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UNIVERSIDADE GREGÓRIO SEMEDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E NOVAS TECNOLOGIAS

Aula 1.1 – Sistemas de Bases de Dados.

Base de Dados I

Johni Branda.
Perspectiva Histórica

A utilização comercial de BDs começou nos anos 60. Inicialmente a informação


era guardada em ficheiros e a sua consulta ou manipulação era muito pouco
prática. Para definição de dados eram usados os modelos Hierárquico e de Rede.
No início dos anos 70 surgiram os SGBD relacionais cuja popularidade não tem
parado de crescer até hoje. Este sucesso pode ser explicado pela simplicidade do
modelo em que assentam o Modelo Relacional, que é constituído somente por
Relações, e pelo surgimento de uma Linguagem de Manipulação Simples e
Eficiente, o SQL (Structured Query Language).

Uma forma de Base de Dados, actualmente em grande medida ultrapassada, que,


como o nome sugere, organiza a informação em hierarquia. Este formato de
organização mostra-se bastante rápido e fácil para um Computador gerir, e por
causa da sua velocidade a tecnologia foi adoptada por muitas Bases. Mas tem
igualmente duas desvantagens muito importantes. Em primeiro lugar, é rápido,
apenas enquanto a Base de Dados procura informação dentro de uma única
hierarquia, pior ainda pois nem todos os dados são criados de forma igual. Num
Computador o conjunto de dados é associado a um conjunto de programas para
acessar estes dados, chamamos este Sistema de Sistema Gerenciador de Base de
Dados (SGBD), o SGBD não é apenas o conjunto de dados, nem apenas o
conjunto de programas, é os dois. O principal objectivo de um SGBD é
proporcionar um ambiente tanto conveniente quanto eficiente para a recuperação e
armazenamento das informações. Um modo, que já foi muito utilizado, de guardar
as informações no computador foi armazená-las em sistemas de arquivos
permanentes. Estes sistemas eram criados para satisfazer as necessidades “actuais”
de uma empresa, com o passar do tempo eram adicionados novos módulos sobre os
já existentes. Muitas vezes os novos módulos eram escritos por outros
programadores, que por sua vez não utilizavam as mesmas linguagens. Com todas
estas divergências aconteciam diversos problemas, que variavam desde
redundância até isolamento de dados.
Arquitectura de Sistemas de Base de Dados

A Arquitectura de um Sistema de Base de Dados é fortemente influenciada pelo


Sistema Básico Computacional sobre o qual o Sistema de Dados é executado.
Aspectos da Arquitectura de Computadores como Rede, Paralelismo e Distribuição
têm influência na Arquitectura da Base de Dados:
-Rede de Computadores permite que algumas tarefas sejam executadas no servidor
do sistema e outras sejam executadas no cliente. Essa divisão de trabalho tem
levado ao desenvolvimento de sistemas de dados Cliente-Servidor;
-Processamento Paralelo em um Sistema de Computadores permite que actividades
do Sistema de Base de Dados sejam realizadas com mais rapidez, reduzindo o
tempo de resposta das transacções e, assim, aumentando o número de transacções
processadas por segundo. Consultas podem ser processadas de forma a explorar o
paralelismo oferecido pelo Sistema Operacional. A necessidade de processamento
paralelo de consultas tem levado ao desenvolvimento de Sistemas de Base de
Dados Paralelos;
- A distribuição de dados pelos nós da Rede ou pelos diversos departamentos de
uma organização permitem que esses dados residam onde são gerados ou mais
utilizados, mas, ainda assim, estejam acessíveis para outros nós de outros
departamentos. Dispor de diversas cópias de uma Base de Dados em diferentes
nós também permite a organizações de grande porte manter operações em suas
Base de Dados mesmo quando um nó é afectado por um desastre natural, como
(inundações, incêndios etc.). Sistemas de Base de Dados distribuídos têm se
desenvolvido para tratar dados distribuídos geograficamente ou
administrativamente por diversos Sistemas de Base de Dados;
Sistemas Centralizados

Sistemas de Base de Dados Centralizados: São aqueles executados sobre um


único Sistema Computacional que não interagem com outros Sistemas. Tais
sistemas podem ter a envergadura de um Sistema de Base de Dados de um só
usuário executado em um Computador pessoal até sistemas de alto desempenho em
sistemas de grande porte. Um sistema computacional genérico moderno consiste
em uma ou poucas CPUs e dispositivos de controlo que são conectados por meio
de um bus comum que proporciona acesso à memória compartilhada.

As CPUs têm memórias cache locais que armazenam cópias de partes da memória
para acesso rápido aos dados. Cada dispositivo de controlo atende a um tipo
específico de dispositivo. A CPU e os dispositivos de controlo podem trabalhar
concorrentemente, competindo pelo acesso à memória. A memória cache
parcialmente reduz a contenção de acesso à memória, uma vez que reduz o número
de tentativas de acesso da CPU à memória compartilhada.
Sistemas Cliente/Servidor

No Sistema Cliente/Servidor as aplicações baseadas no acesso a Base de Dados


podem ser implementadas de duas maneiras. Na primeira, utilizamos um Sistema
Gerenciador de Base de Dados (SGBD) executando no cliente, que usará um
Servidor de arquivos para armazenar os arquivos do Base de Dados.

Base de Dados Cliente/Servidor


Essa solução além de tornar muito difícil a manutenção da integridade da Base de
Dados, acessada por vários Clientes, ainda pode degradar o desempenho da Rede.
Em contrapartida aos problemas da primeira forma de acesso a Base de Dados,
poderíamos pensar em uma solução, onde parte das funções do SGBD fosse
executada no Servidor, que agora assumiria não apenas as funções de
armazenamento de um servidor de arquivos, mas também funções de
processamento de consultas, sendo por isso denominado Servidor de Base de
Dados.

A utilização de servidores de Base de Dados permite a centralização de funções


como controlo de concorrência e manutenção de consistência das Base de dados,
viabilizadas pelo processamento orientado a transacções implementado nesses
servidores. Utilizando um servidor de Base de Dados a um grande aumento do
desempenho das Aplicações da Rede.
Base de Dados Cliente/Servidor

Dois aspectos explicam o aumento do desempenho da aplicação quando é utilizado


um servidor de Banco de Dados:
-O primeiro deles é a utilização da Rede;
-O segundo caso só transporta registos que efectivamente irão compor o relatório;
Sistemas Paralelos & Sistemas Distribuídos

Sistemas Paralelos: Imprimem velocidade ao processamento e à I/O por meio do


uso em paralelo de diversas CPUs e discos. Equipamentos paralelos estão se
tornando bastante comuns, no processamento paralelo, muitas operações são
realizadas simultaneamente, ao contrário do processamento serial (um equipamento
paralelo consiste em poucos e poderosos Processadores e um paralelismo
intensivo usa milhares de pequenos Processadores;

Sistemas Distribuídos: Em um Sistema de Base de Dados Distribuído, a Base de


Dados é armazenado em diversos Computadores. Os Computadores de um Sistema
de Banco de Dados Distribuído comunicam-se com outros por intermédio de
vários meios de Comunicação.
Compartilham memória principal ou discos. Os Computadores em um Sistema
Distribuído podem variar, quanto ao tamanho e funções, desde Estações de
Trabalhos até Sistemas de Grande Porte.
Referencias Bibliográficas

 An Introduction to Database Systems (6th Edition), c. J. Date,


Addison-Wesley;
 Banco de Dados: do Modelo Conceitual à Implementação
Física, Ivan Mecenas, Vivianne de Oliveira - Editora Alta
Books;
“FIM”

Aula 1.1 – Sistemas de Bases de Dados.

Base de Dados I

Johni Branda.

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