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HISTÓRIA CLÍNICA

F. M. Oliveira, sexo feminino, 50 anos, dá entrada no


S.U. com uma dor violenta no hipocondrio direito e
bastante agitada. Dor com irradiação para a região
dorsal e para o ombro do mesmo lado, com
paroxismos tipo cólica e sem posição antálgica.
Apresenta vómitos biliares. Conjunctivas sub-ictéricas
com febre (temp. axilar 38ºC.). A palpação abdominal
verifica-se “plastron” no hipocondrio direito com
Murphy +.

ANTECEDENTES: Cefaleias matinais, desde há 3


meses, náuseas e repugnância pelas gorduras
HISTÓRIA CLÍNICA
 M.M.L.S., sexo feminino, 28 anos, recorre ao S.U. por
mastite abcedada da mama direita. Refere que teve o
parto há 15 dias, estando a amamentar. Tem dores no
mamilo durante a amamentação, desde há 8 dias, pelo
aparecimento de pequena fissura. Desde há 4 dias
que tem muitas dores na mama, notando o
aparecimento de tumefacção, na região infero-interna
da mesma mama, muito dolorosa à palpação.
 Hipertermia.
HISTÓRIA CLÍNICA
 A.L.Antunes, sexo masculino, 20 anos, recorre ao S.U.
por aparecimento súbito de um exsudado purulento
uretral. Verificou que a expulsão desse exsudado não
tinha relação com a micção, embora referisse disúria e
perda de urina (algumas gotas). O pénis apresentava-
se edemaciado e verificou-se linfadenite inguinal
bilateral, sem feridas ou nódulos na região genital.

 ANTECEDENTES: Contactos sexuais suspeitos há


uma semana.
HISTÓRIA CLÍNICA
 A.M. Silva, sexo feminino, 22 anos, é observada na
consulta de urologia por disúria e polaquiúria. Na altura
a doente apresentava-se apirética e sem outra
sintomatologia. Numa análise de urina tipo II verificou-
se ph ácido, proteinúria e hematúria, restantes padrões
normais.

 ANTECEDENTES: A doente casou há 3 semanas.


HISTÓRIA CLÍNICA
 M. F. Bravo, sexo feminino, 30 anos, recorre ao S.U.
referindo na manhã do dia anterior náuseas, vómitos
não muito violentos e diarreias. Hoje queixa-se de dor
lombar muito intensa, sem irradiação e sem períodos
de acalmia, acompanhada de arrepios de frio e febre
(temp axilar 39,5ºC). O exame físico revelou como
sinais importantes dor à percussão e à palpação no
ângulo costo muscular esqº. A urina tinha aspecto
turvo, cor amarela, proteiúria, restantes padrões
normais.

 ANTECEDENTES: Doente sujeita a uma algaliação há


10 dias em consequência de acidente de viação.
HISTÓRIA CLÍNICA

 M.J.M., sexo feminino, 55 anos, trabalhadora


rural, dá entrada no S.U. Com contracturas
paroxisticas espontâneas muito frequentes e
com evidente dificuldade respiratória.
Apresenta ainda disfagia, trismo e rigidez
marcada dos membros e tórax. Apresenta uma
ferida perfurante no pé esquerdo feita há 4
dias por um prego.
TERAPÊUTICA
 Soro humano anti-tetanico 20.000u. I.M. E
10.000u. I. Raquideas, penicilina cristalizada
10.000.000u. E.V./dia + Diazepan E.V. De 6/6
horas.
 No serviço de RR é traqueostomizada e
submetida a ventilação artificial (Engstrom).
Manteve a penicilina cristalizada 2.000.000u.
E.V. 4/4 horas; Diazepan E.V. De 2/2 horas;
Toxoide anti-tetânico uma dose por semana.
HISTÓRIA CLÍNICA
 A.L. Freitas, sexo masculino, 40 anos, natural de
Castro Daire, foi transferido do hospital local para o
Santo António com a seguinte história:
 Há 3 meses apresentou sinais e sintomas como
cefaleias, mialgias generalizadas e febre (temp. axilar
37,5ºC.) Fez medicação sintomática e após 4 dias
obteve melhoria do estado geral. Passadas 3 semanas
refere o aparecimento de anorexia, insónias, suores
não relacionáveis com o clima ou actividade
profissional, mialgias com especial incidência na
região dorsal e febre (temp. axilar 37,5ºC.)
 ANTECEDENTES: Lenhador e habitualmente ingeria
grandes quantidades de queijo de cabra.
EXAMES SUBSIDIÁRIOS
 Médico assistente aconselha internamento no hospital
local para estudo mais desenvolvido.
 Leucocitose de 10.000 células/mm3 com predominio
de linfócitos, V.S ligeiramente elevada.
 Durante período de internamento de 2 meses doente
teve períodos livres de sintomatologia e mais um em
que o quadro sintomático se repetiu mas agravado
pelo aparecimento de artralgias nas falanges do 2º e
3º dedos da mão direita e joelho esquerdo.
Articulações tumefactas e dores nos trajectos dos
nervos periféricos e hepato-esplenomegalia.
 Por dificuldades locais de meios de diagnóstico
transferido e internado no Hospital de Santo António.
Aminoglicosídeos

- Neomicina
- Estreptomicina
- Gentamicina
- Tobramicina
- Netelmicina
- Amicacina
Aminoglicosídeos

1. Mecanismo de acção e actividade


- combinação com as substâncias
lipossacáridas da parede celular, penetrando
por transporte activo
- Combinação com as subunidades 30S e 50S,
com inibição de síntese proteica
- Efeito bactericida, rápido e dosedependente
Aminoglicosídeos

2. Espectro antibacteriano
- bactericida para inúmeros organismos Gram +
e Gram – e micobactérias
- infecções graves por bacilos Gram –
susceptíveis, especialmente pseudomonas spp
- terapêutica de endocardite por enterococos,
com penicilina ou com ampicilina
- Não usados para inefecções por Gram +
Aminoglicosídeos

3. Farmacocinética
- má absorção oral
- boa absorção IM/IV
- 10% ligação às proteínas plasmáticas
- Como compostos polares, não têm fácil
penetração celular e são largamente excluídos
do SNC e olho
- Excreção renal
Aminoglicosídeos

4. Efeitos laterais
- hipersensibilidade é pouco comum
- Ototoxicidade (5%)
- Nefrotoxicidade (5 – 25%)
- curare-like effect

Mais comuns no idoso; na mulher com outros agentes


nefrotóxicos, quando existe nefro ou hepatopatia ou hipotensão
Aminoglicosídeos

5. Interacções com outros fármacos


- Sinergia com antibióticos B-lactâmicos
- Potenciação de relaxantes musculares
- Diminuição da absorção GI da digoxina
- Cloranfenicol diminui a penetração de Ags
nas bactérias
QUINOLONAS

Ácido nalíxico
Fluorquinonas:
norfloxacina
ciprofloxacina
ofloxacina
lomefloxacina
enoxacina
QUINOLONAS

• Efeito bactericida por inibição da DNA


girase
- Rápida actividade bactericida, directamente
correlacionada com a concentração do
fármaco no meio
- Actividade contra bactérias em fase
estacionária
QUINOLONAS

EFEITOS LATERAIS
- Sintomas gastrointestinais
- Sintomas neurológicos
- Alterações hematológicas

PRECAUÇÕES
- evitar durante a gravidez
- Interferência com o metabolismo hepático da teofilina
- Antiácidos com AI e Mg e sucralfate diminuem a
absorção das quinolonas
QUINOLONAS
 Fluoroquinolonas
- Activas contra a maioria dos bacilos Gram -, incluindo
P.aeruginosa e muitos cocos Gram +, incluindo alguns
Staph.aereus
- Actividade variável contra estreptococos,
especialmente Enterococos spp
- Reduzida actividade contra anaeróbios e estirpes de
Pseudomonas não-aeruginosas
- Activas contra N. Gonorrhoeae, H. Ducreyi,
Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia trachomatis,
Mycobacterium tubercuosis e micobactérias activas
QUINOLONAS

Ácido nalidíxico:
- activo contra enterobactérias e
enteropatógeneos, sem actividade contra
P.aeruginosa ou cocos Gram +
- metabolismo hepático e excreção renal
- má absorção oral
- elevada frequência de estirpes
resistentes
QUINOLONAS

Ofloxacina
- Grande biodisponibilidade oral
- Interesse em infecções gonocócica ou
uretrite por clamídia; menos activa que a
ciprofloxacina para enterobactérias e P.
aeruginosa
- Excreção renal
QUINOLONAS

Ciprofloxacina
- Concetrações significativas quando
administrada por via oral
- Útil no tratamento de ITU, osteomielite,
infecções cutâneas, diarreias infecciosas
- Excreção essencialmente renal

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