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Origem do Carvão

• Resulta da transformação da matéria vegetal, ou seja, da


decomposição de restos de grandes massas de
microrganismos, soterrados por sedimentos, por mais de 600
milhões de anos.
• A decomposição é provocada por diversos agentes.
• Quando puro, consiste em carbono, uma substância sólida e
escura formada na ausência de oxigênio.
• 4 etapas: turfa (55% de carbono), linhito (65% a 75%), hulha
(75% a 90%) e antracito (90% a 96%).
• O carvão pode ser dividido em:
- Carvão vegetal (madeira carbonizada).
- Carvão mineral (rocha sedimentar).
Observações

Hulha Antrácito

Mais encontrado
Pouco encontrado,
no mundo, possui
possui cerca de 95%
cerca de 80% de
de carbono
carbono
Locais de maior produção
Os maiores produtores
de carvão (hulha) do
Montes Apalaches mundo são:
Estados Unidos
Montanhas Rochosas

China
Rússia Montes Urais
EUA
Rússia
Alemanha Vale do Ruhr
Casaquistão

Polônia Silésia Índia


Polônia
Inglaterra Yorkshire
Alemanha
Lancashire
África do Sul
Austrália
Questões importantes sobre o carvão

O carvão é bastante utilizado para gerar energia elétrica


em usinas termoelétricas, para produzir aço nas indústrias
siderúrgicas, e também como matéria-prima na indústria
química.

O carvão mineral foi importante para a revolução


Industrial. Os países pioneiros no processo de
industrialização como Inglaterra, Alemanha, França,
estados Unidos, são todos bem-servidos em reservas
carboníferas.
Em 1880, 97% da energia consumida no mundo
provinha desse recurso natural, progressivamente, foi
perdendo espaço para o petróleo e hoje corresponde a
menos de 26%.

Entre a meados da década de 1960 e inicio da


década de 1970 o preço do Carvão baixou tanto,
que muitas minas deixaram de ser exploradas,
pois o custo de exploração era maior que os
valores da venda do minério.
A partir de 1973 com os aumentos sucessivos do preço do petróleo, o
carvão votou a ser explorado em grande escala, tendo países a voltar a
explorar minas já abandonadas.

É o mais abundante combustível fóssil do mundo, vem sendo usado


pelo menos a 2000 anos. Os chineses queimavam carvão e há indícios
que os romanos da época clássica também o fizeram

Estima-se que as reservas mundiais sejam, ainda, suficientes para 100


anos de consumo, considerando um crescimento demográfico em
torno de 5 %, que é pouco provável.

Alguns poucos países contêm mais de 80% do estimado suprimento


mundial de carvão. A Rússia e o Casaquistão juntos têm cerca de
50%, enquanto os EUA dispõem de 18% e a China 10%.
O carvão mineral no Brasil
• Exploração deficiente, tanto em quantidade quanto
em qualidade.
• 50% do consumo é importado.
• As áreas de ocorrência se restringem aos estados do
Sul, onde a extração é viável economicamente.
• RS: baixo teor calorífero limita o uso às
termelétricas.
• SC: maiores reservas, melhor qualidade, uso nas
siderúrgicas.
• É uma fonte de energia não-renovável.
Área de ocorrência do carvão no Brasil

Principal Região Sul

– bacia Sedimentar do Paraná, com terrenos sedimentares.


– A maior produção ocorre em Santa Catarina, no Vale do Tubarão,
litoral sul, destacando as minas de Criciúma, Siderópolis, Lauro
Müller,
– Destaca-se também a produção gaúcha - Vale do Jacuí, notadamente
em Butiá e São Jerônimo
– A exploração começou junto da instalação da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN) em Volta Redonda (RJ), nos anos 40.
O carvão vegetal no Brasil
• Obtido pela destilação seca da madeira, feita geralmente em
fornos de tijolos.
• Esse processo queima toras de madeira empilhadas dentro do
forno.
• O forno é fechado, com pouco oxigênio, evitando que a
madeira queime em chamas.
• O calor provoca a evaporação dos compostos voláteis da seiva
e das resinas e de água.
• Dias depois de cozimento, as entradas de ar são fechadas para
extinguir o fogo e evitar a queima do carvão que restou.
• É uma fonte de energia renovável.
Reservas no Brasil

Jazida de
Iruí

Jazida Candiota Mina de


Charqueadas
Oferta de energia nos continentes
• Maior reserva energética no mundo.
• As reservas atuais de carvão são mais do que cinco vezes
maior do que as reservas de petróleo (de duração de
aproximadamente 45 anos) e mais do que três vezes
maiores das que de  gás natural ( de duração de
aproximadamente 70 anos).
• 40 % da eletricidade
gerada mundialmente é
produzida através do
carvão.
Produção de energia
• É usado como combustível desde a Revolução Industrial.
• Matéria-prima para a indústria siderúrgica na fabricação do
aço, para fabricação de solventes, plásticos, corantes,
medicamentos, inseticidas, explosivos, etc.
• Consumo mundial energético declina desde os anos 80 e
retoma em ascensão desde meados dos anos 90.
Impactos Sócio-ambientais
• Afeta os recursos hídricos, solos e relevo;
• Emissão de material particulado:Cinza pesada, leve e volante
• Gases poluentes:dióxido de enxofre (SO2), os óxidos de
nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2).
• Orgânicos: Hidrocarbonetos e POM (polycyclic organic
matter).
Curiosidades
• O carvão é fóssil e não é adequado chamá-lo de carvão mineral,
como usualmente é conhecido. Trata-se de um composto de matéria
carbonosa e de material mineral, esse originário sobretudo do aporte
de material detrítico que chega à matéria vegetal trazido pelas águas,
sobre os acúmulos de plantas, que, sob tempo, pressão e temperatura
vão se carbonificando.

• A carbonificação se dá na série evolutiva da turfa para o antracito e


o rango do carvão é definido seja pelo seu teor de carbono, por suas
matérias voláteis ou pelo seu poder refletor.

• Os carvões brasileiros estão localizados no sul do Brasil, nos


Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Há também
no Brasil jazidas de linhito em Minas Gerais e algumas no
Amazonas
Conclusão
Foi possível concluir que os custos envolvidos na remoção dos poluentes
resultantes da utilização do carvão mineral são bastante elevados, o que
poderá inviabilizar o seu uso quando comparado a outros combustíveis.
Consequentemente, aconselha-se que algumas medidas especiais sejam
adotadas em caso específico.

Em suma, o carvão nacional não é de boa qualidade, em razão do excesso de


enxofre e de outros resíduos, além de outros problemas: depósitos
pequenos, ocorrência descontínua, pequena espessura, alto custo de
transporte e baixo nível técnico para a exploração. Para piorar a situação, o
então presidente Collor, em 1991, acabou com o subsídio, inviabilizando a
produção nacional, pois o carvão importado é de melhor qualidade e mais
barato

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