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FOLHETINS DIGITAIS?

Franciele Cristina Freire1

Uma mocinha ingênua e imatura que descobre ser forte e capaz. Um


mocinho bonito e valente que se apaixona pela mocinha. Uma mulher má que
engravida do mocinho. Um momento de desespero e explicações.Um coração
partido. Uma esperança em um novo amor para a mocinha. Um casamento
infeliz para o mocinho. Um reencontro após longo tempo separados. Uma
mentira descoberta. Um filho que não era o do mocinho. Uma chance de
reencontro. Um amor recuperado. Um duelo entre os amantes da mocinha.
Uma lágrima. Uma desistência. Um beijo. Um sorriso. Um final feliz.
Seria uma Telenovela? Um folhetim? Um melodrama teatral? Uma rádio-
novela? Uma fotonovela? Não exatamente. Trata-se de uma fanfiction, gênero
eletrônico que surgiu no início do século XXI, a partir da explosão da Era
digital, em que crianças, jovens e adultos dedicaram a seus ídolos – mangás,
filmes, séries, bandas, artistas – criações “literárias” em que os idolatrados são
as personagens principais e vivem histórias novas ou adaptadas, de acordo
com a imaginação de seus fãs.

Em um contexto geral, provavelmente, as fanfic’s tenham sido criadas


com a intenção de criar uma extra realidade, onde as peripécias inexistentes
nas vidas dos ídolos fossem possíveis, ou ainda, onde o enredo traçado pela
imaginação do fã fosse possível, haja vista que em filmes, por exemplo, não
seria habitual que cada fã criasse parte do roteiro. As fanfictions se aproximam
muito dos roteiros de filmes, com certeza muitos dos autores são inspirados por
cenas e ângulos determinados que são reproduzidos nas fictions, a depender
da imaginação do autor. O que nos remete a liberdade que é escrever uma
fanfiction.

Mas aonde encontramos essas histórias? Qual o contexto de criação? E


quem são os privilegiados nos enredos?

1
Estudante de Letras, 7º período, PUCPR.
Não poderíamos afirmar com exatidão que as fanfictions tenham sido
inspiradas por folhetins ou roteiros, no entanto, são nítidas as aproximações
com os gêneros, embora o principal alvo da evolução desse novo gênero seja
exatamente a ligação com a modernidade, pois as fanfictions são publicadas
em sites da internet, sem que haja restrição quanto ao autor, desde que ele
siga determinadas regras exigidas pelo site de publicação.

A princípio, as fanfictions foram criadas para todos os tipos de fãs de


livros, filmes, bandas, mangás, etc. O principal destaque no surgimento desse
gênero foram às histórias dedicadas à série de livros e filmes Harry Potter. Os
fãs do menino bruxo, mediante a singularidade com que a obra foi escrita –
utilizando diversos objetos místicos, histórias medievais e “contextos”
elementais – não se satisfizeram com o que haviam lido e, a partir do enredo
criado por J K Rowling, criaram suas próprias aventuras e peripécias. Os
destaques foram mudando com o passar dos anos, embora seja um período
curto de tempo, o que contabiliza, aproximadamente, dez anos.

Há cerca de quatro anos o que se viam eram histórias fechadas, não


interativas e voltadas a todos os públicos, embora com indicações. Atualmente,
o que vemos é uma grande manifestação de leitores e escritores com idade
entre 13 e 20 anos, do sexo feminino. Essas meninas escrevem para sites
específicos, já que existe um número vasto de locais em que podem ser
publicadas as fanfic’s, como em blogs pessoais, por exemplo – mas nesse
caso não há interação.

Uma fanfiction funciona da seguinte maneira: há um site, como, por


exemplo, o fanficobsession.com.br, em que as fics são publicadas. Para
publicar uma fanfiction, interativa ou não, é necessário uma beta-rider. Uma
beta faz a betagem de sua fic, ou seja, coloca os códigos HTML para que ela
entre no site sem erros de script – letras maiores, itálico onde é negrito, linha
sem pular, etc. – e também faz a revisão ortográfica do seu texto, para que a
leitura seja ainda mais prazerosa. Uma beta é escolhida após testes e fica
disponível quando tem poucas fic’s para betar.

O escritor deve seguir determinadas regras, como por exemplo, não


abordar nenhum tema com preconceito ou manifestar opiniões que denigram a
imagem de qualquer ideologia. Essa restrição é acompanhada quando a beta
realizar a leitura da fiction. Além disso, o escritor precisa enviar uma tabela ao
site, em que há uma espécie de classificação, que nos remete a sinopses de
filme, pois existe na tabela – no caso do site FFOBS, fan fic obsession –
respectivamente:

O nome da autora, com o formato nickname, que é o apelido no


site, pois não é comum ver nomes de autores e sim apelidos;
O contato de email, para que as leitoras possam enviar email’s
quando quiserem; o nome da fanfic, que não pode ser repetido, por isso a
autora deve tomar o cuidado e olhar na sessão de fictions se o nome é igual a
alguma fic já postada;
O fandom, que é a série, filme, livro, personalidade da qual a fic
tratará;
A descrição da história, que é criada a partir da imaginação, sem
limitar o personagem principal com relações que realmente existam entre o
personagem da série, por exemplo, e a trama criada;
O gênero de escrita, que é como os de filmes romance, comédia,
drama, etc, não se usa – não é habitual – trajédia ou epopéia por exemplo;
A classificação indicativa para os leitores da fic, que pode ser
dada por idade ou por códigos como: G (Livre ou K/K+) - Fic liberada para
todas as idades. O site Fiction Ratings subdivide esta classificação em duas
categorias: K e K+, K: Conteúdo livre de qualquer linguagem grosseira,
violência e temas adultos, K+: Conteúdo com menor grau de violência,
insinuações de linguagem grosseira e ausência de temas adultos,
recomendável para crianças maiores de 9 anos, PG-13 (NC-13 ou T): Não
recomendável para menores de treze anos por conter alguma violência,
linguagem levemente grosseira, e sugestão de temas adultos. Cenas leves,
PG-15 (PG ou NC-15): Não recomendável para menores de quinze anos por
conter cenas de violência, linguagem grosseira e temas adultos leves. Cenas
estilo médio, PG-17 (NC-17, M/MA ou R): Não recomendável para menores de
dezessete anos por conter cenas de descrição explicita de violência, uso
liberado de forte linguagem grosseira, e temas adultos tratados de modo
detalhado e explícito. Cenas fortes e Hentai (ou R-18):Contem cenas de
sexo,não recomendado para menores de 18 anos;
A restrição, que diz se na fanfic existem nomes reais, ou de
personagens fixos (que não tem interação) ou sobrenomes já utilizados, além
de dar crédito ao fandom que é dono do nome, como por exemplo Sam
Winchester, se o nome aparecer na restrição estará escrito “Sam Winchester
não é minha personagem e sim de Supernatural”, mas raramente é tão
delimitada a utilização da restrição;
A indicação de a Fic ser ou não short, uma shortfic não tem
capítulos a serem publicados, é uma espécie de conto, raramente assume
característica de crônica, mas pode acontecer quando é delimitado o tema por
concursos do site;
E por último vem o status da fic, se ela é finalizada ou está em
andamento.

Após a fic ser enviada ela será postada na página inicial a cada capítulo
enviado pela autora. Leva cerca de uma semana para que o site poste a
história, embora ainda tenha o tempo de betagem, que é o prazo que cada beta
dá para entregar a fic betada ao site. Esse prazo depende da beta, para tanto é
preciso escolher uma beta disponível e ser aceito por ela. Na escolha da beta
há uma tabela que mostra o status da beta, com os seguintes dados:

Nome: Amy Moore


E-mail: amy.moore182@yahoo.com.br
Fics que beta: 18
Tempo de betagem: Até 7 dias.
Status: Disponível
Preferência: Sem preferência.

As fanfictions são postadas no site em capítulos enviados pelas autoras


assim que terminam de escrever, ou assim que o desejam fazer. Para as não
finalizadas, após a história há uma indicação de “continua”, para as finalizadas
há a palavra “fim”. Nesse aspecto de postagem das fic’s é que o gênero se
aproxima com o folhetim.
Apesar de ter se tornado traço cultural da América Latina, o folhetim
nasceu na França, por volta de 1836. Segundo a historiadora e autora do livro
Folhetim, uma história, Marlyse Mayer, o inventor do gênero foi Émile de
Girardin, então editor do jornal La Presse, que queria ampliar o consumo dos
periódicos, e para isso precisava atingir as classes populares. “A burguesia
ascende ao poder, há a revolução industrial e, com isso, uma procura pelo
entretenimento, pelos livros de ficção. Já se publicavam romances para
mulheres, divididos em volumes. Girardin tenta imitar um pouco isso no rodapé
do jornal”, explica Marlyse. Nesse espaço do jornal se introduziram
primeiramente romances em partes, fazendo referência à edição posterior, com
a frase “continua no próximo número”. O primeiro deles, O lazarillo de Tormes,
chegou ao fim após cinco anos. Aos poucos foi se constituindo uma estrutura
própria de escrever para folhetim, com cortes que não comprometiam a leitura
e suspenses que aguçavam a curiosidade ao fim de cada publicação. Os
romancistas que tiveram êxito neste tipo de narrativa foram Eugéne Sue, com
Mistérios de Paris e Alexandre Dumas com O capitão Paulo.
As histórias eram de leituras rápidas, publicadas todos os dias nos
jornais e/ou revistas em determinados espaços, destinadas ao entretenimento.
O desenvolvimento do Rio de Janeiro, principalmente, ocasionou a criação de
inúmeros jornais diários, que encontraram amplo espaço de publicação na
capital do Império, além do interior do país e as leituras dos romances de
folhetim agregada a inúmeros outros costumes influenciaram de maneira
marcante a formação da identidade nacional brasileira, que vinha assimilando
os modelos europeus e os adaptava a nosso contidiano. Era o momento de
construir o estilo de vida brasileiro.

O gênero folhetinesco, muitas vezes visto com olhos preconceituosos,


serviu de vitrine para autores há muito consagrados da literatura brasileira, tais
quais: Aluísio Azevedo, José de Alencar, Machado de Assis, entre diversos
outros, de carreira não tão impressionante. O folhetim se caracterizava pelo
final feliz, ou o seu oposto, o final trágico. Há, contudo, quem escape a esse
tipo de desfecho, como fez Machado de Assis, não optando por conclusões
típicas desse gênero.
Dividida em capítulos, a trama de folhetim trabalhava, geralmente, com o
suspense, o que ocorre em um ponto culminante da narrativa, que será
retomada no capítulo seguinte, de modo a prender a atenção dos leitores, a
deixá-los na expectativa do que ocorrerá no episódio por vir. Isso também
acontece com as fanfictions, as autoras finalizam o capítulo no ponto de
suspense, o que corre muito com as telenovelas. O fato é que com isso, a
tiragem dos jornais aumentava significativamente. Na realidade, o romance de
folhetim atendia às necessidades de lazer e distração da época, sobretudo das
mulheres que ficavam em casa enquanto seus esposos saíam para trabalhar,
mais uma característica que os aproxima da telenovela e da atual situação das
fanfictions, que são lidas por garotas, embora sua maioria não seja casada e
sim estudante do ensino fundamental e médio.
Como o romance romântico caiu no gosto do público burguês, o escritor
devia submeter-se não somente às exigências dos leitores, mas também dos
diretores de jornais, não podendo portanto criticar os valores da época, criando
uma arte de alienação, de pura evasão. Nas fanfictins há um esquema de
comentários que aproxima a opinião do leitor e faz com que interajam
prontamente com os escritores, o que possibilita opinar nas sequências da
trama. No folhetim, entretanto, essa regra não era sempre seguida, como
podemos perceber mais uma vez na obra muito conhecida de Machado de
Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas, em que o autor critica com sua fina
ironia toda a sociedade de que era contemporâneo, assim como a literatura da
época, o que também ocorre com determinadas autoras de fic’s que preferem
seguir uma linha menos utilizada do que a do final feliz ou da opinião dos
leitores inclusas na elaboração da história.
Outra característica identificável em obras de autores como José de
Alencar, por exemplo, é a de apresentar o Brasil aos brasileiros. Tal era a arte
de cunho didático: os leitores não viajavam para conhecer, por exemplo, o
interior do país. O autor, contudo, fazia às vezes de guia turístico e em diversas
páginas descritivas o leitor ficava sabendo como era a vida e a paisagem em
lugares que não teria a oportunidade de conhecer pessoalmente. Certamente,
essa característica é a principal nas fictions, saber o que não se poderia
pessoalmente, mas com um outro cunho, além do de paisagens.
Como os autores estão espalhados pelo mundo, haja vista que não se
trata de um gênero específico brasileiro, mas mundial, já que a intenção é
justamente escrever sobre determinado fandom, o que abre o leque de
expectativas e faz com que, por exemplo, brasileiros e portugueses postem no
mesmo site, com perspectivas distintas do mesmo “objeto”, a escrita de fic’s
não seleciona o público alvo com certeza de que seja atingido.
Nas fictions de interação o leitor faz parte da história. Ele é o
protagonista e junto dele o seu fandom favorito, ou seja, em fictions do Mcfly –
banda inglesa teen de maior repercussão entre as leitoras do FFOBS – a
garota que vive o romance, por exemplo, pode escolher com qual dos
integrantes vai ficar no final, bastando preencher o campo de interação que lhe
aparece quando entra no site da fiction que selecionou para ler. Caso a autora
não deixe a leitora escolher, porque o personagem é fixo, ela saberá com quem
ficará no final do mesmo jeito.
O que realmente muda é a maneira com que a fic é escrita e como ela
chegará ao final previsto, esses enlaces é que chamam a atenção das leitoras,
pois elas podem simplesmente abandonar a leitura e deixar de comentar, o que
faz com que muitas fic’s não sejam finalizadas e outras tantas contempladas
com “fama”, dentro do site. Caso de Biology, no site FFOBS.
As fictions surgiram em um momento pós-moderno e são escritas a
partir das “falhas” no enredo. Aquilo que não é contemplado pela vida do
fandom, ou que não faz parte do roteiro de determinada série, filme, livro, é que
os autores procuram construir. Um exemplo de emergência da escrita e de
paralelo com o que está se firmando na atualidade é, por parte das fictions não
interativas, em que não se é o personagem principal, o tema ser relacionado à
sexualidade. A verdade é que a maior parte das fictions contempla, se não o
amor, o sexo. E são essas as de grande sucesso, de maiores comentários e
expectativa.

Surgiram determinadas expressões, típicas das fictions, para que os leitores


soubessem qual assunto a história aborda, principalmente no teor sexual.
Dentre eles :

Cross Over - Fanfics onde se misturam universos (fandoms) diferentes.


Darkfic - Fanfic abundante em cenas depressivas, atmosferas sombrias
e situações angustiantes. É o contrário das fanfics definidas pelo termo
"waffy".
Deathfic - Onde os personagens principais morrem.
Drabble - É uma fanfic que contém entre 100 e 500 palavras.
Geralmente, é postada de uma vez.
Slash - Fanfic cujo tema principal concentra-se na relação (amorosa, de
amizade etc) entre dois personagens centrais. "Slash" é a palavra em
inglês para "barra". Ex: Sirius Black/Remus Lupin, Edward
Cullen/Emmett Cullen, Sasuke Uchiha/Naruto Uzumaki. A grande
maioria atualmente interpreta o termo como sinalização de
relacionamentos homossexuais masculinos.
Femslash - Fanfic com relacionamento homossexual feminino. Ex:
Hermione Granger/Gina Weasley ou Sakura Haruno/Ino Yamanaka.
Fanon - Indica a presença de idéias já propagadas em outras fanfics e
que se tornaram tão populares quanto a obra original.
Lemon - Fanfic com cenas de sexo entre Homens (detalhada).
Lime - cenas de sexo apenas sugeridas (hetero, yaoi, yuri).
OC - "Original Character". É quando a fic possui algum personagem
criado pelo autor da fanfic.
OOC - "Out of Character". Quando o personagem age de forma diferente
do habitual.
Orange - Fanfic com cenas de sexo entre mulheres (detalhada).
PWP - "Plot? What plot?" Significa: Enredo? Que enredo? Esse tipo de
fic não tem muito enredo, dando prioridade ao sexo.
Saga - são fics com muitos capítulos, geralmente mais de 20/25.
Self Inserction - quando o ficwriter (escritor) participa da trama,
interagindo com os personagens.
Yaoi - Fanfic com romance(Sexo) entre dois homens.
Yuri - Fanfic com romance entre duas mulheres.
Shonen-ai - Fanfic sobre relacionamentos entre homens, geralmente
platônico.
Shoujo-ai - Fanfic sobre relacionamentos entre mulheres, geralmente
platônico.
Bondage - Quando ocorre na fic imobilização de um dos parceiros para
satisfação sexual.
Dark Lemon/Orange - Fics com cenas de sexo com relação
homossexual, Sendo Lemon relação entre homens e Orange relação
entre mulhers, com violência explícita. Geralmente estupro.
Fetichismo - Atração por peças de roupas, objetos ou determinadas
partes do corpo.
Fluffy - Fanfic extremamente açucarada. Chega a ser mais do que um
romance, onde os personagems são carinhosos.
MPREG - Male Pregnant. Fanfic onde personagens do sexo masculino
tem a capacidade de engravidar.
NCS - Non Consensual Sex. Quando ocorre uma relação sexual sem o
consentimento total de um dos parceiros. Não significa que seja estupro.
POV - Point of View. É quando a fic é narrada em primeira pessoa.
Ponto de vista do personagem principal. Quem narra é algum
participante da história.
SAP - Sweet as possible. Significa: tão doce quanto possível. Fanfic
açucarada, mas sem excesso.
Side Storie - Fanfic (não necessariamente) curta que explica um fato
ocorrido numa outra fic. Um tipo de "bônus". Um capítulo que não se
encaixa no meio da história original. Geralmente é de um capítulo
apenas.
SM - Fanfic com cenas de sadomasoquismo.
Threesome - Fanfic com cenas de sexo entre três pessoas.
TWT - Time? What time? Fora da linha temporal. Não tem tempo
cronológico. O personagem conta do passado e volta para o futuro,
assim sucessivamente.
Voyeurism - Quando se observa alguém com o objetivo de obter
satisfação sexual.
What If - O que aconteceria se a história tomasse um rumo diferente.
(Ex: Harry Potter voltar ao passado para salvar o mundo bruxo; Sasuke
Uchiha descobrir que seu irmão é inocente antes de matá-lo, etc.)
Shotacon - Fanfic com romance entre um homem mais velho com um
mais novo. (Ex: Severo Snape e Draco Malfoy.)
Lolicon - Fanfic com romance entre uma mulher mais nova e uma
mulher/homem mais velho(a) - O termo deriva da estória "Lolita". (Ex: há
fanfics no site Floreios & Borrões (HarryPotterFanfics)que Hermione tem
relações amorosas com Severus Snape. Sendo NC ou não.)
Hentai - Fanfic com cenas de sexo (explícitamente).
Citrus - Fanfic de romance adulto, pode ou não conter cenas de sexo.
Canon - Segue o "Cânone". Refere-se a fanfics que sigam fielmente a
história, principalmente em termos de shippers (casais) e caracterização
de personagens.
Oneshot - Fanfic que contém somente um capítulo (one-shot: um-tiro
(por ser uma leitura rápida)), seja ele curto e postado de uma só vez ou
longo e postado em partes.
Songfic - Quando a fanfic segue acompanhada da letra (e/ou tradução)
da música, escolhida pela autora, como trilha sonora. Geralmente seu
gênero é drama e são Oneshots.
U.A. (Universo Alternativo) - Quando a fanfic se passa num mundo
diferente do criado pelo(a) autor(a) original da série, mas utilizando os
personagens já existentes na história, na maioria das vezes buscando
não alterar as características físicas e psicológicas das personagens.
Longfic - Quando a história tem capitulos longo e geralmente a história
tem muitas voltas.

Sem dúvidas, há uma (r)evolução digital assumindo as rédeas dos mais


distintos pontos cardeais da escrita e com essa (r)evolução mais e mais
características sendo resgatadas. É necessário dar créditos e ver nelas o que
há de melhor, o que não significa descartar o clássico mas resgatá-lo no que
há de pós-moderno, dando sentido ao que é escrito. Sem que seja apenas uma
história a mais.
REFERÊNCIAS

MEYER, Marlyse. Folhetim: uma história. São Paulo: Companhia das Letras,
1996.

A NARRATIVA DOS FOLHETINS - Disponível em:


<http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/portal/_download/revista51.pdf> Acesso em 22
jun. 2010.

FANFICTIONS – Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanfic> Acesso


em 22 jun. 2010.

ROMANCES DE FOLHETIM NO BRASIL - Disponível em:


<www.caminhosdoromance.iel.unicamp.br/estudos/.../ana_reis.doc> Acesso
em 22 jun. 2010.

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