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A Terra

e os planetas telúricos
 Manifestações da actividade geológica

 Sistema Terra - Lua, um exemplo


paradigmático
Manifestações da actividade geológica
Todos o planetas do Sistema Solar foram criados a partir
de uma nébula primitiva original há cerca de 4600 milhões de
anos.
De todo o Sistema Solar, apenas quatro planetas são
denominados telúricos, Mercúrio, Vénus, Terra e Marte,
apresentando características semelhantes (tamanho, massa,
densidade, satélites naturais, composição, estrutura interna e
velocidade de rotação, possuindo características
morfológicas, geológicas e ambientais diferentes.
Métodos utilizados na Geologia Planetária
A Geologia Planetária recorre a metodologias específicas para o
objecto de estudo, os planetas do Sistema Solar, nomeadamente, os
planetas telúricos. Esta ciência está dependente de outras como a
Física, a Óptica, a Química, entre outras.
Os parâmetros mais estudados pela geologia Planetária:
¬ Estrutura interna dos planetas;
¬ Cartografia;
¬ Composição;
¬ Cronologia relativa.
Estrutura interna dos planetas
Na estrutura interna dos planetas os principais factores
analisados são:
¬Estudos de densidade;
¬Campos gravitacional
e magnético;
¬Sismologia;
Fig.1 - Estrutura interna da Terra
¬Temperatura;
¬Meteoritos.
Cartografia
A cartografia é um parâmetro estudado pela Geologia
Planetária, tendo esta como recurso:
¬Fotografias;
¬Imagens de radar;
¬Comparação com estruturas da Terra;
¬Albedo [poder reflector das rochas].
Composição
A Geologia Planetária também recorre ao estudo da
composição, tendo como principais métodos de estudo:
¬Análises laboratoriais directas [caso existam
amostras];
¬Análises espectrais remotas [caso se analisem
corpos muito distantes].
Cronologia relativa
A Geologia Planetária recorre à cronologia relativa e, se
possível, absoluta com utilização de métodos radiométricos.

Fig.2 – Partindo de um número determinado de átomos-pai, metade


destes transformam-se em átomos-filho, ao fim de um período de tempo
que é designado tempo de semi-vida.
Formas e morfologias dos planetas
As formas e morfologias presentes nos planetas são
comparados com as estruturas da Terra, pois conhecendo as
estruturas, é possível inferir os processos que as originaram,
admitindo que as forças e os processos que ocorrem na Terra se
podem aplicar aos outros planetas. Distinguindo-se três tipos de
estruturas:
¬ Estruturas endógenas;
¬ Estruturas exóticas;
¬ Estruturas Exógenas.
Estruturas endógenas
As estruturas endógenas resultam da acção de processos
que ocorrem no interior dos planetas , como, por exemplo,
dobras, falhas, fissuras, cones vulcânicos, filões, entre outras.
Fig.4 – Falhas e Dobras

Fig.3 – Cone vulcânico de Kilauea (Havai)


Estruturas exógenas
As estruturas exógenas são originadas por processos que
ocorrem na superfície do planeta, tais como rios, dunas e
ravinamentos.

Fig.5 – Erosão Eólica


Estruturas exóticas
As estruturas exóticas têm uma origem exterior ao planeta,
como é o caso de crateras de impacto de meteoritos e outros
corpos celestes.

Fig.6 – Crateras Lunares


Actividade Planetária
As estruturas formam-se na sequência de actividade
planetária, interna e externa, bem como em consequência da
dinâmica do Sistema Solar. Podendo os planetas telúricos ser
classificados como sendo:
¬Geologicamente activos;
¬Geologicamente inactivos.
Planeta geologicamente activo
Um planeta será geologicamente activo se nele for
possível observar ou detectar sinais de dinâmica externa ou
interna, tais , como por exemplo, erupções vulcânicas,
sismos, escorrências de água.

TERRA
Planeta geologicamente inactivo
Se o planeta não apresentar sinais de dinâmica externa ou
interna é considerado geologicamente inactivo. No entanto, é
de salientar que um planeta considerado geologicamente
inactivo, no passado pode ter tido actividade geológica.

Fig.7 – Mercúrio (Planeta Inactivo)


A Terra tem actividade geológica
A Terra é um planeta geologicamente activo, quer a nível
do seu interior, quer a nível do seu exterior.
A energia necessária para ¬Da contracção gravitacion
desencadear actividade geológica al
interna provém: .
¬Da radioactividade; A energia necessária para
¬Do efeito das marés; desencadear actividade geológica
¬Do bombardeamento prim externa provém:
itivo ¬Do Sol;
; ¬Da actividade vulcânica;
¬Do Impactismo.
Radioactividade
Deve-se às propriedades radioactivas de certos elementos
das rochas que constituem a Terra (urânio, tório, potássio); a
desintegração atómica destes elementos liberta grandes
quantidades de energia.

Fig.7 – Mercúrio (Planeta Inactivo)


Efeito das marés
A posição combinada da Terra, do Sol e dos efeitos das
marés da Lua interfere nos campos gravíticos destes astros;
na Terra, este efeito origina ciclos alternados de contracções e
de dilatações, com consequente libertação da energia.

Fig.8 – O alinhamento do Sol e da Terra e o efeito das


marés da Lua
Bombardeamento primitivo
Durante a fase de acreção, de que resultou a formação da
Terra, esta acumulou grandes quantidades de energia no seu
interior, que, gradualmente, tem vindo a libertar.

Fig.9 – Acreção e
diferenciação da
Terra
Contracção gravitacional
Durante a formação do planeta, os materiais envolventes
do núcleo metálico foram atraídos em direcção ao centro da
Terra. Esta atracção implicou um aumento da pressão, e
consequentemente, um aumento de temperatura, pode-se
afirmar que a contracção gravitacional transforma a energia
gravítica em energia térmica.
Sol
Esta estrela introduz a energia necessária para activar os
agentes que modelam a superfície terrestre.

Fig.11 – Sol visto por nós ao entardecer

Fig.10 – Estrela do Sistema Solar [SOL]


Actividade vulcânica
Em particular o calor que se liberta junto às cristas médio-
-oceânicas que induz o aquecimento da água do mar que, por
sua vez, condiciona o aquecimento da atmosfera e toda uma
série de alterações no clima.

Fig.12 – Erupção Vulcânica nos Açores


Impactismo
Ainda hoje a Terra é bombardeada por corpos vindos do
espaço embora, na actualidade, este efeito seja muito
reduzido, quando comparado com os primórdios do nosso
planeta

Fig.13 – Impacto de um meteoro na


atmosfera Terrestre
FIM

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