Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Integrantes do grupo:
- Luciano Gonzaga Leme
A informação deve ser utilizada de uma maneira estratégica, para que possa atender e atingir
muito rapidamente os objetivos, metas e desafios traçados pela alta gerência de um negócio. Esta
velocidade faz com que qualquer negócio possa aproveitar uma oportunidade de competição de
mercado, sabendo que as informações estratégicas, táticas e operacionais estão disponíveis a
qualquer momento para tomada de decisões.
Fica evidente que a utilização deste enfoque passa necessariamente por uma nova realidade
tecnológica em termos de hardware e software. Felizmente, essa nova realidade já está
disponível, com equipamentos mais compactos e mais velozes e com sistemas gerenciais de
bancos de dados mais poderosos (ex.: ORACLE, SYBASE, SQL Server, dentre outros) que
podem incorporar essa forma de enfocar o desenvolvimento de sistemas de informação.
Cada vez mais, encontramos um aumento da complexidade e mutabilidade dos sistemas e desse
modo, um ambiente de desenvolvimento utilizando ferramentas que auxiliam a gerenciar toda
gama de informações que é passada pelos usuários e que ainda forneça uma ligação com o banco
de dados deve ser utilizado pela empresa e muito provavelmente as improvisações e incertezas
vão se tornar coisas do passado e os sistemas vão se tornar mais eficientes e abrangentes.
Desse modo quando analisamos um banco de dados devemos direcionar nossos trabalhos de
análise para o objetivo maior da organização que é a qualidade da informação. É de extrema
necessidade que obtenhamos o conhecimento sobre o que são e como são as informações, os
dados do negócio, pois eles refletem o próprio negócio da organização.
Neste trabalho o nosso objetivo será fornecer algumas informações que auxiliem a compreender o
que venha a ser um banco de dados, como ele pode auxiliar uma empresa no seu objetivo de obter
informações rapidamente e com qualidade. Obviamente, um trabalho que analise o tema não pode
ser suficientemente completo, porém é justificável que ele exista para esclarecer alguns pontos e
oferecer alguns passos para que os profissionais de administração possam compreender esse
vasto assunto: banco de dados.
Banco de dados: pode ser entendido como um arquivo composto de registros, com cada um
contendo campos juntamente com um conjunto de operações para pesquisa, classificação,
recombinação e outras funções.
Administrador de banco de dados: é a pessoa que gerencia um banco de dados. O administrador
determina o conteúdo, a estrutura interna e a estratégia de acesso de um banco de dados, define
métodos de segurança e integridade e monitora o desempenho do sistema. Acrônimo: DBA
(database administrator) – também chamado de database manager (gerenciador de banco de
dados).
Sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD): uma interface de software entre o banco
de dados e o usuário. Um sistema de gerenciamento de banco de dados que trata de solicitações
do usuário para ações de bancos de dados e permite o controle centralizado da segurança e da
integridade dos dados.
Cliente: em uma rede local ou na Internet, um computador que acessa recursos de rede
compartilhados fornecidos pelo outro computador (chamado de servidor).
Servidor: em uma rede local (LAN), um computador onde são processados softwares
administrativos que controlam o acesso à rede e seus recursos (como unidades de disco e
impressoras). O computador que funciona como servidor coloca seus recursos à disposição dos
computadores que funcionam como estações de trabalho da rede. Na Internet ou em outras redes,
um computador ou programa que responde a comandos provenientes de um cliente. Por exemplo,
um servidor de arquivos pode conter um arquivo de dados ou de programas; quando um cliente
solicita um arquivo, o servidor transfere uma cópia do arquivo para o cliente.
Arquitetura cliente-servidor: uma forma de estruturação das redes locais que utiliza o princípio da
“distribuição da inteligência”, tratando tanto o servidor quanto as estações de trabalho como
equipamentos inteligentes e programáveis, permitindo a exploração plena de toda a capacidade
instalada da rede. Isso é feito através da divisão do processamento de uma aplicação entre dois
componentes distintos: um cliente, no front-end (primeiro plano), e um servidor, no back-end
(retaguarda). O cliente, que é por si só um microcomputador completo e independente (em
contraste com os terminais burros utilizados nas arquiteturas mais antigas, como os terminais de
computadores de grande porte), oferece ao usuário toda uma gama de recursos para o
processamento de aplicações. O servidor, que pode ser outro microcomputador ou um mainframe,
amplia a capacidade do cliente agregando a ela as características normalmente encontradas nos
minicomputadores e mainframes que operam em tempo compartilhado: gerenciamento de dados,
compartilhamento de informações entre clientes e recursos sofisticados de administração e
segurança da rede. A vantagem da arquitetura cliente-servidor sobre as arquiteturas antigas está
em que o cliente e o servidor cooperam no processamento das aplicações. Além de aumentar a
capacidade de processamento disponível, essa técnica faz com que essa capacidade seja utilizada
de modo mais eficiente. O cliente costuma ser otimizado para a integração com o usuário,
enquanto o servidor cuida das funções naturalmente centralizadas e compartilhadas.
Alguns tópicos também precisam ser esclarecidos para melhor compreensão de alguns aspectos
inerentes a bancos de dados: informação e dado.
O tratamento das informações dá origem a vários tipos de dados, porém o dado deve registrar
apenas os aspectos realmente relevantes da informação, ou seja, o endereço do fabricante do
remédio não tem nenhum interesse para um sistema de controle que mantém a vida dos pacientes
de uma UTI. Podemos concluir então, que em um sistema de informações estão contidas todas as
informações necessárias ao objetivo do sistema (manter a vida do paciente). Os dados originados
dessas informações serão processados pelo sistema criado. Por definição um computador não
processa informações, mas sim, dados.
Para que possamos chegar a automação de uma realidade, é necessário que possamos entender
esta mesma realidade. Fica evidente a impossibilidade de um analista ou um programador
conhecer todas as possíveis realidades que, ao longo de sua vida profissional aparecem para
serem modeladas e automatizadas. Na verdade, o desenvolvimento do conhecimento humano,
além de exigir uma contínua especialização, acaba por provocar também uma crescente
necessidade de gente capacitada de relacionar as partes com o todo: “projetista de sistemas”, o
qual deve ter a capacidade de sintetizar complexidades. E esse é, sem dúvida, um dos maiores
desafios de um banco de dados bem estruturado.
Qualquer pessoa pelo menos um pouco séria quanto à criação de um aplicativo de banco de dados
poderá dizer: “se não houver o projeto de banco de dados certo, é melhor nem começar.” Mesmo
para aplicativos de banco de dados para um único usuário, perder algum tempo com o projeto de
banco de dados economizará muito tempo depois. Como é de se imaginar, criar um projeto de
banco de dados correto é ainda mais importante para um aplicativo cliente-servidor do que para
um aplicativo de computador para um único usuário.
Quando uma pessoa começa a criar um aplicativo de banco de dados para automatizar
determinada função comercial, provavelmente começa examinando o modo pelo qual a empresa
executa a tarefa. Ele pode começar examinando os dados requeridos para montar a solicitação de
um cliente e fornecer a conta para que ele pague. Se você tiver que criar uma solução de arquivo
não relacional para armazenar os dados requeridos para estas tarefas ele aparecerá como uma
tabela com dados semelhantes aos dispostos em uma planilha. Um banco de dados de arquivo não
relacional simplesmente armazena todas as informações em uma grande tabela, usando colunas
individuais para guardar partes de dados separados.
Para que um negócio pequeno que está apenas começando lance mão de computadores pessoais,
é uma grande tentação colocar essa estrutura de dados em um programa de planilha para calcular
e imprimir as solicitações do cliente. Entretanto, se você converter essa estrutura de arquivo não
relacional para uma tabela de banco de dados simples ou planilha, acarretará vários problemas,
incluindo:
- As informações do cliente devem ser repetidas para cada solicitação. Se você quiser
acompanhar o negócio por cliente, descobrirá que as informações para qualquer um dos
clientes varia de solicitação para solicitação – talvez devido aos erros de entrada de dados
ou simplesmente porque foram usadas abreviações diferentes em registros diferentes (3ª
Avenida, Terceira Av.). Se o negócio é repetitivo, haverá a necessidade de espaço de
armazenamento adicional para essas informações.
- Como as informações de endereço do cliente cabem em um campo, é impossível
classificar os campos por rua, cidade, ou CEP sem executar cálculos monótonos e que
levam muito tempo em cada registro.
Um administrador consciente ou envolvido com um projeto de banco de dados deve ter em mente
os conceitos acima especificados – embora seja do escopo de especialistas no assunto, o
conhecimento desses tópicos auxiliará o envolvimento de todos os participantes do projeto.
Existem outras dificuldades que devemos considerar: qual o banco de dados que devemos
escolher?, qual sistema operacional ele exigirá? (por exemplo, o SQL Server da Microsoft só
roda no ambiente do Windows NT – para uma empresa que tem toda uma rede baseada em
Novell, UNIX, Linux etc. a decisão pelo SQL Server da Microsoft pode implicar em gastos
extras consideráveis com a implantação da rede Windows NT da Microsoft. No livro Microsoft –
Desvendando o SQL Server 6.5, o autor Ron Soukup, um especialista avançado da Microsoft
Corp., procura explicar o por que do fato de a Microsoft ter optado pela exclusividade do SQL
Server ao Windows NT: “Queríamos construir o melhor servidor de banco de dados para o
Windows NT que pudéssemos. Como o Windows NT seria a única plataforma do SQL Server,
não precisávamos criar uma camada de abstração que tornasse todos os sistemas operacionais
parecidos. Precisávamos nos preocupar apenas em fazer o melhor trabalho possível com o
Windows NT. O Windows NT foi projetado para ser um sistema operacional portável e ele
estaria disponível para muitas arquiteturas de máquina diferentes. Nossa ‘camada de
portabilidade’seria o próprio Windows NT.”
Outros bancos de dados muito utilizados, tais como o Access da Microsoft, ORACLE, SYBASE
não apresentam essa limitação do SQL Server da Microsoft – porém, também apresentarão
algumas especificidades, tais como: deveremos verificar se possuem versões específicas para
rodarem em Solaris, UNIX etc. Embora o Access da Microsoft rode em Novell, não se trata de
um aplicativo portável a qualquer plataforma, enfim, existem limitações e qualquer que seja a
decisão caberá, a quem decide ou a especialistas que podem auxiliar, verificar qual o melhor
banco de dados a ser escolhido em termos de performance (ORACLE é tido como um dos
melhores – revista Info Exame – edição 161), em segurança (novamente o ORACLE é
considerado um dos melhores - revista Info Exame – edição 161), em custo (dos que apresentam
arquitetura cliente-servidor o SQL Server da Microsoft, se não formos considerar o custo do
Windows NT é um dos com melhores preços no mercado). Enfim, deve-se efetuar uma análise de
custo/benefício e concluirmos dentro das características e intenções inerentes a organização qual
a base de dados que atenderá melhor aos anseios da instituição sempre lembrando-se da
importância da qualidade da informação como já abordamos anteriormente.
Para este trabalho iremos fazer um estudo sucinto e comparativo entre os dois banco de dados
mais utilizados ou que estão sendo mais proliferados ultimamente entre as empresas de pequeno
ou médio porte: Access e SQL Server, embora ambos sejam da Microsoft e pareça que estamos
limitando demais nossa abordagem a realidade é que a enorme penetração que o ambiente
Windows apresenta no mundo inteiro tem feito com que muitos outros aplicativos escolhidos
sejam da própria Microsoft pois espera-se menores dificuldades de adaptação e suporte. E
exatamente por isso, achamos adequado escolhermos esses dois para compararmos, e inclusive
porque propiciam uma boa analogia entre quaisquer bancos de dados próprios a pequeno porte
(Access) ou a médio ou grande porte (SQL Server).
- Um servidor de banco de dados projetado de modo deficiente pode ser executado mais
lentamente do que um aplicativo de servidor de arquivos bem projetado.
- Os aplicativos do servidor de banco de dados tendem a ser mais complexos.
- As implementações do servidor de banco de dados forçam o projetista a planejar a
segurança e a integridade do servidor.
- Pode ser melhor criar um aplicativo servidor de banco de dados a partir do início do que
tentar atualizar um aplicativo servidor de arquivos.
Segundo as previsões do futurólogo Jean-Paul Jacob “em três ou quatro anos, a Internet será um
utilitário igual a televisão. O acesso será automático e cada um pagará pelo uso, igual à
eletricidade.” Não são poucos os desafios referentes a esse tema. As evoluções da informática
são tão acentuadamente rápidas que em pouco tempo esse trabalho poderá estar desatualizado. A
própria Microsoft indica ter projetos de ficar exclusivamente com o produto SQL Server, mais
amigável e capaz de rodar em ambientes monousuários no Windows 2000 (que deve substituir as
famílias Windows 9X e Windows NT). Dentro de alguns anos, quem ler esse artigo talvez ache
estranho comparar entre o Access e o SQL Server – afinal de contas eles não tem mais nenhuma
distinção, poderá dizer o leitor do ano de 2002. O importante em informática é ter noção dos
principais tópicos referentes a necessárias tomadas de decisão, acompanhar algumas evoluções e
ter em mente que o que é bom hoje pode ser obsoleto amanhã, porém isso não tira a validade da
decisão pois as empresas precisam faturar hoje e sempre e a decisão não poderá estar sendo
sempre adiada. E esperamos ter dado algumas noções que facilitarão a compreensão e a
abordagem adequada do assunto. A bibliografia abaixo mencionada e alguma complementar, que
o leitor encontrar, facilitarão o melhor entendimento e propiciarão maior aprofundamento nesse
tema.
Referências bibliográficas:
- www.microsoft.com/brasil/vbasic
- www.vocesa.com.br
Revista VOCÊ S.A. – ano 1 n°13 – julho/99
- Ron Soukup – Desvendando o Microsoft SQL Server 6.5 – Microsoft Press – editora
CAMPUS
- John L. Viescas, Mike Gunderloy e Mary Chipman – Access e SQL Server Manual do
Programador – editora Ciência Moderna