Você está na página 1de 43

UNIDADE

PEDIÁTRICA
Prof. Me. Maikel Rojas
Revisando SSVV
◦ AFERINDO OS SINAIS VITAIS Os SSVV: 

◦ são indicadores do estado de saúde e da garantia das funções circulatórias,


respiratória, neural e endócrina do corpo; e servem como parâmetros de
comunicação universal sobre o estado do paciente e da gravidade da doença.
Em especial as crianças apresentam indicadores de SSVV diferenciados.
Frequência
cardíaca
◦ Local de aferição: Em
crianças menores de 1
ano aconselha-se a
verificar o pulso
braquial, ou femural;
podemos ainda realizar
a contagem da frequêcia
cardíaca auscultando o
pulso apical -
precordial; Obs: em
bebês não aferir pulso
em artéria carótida
(interrupção do fluxo). 
AVALIAND
OA
PRESSÃO
ARTERIAL
Glicemia Capilar
◦ A glicemia considerada normal para crianças,
assim como para adultos, é de 70-99mg/dl, após
8 horas de jejum. Os valores do nível de glicose
plasmática considerados normais para o recém-
nascido: é entre 40 – 150mg/dl. Sendo indicado
sua realização quando:  Se deseja verificar os
índices de glicemia capilar para auxílio de
diagnóstico clínico e/ou como controle desses
índices para fins terapêuticos;  Neonatos
grandes para a idade gestacional (>4Kg) ou
pequenos para a idade gestacional
(<2,5kg). Filhos de mulheres diabéticas; 
Neonatos <37 semanas de gestação.
Evolução de enfermagem
◦ 1.Nível de consciência, impressão geral, comportamental e comunicação:
calma, irritadiço, choroso, ativo, hipoativo/prostrado, comatoso, hiperativo,
agressivo. 
◦ 2.Fácies: de dor, ansiedade, depressão, medo, pavor e tristeza.
◦ 3.Movimentação: deambula, repouso etc... 
◦ 4. SSVV: respiratório, cardíaco, temperatura,
◦ 5.MMSS e MMII: perfusão, edemas, etc...
◦ 6. Estado de hidratação: perda de turgor e elasticidade da pele(sinal da prega),
hipotonia de globos oculares (encovados), mucosas secas ou muito secas,
depressão de fontanela; 
Evolução de enfermagem

◦ 7. Pele e anexos: corado, hipocarado cianose, icterícia, palidez, edema e


erupções cutâneas. 
◦ 8.Acesso venoso: local, característica, infusão 
◦ 9.Dieta: seio materno, complemento, aceitação, uso de SNG, SNG
◦ 10. Exame físico 
◦ 11. Curativos: local, características, presença de secreção?
◦ 12. Procedimentos realizados
◦ 13. Queixas/relatos Eliminações: espontânea? quantidade e
características.
Evolução de enfermagem
◦ PASSO A PASSO:
◦ 1) TERMINOLOGIA: ( RN, LACTENTE, CÇA, PRÉ ESCOLAR,
ESCOLAR)
◦ 2) ACOMPANHADA POR: (MÃE , PAI, TIA, AVÓ)
◦ 3) ONDE ESTÁ (CAMA, BERÇO, DIVÃ)
◦ OBS: SE NA CAMA OU BERÇO, DESCREVER GRADES, ELEVADAS,
ABAIXADAS.
◦ 4) COMO SE ENCONTRA: (ATIVA, HIPERATIVA, HIPOATIVA,
RESPONDE A REFLEXOS, REFELXOS PRESERVADOS,CALMA,
IRRITADA, SONOLENTA, CORADA, DESCORADA, ICTÉRICA,
AFEBRIL, DISPNEICA, ETC..)
◦ 5) O QUE APRESENTA: (ESCORIAÇÕES, HEMATOMAS, TOSSE
Evolução de enfermagem
◦ 6) O QUE MANTÉM: JEJUM, DIETA (Exclusiva em seio materno, complementação)
(SOROTERAPIA, AVP (MSD - MSE / MID - MIE) (SALINIZADO) - (COM/SEM SINAIS
FLOGÍSTICOS) , SVA / SVD(COM DEBITO EM ML), CURATIVOS (TIPO: OCLUSIVO, ETC..)
◦ 7) O QUE REFERE: (NESTE CASO O PAI E MÃE REFERE (BOA ACEITAÇÃO DA DIETA...) ,
DIURESE, EVACUAÇÕES (SIC)
◦ 8) MEDICADO CONFORME PM
◦ 9) SEGUE SOB CUIDADOS DE ENFERMAGEM
◦ 10) (ASSINA SEU NOME)
◦ PS= É MUITO IMPORTANTE NA ADMISSÃO RELATAR TUDO, COMO ESTA CÇA CHEGOU
PRA VC, A PESAGEM DEVE SER FEITA TODOS OS DIAS, LEMBRANDO-SE SEMPRE QUE
A MEDICAÇÃO SERÁ FEITA DE ACORDO COM O PESO DA CÇA. É NECESSÁRIO MUITA
ATENÇÃO NO CUIDADO COM PACIENTES/CLIENTE DE PEDIATRIA. Uma evolução
adequada deve relatar às necessidade básicas.
◦ Alimentação, higienização, vinculo com a mãe.
Evolução de enfermagem
◦ Vamos praticar !
◦ Exemplo de admissão de paciente RN;
◦ Exemplo de relatório de enfermagem pré- escolar;
◦ Exemplo de relatório de enfermagem escolar.
Atividades

◦ Qual o valor normal de frequência cardíaca para criança e adolescente em todas as fases do
desenvolvimento ?
◦ Qual o valor normal de frequência respiratória para criança e adolescente em todas as fases do
desenvolvimento ?
◦ Qual o valor normal de PA para uma criança de 3 anos ?
◦ Qual valor normal de PA para uma criança de 6 anos ?
◦ Quais os sinais de dor que podemos notar durante a avaliação ao RN ?
Condutas e cuidados realizados com frequência
na pediatria Fototerapia
◦ A fototerapia é uma modalidade terapêutica empregada para tratamento de
várias dermatoses, sua classificação é feita segundo o tipo de irradiação
utilizada (UVA ou UVB); sendo que em RNs é utilizada como forma de
tratamento mais eficaz no controle da hiperbilirrubinemia. A
hiperbilirrubinemia do recém-nascido é uma doença que surge logo nos
primeiros dias de vida do bebê, sendo causada pelo acúmulo de bilirrubina no
sangue, e deixando mucosas, esclera ocular e pele amarelada (icterícia). 
Condutas e cuidados realizados com
frequência na pediatria Fototerapia
◦ Logo fototerapia demanda alguns cuidados e acompanhamento criterioso para
que se tenha a resposta terapêutica efetiva e não apresente efeitos indesejados
que eventualmente possam ocorrer:
◦  Proteção ocular;  
◦ Posição adequada dos Bilispot; 
◦ Temperatura da incubadora e/ou do ambiente;
◦ Quanto maior tempo exposição do RN , melhor será a resposta terapêutica. 
Coleta de material para exame- Urina
◦ Em RNs e Lactantes necessitamos utilizar técnicas especiais para coleta de
urina, pois os mesmo ainda não tem controle miccional. Nas crianças maiores
a técnica coleta é a mesma que usadas em adultos. Indica-se a coleta da
primeira urina da manhã – por estar mais concentrada e as anormalidades são
detectadas com mais facilidade.
◦ Material:  Coletor de urina infantil;  Gaze ou algodão;  Agua em
temperatura ambiente para higiene;  Recipiente para amostra;  Luvas de
procedimento. 
Coleta de material para exame- Urina
◦ Técnica: 
◦  Estimular a oferta de líquidos; Posicionar a criança em modo que os órgão sejam expostos
( decúbito ventral com as pernas em posição de rã); 
◦  Calçar as luvas e limpar área genital. 
◦ Em meninas:
◦ 1. Realizar a higiene intima;
◦ 2. limpar os grandes lábios, de cima para baixo ( do clitóris ate o ânus) – utilizando a gaze ou a bola
de algodão;
◦  3. Em seguida afastar os grandes lábios com uma das mãos e lavar os pequenos lábios com a outra 
Coleta de material para exame- Urina
◦ 4. Secar a área. 
◦ 5. Manter o períneo esticado durante a aplicação do coletor – fixar o saco primeiramente ao
períneo, prosseguir até a sínfise. 
◦ Em meninos: 
◦ 1. Realizar a higiene intima: 
◦ 2. Limpar a extremidade do pênis em movimentos circulares e para baixo no sentido da bolsa
escrotal. Assegurar de retrair o prepúcio, quando presente; 
◦ 3. Secar a área; 
◦ 4. Colocar o pênis dentro do saco coletor fixando-o na pele ao redor.
Coleta de material para exame- Urina
◦ Após a adesão do saco coletor: 
◦ Colocar a fralda ( atenção não apertar a fralda);  
◦ Após 30 a 45 minutos verificar se a criança urinou, então remover
delicadamente o saco coletor; 
◦ Colocar a amostra no recipiente de coleta, identificando, para em seguida
encaminhar a amostra para o laboratório; 
◦  Deixar a criança limpar e confortável.
Coleta de material para exame - fezes
◦ Material:  Bandeja,  Fralda,  Material para higiene,  Frasco de amostra com espátula, 
Luvas de procedimento. Etapas:
◦ 1. Lavar as mãos e reunir os materiais 
◦ 2. Proceder a higiene no períneo e anus da criança; 
◦ 3. Colocar fraldas limpas; 
◦ 4. Atentar-se a evacuação da criança, ao apresentar retirar a fralda e recolher amostra com a
espátula colocando no frasco; armazenando e identificando, para em seguida encaminhar para
o laboratório;
◦ 6. Deixar criança limpa, e ambiente organizado; 
◦ 7. Lavar as mãos e fazer registro de enfermagem.
Contenção de crianças
◦ Toda restrição de movimento representa sofrimento para a criança e só deve
ser feita quando absolutamente necessária. Crianças maiores, que podem
entender uma explicação sobre o tratamento indicado, muitas vezes colaboram
e dispensam o uso de imobilizadores que podem agredir mais que o tratamento
em si.
Contenção de crianças
◦ Nas situações indispensáveis de restrição:
◦ Deve-se ser aplicada de forma que não prejudicará a circulação e a respiração da
criança e, dentro do possível conforto. 
◦ O tipo de imobilização dependerá do procedimento ou exame a ser realizado. 
◦ Objetivo da contenção: 
◦ Facilitar o exame e tratamento;
◦ Proteger a criança contra acidentes; 
◦ Reduzir o desconforto.
◦ Uma das principais dificuldades no
tratamento da criança doente é
administrar medicações, especialmente no
que se refere a recusa da criança,
Administraçã principalmente o que se refere a via de
administração oral. 
o de ◦ Logo é importante: 
medicamento ◦ Nunca mentir, dizendo que a medicação é

s gostosa. Isso fará com que a criança perca


a confiança, pois em geral não é verdade. 
◦  Nunca chantageá-la nem ameaçá-la. Pois
o objetivo sempre deve ser, construir uma
situação favorável à cooperação.
Administração de medicamentos
◦ Explicar segundo sua compreensão, como isso poderá ajudá-la, dizendo por
exemplo: “ vai diminuir a tosse ou a dor de ouvido” e como ela irá sentir, isto
é, se o remédio é amargo ou muito doce. 
◦ Oferecer uma escolha possível como “ você quer tomar sozinha ou a titia
ajuda?”, “ depois do remédio, você quer tomar água?” 
◦ Para crianças pequenas, é mais fácil utilizar uma seringa do que um copo ou
colher, uma vez que permite uma administração lenta numa região lateral da
boca, dificultando perdas.
Lavagem nasal
◦ Indicada para aliviar sintomas de gripes, resfriados e sinusite, a fim de
diminuir a inflamação das vias aéreas e a formação de muco que entope o
nariz. Dosagem indicada da solução salina (soro fisiológico 0,9%) para a
lavagem nasal.
◦ Em bebês de até 1 mês: 1 a 2 ml em cada narina.
◦ Em bebês maiores de 1 mês: até 5 ml em cada narina.
Lavagem nasal
◦ Como proceder: 
◦ 1. Lavar as mãos; 
◦ 2. Reunir os matérias: seringa, com soro fisiológico 0,9% em temperatura
ambiente, luva de procedimento, gaze, compressa/toalha de papel;
◦ 3. Explicar o procedimento a criança e/ou acompanhante;
◦ 4. Se necessário fazer a higiene externa da narina antes do procedimento; 
◦ 5. Forrar tórax da criança; 
◦ 6. Posicionar a criança em decúbito dorsal, inclinando levemente a cabeça para
o lado (ou no colo da mãe com a cabeça elevada);
Lavagem nasal
◦ 7. Introduzir a seringa em uma
das narinas e ejetar a solução; 
◦ 8. Observar a criança; 
◦ 9. Deixar ambiente em ordem; 
◦ 10.Desprezar material, lavar as
mão realizar anotação de
enfermagem/checagem.
O uso do espaçador
◦ A via inalatória é a preferida para a
administração dos medicamentos, em
situações como por exemplo na asma e
broncoespasmos devido a seu efeito mais
rápido e com menores efeitos adversos.
◦  Os aerossóis são considerados
respiráveis, ou seja, têm a propriedade de
alcançar e se depositar nas vias aéreas
uma grande quantidade de partículas que
causam efeitos rápidos nos pulmões.
◦ Como proceder:
◦ 1. Colocar a máscara no bocal do
espaçador; 
◦ 2. Agitar a bombinha com vigor, com o
bucal para baixo, durante alguns segundos; 
◦ 3. Encaixar a bombinha no espaçador; 
◦ 4. Sente-se e coloque o bebê numa de suas
pernas;
◦ 5. Coloque a máscara no rosto do bebê,
cobrindo nariz e boca; 
◦ 6. Dispare o bombinha em spray 1 vez
(puff) e espere o bebê inspirar por cerca de
10 segundos; 
Como proceder
◦ 7. Repita o puff de acordo com a dose
prescrita; 
◦ 8. Retire a máscara do rosto do bebê;
◦ 9. Limpar a boca do bebê com uma
fralda limpa molhada somente com
água; 
◦ 10.Lavar a máscara e o espaçador
somente com água e sabão neutro,
deixando secar naturalmente.
Medicação IV
◦ O fundamental para o ato de
puncionar a veia é a restrição de
movimentos e o posicionamento
adequado da criança. As veias
mais frequentes a ser utilizadas
são as superficiais da fossa
cubital, mãos, pés e da cabeça.
Higiene e conforto
◦ O banho diário é indispensável a saúde, proporciona bem-estar, estimula a
circulação sanguínea e protege a pele contra diversas doenças. O momento do
banho deve ser aproveitado para estimular a criança: estímulos
psicoemocionais (acariciar), auditivos (conversar e cantar) e psicomotores
(inclusive movimentos ativos com os membros). Os banhos e a higiene íntima
das crianças na pediatria acabam sendo realizados pela mãe/responsável; cabe
a nós a orientação e o auxílio neste momento quando necessário. A troca das
roupas de cama e a desinfecção devem ser realizadas neste momento. Lembre-
se é indicado a realização do banho na admissão da criança.
Referências
◦ Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Câmara Técnica. Parecer COREN-SP Nº 010/2020 –
Ementa: Administração de medicamento via intramuscular. 2020:14p. (acesso em 11/06/2022).
Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/Parecer-010.2020- Administra
%C3%A7%C3%A3o-de-medicamento-via-intramuscular.pdf

◦  Conselho Federal e Estaduais de Enfermagem.

◦ Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP).

◦  SCHMITZ, Edilza Maria. A Enfermagem em Pediatria e Puericultura – 1ª edição – São Paulo:


Editora Atheneu. 

◦ Manual de Normas para Saúde da Criança na Atenção Básica – Secretaria do estado do Pará.

Você também pode gostar