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Implicações Legais na Prática de

Enfermagem

ProfªIracema Mourão
 Implicações Legais na Prática de Enfermagem

INTRODUÇÃO
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 A prática de enfermagem segura inclui a

compreensão dos limites legais dentro dos quais os
profissionais devem atuar;

 A compreensão das implicações das leis sustenta o

raciocínio crítico;

 Protegem das ilegalidades e protegem os direitos dos

seus pacientes;
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INTRODUÇÃO
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 As leis se modificam para satisfazer as necessidades

das pessoas ;

 A tecnologia expandiu o papel da enfermagem e os

dilemas éticos associados ao cuidado do cliente
aumentaram;

 O público está melhor informado que no passado a

respeito dos seus direitos;
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LICENCIAMENTO
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 Todos os enfermeiros devem ser licenciados no

COREN do estado que atuam;

 Nos EUA é exigido um exame de licenciamento;

 O licenciamento pode ser suspenso se os enfermeiros

realizarem atos ilegais;
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LIMITES LEGAIS DA ENFERMAGEM

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 Os profissionais devem compreender os limites

legais de sua prática;

 Assegurar o cuidado do paciente a partir de uma

decisão sólida e bom julgamento;
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LIMITES LEGAIS DA ENFERMAGEM

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 A legislação em enfermagem deriva-se da legislação

estatutária, regulamentadora e ordinárias;

 Tais legislações descrevem e definem os limites

legais da prática de enfermagem dentro de cada
estado.
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Um delito consiste no erro civil feito contra pessoa

ou propriedade;

 Podem ser dolosos (voluntários – violam o direito do

outro) ou culposos (involuntários – negligência ou
imperícia);

 Exemplos????
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Delitos de Natureza Civil dolosos:

 Difamação do caráter: divulgação de informações falsas.

 A agressão (simbólica ou física): contato intencional;

 Invasão de privacidade: é um delito civil – intrusão na

reclusão, apropriação indébita do nome ou imagem,
publicação de fatos particulares ou embaraçosos,
publicidade falsa;
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Formas de invasão:

 Publicação de fotos de um cliente em seu quarto de

hospital;

 Liberação de informação médica do cliente;

 Disponibilização de cópias do prontuário, etc.

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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Delitos Civis Culposos

 Negligência: condições abaixo do padrão do cuidado (o

indivíduo tem conhecimento do certo e não o faz);

 Imperícia: é um tipo de negligência profissional; na

enfermagem quando o profissional, mesmo tendo
conhecimento do bem de tal procedimento, deixa de
fazê-lo (por ex: 5 certos da adm. de medicamentos).
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Delitos Civis Culposos

 Em geral os tribunais definem a negligência

profissional como a falha em usar o grau de
habilidade ou aprendizado comumente empregado
sob circunstâncias idênticas ou similares pelos
membros da profissão.
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Atos comuns de negligência:

 Erro de medicação;
 Erro de terapia intravenosa (resulta em infiltrações e flebite);
 Queimadura do cliente por equipamentos, líquidos, banhos,
etc.;
 Erro de técnicas asséptica;
 Erro de contagem de compressas e materiais;
 Falha de monitoria do cliente;
 Falhas de notificação de alterações significativas do estado
do cliente.
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Meio de evitar ser responsabilizadas por negligência

 Seguir o padrão de cuidado;

 Prestar cuidados adequadamente;
 Comunicar-se com a equipe;
 Documentar exames, intervenções e avaliações por
completo;
 Desenvolver comunicação empática com o cliente.
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 É improvável que um cliente que acredita ter a

enfermeira realizado as obrigações de maneira
correta e estado preocupada com o seu bem estar
inicie uma ação legal.
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Em ações legais, a documentação cuidadosa,

detalhada e completa constitui uma defesa;

 Além disso é essencial conhecer a literatura atual da

profissão, políticas e procedimentos da instituição
em que trabalham;
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DELITOS DE NATUREZA CIVIL

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 Comunicar-se com o cliente e fornecer as

informações necessárias;

 E qualquer alteração no cliente deve ser informada e

registrada.
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ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
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 Os estudantes podem ser processados, caso suas ações

provoquem lesão aos clientes;

 A responsabilidade é compartilhada: estudante,

professora, hospital ou instituto de saúde e
universidade ou instituição educacional;

 Os estudantes não podem realizar atividades que não

sejam de sua competência (auxiliar, técnica, etc.)
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RESPONSABILIDADE LEGAL EMENFERMAGEM

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 É necessário seguir o PADRÃO DE CUIDADO;

 A documentação cuidadosa, completa e objetiva seve

como evidência do padrão de cuidado prestado;

 A documentação é necessária para manter a

comunicação entre os membros da equipe –
demonstra que o enfermeiro é prestador de cuidado
efetivo;
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RESPONSABILIDADE LEGAL EMENFERMAGEM

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 A boa documentação é legível e está assinado;

 Diversos tribunais declaram que, quando o

profissional altera ou perde, de maneira negligente,
os registros clínicos relevantes para uma queixa de
imperícia, o profissional de saúde deve demonstrar
porquê estes eventos aconteceram.
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RESPONSABILIDADE LEGAL EMENFERMAGEM

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 As evoluções de enfermagem contêm evidências

substanciais necessárias para compreender o cuidado
do cliente;

 Quando os registros são perdidos ou estão

incompletos, o tribunal presume que o cuidado que
não pode ser revisto foi negligenciado e, portanto, é
a causa das lesões do cliente.
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CONTRATOS
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 Um contrato é uma concordância por escrito ou oral

entre duas pessoas, havendo troca de bens de serviço
(BLACK, 1990);

 Para que ele tenha valor, deve haver consentimento,

consideração e partes competentes;
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PADRÕES DE CUIDADO
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 São orientações legais para a prática da enfermagem,

sendo definido pelos conselhos de enfermagem em
cada estado;

 Regulam o cuidado nos hospitais e outras instituições;

 Em uma ação de imperícia, os padrões de cuidado são

utilizados para medir a conduta do profissional e
determinar se ele atuou de forma prudente;
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PADRÕES DE CUIDADO
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 Uma falha no padrão de cuidado é um elemento que

deve ser comprovado no delito;

 A lei define os padrões de cuidado que os

enfermeiros devem seguir;

 Nelas são definidas responsabilidades, declarações e

orientações sobre a atuação;
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PADRÕES DE CUIDADO
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 As organizações profissionais (conselhos) são uma

outra fonte para definir padrões de cuidado;

 Os padrões, não só delineiam a função e o papel dos

profissionais de enfermagem, como também
estabelecem os padrões para a prática clínica.
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PADRÕES DE CUIDADO
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 Exemplo: Um jovem de 18 anos com fratura

exposta. O médico aplicou um aparelho gessado com
acolchoamento insuficiente. Os artelhos do rapaz
ficaram edemaciados e pálidos, houve diminuição da
sensibilidade. Ele queixou-se muitas vezes à equipe
de enfermagem. Desenvolveu-se à gangrena,
precisando a perna do rapaz ser amputada.

 O que aconteceu?? Quem errou??

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SIGILOSIDADE
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 Consiste em ética profissional;

 Os ideais de privacidade e sensibilidade quanto às

necessidade dos clientes;
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SIGILOSIDADE
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 A sensação de equidade e profissionalismo do

enfermeiro exige que as informações confidenciais
não sejam compartilhados com outros;

 A menos que o cliente dê o consentimento, as

informações são sigilosas.
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CONSENTIMENTO
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 Um formulário de consentimento assinado é

necessário para todos os tratamentos rotineiros,
procedimentos perigosos, como cirurgia, alguns
programas de tratamento, como quimioterapia, e
pesquisa que envolve clientes (JCAHO, 1999).
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CONSENTIMENTO
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 Os formulários separados de tratamento ou

consentimento especial devem ser assinados pelo
cliente ou representante, antes do procedimento;

 Quando o cliente é surdo, analfabeto ou estrangeiro,

deve ser disponibilizado um interprete para explicar
os termos de consentimento.
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CONSENTIMENTO
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 Quem pode consentir o tratamento

médico???
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CONSENTIMENTO
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 I. Adultos:
 A – indivíduo competente, com 18 anos ou mais;
 B – Pai por seu menor não-emancipado;
 C – Tutor por seu tutelado;
 D – Adulto para irmãos menores (quando em
emergência e os pais não estão presentes);
 E – Avô para neto menor (quando em emergência e os
pais não estão presentes).
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CONSENTIMENTO
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 II. Menores:
 A – Para seu filho e qualquer criança sob sua custódia legal;
 B – Para si próprio:
 Legalmente casado
 Gravidez
 Doença venérea
 Abuso de drogas ou outra substância
 C – Menores não emancipados não podem dar
consentimento para aborto (sem consentimento dos pais,
ordem do tribunal e próprio, garantido por ordem do
tribunal.
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CONSENTIMENTO
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 Consentimento informado é a concordância de uma

pessoa para que algo aconteça, como cirurgia,
baseada na plena revelação de riscos, benefícios,
alternativos e consequência da recusa (BLACK,
1990).
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CONSENTIMENTO
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 Para Prosser e Keeton (1988) alguns atores devem

ser verificados para que o consentimento aconteça:

 1. A pessoa que fornece deve ser mental e fisicamente

competente e legalmente um adulto;
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CONSENTIMENTO
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 2. Deve ser concedido de forma voluntária;

 3. A pessoa deve compreender por completo o

procedimento, seus riscos, benefícios e procedimentos
alternativos;

 4. A pessoa possui direito de ter todas as dúvidas

satisfatoriamente esclarecidas e confirmar sua
compreensão.
 OBRIGADA!!!
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