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Guerra no Sudão

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Guerra no Sudão

O país africano vive mergulhado em confrontos entre o

exército nacional e as tropas paramilitares. Na base do

desentendimento está a luta pelo poder no país entre

dois generais desde o golpe de Estado de 2021.

O Sudão é um país marcado por décadas de guerra, a

maior cidade sudanesa tinha, até agora, sido poupada

à face mais temível da luta pelo poder.

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Os combates ferozes no Sudão deixaram em frangalhos
as esperanças de uma transição pacífica para o governo
civil. Forças leais a dois generais rivais estão competindo
pelo controle e, como costuma acontecer, os civis foram os
que mais sofreram, com dezenas de mortos e centenas de
feridos. No centro dos confrontos estão dois homens: o
líder militar do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan, e o
comandante das Forças de Apoio Rápido (RSF, na siga em
inglês) paramilitares, Mohamed Hamdan Dagalo

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Burhan é essencialmente o líder do Sudão. Na época da queda de Bashir,
Burhan era o inspector geral do exército.
Sua carreira seguiu um curso quase paralelo à de Dagalo.
Ele também ganhou destaque nos anos 2000 por seu papel nos dias
sombrios do conflito de Darfur, onde acredita-se que os dois homens tenham
entrado em contacto pela primeira vez.
Al-Burhan e Dagalo consolidaram sua ascensão ao poder bajulando as
potências do Golfo.
Eles comandaram batalhões separados de forças sudanesas, que foram
enviados para servir com as forças de coalizão lideradas pela Arábia Saudita
no Iémen.
Agora eles se encontram presos em uma luta pelo poder.

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Onde a luta terminará não está claro. Ambos os lados reivindicam o

controlo de locais-chave e combates foram relatados em todo o país

em lugares distantes da capital Cartum.

Enquanto várias estimativas oficiais e não oficiais mostrem que as

forças armadas sudanesas tenham cerca de 210-220 mil combatentes,

acredita-se que a RSF tenha aproximadamente 70 mil, mas são mais

treinados e melhor equipados.

Sem a expectativa de tréguas duradouras e com os combates a

alastrar a outras regiões do Sudão, quem consegue começa a

abandonar o país, o terceiro maior do continente africano.

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