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BA CI A HI DR OGR Á F I CA

DO
R I O I T A P I CUR U

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4.3 - BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAPICURÚ

4.3.1 - CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Localização

A Bacia Hidrográfica do rio Itapicuru encontra-se inserida na região


norte do estado, destacando-se em seu limite oeste os municípios de
Jacobina, Campo Formoso e Jaguarari. Também possui nos seus limites duas
Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e uma Reserva Particular do Patrimônio
Natural (RPPN). Estas áreas constituem - se como Unidade de Conservação
de Uso Direto e permitem o uso racional e sustentado do patrimônio
natural.

Área de Drenagem

A bacia do rio Itapicurú encontra-se totalmente inserida no território baiano, ocupando uma área
de drenagem 36.440 km 2. Limita -se a Norte (N) com as bacias do rio Real e rio Vaza Barris, a
Oeste (W) com a bacia do rio São Francisco e a Sul (S) com as bacias do rio Paraguaçu e rio
Inhambupe.

Municípios Abrangidos

Os municípios totalmente inseridos na bacia do rio Itapicurú são: Andorinha, Antônio Gonçalves,
Araci, Banzaê, Caém, Caldeirão Grande, Cansanção, Capim Grosso, Cipó, Crisópolis, Filadélfia,
Itiúba, Monte Santo, Nordestina, Nova Soure, Olindina, Pindobaçu, Ponto Novo, Queimadas,
Quinjingue, Santa Luz, Saúde, Senhor do Bonfim, Tucano.

Os municípios parcialmente inseridos na bacia do Itapicurú são: Acajutiba, Aporá, Biritinga, Campo
Formoso, Canudos, Cícero Dantas, Conceição do Coité, Conde, Esplanada, Euclides da Cunha,
Heliópolis, Inhambupe, Itapicuru, Jacobina, Jandaíra, Jaguararí, Miguel Calmon, Mirangaba,
Quixabeira, Retirolândia, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, Rio Real, São José do Jacuípe,
Sátiro Dias, Serrolândia, Teofilândia, Uauá, Valente e Várzea do Poço.

Principais Rios

Os principais rios que fazem parte da bacia hidrográfica do rio Itapicuru são o Itapicuru-mirim,
Itapicuru-açu, rio do Peixe, rio Cariaçá e rio Quijingue.

Nascente

Na porção do alto e médio cursos do rio Itapicurú existem importantes tributários como o rio
Itapicurú-mirim que possui sua nascente no município de Miguel Calmon. O rio Itapicurú - açu que
possui sua nascente localizada no município de Pindobaçu, enquanto a do rio do Peixe ocorre em
Capim Grosso. O rio Quijingue possui sua nascente inserida nos limites juridicionais do próprio
município. Vale ressaltar que diversos outros tributários de menor porte também contribuem para
a formação do rio Itapicurú.

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Foz

O rio Itapicuru desemboca no litoral norte do Estado, no município de Conde.

4.3.2 - USOS DA ÁGUA

Os usos mais destacados do rio Itapicuru em função das atividades desenvolvidas na bacia são:

¬ Abastecimento urbano e rural;


¬ Irrigação e dessedentação de animais;
¬ Lazer e turismo;
¬ Abastecimento industrial.

4.3.3 - USOS DO SOLO

As atividades agrícolas são desenvolvidas na maioria dos municípios da região da abrangida pela
bacia do rio Itapicuru como resultado da expansão da agricultura de milho, feijão, mandioca e
sisal, além da implantação dos projetos de irrigação. O pecuarismo tem maior destaque nos
municípios de Jacobina, Euclides da Cunha, Monte Santo, Itiúba, Campo Formoso, Senhor do
Bonfim e Queimadas. O extrativismo vegetal, para obtenção de madeira e carvão vegetal, ocorre
principalmente nos municípios de Serrolândia, Itiúba, Campo Formoso, Jaguarari, Jacobina e
Conde.

O extrativismo mineral também é expressivo nesta região, principalmente com a extração de ouro,
manganês, esmeralda, calcário, cromo e materiais de construção, como granito e mármore. As
localidades mais afetadas ambientalmente pelo desenvolvimento de atividades de lavras
encontram - se localizadas principalmente no Piemonte da Chapada, incluindo os municípios de
Jacobina, Monte Santo, Queimadas, Uauá, Ituíba e Cansanção. As atividades industriais de
pequeno porte encontram - se concentradas principalmente nos municípios de Senhor do Bonfim,
Jacobina e Filadélfia.

4.3.4 - ATIVIDADES IMPACTANTES

Na bacia do rio Itapicuru os principais impactos gerados pela agricultura sobre os recursos hídricos
são a redução das taxas de infiltração de água nos solos, assoreamento das calhas fluviais ,
inundações sazonais, alteração da qualidade das águas pelo lançamento de esgotos da zonas
urbanas e risco de contaminação. Estes impactos ocorrem praticamente na maioria dos municípios
da bacia. Vale ressaltar também que o extrativismo mineral tem contribuido no desenvolvimento de
processos tais como assoreamento e contaminação decorrente do uso indiscriminado de mercúrio,
respectivamente decorrente da extração de granito ornamental e do beneficiamento de mármore
(Bege Bahia) no município de Jacobina e do ouro através do desenvolvimento lavras garimpeiras
clandestinas de ouro na borda Oeste (W) da Serra de Jacobina no município de Jacobina e em
Nordestina nos garimpos da Favela e da Baixinha.

As atividades urbanas e industriais de pequeno porte (curtumes, matadouros, marmoarias,


salgadeiras, etc) também promovem alterações na qualidade da água da bacia, configurada pelo
lançamento de esgotos sanitários e despejos industriais nos corpos hídricos. As localidades mais
afetadas são Senhor do Bonfim, Queimadas, Nordestina, Tucano (Vale Treenhenhém), Jacobina e
Filadélfia.

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4.3.5 - ENQUADRAMENTO

Uma vez que não existem estudos de enquadramento para a bacia do rio Itapicurú, será utilizado
nesta avaliação o critério estabelecido no Artigo 20 da Resolução CONAMA 20/86, o qual estabelece
que enquanto não forem realizados enquadramentos, as águas doces serão consideradas Classe 2.

4.3.6 - REDE DE AMOSTRAGEM

O Quadro 4.3.1 apresenta a rede de amostragem da bacia do rio Itapicurú.

QUADRO 4.3.1 – REDE DE AMOSTRAGEM DA BACIA DO RIO ITAPICURÚ.


PONTOS DE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
AMOSTRAGEM
Lat. 11º 09’ 53,8” S Rio do Ouro (afluente do Itapicuru-mirim), na captação de água da cidade de
OU 0050 Long. 40º 30’ 26,4” W Jacobina, situada no local denominado de Serra Macaqueira, à cerca de 02 Km
da garagem da Prefeitura Municipal de Jacobina.
Lat. 10º 35’ 44,7” S Rio do Aipim, na Barragem do Aipim, localizada nos limites do município de
IP 0050 Long.40º 20’ 35,2” W Antonio Gonçalves, mais precisamente no povoado de Bananeiras, utilizando - se
a estrada que permite o acesso à localidade de Lajinha. O acesso à referida
estrada é realizado utilizando-se a BA – 131 que liga a cidade do Senhor do
Bonfim aos municípios de Antonio Gonçalves, Campo Formoso, Pindobaçu,
Caém , Saúde e Jacobina.
Lat. 10º 51’ 11,7” S Rio Itapicuru- Mirim, no espelho d’água e/ou lago formado pela Barragem de
IA 0050 Long.40º 10’ 28,3” W Ponto Novo, mais precisamente no trecho situado nas proximidades da sua
ombreira direita/eixo ou enrocamento rochoso e da tomada d’água.
Lat. 10º 24’ 51,3” S Rio Itapicuru-açu, na ponte sob a BR 407, trecho compreendido entre os
IT 0050 Long.40º 11’ 2,1” W municípios de Senhor do Bonfim e Jaguarari – Ba, distanciado à cerca de 47 Km
do acesso a sede municipal de Ponto Novo.
Lat. 11º 12’ 15,3” S Rio Itapicuru-mirim, situado à cerca de 03 Km à jusante da zona urbana da
MI 0050 Long. 40º 29’ 15,1” W cidade de Jacobina, mais precisamente sob ponte localizada junto as instalações
físicas do balneário Sombra e Água Fresca.
Lat. 10º 39’ 0,8” S Rio Jacurici (afluente do rio Itapicuru Açu, no açude Jacurici, formado a partir do
JC 0050 Long. 39º 43’ 20,7” W represamento das águas do Rio Jacurici, localizado na BA – 081, entre o
município de Cansanção e Itiúba, utilizado no abastecimento público de Monte
Santo, Quijingue, Itiúba e Cansanção.
Lat. 10º 28’ 48,2” S Rio Cariacá, afluente do Rio Itapicuru, mais precisamente no leito do Açude
CC 0050 Long.39º 21’ 21,8” W Cariacá, junto as instalações do Balneário da Prainha localizado na estrada de
acesso ao Povoado de Curral Velho à cerca de 1,7 Km da BA – 120, entre os
municípios de Cansanção e Monte Santo, ou seja, após o a povoado de Jenipapo
e a ponte sob o rio Cariacá nesta rodovia estadual. Referência, entrar à esquerda
junto ao campo de futebol e Escola Laurentino T. da Silva, indo em direção ao
chafariz da EMBASA e um pequeno lixão local.
Lat. 10º 56’ 6,0” S Rio Itapicuru-açu à jusante da zona urbana do município de Nordestina e do
IT 0045 Long. 39º 21’ 29,7” W garimpo de ouro denominado de Favela, situado à jusante da cidade de
Queimadas.
Lat. 10º 56’ 22,7” S Rio Itapicuru-açu à montante da zona urbana do município de Nordestina, mais
IT 0035 Long.39º 24’ 57,5” W precisamente no local denominado de Poço das Colheres, localidade de
Simbaíba, local onde encontra-se implantada a captação de água da EMBASA,
que atende ao abastecimento público da cidade de Nordestina. O acesso até este
local é realizado a partir da localidade de Santa Luzia.
Lat. 10º 57’ 54,0” S Rio Itapicuru-açu à jusante da zona urbana de Queimadas, mais precisamente do
IT 0150 ong. 39º 37’ 30, 4” W bairro do Chalé, ponte na BA -120, após o lançamento de esgotos domésticos,
efluentes de matadouro, curtume, salgadeira de couro e olarias e cerâmicas.
Lat. 10º 57’ 16,0” S Rio Itapicuru-açu, após a confluência do seu afluente o Rio Jacurici, mais
IT 0030 Long.39º 34’ 53,6” W precisamente na barragem do Medrado, estrada de acesso ao Povoado de
Correnteza, pertencente a Queimadas. Acesso propriamente dito - entrar na
segunda entrada à direita após ponte na BA – 120 sob o leito da Rio Itapicuru–
açu, após o ponto de coleta IT – 00150, utilizar estrada de chão, tomando como
referência casa branca com rodapé rosa, seguir em frente e cruzar ponte sob o
leito de Rio Jacurici, acessa - se este ponto de coleta.
10o 59’ 09,4” S Rio Itapicuru, à montante da zona urbana de Queimadas, mais precisamente na
IT 0100 39o 40’ 10,9” W Barragem da Leste, utilizada para o abastecimento de água potável de
Queimadas e Santa Luz, localizada na estrada de acesso ao Distrito de Espanta
Gado pertencente à Queimadas, após o encontro do Rio Itapicuru-açu com o Rio
Itapicuru-mirim.

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PONTOS DE COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
AMOSTRAGEM
Itapicuru-mirim.
IT 0250 Lat. 10º 59’ 17,1” S Rio Itapicuru-açu, após a confluência do Rio Itapicuru com o Rio Pedra d’Água,
Long.39º 39’ 46,2 ” W estrada de acesso ao Distrito de Riacho Negro – acesso prop. dito pela Faz. Poço
Redondo, município de Queimadas.
Rio Quijingue, afluente do Rio Itapicuru, trecho situado entre os municípios de
QJ 0050 Lat. 10º 40’ 7,5” S Euclides da Cunha e Quijingue, ponte sob leito do Rio Quinjingue, situada no
Long.39º 06’ 46,2 ” W acesso a zona urbana da cidade de Quinjingue, ou seja, à cerca de 19 Km da BR
116, sentido Tucano – Salvador.
Lat. 11º 48’ 19,8” S Rio Itapicuru, Sob ponte na Ba – 099 ( Linha Verde) à montante da zona urbana
IT 0900 Long. 37º 37’ 52,7” W da sede municipal do Conde.

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Diagrama unifilar da bacia do rio Itapicuru

(Barragem de Ponto Novo)

IA 0050
OU0050

IP 0050 (Barragem do Aipim)


MI0050

Pindobaçu
Ponto Novo
Rio Itapicuru Mirim Rio Itapicuru Acú
IT 0050
IT0045
Jacobina Senhor
IT 0250 IT 0100 IT0035
Nordestina do Bonfim
Rio Pedras IT0030
Rio Jacurici
Queimadas IT 0150 JC 0050
CC0050
Rio Cariacá

QG0050 Rio Quijingue


Rio Itapicuru

Cipó

Acajutiba

BR 101

BA 099 Conde
Legenda: IT 0900

Zona Urbana

Pontos de Amostragem
Oceano Atlântico
Rios Monitorados
Vias Federais
Vias Estaduais

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4.3.7 - RESULTADOS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS

A seguir são apresentados os dados das campanhas realizadas no ano 2001, com quadros e
gráficos comparativos para ilustrar os resultados obtidos nos pontos de amostragem da Bacia do
rio Itapicuru.

Indicadores do Estado Trófico

Os Quadros 4.3.2 e 4.3.3. apresentam a variação dos resultados obtidos para fosfato total na bacia
do rio Itapicurú. Dos quinze pontos avaliados, apenas um apresentou uma concentração mediana em
conformidade com o padrão estabelecido pela Resolução CONAMA 20/86 (Classe 2), a saber: OU
0050 (rio do Ouro). Os altos valores de fósforo detectados na bacia do rio Itapicurú estão
relacionados com a influência de centros urbanos, que contribuem significativamente com esgotos
domésticos nos corpos hídricos da bacia. As concentrações mais elevadas foram registradas no
ponto MI 0050 (rio Itapicuru-mirim), localizado à jusante da zona urbana cidade de Jacobina).

Com relação ao nitrogênio total, os valores medianos variaram entre <0,05 mg/L e 0,75 mg/L,
atingindo o valor máximo no ponto MI 0050, localizada no rio Itapicuru - mirim à jusante da zona
urbana cidade de Jacobina.

Os dados obtidos indicam o enriquecimento dos mananciais com fósforo na bacia, sobretudo de
algumas localidades situadas à jusante de algumas zonas urbanas, a exemplo do município de
Jacobina, mais precisamente no ponto MI 0050, indicativo do lançamento de esgotos domésticos "in
natura" devido a inexistência de redes coletoras de esgotos urbanos e Estação de Tratamento de
Esgotos - ETE, fato constatado pelo valor máximo permitido neste ponto que foi de 8,60 ( vide quadro
4.3.2 ).

Vale ressaltar que na campanha de agosto/2001 foram coletadas amostras de água da superfície,
meio e fundo nos pontos IP 0050 (Barragem do Aipim) e IA 0050 (Barragem do Ponto Novo), os
teores de fosfato total foram reduzidos no ponto IP 0050 e elevados no ponto IA 0050 ultrapassando
o limite estabelecido pelo CONAMA Res. 20/86. As concentrações de nitrogênio total foram
reduzidas nos dois pontos monitorados.

QUADRO 4.3.2 - RESULTADOS OBTIDOS PARA NUTRIENTES NOS RIOS DA BACIA DO RIO
ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados 0U IP MI IA IT IT IT
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045
(VMP)
Mínimo ND ND 0,170 0,027 0,047 <0,01 <0,01
P- total mg/L 0,025 Mediana 0,020 0,039 0,860 0,058 0,068 0,039 0,045
Máximo 0,130 0,270 8,60 0,560 0,100 0,042 0,047
Mínimo 0,12 <0,12 ND <0,05 <0,12 <0,12 <0,12
N-total mg/L - Mediana 0,30 0,30 0,75 <0,12 <0,12 0,12 <0,12
Máximo 3,00 2,00 2,10 0,20 2,18 32,0 1,70
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

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QUADRO 4.3.3 - RESULTADOS OBTIDOS PARA NUTRIENTES NOS RIOS DA BACIA DO RIO
ITAPICURU NO ANO 2001 - CONTINUAÇÃO DO QUADRO 4.3.2
Limite
Dados IT IT IT IT CC IT JC IQ*
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
(VMP)
Mínimo ND 0,034 <0,01 0,082 0,054 0,015 0,081 -
P- total mg/L 0,025 Mediana 0,074 0,058 0,049 0,120 0,059 0,073 0,130 0,510
Máximo 0,940 0,100 0,120 0,290 0,120 0,150 1,140 -
Mínimo ND <0,12 0,39 <0,12 0,30 <0,05 <0,12 -
N-total mg/L - Mediana <0,05 0,18 0,53 0,31 0,13 <0,12 <0,12 0,42
Máximo 0,30 0,80 0,72 0,90 0,49 0,23 1,43 -
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

Os teores de fosfato total e nitrogênio total, registrados em 2001 foram similares aos obtidos no
ano 2000. Contudo, as concentrações de fosfato total das estações IP 0050, IA 0050 e QG 0050
sofreram um aumento quando comparadas àquelas obtidas no ano 2000.

Condições de Suporte Biológico

A Resolução CONAMA 20/86 estabelece como limite para o oxigênio dissolvido valor maior ou
igual a 5 mg/L O2, para corpos d’água de Classe 2. A maioria dos valores medianos obtidos na
bacia do rio Itapicuru estiveram acima do limite mínimo, e portanto, em conformidade com a
referida legislação. As exceções foram registradas nos pontos MI 0050 (rio Itapicuru-mirim), IT
0050 (trecho entre Senhor do Bonfim e Jaguarari, rio Itapicuru) e QG 0050 (rio Quijingue) com
concentrações medianas de 3,01, 3,82 e 1,90 mg/L O2, respectivamente, influenciados
possivelmente pelo aporte de carga orgânica decorrente do lançamento de esgotos domésticos
das zonas urbanas dos municípios de Jacobina, Senhor do Bonfim e Quijingue.

A temperatura da água variou entre 24 e 28 oC. Os valores medianos de saturação de oxigênio


dissolvido na água oscilaram entre 23,52% e 114,88%. Vale mencionar que os maiores valores de
saturação foram determinados nas estações IT 0045 e IT 0250 influenciados pelos elevados
teores de oxigênio dissolvido registrados nesses pontos. A variação dos resultados obtidos nas
avaliações realizadas no ano 2001 são apresentados nos Quadros 4.3.4 e 4.3.5 e no Gráfico
4.3.1.

Na campanha de agosto/2001 foram coletadas amostras de água da superfície, meio e fundo nos
pontos IP 0050 (Barragem do Aipim) e IA 0050 (Barragem do Ponto Novo), a concentração de
oxigênio dissolvido dos dois pontos monitorados foi compatível com o limite estabelecido pelo
CONAMA Res. 20/86.

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QUADRO 4.3.4 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS PARÂMETROS DE SUPORTE
BIOLÓGICO NOS RIOS DA BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados 0U IP MI IA IT IT IT
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045
(VMP)
Mínimo 24,0 23,2 24,6 24,0 22,0 25,0 26,0
o
Temperatura C - Mediana 27,0 25,0 26,0 25,0 26,0 26,0 26,0
Máximo 27,0 27,0 27,0 27,0 27,0 27,0 26,0
Mínimo 6,82 2,41 2,46 6,40 6,25 6,44 8,49
Oxigênio
mg/L >5 Mediana 7,70 6,71 3,01 7,30 6,41 6,91 9,44
dissolvido
Máximo 7,73 6,73 7,10 7,33 7,13 7,33 9,68
Mínimo 84,43 28,79 29,93 79,23 72,36 79,72 103,32
Saturação de
% - Mediana 90,39 77,56 37,26 86,05 77,37 82,57 114,88
oxigênio
Máximo 95,69 83,33 84,20 87,23 86,77 89,20 117,80
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

QUADRO 4.3.5 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS PARÂMETROS DE SUPORTE


BIOLÓGICO NOS RIOS DA BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001 - CONTINUAÇÃO DO
QUADRO 4.3.4.
Limite
Dados IT IT IT IT CC IT JC IQ*
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
(VMP)
Mínimo 24,7 23,0 25,0 25,0 25,0 24,0 24,0
o
Temperatura C - Mediana 25,0 26,0 26,0 27,0 25,0 24,0 26,0 27,0
Máximo 27,0 28,0 27,0 30,0 27,0 27,0 28,0
Mínimo 3,35 5,34 5,17 7,54 6,08 6,33 4,62
Oxigênio
mg/L >5 Mediana 3,82 6,03 6,91 7,90 7,03 6,80 7,41 1,90
dissolvido
Máximo 4,44 6,32 9,24 15,60 8,69 9,16 8,38
Mínimo 41,40 67,23 64,00 93,34 75,27 78,36 54,23
Saturação de
% - Mediana 45,64 72,80 82,57 94,40 84,00 79,83 90,17 23,52
oxigênio
Máximo 52,74 73,38 112,45 203,11 103,84 107,53 105,50
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

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Gráfico 4.3.1- Oxigênio dissolvido nos pontos de amostragem do
rio Itapicuru no ano 2001.
16
Oxigênio dissolvido (mg/L)

14
12
10
8
6
4
2
0
OU0050

IP0050

IA0050

JC0050

QG 0050
CC0050
IT0030

IT0035

IT0045

IT0050

IT0100

IT0150

IT0250

IT0900
MI0050

Pontos de Amostragem

Limite Máximo Resolução CONAMA 20/86 Classe2 .

Ao comparar as concentrações de oxigênio dissolvido obtidas tanto no ano 2000 como no ano
2001, observa-se uma diminuição dos valores deste parâmetro nos pontos IT 0050 e QG 0050 no
ano 2001. Por outro lado, o ponto MI 0050 (localizado à jusante de Jacobina) continuou
apresentando baixas concentrações de oxigênio dissolvido.

Indicador Microbiológico

A presença de bactérias do grupo coliformes foi detectada em todos os pontos de amostragem.


Em três (20,0%) dos quinze pontos avaliados as concentrações medianas estiveram acima do
limite estabelecido pela Resolução CONAMA 20/86 para as águas pertencentes à Classe 2, que é
de 1,0x103 n° de colônias por 100 ml. Os pontos com valores mais significativos foram IM 0050
(rio Itapicuru-mirim), IT 0050 e IT 0150 (rio Itapicuru - açu) localizados à jusante das cidades de
Jacobina, Senhor do Bonfim - Jaguarari e Queimadas, respectivamente. Vale ressaltar que estes
pontos de amostragem recebem a contribuição de esgotos domésticos e outros efluentes gerados
de atividades comerciais e industriais de pequeno porte nestes municípios. Os Quadros 4.3.6 e
4.3.7 e o Gráfico 4.3.2 apresentam os resultados obtidos nas avaliações realizadas no ano 2001.

QUADRO 4.3.6 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS COLIFORMES FECAIS NOS RIOS DA


BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados 0U IP MI IA IT IT IT
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045
(VMP)
2 2 4 0 0 2 2
Mínimo 4,0x10 1,0x10 3,2x10 2,0x10 8,0x10 2,7x10 2,3x10
Coliformes 3 2 2 4 0 2 2 2
nocol/100mL <1,0x10 Mediana 6,6x10 2,7x10 4,0x10 2,0x10 6,7x10 2,7x10 5,2x10
fecais 3 2 5 4 3 2 2
Máximo 1,6x10 2,8x10 7,6x10 2,0x10 2,4x10 6,6x10 9,3x10
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

Rua Rio São Francisco, 01, Monte Serrat, CEP 40.425-060, Salvador, Bahia, Brasil - tel.: (71) 310-1400- fax: (71) 310-1515
E-mail: cra@.ba.gov.br, URL: http://www.cra.ba.gov.br 70
QUADRO 4.3.7 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS COLIFORMES FECAIS NOS RIOS DA
BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001 - CONTINUAÇÃO DO QUADRO 4.3.6
Limite
Dados IT IT IT IT CC IT JC IQ*
Parâmetro CONAMA Unid.
estatísticos 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
(VMP)
2 3 2
Mínimo 9,0x10 3,0x10 2,3x10 1,4x10 1,2x10 2,2x10 7,4x10
Coliformes o 3 3 2 4 2 2
n col/100mL <1,0x10 Mediana 1,6x10 7,9x10 2,0x10 1,7x10 4,3x10 7,0x10 4,0x10 4,0x10
fecais 3 4 4 2 2 2
Máximo 2,1x10 2,1x10 7,9x10 1,5x10 5,4x10 8,7x10 6,7x10
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

Gráfico 4.3.2- Coliformes fecais nos pontos de amostragem do rio


Itapicuru no ano 2001.
Coliformes fecais (Num.Col/100mL)

1000000

100000
Escala logarítmica

10000

1000

100

10

1
OU0050

IP0050

IA0050

JC0050

QG 0050
CC0050
IT0030

IT0035

IT0045

IT0050

IT0100

IT0150

IT0250

IT0900
MI0050

Pontos de Amostragem

Limite Máximo Resolução CONAMA 20/86 Classe2 .

Na campanha de agosto/2001 as amostras de água de superfície, meio e fundo nos pontos IP


0050 (Barragem do Aipim) e IA 0050 (Barragem do Ponto Novo), registraram concentrações de
coliformes fecais que ultrapassaram o limite estabelecido pelo CONAMA Res. 20/86 somente nas
amostras de água do meio e fundo, do ponto IP 0050, provavelmente decorrente do lançamento
de esgotos domésticos do trecho de montante.

Em geral as concentrações de coliformes fecais registradas no ano 2001 foram similares àquelas
registradas no ano 2000. Em ambos períodos de avaliação os pontos MI 0050, IT 0050 e IT 0150
apresentaram acentuada contaminação fecal. Contudo, o ponto IT 0045, situado à jusante de
zona urbana de cidade de Nordestina apresentou, no ano 2001, uma diminuição significativa nos
índices de coliformes fecais, no período avaliado.

Indicadores do Balanço Iônico

Os parâmetros considerados como indicadores do balanço iônico foram pH, cloretos,


condutividade, sólidos totais e sólidos solúveis. Os Quadros 4.3.8 e 4.3.9 apresentam os
resultados obtidos para estes parâmetros na bacia do rio Itapicurú. O pH comportou -se dentro da
faixa estabelecida pela Resolução CONAMA para a Classe 2, que é de 6 a 9, praticamente na
totalidade dos pontos monitorados. As únicas exceções foram registradas nos pontos OU 0050
Rua Rio São Francisco, 01, Monte Serrat, CEP 40.425-060, Salvador, Bahia, Brasil - tel.: (71) 310-1400- fax: (71) 310-1515
E-mail: cra@.ba.gov.br, URL: http://www.cra.ba.gov.br 71
(campanha de agosto) e IT 0250 (campanha de fevereiro) que obtiveram respectivamente um pH
de 5,7 e 9,5, sendo este último valor justificado devido provavelmente pela lixiviação de sais ( fato
constatado pelo valor obtido para cloreto apresentando valor máximo de 4.097 mg/L) presentes
nas rochas do embasamento cristalino que ocorre próximo a calha fluvial do Rio Itapicuru - açu,
após a confluência do Rio Itapicuru com o Rio Pedra d'água. Os pontos monitorados
apresentaram valores medianos de condutividade entre 0,044 e 3,41 mS/cm, sendo os valor mais
elevado registrado no ponto CC 0050, ponto localizado no espelho d'água do açude Cariaca,
justifica-se devido ao valor máximo obtido para sólidos totais 4.808,00 mg/L.

As concentrações medianas de cloretos apresentaram-se acima do limite permitido pela


Resolução CONAMA 20/86 para a Classe 2, que é de 250 mg/L, nos pontos do rio do Itapicuru
açu (IT 0250), rio Cariacá (CC 0050) e rio Quijingue (QG 0050) com concentrações de 394,0,
948,0 e 2.228, respectivamente. Os demais pontos apresentaram valores medianos inferiores a
250 mg/L.

Com relação aos sólidos totais, os valores mais elevados foram obtidos nos pontos IT 0150, IT
0250 (rio Itapicuru- Açu), CC 0050 (rio Cariacá) e QG 0050 (rio Quijingue). Estes dados refletem o
represamento de águas e a sua evaporação, gerando acumulo de sais nos pontos em que foi
identificada esta elevação. Cabe mencionar que na campanha realizada em maio/2001, foi
monitorada a concentração de sólidos solúveis nos pontos de amostragem da bacia do rio
Itapicuru. Dos 15 pontos avaliados, três (20%) apresentaram teores de sólidos solúveis acima do
limite estabelecido pela Res. 20/86 do CONAMA, que é de 500 mg/L. Os pontos que
ultrapassaram o limite estabelecido pela legislação foram: IT 0150, CC 0050 e JC 0050 com
concentrações de 1.682, 2.554 e 574 mg/L, respectivamente.

Os valores registrados para os parâmetros indicadores do balanço iônico nos pontos IP 0050
(Barragem do Aipim) e IA 0050 (Barragem do Ponto Novo) foram compatíveis com os limites
estabelecidos pelo CONAMA Res. 20/86 para esses parâmetros. Foi registrada somente uma
exceção, a saber o pH da amostra de fundo do ponto IP 0050, com um pH de 5,9, sendo
levemente inferior ao limite mínimo estabelecido pela referida resolução.

QUADRO 4.3.8 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS INDICADORES DE BALANÇO IÔNICO


NOS RIOS DA BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados 0U IP MI IA IT IT IT
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045
(VMP)
Mínimo 5,70 6,30 6,50 6,4 6,50 6,50 6,30
-
pH 6-9 Mediana
Máximo 7,13 7,10 7,32 6,9 7,54 7,30 8,44
Mínimo 0,035 0,049 0,134 0,108 0,186 0,194 0,224
Condutividade mS/cm - Mediana 0,044 0,050 0,623 0,160 0,215 0,230 0,256
Máximo 0,054 0,051 0,489 0,212 0,244 0,267 0,288
Mínimo 2,0 6,0 16,9 15,2 37,2 41,5 45,7
Cloretos mg/L <250 Mediana 3,5 3,5 58,3 31,6 45,8 47,6 54,6
Máximo 7,0 7,1 65,3 35,5 109,0 157,0 173,0
Mínimo 22 26 88 108 160 160 210
Sólidos totais mg/L - Mediana 54 44 254 170 178 166 210
Máximo 96 92 324 202 388 534 982
Sólidos solúveis mg/L <500 22 36 306 180 150 144 184
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

Rua Rio São Francisco, 01, Monte Serrat, CEP 40.425-060, Salvador, Bahia, Brasil - tel.: (71) 310-1400- fax: (71) 310-1515
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QUADRO 4.3.9 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS INDICADORES DE BALANÇO IÔNICO NOS
RIOS DA BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados IT IT IT IT CC IT JC IQ*
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
(VMP)
Mínimo 7,20 6,50 6,30 6,70 7,20 6,70 6,05
-
pH 6-9 Mediana 8,32
Máximo 7,34 6,97 7,09 9,50 8,50 7,89 7,71
Mínimo 0,361 0,163 0,182 0,234 3,380 0,709
Condutividade mS/cm - Mediana 0,426 0,199 1,711 0,824 3,415 0,493 0,726 ANS
Máximo 0,491 0,236 3,240 1,415 3,450 0,743
Mínimo 60,4 35,8 42,3 35,1 766,0 84,5 121,0
Cloretos mg/L <250 Mediana 71,5 38,5 88,3 394,0 948,0 158,0 157,0 2.228
Máximo 162,0 85,2 720,0 4.097 1.169 243,0 181,0
Mínimo 168 140 164 188 2.530 472 482
Sólidos totais mg/L - Mediana 512 192 2.616 1.114 2.648 676 556 6.038
Máximo 536 2.062 3.524 10.276 4.808 744 582
Sólidos
mg/L <500 316 150 1.682 118 2.554 ANS 574 ANS
solúveis**
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.
** - Os sólidos solúveis foram avaliados somente na campanha de maio/2001.
ANS: Análise não solicitada.

Os valores registrados para os parâmetros indicadores do balanço iônico no ano 2001 foram
similares aos obtidos no ano 2000. Contudo, foi constatado em 2001, ocorrendo um aumento nas
concentrações de sólidos totais e cloretos nos pontos IT 0150 e IT 0250, localizados no rio
Itapicuru - açú.

Características Físicas da Água

O parâmetro turbidez apresentou resultados medianos dentro do limite estabelecido pela Resolução
CONAMA 20/86 para a Classe 2 (que é de 100 UNT), em quase todos os pontos monitorados no ano
2001. Contudo foram detectados nos pontos OU 0050 (rio do Ouro) e IP 0050 (rio Aipim) valores
máximos de turbidez de 115 e 118 UNT, respectivamente. Além da turbidez foi avaliado nos pontos
de amostragem do rio Itapicuru a concentração de sólidos em suspensão durante os meses de maio
e agosto de 2001, os valores registrados oscilaram entre < 10 e 70 mg/L. Os valores mais elevados
também foram registrados nos pontos OU 0050 e IP 0050 nos mês de maio/2001, coincidindo com o
período chuvoso da região quando ocorre transporte de significativas taxas de sedimentos para as
calhas fluviais. Os Quadros 4.3.10 e 4.3.11 apresentam os resultados obtidos nas avaliações
realizadas no ano 2001.

Os valores de turbidez e sólidos suspensos obtidos das amostras coletadas da superfície, meio e
fundo dos pontos IP 0050 e IA 0050 ( Barragens do Aipim e Ponto Novo), foram reduzidos e
compatíveis com os limites estabelecidos para estes parâmetros pela Res. 20/86 do CONAMA, no
ano de 2001.

Rua Rio São Francisco, 01, Monte Serrat, CEP 40.425-060, Salvador, Bahia, Brasil - tel.: (71) 310-1400- fax: (71) 310-1515
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QUADRO 4.3.10 - RESULTADOS OBTIDOS PARA A TURBIDEZ E OS SÓLIDOS EM
SUSPENSÃO NOS RIOS DA BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados 0U IP MI IA IT IT IT
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045
(VMP)
Mínimo 4,42 4,98 7,35 13,90 4,54 6,06 2,42
Turbidez UNT <100 Mediana 8,68 5,25 11,20 23,60 21,00 14,80 15,50
Máximo 115,0 118,0 12,10 53,90 34,00 16,60 21,40
Mínimo ND ND <10 <10 <20 <10 <10
Sólidos em
mg/L - Mediana - - - - - - -
suspensão
Máximo 70 50 10 24 11 <20 <20
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

QUADRO 4.3.11 - RESULTADOS OBTIDOS PARA A TURBIDEZ E OS SÓLIDOS EM


SUSPENSÃO NOS RIOS DA BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001 - CONTINUAÇÃO DO
QUADRO 4.3.10
Limite
Dados IT IT IT IT CC IT JC IQ*
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
(VMP)
Mínimo 5,50 8,37 6,97 14,60 11,70 5,18 5,04
Turbidez UNT <100 Mediana 19,20 20,10 10,50 39,50 15,90 21,10 10,80 27,10
Máximo 36,90 44,20 28,50 42,40 26,10 24,70 14,10
Mínimo ND <10 <20 <20 <10 <10 <10
Sólidos em
mg/L - Mediana - - - - - - - -
suspensão
Máximo 11 11 13 36 26 26 18
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

Em geral, os valores medianos de turbidez registrados em 2001 foram similares àqueles


registrados no ano 2000, em ambos períodos de avaliação estes valores foram compatíveis com o
limite estabelecido pela Res. 20/86 do CONAMA.

Indicador de Decomposição da Matéria Orgânica

A análise da demanda bioquímica de oxigênio – DBO5 – na Bacia do rio Itapicuru indicou


resultados medianos acima do limite máximo para as águas da Classe 2, que é 5,0 mg/L O2, nos
pontos MI 0050 (rio Itapicuru-mirim) e QG 0050 (rio Quijingue) com valores de 10 e 5,6 mg/L. Vale
ressaltar que também foram registrados valores máximos superiores a 5 mg/L nos pontos OU
0050, IT 0050, IT0150, IT 0250 e JC 0050. Os valores mais elevados foram registrados nos
pontos OU 0050 e MI0050 com 70 e 38 mg/L, respectivamente. Nas campanhas realizadas nos
meses de maio e agosto foi avaliada a demanda química de oxigênio nos pontos de amostragem,
os valores medianos deste parâmetro oscilaram entre 6,5 e 125,5 mg/L nos pontos IT 0035 (rio
Itapicuru-açu) e OU 0050 (rio do Ouro). Os resultados obtidos refletem a influência de carga
orgânica através do lançamento de esgotos domésticos e nos períodos de grande precipitações
pluviométricas devido ao arraste de matéria orgânica de origem vegetal e camadas orgânicas dos
horizontes mais superficiais do solos na área de influência desses pontos de amostragem. Os
Quadros 4.3.12 e 4.3.13 e o Gráfico 4.3.3 apresentam os resultados obtidos nas avaliações
realizadas no ano 2001.

Rua Rio São Francisco, 01, Monte Serrat, CEP 40.425-060, Salvador, Bahia, Brasil - tel.: (71) 310-1400- fax: (71) 310-1515
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QUADRO 4.3.12 - RESULTADOS OBTIDOS PARA A DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO
NOS RIOS DA BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados 0U IP MI IA IT IT IT
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045
(VMP)
Mínimo 2 ND 4,5 <2 2 <2 <2
DBO5 mg/L <5 Mediana 2 <2 10 <2 2,8 2 <2
Máximo 70 2,5 38 2,3 4,9 2,3 3
Mínimo 121,0 26,0 63,0 28,0 <5 5,0 6,0
DQO mg/L - Mediana 125,5 85,0 102,5 61,0 6,5 10,0
Máximo 130,0 144,0 142,0 94,0 10 8,0 14,0
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

QUADRO 4.3.13 - RESULTADOS OBTIDOS PARA A DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO


NOS RIOS DA BACIA DO RIO ITAPICURU NO ANO 2001.- CONTINUAÇÃO DO QUADRO 4.3.12
Limite
Dados IT IT IT IT CC IT JC IQ*
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
(VMP)
Mínimo ND <2 3,3 <2 <2 <2 <2 -
DBO5 mg/L <5 Mediana 2,7 <2 3,6 3,1 <2 <2 3,3 5,6
Máximo 5,4 3,5 6,2 5,6 4,8 <2 5,4 -
Mínimo 28,0 9,0 33,0 6,3 - - <5 -
DQO mg/L - Mediana 55,0 49,0 74,5 40,1 107* 88* ANS
Máximo 82,0 89,0 116,0 74,0 - - 134 -
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.
ANS: análise não solicitado.

Gráfico 4.3.3 - Demanda Bioquímica de Oxigênio nos pontos de


amostragem do rio Itapicuru no ano 2001.

80
70
60
DBO5 (mg/L)

50
40
30
20
10
0
OU0050

IP0050

JC0050

QG0050
IA0050

CC0050
IT0030

IT0035

IT0045

IT0050

IT0100

IT0150

IT0250

IT0900
MI0050

Pontos de Amostragem

Limite Máximo Resolução CONAMA 20/86 Classe2 .

Rua Rio São Francisco, 01, Monte Serrat, CEP 40.425-060, Salvador, Bahia, Brasil - tel.: (71) 310-1400- fax: (71) 310-1515
E-mail: cra@.ba.gov.br, URL: http://www.cra.ba.gov.br 75
Os valores da DBO5 registrados no ano 2001 foram similares àqueles observados no ano 2000,
ou seja, os pontos monitorados apresentaram valores medianos deste parâmetro compatíveis com
a legislação, e alguns valores máximos acima do limites estabelecido pela Res.20/86 do
CONAMA. Contudo, foram registrados valores máximos muito elevados da DBO5 nas estações
OU 0050 e MI 0050 na campanha de agosto/2001.

Os valores da DBO5 e DQO obtidos das amostras coletadas da superfície, meio e fundo dos
pontos IP 0050 e IA 0050, foram reduzidos e compatíveis com os limites estabelecidos para estes
parâmetros pela Res. 20/86 do CONAMA.

Metais na Água

Os metais avaliados na bacia do rio Itapicuru foram o cádmio, arsênio, chumbo, cobre, zinco,
cromo, ferro e mercúrio. O ferro total apresentou valores acima dos padrões CONAMA 20/86, em
treze dos quinze pontos monitorados na bacia hidrográfica do rio Itapicuru, as únicas exceções
foram os pontos JC 0050 (rio Jacuruci) e QJ 0050 (rio Quijingue). O limite estabelecido pelo
CONAMA para a Classe 2 é de 0,3 mg/L de ferro solúvel, enquanto o Ministério da Saúde define o
mesmo limite para ferro total presente em água potável. As concentrações medianas de ferro total
na bacia do rio Itapicuru variaram entre <0,1 (QJ 0050) e 1,96 mg/L (AI 0050).

No ponto de amostragem do rio Aipim (IP 0050), o valor de cromo hexavalente ultrapassou o limite
do CONAMA com 0,10 mg/L Cr na campanha de maio/2001, não foi possível identificar as fontes
de contaminação que originaram esta violação, devendo por este motivo ser objeto de
investigação mais aprofundada para identificar a provável fonte de contribuição. Contudo, este
resultado não foi confirmado na campanha realizada nos mêses de agosto e setembro . Os
demais metais analisados apresentaram valores abaixo dos limites de detecção dos métodos ou
não violaram os limites propostos pela Resolução CONAMA 20/86.

Por outro lado, no ponto de amostragem do rio Itapicuru (IT0900), o valor de mercúrio ultrapassou
o limite do CONAMA com 0,00030 mg/L Hg na campanha realizada em fevereiro/2001. Apesar de
ser um valor próximo ao limite estabelecido pela legislação, é importante ressaltar que a região
abrangida por esta possui diversas atividades de mineração com destaque para lavras
garimpeiras de ouro na borda Oeste da Serra de Jacobina, afetando o trecho compreendido entre
as áreas dos pontos de nascente do rio Itapicuru - Mirim e a bacia de contribuição da Barragem de
Pedras Altas ocorrendo a utilização indiscriminada de mercúrio no processo de concentração.
Constatou - se que os pontos IT0035 e IT0100 (localizados no rio Itapicuru - Açu) apresentaram,
no mês de fevereiro, concentrações de zinco superior ao limite estabelecido pelo CONAMA Res.
20/86, que é de 0,18 mg/L, também necessita merecer uma investigação para ser verificado se a
fonte de contribuição é artificial ou uma condição natural da região. Vale lembrar que estas
alterações não foram observadas nas campanhas realizadas posteriormente. Os Quadros 4.3.14
e 4.3.15 apresentam a variação dos resultados obtidos nas avaliações realizadas no ano 2001.

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QUADRO 4.3.14 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS METAIS NOS RIOS DA BACIA DO RIO
ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados 0U IP MI IA IT IT IT
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045
(VMP)
Mínimo 0,47 0,84 1,11 1,35 0,19 0,24 <0,1
Ferro total mg/L 0,3 Mediana 1,24 1,04 1,24 1,96 1,39 0,92 0,94
Máximo 4,94 2,75 1,80 3,03 1,93 1,18 1,23
Mínimo ND ND ND <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Cobre total mg/L 0,02 Mediana 0,012 <0,01 <0,01 0,011 <0,01 0,010 <0,01
Máximo 0,014 0,018 0,010 0,012 0,020 0,013 0,014
Mínimo <0,001 ND <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001
Cádmio total mg/L 0,001 Mediana - - - - - - -
Máximo <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001
Mínimo ND ND ND <0,015 <0,015 <0,015 <0,015
Chumbo
mg/L 0,03 Mediana
total
Máximo <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015
Mínimo ND ND ND <0,02 <0,02 <0,02 <0,02
Zinco total mg/L 0,18 Mediana 0,026 0,022 <0,02 <0,02 <0,02 0,026 <0,02
Máximo 0,058 0,048 0,025 <0,02 0,034 0,22 0,025
Mínimo <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05
Cromo
mg/L <0,05 Mediana - - - - - - -
hexavalente
Máximo <0,05 0,10 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05
Cromo total mg/L - <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05
Mínimo ND ND ND <0,005 <0,005 <0,005 <0,005
Arsênio total mg/L 0,05 Mediana - - - - - - -
Máximo <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005
Mínimo ND ND ND <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002
Mercúrio mg/L 0,0002 Mediana - - - - - - -
Máximo <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002
Magnésio mg/L - 1,40 2,14 10,8 6,99 8,37 9,20 10,0
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.

QUADRO 4.3.15 – RESULTADOS OBTIDOS PARA OS METAIS NOS RIOS DA BACIA DO RIO
ITAPICURU NO ANO 2001.
Limite
Dados IT IT IT IT CC IT JC QG*
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
(VMP)
Mínimo 0,67 0,69 0,41 0,15 0,23 0,53 0,27
Ferro total mg/L 0,3 Mediana 0,80 1,71 1,44 1,31 0,44 0,88 0,30 <0,1
Máximo 1,71 2,15 5,45 2,20 0,69 1,04 0,53
Mínimo ND <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Cobre total mg/L 0,02 Mediana 0,012 0,011 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,011 <0,01
Máximo 0,015 0,015 0,016 0,011 <0,01 0,014 0,011
Mínimo ND <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001
Cádmio
mg/L 0,001 Mediana - - - - - - - <0,001
total
Máximo <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,005
Mínimo <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015
Chumbo
mg/L 0,03 Mediana - - - - - - - <0,015
total
Máximo <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,04
Mínimo ND 0,028 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02
Zinco total mg/L 0,18 Mediana 0,022 0,048 0,026 0,021 <0,02 <0,02 0,020 <0,02
Máximo 0,029 0,23 0,091 0,024 0,035 0,020 0,025
Mínimo <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05
Cromo
mg/L <0,05 Mediana - - - - - - - <0,05
hexavalente
Máximo <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05
Cromo total mg/L - <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05
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Limite
Dados IT IT IT IT CC IT JC QG*
Parâmetro Unid. CONAMA
estatísticos 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
(VMP)
Mínimo <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005
Arsênio
mg/L 0,05 Mediana - - - - - - - <0,005
total
Máximo <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005
Mínimo ND ND ND <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002
Mercúrio mg/L 0,0002 Mediana - - - - - - - <0,0002
Máximo <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 0,0003 <0,0002
Magnésio mg/L - 14,1 8,04 142,0 8,11 160,0 ANS 26,8 ANS
VMP – valor permitido pelo CONAMA 20/86, Classe 2.
Em vermelho valores que ultrapassaram o limite estabelecido pela CONAMA 20/86.
ANS: Análise não solicitada.

Dos metais analisados nas amostras coletadas da superfície, meio e fundo dos pontos IP 0050 e
IA 0050, foram obtidas concentrações elevadas de ferro total em todas as amostras analisadas.
Também foi obtida uma concentração elevada de chumbo na amostra de fundo do ponto IP 0050
(rio do Aipim).

Os valores obtidos para os metais analisados no ano 2001 foram similares àqueles observados no
ano 2000, ou seja, os pontos monitorados apresentaram valores medianos elevados de ferro total
quase na totalidade dos pontos monitorados. Em ambos períodos foram registradas alterações
pontuais em relação a concentração de mercúrio e zinco de alguns pontos de amostragem,
conforme já mencionado anteriormente.

ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA

A aplicação do Índice de Qualidade de água – IQA - utilizado pela CESTESB, classificou a


qualidade das águas ao longo dos pontos de monitoramento na bacia do rio Itapicuru como sendo
de qualidade dentro da faixa que variou de “ótima” a “ aceitável”. No mês de fevereiro de 2001 12
das 15 estações apresentaram uma qualidade da água variando de “Ótima a Boa”. As demais
estações apresentaram uma qualidade de água considerada “aceitável” (pontos IT 0050 e
QJ0050) e “ruim” no ponto IM 0050 (localizado à jusante da cidade de Jacobina) devido aos
elevados valores de coliformes fecais e DBO5, além de baixa concentração de oxigênio dissolvido.

Entretanto, no mês de maio/2001, a maioria dos pontos monitorados apresentaram a qualidade


das águas variando de “ótima a boa”. As únicas exceções foram os pontos IP 0050, MI 0050 e IT
0150 onde suas águas foram classificadas como “aceitável”. Já na campanha de agosto foi
observado um leve melhoria na qualidade das águas desta bacia, dos 14 pontos avaliados, 12
apresentaram IQAs que as classificaram na faixa de “Boa” a “Ótima” qualidade.

Ao comparar os índices de qualidade das águas obtidos no ano 2000 com os calculados em 2001,
observa-se uma redução na qualidade da água dos pontos OU 0050 (rio do Ouro), IP 0050 (rio do
Aipim) e MI 0050 (rio Itapicuru-mirim). Os fatores responsáveis pela redução da qualidade das
águas foram os elevados teores de coliformes fecais, fosfato total e a baixa concentração de
oxigênio dissolvido. Os Quadros 4.3.16 e 4.3.17 apresentam os resultados de IQA obtidos para
os pontos avaliados no ano 2001 e 2000.

O índice de qualidade das águas obtido nas duas barragens monitoradas classificou as águas da
Barragem do Aipim (IP 0050) como de “Boa” qualidade e as águas da Barragem do Ponto Novo
como de “Ótima” qualidade.

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Vale ressaltar que o índice utilizado pela CETESB avalia a qualidade da água utilizada
principalmente para abastecimento público, quando é necessário o tratamento convencional da
mesma para torná - la adequada à utilização por parte da população.

QUADRO 4.3.16 - DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA – IQA NA BACIA DO


RIO ITAPICURU EM FEVEREIRO, MAIO E AGOSTO DE 2001.
0U IP MI IA IT IT IT IT IT IT IT CC IT JC QJ*
IQA
0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0050
Fevereiro 75,71 76,54 29,30 82,73 80,63 61,51 70,09 47,55 72,60 53,14 55,80 75,78 62,30 60,50 50,30
Maio 56,41 46,83 41,20 55,58 69,33 71,33 70,27 53,90 66,86 47,76 81,52 74,20 68,02 59,44
Agosto 46,44 77,69 39,23 86,24 62,01 73,45 69,41 65,07 57,58 62,73 70,66 71,55 66,62 74,47
* - O ponto QJ0050 foi avaliado somente no mês de fevereiro/2001.

Ótima - 80 a 100
Boa - 52 a 79
Aceitável - 37 a 51
Ruim - 20 a 36
Péssimo - 0 a 19

QUADRO 4.3.17 - DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA – IQA NA BACIA


DO RIO ITAPICURU EM FEVEREIRO, MAIO E AGOSTO DE 2000.
0U IP MI IA IT IT IT IT IT IT IT CC IT JC IT
IQA
0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050 0200
Fevereiro 74,68 72,51 45,21 84,32 - - - 52,72 - - - - 63,86
Julho 79,46 71,25 53,59 74,70 66,83 72,46 60,25 48,61 79,56 57,81 66,90 70,07 71,83 68,53
Agosto 81,54 73,49 59,04 85,80 72,83 69,01 71,06 64,75 74,52 58,75 67,46 78,23 70,35 75,45 81,48

Ótima - 80 a 100
Boa - 52 a 79
Aceitável - 37 a 51
Ruim - 20 a 36
Péssimo - 0 a 19

4.3.8 - CONCLUSÕES

Na avaliação da qualidade das águas realizada na bacia hidrográfica do rio Itapicuru no ano 2001,
observou-se que a principal fonte de comprometimento dos mananciais é decorrente do lançamento
de despejo de dejetos orgânicos (esgotos domésticos), o que ocasionou as violações dos padrões
legais para alguns indicadores avaliados. Os dados obtidos revelaram a presença de coliformes
fecais, acima dos índices estabelecidos nos pontos IT 0150, IT 0050 e MI 0050. Dos 15 pontos de
amostragem avaliados, 14 (93,3% do total) apresentaram uma qualidade das águas variando de
"ótima” a “boa". A única exceção foi o ponto MI 0050 (localizado à jusante da cidade de Jacobina)
com IQA variando de “aceitável” a “ruim”, devido principalmente, às elevadas valores de coliformes
fecais, DBO5, fosfato total e baixa concentração de oxigênio dissolvido.

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Os principais fatores de pressão na qualidade dos mananciais avaliados são apresentados no
Quadro 4.3.18.

QUADRO 4.3.18 - FATORES DE PRESSÃO NA QUALIDADE DAS ÁGUAS.


Indicadores de Degradação das
Fatores de Pressão Ações de Controle
Águas
Lançamento de esgotos N-total, P-total, DBO5 e coliformes Implantação de rede coletora de
domésticos “ïn natura”. fecais. esgotos e sistemas de tratamento
e/ou Estações de Tratamento de
Esgotos _ ETEs pelos municípios
pertencentes à bacia.
Ocupação irregular do solo Turbidez e sólidos suspensos.
urbano(invasões) ocasionando a Coibir a ocupação de áreas de
supressão de matas ciliares. preservação permanente..
.

4.3.9 - ANEXOS

Quadros 4.3.19, 4.3.20 e 4.3.21 apresentando os resultados das análises físico-químicas e


bacteriológicas realizadas nas amostras das águas colhidas na bacia do rio Itapicuru no ano 2001.

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QUADRO 4.3.19 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS EM FEVEREIRO DE 2001.
LIMITE
CONAMA OU IP MI IA IT IT IT IT IT IT IT QG JC CC IT
PARAMETRO UNI LDM
20/86 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045 0050 0100 0150 0250 0050 0050 0050 0900
Classe 2

DBO5 mg/L O2 <5 2 <2 <2 10 <2 2,8 2 <2 5,4 3,5 3,6 5,6 5,6 5,4 <2 <2

Coliformes
NºCol.100/ml 1 x 103 - 4,0x102 1,0x02 7,6x105 2,0x100 8,0x100 2,7x102 2,3x102 9,0x102 3,0x10 2,0x104 1,4x10 4,0x10 4,0x102 1,2x10 2,2x102
fecais

Temperatura ºC - 0,5 27 27 26 27 27 27 26 27 28 27 30 27 28 27 27

Cloretos mg/L 250 0,5 7,01 7,15 65,3 35,5 109,0 157,0 173,0 162,0 85,2 88,3 4.097,0 2.228,0 157,0 948,0 243,0
Nitrogênio mg/L - 0,05 0,30 0,30 0,75 <0,05 2,18 32,0 1,70 <0,05 0,80 0,53 0,90 0,42 1,43 0,13 <0,05
total
Ferro total mg/L 0,3 0,04 1,24 1,04 1,11 1,96 0,19 0,24 <0,1 1,71 0,69 5,45 0,15 <0,1 0,27 0,23 0,88

Cobre total mg/L 0,02 0,01 0,012 <0,01 <0,01 0,011 <0,01 0,010 <0,01 0,015 0,011 0,016 0,011 <0,01 0,011 <0,01 0,014

Chumbo total mg/L 0,03 0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,04 <0,015 <15,0

Cádmio total mg/L 0,001 0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,005 <0,001 <1,0

Zinco total mg/L 0,18 0,02 0,058 0,048 <0,02 <0,02 <0,02 0,22 <0,02 0,022 0,23 0,091 0,021 <0,02 <0,02 0,035 0,020

Arsênio total mg/L 0,05 0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Mercúrio mg/L 0,0002 0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 0,00030

Cromo total mg/L - 0,01 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

pH mg/L 6a9 - 7,13 7,10 7,32 6,91 7,54 7,30 8,44 7,34 6,97 7,09 9,50 8,32 7,71 8,22 7,89

Turbidez NTU 100 - 8,68 5,25 11,20 13,90 4,54 6,06 2,42 36,90 8,37 6,97 39,50 27,10 10,80 11,70 21,10

Fósforo total mg/L 0,025 0,01 0,02 0,27 8,60 0,56 0,10 <0,01 <0,01 0,94 0,10 <0,01 0,29 0,51 1,14 0,12 0,15

O2 Dissolvido mg/L O2 >5 0,1 6,82 6,73 2,46 6,40 6,25 6,44 9,68* 3,35 5,34 5,17 15,60* 1,90 8,38 6,08 6,33

Sólidos totais mg/L <500 20 54,0 44,0 254,0 170,0 388,0 534,0 982,0 536,0 2.062,0 3.524,0 10.276,0 6.038,0 556,0 4.808,0 744,0

Nota: Valores em vermelho são os que ultrapassaram os limites estabelecidos pela legislação CONAMA 20/86
Obs.: (1) Padrão de potabilidade estabelecido pelo Ministério da Saúde, através da Portaria no 1469/2000.
• Possível interferência nos resultados devido à presença de bolhas de ar nos frascos.

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• QUADRO 4.3.20 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS DO RIO ITAPICURÚ EM MAIO DE 2001.

LIMITE
CONAMA OU IP MI IA IT IT IT IT IT IT IT CC IT JC
PARAMETRO UNID LDM
20/86 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045 0050 0100 0150 0250 0050 0900 0050
Classe 2
Temperatura °C - 0,5 27,0 25,0 27,0 24,0 26,0 26,0 26,0 25,0 26,0 26,0 27,0 25,0 24,0 24,0
pH - 6a 9 - 6,8 6,3 6,8 6,4 6,5 6,5 6,3 7,2 6,7 6,6 7,1 7,2 6,7 6,05
Coli Fecais No 1,0x103 - 1,6x103 2,7x102 3,2x104 2,0x104 6,7x102 6,6x102 5,2x102 2,1x103 7,9x102 7,9x104 1,7x10 5,4x10 7,0x102 6,7x102
DBO5 Col.100ml
mg/L ≤5 2 <2 2,5 4,5 <2 2,0 <2 <2 2,7 <2 6,2 <2 <2 <2 <2
OD mg/L ≥5 0,1 7,73 2,41 3,01 7,33 7,13 7,33 9,44 3,82 6,03 9,24 7,54 7,03 9,16 4,62
DQO mg/L - 5 130 144 142 94 <5 5 14 82 89 116 6,3 107 * 134
Arsênio mg/L 0,05 0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005
Cádmio mg/L < 0,001 0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001
Chumbo mg/L < 0,03 0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015
Cobre mg/L < 0,02 0,01 0,014 0,018 0,010 0,012 0,020 0,013 0,014 0,012 0,015 <0,01 0,016 <0,01 <0,01 0,011
Ferro total mg/L < 0,3(1) 0,04 4,94 2,75 1,24 3,03 1,93 0,92 0,94 0,80 2,15 0,41 2,20 0,69 0,53 0,30
Magnésio mg/L - 0,2 1,40 2,14 10,8 6,99 8,37 9,20 10,0 14,1 8,04 142 8,11 160 * 26,8
Mercúrio mg/L 0,0002 0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002
Zinco mg/L < 0,18 0,02 0,026 0,022 0,025 <0,02 0,034 <0,02 <0,02 0,029 0,048 <0,02 0,024 <0,02 <0,02 0,020
Cloretos mg/L < 250 0,5 3,51 3,51 58,3 31,6 37,2 41,5 45,7 60,4 35,8 720 35,1 766 158 121
Condutividade MS/cm - 0,1 0,054 0,051 0,489 0,212 0,244 0,267 0,288 0,491 0,236 3240 0,234 3450 * 0,743
Cromo hex. mg/L < 0,05 0,05 <0,05 0,10 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05
Fosfato total mg/L < 0,025 0,01 0,13 0,039 0,86 0,058 0,068 0,042 0,047 0,074 0,058 0,12 0,082 0,059 0,015 0,13
Nitrogênio total mg/L - 0,12 0,12 <0,12 2,1 <0,12 <0,12 0,12 <0,12 0,30 <0,12 0,72 <0,12 0,30 <0,12 <0,12
Nitrogênio total
Sólidos Solúveis mg/l 500 10 22 36 306 180 150 144 184 316 150 1682 118 2554 * 574
Sólidos totais mg/L - 20 96 92 324 202 160 166 210 512 192 2616 188 2648 676 582
Sólidos Suspensos mg/L 10 70 50 <10 24 <20 <20 <20 11 11 <20 <20 26 * 18
Turbidez UNT -
< 100 - 115 118 12,1 53,9 34,0 14,8 15,5 19,2 44,2 10,5 42,4 26,1 5,18 5,04
IQA - - - 56,41 46,83 41,20 55,58 69,33 71,33 70,27 53,90 66,86 47,76 81,52 74,20 68,02 59,44
RPI - - - 925,38 1042,99 1231,80 700,85 242,06 223,43 267,97 762,63 713,12 1705,74 235,52 1700,83 * 1117,15
Nota: Valores em vermelho são os que ultrapassaram os limites estabelecidos pela legislação CONAMA 20/86
Obs.: (1) Padrão de potabilidade estabelecido pelo Ministério da Saúde, através da Portaria no 1469/2000.
* Análise não solicitada

.
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QUADRO 4.3.21 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS DO RIO ITAPICURU EM MAIO DE 2001.
LIMITE
CONAMA OU IP MI IA IT IT IT IT IT IT IT QG JC CC IT
PARAMETRO UNI LDM
20/86 0050 0050 0050 0050 0030 0035 0045 0050 0100 0150 0250 0050 0050 0050 0900
Classe 2
DBO5 mg/L O2 <5 2 <2 <2 10 <2 2,8 2 <2 5,4 3,5 3,6 5,6 5,6 5,4 <2 <2
Coliformes
NºCol.100/ml 1 x 103 - 4,0x102 1,0x02 7,6x105 2,0x100 8,0x100 2,7x102 2,3x102 9,0x102 3,0x10 2,0x104 1,4x10 4,0x10 4,0x102 1,2x10 2,2x102
fecais
Temperatura ºC - 0,5 27 27 26 27 27 27 26 27 28 27 30 27 28 27 27
Cloretos mg/L 250 0,5 7,01 7,15 65,3 35,5 109,0 157,0 173,0 162,0 85,2 88,3 4.097,0 2.228,0 157,0 948,0 243,0

Nitrogênio total mg/L - 0,05 0,30 0,30 0,75 <0,05 2,18 32,0 1,70 <0,05 0,80 0,53 0,90 0,42 1,43 0,13 <0,05

Ferro total mg/L 0,3 0,04 1,24 1,04 1,11 1,96 0,19 0,24 <0,1 1,71 0,69 5,45 0,15 <0,1 0,27 0,23 0,88
Cobre total mg/L 0,02 0,01 0,012 <0,01 <0,01 0,011 <0,01 0,010 <0,01 0,015 0,011 0,016 0,011 <0,01 0,011 <0,01 0,014
Chumbo total mg/L 0,03 0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,015 <0,04 <0,015 <15,0

Cádmio total mg/L 0,001 0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,005 <0,001 <1,0

Zinco total mg/L 0,18 0,02 0,058 0,048 <0,02 <0,02 <0,02 0,22 <0,02 0,022 0,23 0,091 0,021 <0,02 <0,02 0,035 0,020

Arsênio total mg/L 0,05 0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Mercúrio mg/L 0,0002 0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 0,00030

Cromo total mg/L - 0,01 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

pH mg/L 6a9 - 7,13 7,10 7,32 6,91 7,54 7,30 8,44 7,34 6,97 7,09 9,50 8,32 7,71 8,22 7,89
Turbidez NTU 100 - 8,68 5,25 11,20 13,90 4,54 6,06 2,42 36,90 8,37 6,97 39,50 27,10 10,80 11,70 21,10
Fósforo total mg/L 0,025 0,01 0,02 0,27 8,60 0,56 0,10 <0,01 <0,01 0,94 0,10 <0,01 0,29 0,51 1,14 0,12 0,15

O2 Dissolvido mg/L O2 >5 0,1 6,82 6,73 2,46 6,40 6,25 6,44 9,68* 3,35 5,34 5,17 15,60* 1,90 8,38 6,08 6,33
Sólidos totais mg/L <500 20 54,0 44,0 254,0 170,0 388,0 534,0 982,0 536,0 2.062,0 3.524,0 10.276,0 6.038,0 556,0 4.808,0 744,0

Nota: Valores em vermelho são os que ultrapassaram os limites estabelecidos pela legislação CONAMA 20/86
o
Obs.: (1) Padrão de potabilidade estabelecido pelo Ministério da Saúde, através da Portaria n 36 de janeiro de 1990.

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J c0 50 0

Q g 0 05 0
It00 45

C c 00 50

PON TO S D E AMO STRAG EM


VB0 9 0

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