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Salto Cubatão Johnny, Giovani
Salto Cubatão Johnny, Giovani
AMBIENTAL (RIMA)
DA
USINA HIDROELÉTRICA
CUBATÃO
johnny, diego, giovani, emanuelle, martin
CENTRAIS ELÉTRICAS DE
SANTA CATARINA (CELESC)
Realização
ENGEVIX ENGENHARIA S.A.
Dezembro de 1989
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo
apresentar de forma resumida o EIA-RIMA da
Usina Hidroelétrica do Rio Cubatão, localizado
no município de Joinville, Santa Catarina.
A avaliação dos impactos ambientais foi
realizada através de cruzamento dos efeitos das
diferentes etapas de execução e operação do
empreendimento, sobre os diversos
componentes ambientais.
Composição do Relatório
• Caracterização do Empreendimento;
• Áreas de Influência;
• Diagnóstico Ambiental;
• Análise dos Impactos Ambientais;
• Medidas Mitigadoras;
• Programa de Monitoramento e Acompanhamento;
• Equipe Técnica.
Obs: Os estudos foram feitos de acordo com a resolução do CONAMA 01/86,
cobrindo os aspectos ambientais dos componentes físicos, bióticos e sócio-
econômicos.
Caracterização do
Empreendimento
• Localização: Bacia do Rio Cubatão, Norte do Estado de
Santa Catarina no município de Joinville.
Barragem
Salto 1 Casa de
Barragem Força
Salto 2
Foz do
Rio
Cubatão
• A barragem será de concreto gravidade e terá
38m de altura e 151m de comprimento;
• O rio permanecerá em seu leito normal na
primeira etapa da construção, depois será
desviado através de galeria incorporada a
barragem com capacidade de uma vazão de 35
m3/s;
• O fechamento desta galeria será feito através
de uma comporta;
• O vertedouro será do tipo de superfície, situado
no topo da barragem e dimensionado para escoar
com uma sobre-elevação de 4m acima do nível
máximo normal;
• As estruturas de adução estarão localizadas no
braço esquerdo do reservatório;
• A tomada de água terá 6,3m de largura e 20m de
altura e será do tipo embutida na rocha com uma
vazão de engolimento de 8,85 m3/s;
• O reservatório ocupará uma área de 4,1 km2 em
seu nível máximo normal e terá um comprimento
de 7,5 km e largura máxima de 1,5 km.
Detalhamento da Obra
Barragem do Salto 1 Saída do
Túnel para
Casa de Força
Barragem do
Salto 2
• Dados básicos
Hidrograma e vazões naturais (jan 52 a out 88);
Vazão média 4,7 m³/s;
Máxima vazão media mensal: julho 17 m³/s;
Mínima vazão media mensal: setembro 0,9 m³/s;
Máxima vazão diária observada: 31/10/58: 163,2 m³/s;
• Reservatório
Volume total: 58 x 106 m³
Volume útil: 37 x 106 m³
Máxima área inundada: 4,1 km²
Mínima área inundada: 2,1 km²
• Parâmetros Energéticos
Energia firme (médios): 22.200 kw;
Potência instalada: 45.00 kw;
• Terrenos e Servidões
Somente área rural no município de Joinville:
Reflorestamentos 123,5ha
Pastagens 12ha
Matas 259ha
Capoeria 15,5ha
• Não haverá relocações;
30
25
Temperatura(ºC)
20
15
10
5
0
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
350
300
250
Precipitação
200
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
140
Evapotranspiração (mm)
120
100
80
60
40
20
0
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Geologia e Recursos Minerais
• Geologia Regional:
A região é dominada por rochas da idade
pré-cambriana inferior, e há sedimentos aluviais
recentes do Período Quaternário.
• Litologia:
Observou-se 3 unidades lito-estratigráficas
principais: ganisses de embasamento cristalino,
granitos do pré-cambriano superior e depósitos
recentes.
• Conclusões
• Não deverão ocorrer alterações
significativas entre o setor mineral e a
implantação de uma UHE;
• Os principais bens minerais da região são o
ferro e os pegmatitos;
• O setor minero-metalúrgico terá condições
de se beneficiar com a implantação dos
projetos hidrelétricos.
Geomorfologia
A bacia do rio Cubatão pertence à fachada
atlântica do Brasil Sudeste, com a presença
da Serra do Mar. Possui clima úmido, com
alta pluviosidade e cobertura vegetal de
Floresta Ombrófila densa, (Floresta
Atlântica).
Foram encontradas na área três
unidades morfológicas: planalto, escarpa e
planície costeira.
Solos e Aptidão Agrícola
• O levantamento das características morfológicas e
físico-químicas dos solos, bem como sua
distribuição espacial, aptidão agrícola das terras e
erodibilidade dos solos foi o principal objetivo do
presente trabalho.
• Teve como objetivo o planejamento do uso dos
solos para melhorar a produtividade agrícola e
minimizar os impactos ambientais.
Qualidade da Água
• Foi desenvolvido com o objetivo de
formação de um prognóstico da qualidade
da água.
• Foi determinado a análise bacteriológica de
coliformes fecais e totais, identificação de
espécies fitoplantônicas e zooplanctônicas e
contagem de indivíduos.
• Hipóteses de Simulação:
Reservatório do Salto 2
Foram analisadas várias variantes para a análise dos
impactos na qualidade de água, considerando-se a
variante hidrológica, a variante operacional e
variante de desmatamento da área.
Foram utilizados os seguintes indicadores de
Qualidade da água.
- OD (Oxigênio Dissolvido) máximo em mg/l;
- Tempo de recuperação do nível de oxigênio, em
dias (OD > 0);
- P dissolvido máximo em mg/l;
- Tempo de recuperação do nível
oligotrófico, em dias (P < 0,02 mg/l);
- Máximo Índice LEI (Lake Evcaluation
Index) - Índice de Evolução do Lago.
- Tempo de recuperação do índice LEI
(LEI < 20);
- Máxima produção teórica de gases.
• Resultados:
Todas as hipóteses analisadas apresentam
condições de anaerobiose.
Os tempos de recuperação do nível de OD
resultaram sempre inferiores a um ano para
todas as hipóteses.
Os níveis de oligotróficos são recuperados em
tempo maior do que os níveis de OD e
índice LEI.
• Trecho Jusante do Salto 2
Existirá um período mais crítico nos primeiros
meses após o início das liberações das
águas represadas, havendo uma melhora
posterior na qualidade da água nos meses de
vazões mais elevadas;
O volume da água, neste trecho será
consideravelmente reduzido;
• Conclusões:
Ano Hidrológico – a melhor opção é que o
enchimento ocorra num ano de cheias.
Mês do inicio do enchimento
preferencialmente em outubro.
Variante Desmatamento – recomenda-se
desmatamento total do reservatório, pois
este proporciona melhor aproveitamento
hidrelétrico e na qualidade da água .
Salto 01
Salto 02
Área Inundada
Área Inundada
Meio Biótico
• Vegetação:
Predominam Florestas com Araucária e Florestas
homogêneas de Pinus elliottii Araucaria
angustifólia (?)
As outras espécies encontradas são a erva-mate (Ilex
paraguariensis) Canelas (Ocotea sp e Nectrandra
sp) o pinho bravo (Podocareus sp), entre outras.
Encontram-se também áreas de pastagens, campos
de altitude, vegetação secundaria e o
reflorestamentos.
Estimativa de Fitomassa
• A formação de reservatórios para geração
de energia hidroelétrica pode ocasionar o
afogamento de uma considerável massa
vegetal que contribuirá para a diminuição
da qualidade da água. Isto pode ocorrer de
duas formas pela decomposição da matéria
orgânica e pela dissolução de elementos
nutrientes ou fertilizantes do plâncton.
Tipologias Vegetais
Vegetação Ha %
Floresta com araucária 259,0 63,18
Capoeira 15,5 3,75
Reflorestamento (pínus) 122,0 29,75
Pastagens 12,0 2,9
Outros 1,5 0,42
Floresta Ombrófila
Densa Alto Montana
Floresta Ombrófila
Densa Alto Montana
Floresta Ombrófila
Densa Montana
Campos de
Altitude
• Fauna:
Foi realizado um inventário das principais espécies
que ocorrem na região.
Foram realizadas quatro excursões a campo, com
duração entre 7 e 10 dias cada uma.
Resultados Obtidos
Anfíbios: Sapos e Pererecas: 9 espécies
Répteis: 13 espécies
Ornitofauna – Fauna Alada: 145 espécies.
Mastozoologia – Mamíferos e Roedores: 36 espécies
de mamíferos e de roedores.
Ictiofauna – Fauna Aquática: 20 espécies.
Anta (rastro)
Veado
Puma
Onça (rastro)
Paca
Medidas Mitigadoras
• Com base na identificação e avaliação dos
impactos ambientais, estabeleceu-se um
conjunto de medidas mitigadoras
necessárias para minimizar alterações que
ocorram sobre vários componentes
ambientais.
• Medidas referentes a estabilização de
encostas, deslizamentos do solo nas
margens do reservatório, conduto forçado, e
no rio, a jusante e ao assoriamento do
reservatório;
Reservatório do Salto 1 Saída do Túnel
para Casa de
Força
Reservatóri
o do Salto 2
Meio Sócio-Econômico
• Dinâmica Populacional
O Município de Joinville apresenta um intenso
crescimento populacional, devido ao vigoroso
movimento migratório , em função ao
desenvolvimento industrial e o aumento do
emprego.
A distribuição da população nas áreas urbanas é
de 95% da população enquanto os 5%
restantes distribuem-se nas áreas rurais que
ocupam cerca de 80% a área total do
município de Joinville
A região de Joinville concentra o maior pólo
industrial de Santa Catarina e o terceiro
Produto Interno Bruto do Sul do País com sete
bilhões de reais (2000). A maior parte do
Distrito Industrial de Joinville (63%, ou 19
Km²) se encontra no baixo curso do rio
Cubatão.
A agricultura se distribui desde o médio curso do
Rio Cubatão até o seu baixo curso.
Atividades de reflorestamento existem no curso
superior do rio, onde operam três empresas
(Comfloresta, Móvel Sul e Batistella).
• Formação Histórica
A formação de Joinville se da a partir de 9 de
março de 1851 com a chegada de colonos
alemães que fundaram a colônia de Dona
Francisca. Essas terras eram parte do dote de
casamento da irmã de D. Pedro II, a Princesa
Francisca Carolina.
Arquitetura
Enxainel
• Patrimônio Paisagístico
O Patrimônio Paisagístico é composto por três
unidades:
Planície - Situada entre o litoral e a serra do
mar. Caracterizada por pequenas declividade e
grande utilização do solo.
Planície Litorânea
(segundo plano)
Encosta da Serra do Mar - São as escarpas da
serra do mar, onde a mata atlântica ainda é
conservada. As cota de altura chegam a 1000m
e a declividade chega até 70%.
O Planalto - Abrange um área mais ondulada e
com menor declividade é dividida em três sub
unidades :
Floresta Ombrófila Mista
Reflorestamentos
Campos de Altitude
• Destaque no patrimônio paisagístico é 1º Salto
do Rio Cubatão (396m). Pertencente ao Sr.
Carlos Schneider (RPPN de 9,4 mil ha).
• Patrimônio Arqueológico
Na área da barragem não há vestígios
arqueológicos.
• Turismo e Lazer
O turismo local é concentrado aos adeptos ao
ecoturismo ou turismo ecológico. Destacando
o camping, treekking, rappel, e esportes
aquáticos no rio Cubatão.
• Uso e Ocupação do Solo
O estudo do uso do solo e de ocupação do solo foi
realizada com base na interpretação visual da
imagem de satélite e atividades e uso foram
checadas em campo.
O uso do solo urbano é orientado por um plano de
estruturação urbana, instrumento de zoneamento
e preservação ambiental.
As unidades de produção agrícola apresentam
uma diversidade no uso do solo: rizicultura,
bananicultura, horticultura, reflorestamentos e
extrativismo vegetal.
• Propriedades afetadas pela UHE Cubatão
Empresas Localização
Comfloresta Área de Inundação
Famosul Reflorestamentos Área de Inundação
Ind. Augusto Klimeck S.A. Área de Inundação
Ind. Madeiras Tacolinder S.A. Área do Túnel
• Legislação Municipal
• Lei complementar nº 29 de 14 de junho de 1996
Institui o Código Municipal do Meio Ambiente.
Leis Municipais
• Legislação Municipal
• Lei complementar nº 29 de 14 de junho
de 1996
Institui o Código Municipal do Meio
Ambiente.