1912, da Associação de
Propaganda Feminista, a primeira
organização sufragista portuguesa.
Dedicou-se desde muito cedo ao jornalismo.
É considerada a criadora da literatura infantil
em Portugal, tendo realizado uma extensa e
intensiva recolha dos contos da tradição oral
do país, e publicado inúmeros volumes de
histórias para crianças, além de ter traduzido
e publicado os contos dos irmãos Grimm e
muitos outros autores estrangeiros de
literatura para crianças. Criou manuais
escolares para o 1º ciclo. 
Carolina Beatriz Ângelo (1878 – 1911)

.
Para além de médica e feminista, Carolina Beatriz
Ângelo é também conhecida por ter sido a primeira
mulher a votar em Portugal, numa altura em que as
mulheres não podiam votar, por ocasião das eleições da
Assembleia Constituinte, em 1911.
Cresceu no seio de uma família liberal, o que lhe permitiu
ingressar no curso de Medicina, tendo sido também a
primeira cirurgiã portuguesa.
No início do século XX, a lei estipulava que apenas o
chefe de família podia votar, desde que tivesse mais de 21
anos e fosse alfabetizado, normas que seriam exclusivas
dos homens. No entanto, uma vez que Carolina Beatriz,
médica, feminista e sufragista, era viúva e tinha uma filha,
era na realidade a chefe de família, pelo que pôde exercer
o direito de voto, não sem antes ter levado o caso a
tribunal.
Regina Quintanilha (1893-1967)

• Regina Quintanilha nasceu em Bragança e foi educada num meio social elevado.


Com apenas 17 anos, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de
Coimbra, tendo sido a primeira mulher a completar o curso de Direito e foi a
primeira advogada portuguesa.
Florbela Espanca (1894 – 1930)

Com uma vida conturbada e cheia de sentimento,


Florbela Espanca foi uma das maiores poetisas do
nosso país. Na sua curta vida, escreveu alguns dos
mais belos poemas e contos que nos ficaram na
memória, importantes pelo seu conteúdo lírico,
feminino e de certa maneira erótico.
Beatriz Costa (1907 – 1996)

Atriz e ícone da cultura popular, ficou famosa com o


filme “A Canção de Lisboa”, onde atuou ao lado de
Vasco Santana e António Silva. Protagonizou outros
filmes de culto portugueses, como a “Aldeia da Roupa
Branca”, que foi o seu último filme. A partir de 1960
começa a viajar pelo mundo, e a conhecer
personalidades importantes como Salvador Dali, Greta
Garbo e Edith Piaf. Depois das viagens dedica-se
também a escrever sobre a sua vida fabulosa,
enquanto vivia no Hotel Tivoli, em Lisboa.
 Maria Helena Vieira da Silva (1908 – 1992)

Mais conhecida pelo seu apelido, Vieira da Silva foi


uma pintora, ilustradora e escultora
portuguesa. Tendo em muito influenciado a arte
portuguesa com a sua própria corrente artística,
mantinha-se fiel a si mesma, não seguindo outras
correntes com as quais convivia.
Casou com o também artista Arpad Szenes, com quem
compartilhou projetos de arte.
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004)

Escritora e poetisa, foi a primeira mulher a receber o


Prémio Camões, que é para a literatura portuguesa o
que o Prémio Nobel é para a paz. Para além da sua
lírica, escreveu muitos contos belos e importantes para
os mais novos, como “A Menina do Mar”, “O Cavaleiro
da Dinamarca” e “A Fada Oriana”.
Desde 2014 que está no Panteão Nacional, e os seus
poemas continuam por aí. Lidos, relidos e apreciados
por todos. Eternos!
Amália Rodrigues (1920 – 1999)

Tornou-se a Rainha do Fado, e é considerada até hoje


grande embaixadora do fado no mundo. O legado de
Amália ainda hoje é amplamente considerado e
adorado por todos, tal era o seu talento.
Atualmente, continuamos a poder ouvi-la pelas ruas de
Lisboa (principalmente nos Santos Populares) onde o
seu canto e a sua pessoa são perpetuados!
Como figura icónica da Canção e da Cultura
portuguesa, foi sepultada no Panteão Nacional.
 Eunice Muñoz (1928)

Oriunda de uma família de atores, Eunice Muñoz é


uma das melhores atrizes portuguesas de sempre. 
Atuou em teatro, cinema e televisão. A sua biografia é
vasta e (quase) infinita, perpassada de talento.
É uma personalidade muito querida no país, sendo por
todos respeitada e elogiada.
Maria de Lurdes Pintasilgo(1928)

Maria de Lourdes Ruivo da Silva de Matos Pintasilgo foi


uma engenheira química, dirigente eclesial e política
portuguesa.
Foi a única mulher que desempenhou o cargo de
primeira-ministra em Portugal, tendo chefiado o V
Governo Constitucional, em funções de julho de 1979 a
janeiro de 1980.
Rosa Mota (1958)

É uma ex-atleta portuguesa, conhecida principalmente


por ser campeã a nível olímpico, europeu e mundial na
maratona. Representou o país nos jogos olímpicos,
e foi considerada a melhor maratonista de sempre!
O povo português refere-se carinhosamente a Rosa
como “a nossa Rosinha”, considerando-a das atletas
mais importantes do século XX.
Elvira Fortunato (1963)

A mulher mais jovem da nossa lista, é uma brilhante


cientista e especialista a nível mundial na
engenharia eletrónica de papel. Desenvolveu o
primeiro transístor à base de papel, assim como
memórias, ecrãs, baterias e mais. Em 2010, recebeu o
título de Grande Oficial da Ordem do Infante D.
Henrique
Mulheres portuguesas cientistas da atualidade
cujo trabalho muda e mudará o mundo

EU SOU BIOGEÓGRAFA

"Ser cientista é nunca aceitar que “já está tudo


inventado”. A biogeografia tenta explicar a
distribuição dos seres vivos na Terra e implica não
só a ecologia a grande escala mas também a
história, a geologia, a climatologia e a física, entre
outros saberes.

A. Márcia Barbosa
Mulheres portuguesas cientistas da atualidade
cujo trabalho muda e mudará o mundo
EU SOU MATEMÁTICA

"A Matemática sempre me fascinou, mas foi a investigação


interdisciplinar, em particular as suas aplicações à Medicina,
que determinou de forma decisiva a minha carreira científica
nos últimos vinte anos. Construindo modelos matemáticos e
computacionais adequados é possível simular processos
fisiológicos e dados clínicos, obtendo resultados que podem
conduzir de forma inequívoca ao avanço da medicina
personalizada.”

Adélia Sequeira
Mulheres portuguesas cientistas da atualidade
cujo trabalho muda e mudará o mundo
EU SOU BIÓLOGA

"Estudo a biologia de tumores pediátricos. O que mais me


impressiona é pensar como a ciência mudou e continua a mudar
as nossas vidas. Sinto uma enorme admiração pelo que os
cientistas alcançaram para tornar o mundo complexo que nos
rodeia um pouco mais simples e melhor, bem como pela sua
busca constante de novas respostas. Continuar este trabalho é
uma obrigação, um testemunho, um privilégio."

Ana Banito
• Se achas que a igualdade entre homens e mulheres é uma realidade no mundo
atual estás enganado/a. Mas estamos hoje bem mais próximas de alcançar esse
desejado e justo patamar!
• Sabias que:
• Foi apenas em 1931 que foi concedido às mulheres o direito de voto e, ainda assim,
com restrições: apenas podiam votar as que tivessem cursos secundários ou
superiores, enquanto que para os homens continuava a bastar saber ler e escrever?
• Que, ainda no princípio do século XX, o papel das mulheres devia limitar-se a serem
mães, esposas e donas de casa?
• Que só em 1974, já depois do 25 de Abril, seriam abolidas todas as restrições à
capacidade eleitoral dos cidadãos tendo por base o género?
Educação no tempo de Salazar

Repara nestas frases retiradas de revistas femininas das décadas de 50 e 60:


Am
ul he
s e d úv idas. hora r deve f
m ciúme s a
o hom e m c o serv vagas. zer o m
d e v e i rri ta r
o ç a s, 1 957) iços N a
dom ada de rido des
Não se (Jornal d
as M éstic i c
os” ( ncomod ansar n
J á a
1959 ornal d -lo com s
É fundamental ) as M
oças
manter sempre a
aparência impecável
arranje
“Se o seu marido fuma não diante do marido.
a p el o si m pl es facto de cair cinza (Jornal das Moças 1957)
za ng
os
nos tapetes. Tenha cinzeir
.”
espalhados por toda a casa m u lh e r é n o lar. O
(Jornal das Moças 1957) “O lugar da a de casa
trab al h o f o r
.”
masculiniza
“Se desconfiar da infidelidade do is t a Q u e r id a, 1955)
(Re v
marido, a esposa deve redobrar o
carinho e provas de afeto” (Revista
Cláudia, 1962)
• Com base no slide anterior, comenta a frase que mais te surpreendeu.

Situa-a no tempo- ano e século.

Em que época da nossa História foram redigidas estas frases?

Repara no título do slide anterior. Qual seria a intenção de cada uma


destas frases?
Obrigada, Mulher!

Que todos os homens te agradeçam sempre por adornares a sua existência com laços
dourados, como uma força única que nunca abandona, como uma graça singular que adoça a
vida…

Feliz dia da Mulher


Recolha de informação:
“Sala Virtual do Dia da Mulher” ,de Sandra Figueiredo.
“Mulheres portuguesas e cientistas” Diário de Notícias (Rostos da Ciência no Feminino)

“Mulheres portuguesas que abriram caminhos e mudaram a História”

“Lisboa secreta.com/10mulheres portuguesas/”

https://www.cienciaviva.pt/mulheresnaciencia/home/index.asp?id=413

Você também pode gostar