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Noções Básicas

Controle
Estatístico de
Processo
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CEP
 Instrutor: Leandro de Almeida
• Técnologo em Gestão da Qualidade, Consultor
de empresas nas áreas metal-mecânica e
Automotiva, Auditor ISO9001, TS/ISO 16949 e
QS9000.

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CEP
 O mercado consumidor exige produtos e
serviços de melhor qualidade, rapidez na
entrega e com um menor custo.
• Para que estes objetivos sejam alcançados é
necessário adotar várias medidas de
gerenciamento e do ponto de vista da
fabricação o CEP (Controle Estatístico de
Processo) é uma técnica que possibilita a
obtenção de produtos e serviços confiáveis.
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CEP
• O CEP possibilita, também, a obtenção de
prazos e custos competitivos, permitindo a
previsão ou a detecção imediata de desvios de
um determinado processo.
• Desta forma ações preventivas ou corretivas
podem ser tomadas junto aos processos.

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CEP
• FILOSOFIA DO CEP:
– Baseia-se em trabalhar com um sistema de
controle por prevenção ao invés da detecção, pois
o CEP nos permite, muitas vezes, PREVER UM
PROBLEMA ANTES QUE O MESMO OCORRA.
– O que ocorre, é normalmente atuarmos como
bombeiros, só sabemos de um problema depois
que o mesmo ocorreu, ai o que se faz é: escolher o
lote 100% e retrabalhar ou refugar as peças
defeituosas.
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CEP
– No sistema de prevenção, CEP, sinais estatísticos
são enviados ao operador avisando que algo esta
indo para o caminho errado, nesse momento, o
responsável pela máquina, deve tomar alguma
providência para eliminar as causas desses
defeitos, com o objetivo, de reduzir e /ou eliminar
as falhas no momento de sua ocorrência.
– É muito mais viável, evitar os desperdícios
adotando-se em primeiro lugar, a estratégia de não
produzir peças fora do especificado.

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CEP
 CEP
• CONTROLE - Conhecimento do Processo
• ESTATÍSTICO - Amostra - Produção
• PROCESSO - 6’M’s
– Mão de obra
– Máquina
– Medição
– Método de Operação
– Matéria Prima
– Meio Ambiente 7
CEP

 Para que as vantagens do CEP sejam


melhor compreendidas, é necessário que
se faça uma avaliação dos sistemas
tradicionais de produção e controle.
Nestes sistemas normalmente ocorrem as
seguintes situações:

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CEP
• A: O setor de produção envia uma amostra para a
aprovação do Controle da Qualidade, ficando a máquina
parada até que seja dada a “aprovação”, ou então, o
operador continua produzindo sem a devida certeza da
conformidade dos produtos.
– Como os critérios estabelecidos para o tamanho e
freqüência das amostras normalmente não
atendem as necessidades “estatísticas”, mesmo que
sejam aprovadas as amostras, não existe a certeza
de que o lote esteja dentro das especificações.

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CEP
• B: Osetor produtivo produz o lote ou parte dele e o
submete a aprovação do setor de Controle da
Qualidade, que por sua vez pode:
– Realizar uma amostragem de acordo com alguns
critérios definidos através de normas e tomar a
decisão de aceitar ou rejeitar o lote.
– Realizar uma amostragem com critérios empíricos
e, em função disto:
– Liberar o lote com produtos não-conformes acima do
permissível.
– Rejeitar o lote com produtos não-conformes, mas dentro
do permissível 10
CEP
 Estes procedimentos elevam
nossos custos e prazos de
produção, além de recebermos
reclamações de clientes e muito
pior a devolução das peças,
teremos como conseqüência a
perda do mercado. 11
CEP
 O QUE É MELHOR:
 INSPEÇÃO 100% X CEP

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CEP
 Inspeção 100%:
• É demorada
• O custo de inspeção é alto
• Os prazos e custos da fabricação são altos
• Não da a segurança de que o produto atenda
plenamente a especificação
• Não leva a tomada de ações preventivas
• Produção sem comprometimento com a
qualidade. 13
CEP
 CEP:
• Inspeção rápida e de baixo custo
• Segurança de que o produto atende as
especificações
• Possibilita a tomada de ações preventivas
• Quanto maior é a amostra mais segura é a sua
informação.
• Estabelecimento da cultura “fazer certo desde
o início”. 14
CEP
 Algumas vantagens do CEP:
• Serve para os operadores terem um controle
contínuo do processo;
• É um meio de controle na produção consistente
e previsível com qualidade e baixo custo;
• Permite que o processo alcance:
– Melhor qualidade;
– Menor custo por unidade e
– Maior capacidade instalada
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CEP

 TÉCNICAS DE SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS

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CEP
 Técnicas para identificar problemas:
• Fluxogramas
• Folhas de verificação
• Brainstorming
• Diagrama de pareto
• Diagrama de causa e efeito
• Etc.

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CEP
 Técnicas para Analisar os problemas:
• Histograma
• Gráficos de controle
• PPM - Parte por milhão
• Análise de valor
• MASP
• FMEA
• Etc.
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CEP
 Vamos abordar agora:
 Diagrama de Causa e Efeito
 Gráficos de controle

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CEP

 DIAGRAMA DE CAUSA E
EFEITO

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CEP

 No diagrama de causa e efeito


representamos a relação entre o “efeito” e
todas as possibilidades de “causa” que
podem contribuir para este efeito.

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CEP
Matéria Máquinas Medidas
Prima

Produto

Meio Mão de
Método
Ambiente Obra

Efeito
Causas

Este é o diagrama de Ishikawa, um “diagrama de causa e


efeito”. 22
.
CEP
 A variação nos efeitos pode ocorrer devido
a dois tipos de causas:
• Causas comuns (aleatórias) as quais
representam, em média 15% dos problemas e
• Causas especiais (ou assinaláveis) as quais
representam em média 85% dos problemas.

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CEP
 Exemplos de causas comuns de variação:
• Meio ambiente-
– Iluminação deficiente, devido a erros de projeto
– Alto nível de ruído ou vibração
– Sujeira, fumaça, umidade
– Arranjo físico inadequado das máquinas
– Variação da temperatura em virtude de instalações
inadequadas.

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CEP
• Mão de obra-
– Treinamento inadequado
– Falta de qualificação
– Desmotivação, doença, etc.
• Máquina/equipamento-
– Falta de ajuste ou de manutenção adequada
– Máquina inadequada para a atividade.
• Meios de medição
– Falta de confiabilidade
– Capacidade de leitura insuficiente. 25
CEP
• Matéria prima-
– De baixa qualidade
– Especificação inadequada
– Fornecedor não confiável
– Danos devido ao transporte e acondicionamento.
• Método de fabricação-
– Falta de instrução de trabalho
– Desenhos errados
– Informação muito genérica
– Especificações inadequadas. 26
CEP
 Exemplos de causas especiais de variação:
• Meio ambiente-
– Iluminação precária devido a queima de uma lâmpada
– Variação da temperatura devido a falhas locais dos
sistemas de controle.
• Mão de obra-
– Falta de cuidado devido a distração, mau humor
– Fadiga do operador
– Vícios profissionais

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CEP
• Máquina/equipamento-
– Desregulagem súbita da máquina
– Quebra ou desgaste da ferramenta
– Variações na preparação das máquinas.
• Meios de medição
– Erros de calibração
– Falta de cuidados com os instrumentos de medição
– Uso de meios inadequados.

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CEP
• Matéria prima-
– Remessa fora da especificação
– Utilização de material indevido
– Deterioração devido ao manuseio ou estocagem.
• Método de fabricação-
– Desenhos e folhas de serviço desatualizadas,
ilegíveis, rasuradas, sujas..etc
– Desobediência as normas e procedimentos de
serviço.
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CEP

 Identificado através do diagrama de causa


e efeito as causas das falhas, e agirmos de
forma objetiva e direta nos itens principais,
com certeza estaremos reduzindo as não
conformidades de nosso produto.

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CEP

 GRÁFICOS DE CONTROLE

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CEP
 Os gráficos de controle podem ser
considerados como o filme de um processo
em um certo instante. Portanto, antes de
apresentarmos os gráficos de controle
devemos conceituar o que é um processo ?
• Processo pode ser definido como qualquer
seqüência de atividades que gera produtos ou
serviços, logo tudo o que fazemos pode ser
considerado um processo.
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CEP

 O gráfico de controle é a principal


ferramenta utilizada no CEP. Esta
ferramenta faz a distinção entre variações
comuns e especiais relacionadas com as
causas comuns e especiais.

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CEP
 As fases para a construção de uma carta de
controle compreendem:
• Coleta de dados
• Limites de controle
• Análise e Melhoria no processo

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CEP
 O Gráficos são separados em duas
categorias:

• Gráficos de controle por Variáveis

• Gráficos de controle por atributos

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CEP
 Gráficos de controle por Variáveis:
• Abrange as características mensuráveis
(correspondendo a maior parte dos dados a
serem tratados) e analisam os dados em forma
de dispersão (variação) e centralização.
– Exemplo:

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CEP
 Gráficos de controle por Atributo:
• Trabalha com apenas dois valores conhecidos
que pode ser: Sim ou não, bom ou ruim, Passa
ou não passa, conforme ou não-conforme.
Podem ser muito utilizados onde existe
inspeção, contagem de reparo e de material
rejeitado.
– Exemplo:

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CEP
 A instabilidade de um processo é
verificada através da existência de Causas
Especiais no processo. Estas Causas
Especiais podem ser identificadas no
Gráfico de Controle de forma visual.
Vejamos alguns exemplos:

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CEP
Ponto Acima ou
abaixo dos limites
de controle

Ocorrência de
ciclos entre os
limites

Muitos pontos
acima ou abaixo
da média 39
CEP
 Pelos gráficos de controle conseguimos
verificar a existência de Causas Especiais
no processo, no entanto não conseguimos
identificar qual o motivo delas terem
ocorrido, utilizamos uma outra ferramenta
chamada de Diário de Bordo.

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CEP
 O Diário de Bordo é um formulário onde
devem ser anotadas todas as ocorrências
importantes que dizem respeito ao
processo. Sempre relacionadas a:
• Mão de obra
• Material
• Método
• Máquina
• Meio ambiente e Meio de medição 41
CEP
 Utilizando o Diário de Bordo de uma
maneira correta, teremos identificados
todos os fatos ocorridos no processo, desta
forma fica mais fácil a identificação das
causas destes fatos e atuar sobre as
mesmas.

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CEP - RESUMO:
 Queremos controlar o nosso processo?
– Utilizamos o Diagrama de causa e efeito.
– Com ele identificamos todos os problemas que possam
afetar o nosso processo, atuamos sobre eles.
– Utilizamos Gráficos de controles
– Utilizado para coleta de dados
– Podendo ser por variável ou atributo
– Definimos o uso de um diário de bordo......
– E agora????

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CEP
 Devemos calcular os limites de controle e
analisar o nosso processo para gerar
melhoria contínuas......como?

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CEP
 Através dos índices de capacidade
denominados de Cp e Cpk, que são
utilizados para verificar a capacidade de
um processo produzir peças dentro das
especificações de engenharia.

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CEP
 Formulas:
 CP = LSE - LIE
Avalia a dispersão do processo
 6Xσ
• CP - Índice de capacidade potencial do
processo
• LSE - Limite Superior especificado
• LIE - Limite inferior especificado
• 6 x σ - Variação do processo
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CEP
 Formulas:
Avalia a
 CPk = LSE - Média ou Média - LIE centralização e a
dispersão do
 3Xσ 3Xσ processo

• CPk - Índice de capacidade efetiva do processo


• LSE/LIE- Limite Superior/Inferior especificado
• Média - referente aos valores da carta
• 3 x σ - Variação do processo

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CEP
 Formulas:
• σ= ( Xi - X )2
• n
• σ - Sigma (População, um todo)
• Xi e X- Cálculo das Média das amostras
• n - Total da amostra

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CEP
 Com estas formulas em mãos, poderemos
calcular os desvios em nosso processo.
Vale lembrar que para processos
confiáveis temos os seguintes dados:
• CP > 1 = Bom
• CP < 1 = Ruim
• Ideal: CP > 1.33
• Ideal: CPK > 1.67
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CEP
 Quando os índices de capacidade não forem
aceitos as áreas envolvidas devem elaborar
planos de ação e atuar nas causas.
Desenvolvendo sempre a s melhorias contínuas
em nosso processo.

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CEP
• “ Sábio não é aquele que
conhece muitas coisas, mas
o que conhece coisas úteis ”

• Obrigado pela atenção de todos.


» fim

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