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PHILIP LANGE/SHUTTERSTOCK
unidade 1 Personagem nas narrativas de aventura
e de mitologia
unidade 2 Notícia e crônica: semelhanças
e diferenças
1 • 2 • 3 • 4
nas narrativas
de aventura e de mitologia
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COLEÇÃO PARTICULAR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Moby Dick nada rapidamente em torno da embarcação naufragada. Ilustração de Isaac Walton Taber.
2 Que personagem da imagem poderia ser considerado herói nessa cena? Justifique sua resposta.
Há duas possibilidades: o homem de arpão em punho, em pé, pronto para defender os tripulantes, ou a
3 Uma característica física do homem atribui ainda mais valentia à sua atitude. Que característica é
essa?
Ele tem uma deficiência física, e isso fica evidenciado pela perna de pau. Mas o que poderia ser um fator
5 Que elementos da cena sugerem perigo e ameaça para os tripulantes? E para a baleia?
Para os tripulantes: o mar em fúria, a própria baleia, as ondas.
6 Cite alguns sentimentos que você imagina que estejam dominando os personagens representa-
dos nessa cena?
Respostas possíveis: medo, ansiedade, desespero, aflição, coragem.
7 Observe bem a cena de Moby Dick e tente descrevê-la em um texto. Em poucos parágrafos, expli-
que as ações dos personagens e os sentimentos que eles expressam, como o medo, o desespero
e a coragem. Não se esqueça de descrever o cenário em que os fatos ocorrem.
Resposta pessoal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tonto. Sozinho! Sequer a visão, sequer a voz do único ser humano que ainda o prendia à terra!
Augúrio. Previsão,
Não era preferível, como Faria, partir para esclarecer junto a Deus o enigma da vida, mes-
presságio, anúncio mo arriscando-se a atravessar a porta lúgubre dos sofrimentos?
de que algo vai (...)
acontecer.
Porém, como é comum nas horas de grande sofrimento, assim como nas grandes tem-
Claraboia. Abertura
no teto ou no alto pestades, o abismo se situar entre a crista de duas ondas, Dantès recuou à ideia daquela
da parede por onde morte infamante e passou bruscamente desse desespero para uma sede ardente de vida e
entra luz.
liberdade.
Cortejo. Procissão,
– (...) Não, quero viver, quero lutar até o fim; quero reconquistar a felicidade que me
comitiva.
roubaram! Antes de morrer, não posso esquecer que tenho meus carrascos para castigar e,
Crista. Parte mais alta
da onda. talvez, quem sabe, alguns amigos para recompensar. Mas agora irão me esquecer aqui, e só
Fronte. Testa.
sairei da minha masmorra como Faria.
Hediondo. Horrível, Ao dizer isso, contudo, Edmond ficou imóvel, os olhos esbugalhados, como um homem
muito feio. golpeado por uma ideia súbita, mas a quem essa ideia apavora; levantou-se de repente,
Industrioso. Esperto, levou a mão à testa como se fosse vítima de uma vertigem, deu duas ou três voltas ao redor
astuto. da cela e voltou a parar diante da cama...
Infamante. – Oh, oh! – murmurou. – Quem me envia esse pensamento? Sereis vós, meu Deus? Já
Vergonhoso.
que apenas os mortos saem livremente daqui, ocupemos o lugar dos mortos.
E sem se dar tempo de voltar atrás nessa decisão, como que para não dar chance ao
pensamento de destruir aquela resolução desesperada, debruçou-se em direção ao saco
hediondo, abriu-o com a faca que Faria fabricara, retirou o cadáver do saco, levou-o para
sua cela, deitou-o em sua cama, vestiu-o com o farrapo de pano que ele próprio tinha o
costume de usar, cobriu-o com sua coberta, beijou uma última vez aquela fronte gelada,
tentou fechar aqueles olhos rebeldes, que insistiam em permanecer abertos, aterradores
pela ausência de pensamento, girou a cabeça para a parede, de modo a que o carcereiro,
ao trazer a refeição da noite, julgasse que ele estava deitado, como era seu hábito, voltou
a entrar no túnel, puxou a cama para a muralha, entrou na outra cela, pegou no armário a
agulha, a linha, tirou seus andrajos para que sentissem claramente a carne nua sob a lona,
enfiou-se no saco rasgado, assumiu a postura do cadáver e fechou a costura por dentro.
Compreensão do texto
1 A narrativa inicia-se com o personagem Dantès diante de um problema: a morte de um compa-
nheiro. Onde Dantès se encontra e o que ele está fazendo?
Ele está na prisão, onde cumpre pena, olhando para a mortalha que oculta o cadáver de seu amigo Faria,
falecido recentemente.
3 Qual é a solução inicial encontrada por Dantès para resolver esse problema? Justifique sua respos-
ta transcrevendo um trecho do texto.
A princípio, Dantès não vê outra solução para seu caso senão a morte. “Não era preferível, como Faria,
partir para esclarecer junto a Deus o enigma da vida, mesmo arriscando-se a atravessar a porta lúgubre dos
sofrimentos?”
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4 Dantès desiste da primeira ideia e pensa em outra solução, aparentemente tão absurda que ele
mesmo se assusta com ela.
5 Discuta com os colegas: A solução encontrada pelo personagem foi antiética? Manifeste sua opi-
nião, justifique o seu ponto de vista e ouça atentamente as opiniões dos demais. Professor: Conduza
o debate, lembrando
Ações praticadas para sair sempre aos alunos o fato de que o
da masmorra: debruçou-se 6 Observe os verbos destacados no trecho transcrito a seguir. encarceramento de Dantès foi injusto.
sobre o saco onde estava Fa-
ria; abriu-o com a faca; retirou
o cadáver do saco; levou-o Sozinho! Voltara a ser sozinho! Voltara a cair no silêncio, a estar diante do nada!
para sua cela; deitou-o em
sua cama; vestiu-o com os
próprios trajes; cobriu-o com Que informações esses verbos dão sobre a vida de Dantès antes de ele ter a companhia de Faria?
sua coberta; beijou a fronte
do morto; voltou a entrar no
túnel; puxou a cama para a Esses verbos informam que, antes de ele conhecer Faria, era solitário, vivia no silêncio, diante do nada.
muralha; entrou na outra cela;
pegou no armário a agulha, a
linha; tirou a roupa; enfiou-se
no saco rasgado; assumiu a 7 A decisão de Edmond repercute em uma sequência de ações que pode ser dividida em dois
postura do cadáver; fechou a
costura por dentro; prendeu a momentos: aquelas praticadas para sair da masmorra e aquelas destinadas a sobreviver ao afo-
respiração; enrijeceu o corpo. gamento. Relacione, em seu caderno, as ações correspondentes a cada momento. Organize as
Ações praticadas para sobre- informações conforme sugere o quadro abaixo.
viver ao afogamento: pren-
deu a respiração; rasgou com
uma faca rapidamente o saco;
pôs o braço para fora, depois Ações praticadas para sair da masmorra Ações praticadas para sobreviver ao afogamento
a cabeça; curvou-se, procu-
rando a corda que amarrava
suas pernas; cortou-a; deu um
vigoroso pontapé na mortalha
que o prendia; subiu livre.
BARBOSA, Jacqueline Peixoto; ROVAI, Célia Fagundes. Gêneros do discurso na escola: rediscutindo princípios e
práticas. São Paulo: FTD, 2012.
O conde de Monte Cristo foi publicado na França, originalmente como folhetim, entre agosto de
1844 e janeiro de 1846. No Brasil, já em 1845, era sucesso no Jornal do Commercio.
Com base no texto que você acabou de ler e em conversas com o professor e com os colegas,
responda:
a) Que aspectos dessa obra estão relacionados aos temas preferidos da imprensa do século XIX? Professor: Discuta o assunto
com a turma e mostre que
Dantès se arrisca enormemen-
Resposta pessoal. te para fugir da prisão. Seu ato
é ousado, espetacular. Além
disso, ele revela que pretende
reencontrar seus carrascos,
o que prenuncia uma trama
de vingança e repleta de mo-
mentos emocionantes. Mostre
aos alunos que todos esses
ingredientes ajudam a criar o
enredo tenso e dramático tão
apreciado pelos leitores do sé-
b) Imagine-se um leitor de folhetins do século XIX. Após a leitura desse fragmento de O conde de culo XIX.
Monte Cristo, você se interessaria por saber o que vai ocorrer com Edmond Dantès? Como ele
se defrontará com seus inimigos?
Resposta pessoal.
Personagem é um ser fictício, ou seja, ele é fruto da imaginação do autor. É a partir das
ações dos personagens que o enredo se desenvolve.
2 Embora Faria não atue no fragmento de história apresentado, pois já se encontra morto, ele é um
personagem. Explique por quê.
Resposta pessoal.
Professor: É importante que os alunos percebam que é justamente a morte de Faria que possibilita a fuga que mudará a vida
de Edmond Dantès. Ou seja: ele, indiretamente, influencia todo o futuro desenrolar da trama.
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mais importantes na narrativa, e os personagens secundários, que desempenham um
papel menor ou menos frequente no enredo, como auxiliares do protagonista ou do
antagonista.
3 Com as informações do boxe anterior, e sabendo que o personagem principal está preso injusta-
mente, responda: Que papel exercem, nessa narrativa, os dois homens que carregam Dantès para
fora da prisão, e o terceiro, que carrega o archote?
Os três homens são personagens secundários, pois são auxiliares do(s) antagonista(s) nesse trecho da
história, ou seja, são carcereiros a serviço do(s) responsável(eis) pela prisão de Dantès.
4 Observando com atenção as características de Edmond Dantès, podemos dizer que ele é o herói
da narrativa?
Professor: Ao optar por continuar vivo e lutar para reconquistar a felicidade, Dantès rompe com sua situação de vítima, assume
riscos e muda a orientação do enredo. Por essas razões, esse personagem não é apenas protagonista, mas herói da narrativa.
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Delícias e angústias.
2 Ainda com base nesse trecho, explique por que o personagem tem sensações tão contraditórias. Professor: Vale discutir o as-
sunto com os alunos, ajudan-
Resposta pessoal. do-os a perceber como o per-
sonagem se sente. É importan-
te eles perceberem que, como
Dantès está preso há muitos
anos, sentir o ar frio da noite
é prazeroso para ele. Ao mes-
mo tempo, a sensação o aflige
3 Substitua as expressões destacadas neste trecho por outras que mantenham o mesmo sentido. porque ele desconhece os pe-
rigos que ainda o esperam.
Imediatamente, Dantès viu-se lançado, sem exagero, num enorme vazio, atraves-
sando os ares como um pássaro ferido, caindo, caindo sem parar, com um terror que
lhe gelava o coração.
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4 Se substituirmos, no trecho acima, os verbos atravessando e caindo por atravessou e caiu, respec-
tivamente, o efeito de sentido permanecerá o mesmo no texto? Justifique sua afirmação.
O sentido muda. As formas verbais atravessando e caindo estão no gerúndio e dão a impressão ao leitor de
que a ação está em processo. O leitor consegue imaginar a descrição da travessia e da queda do corpo em
um momento contínuo, enquanto atravessou e caiu, no pretérito perfeito, revelam ações concluídas, e não
5 Releia o trecho.
(...) debruçou-se em direção ao saco hediondo, abriu-o com a faca que Faria fabrica-
ra, retirou o cadáver do saco (...)
Embora todos os verbos estejam relacionados a ações que ocorreram no passado, um deles refe-
re-se a uma ação que ocorreu antes das demais. Identifique-o.
Fabricara.
Sozinho! Voltara a ser sozinho! Voltara a cair no silêncio, a estar diante do nada!
Sozinho! Sequer a visão, sequer a voz do único ser humano (...)
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Filho de Zeus, o deus dos deuses, e de Dânae (uma mortal), Perseu era corajoso, in-
teligente e muito ambicioso. O rei Polidectes, que governava Esparta, tinha medo de que
Perseu viesse a roubar seu trono e elaborou um plano para se livrar do jovem: propôs um
torneio em que o herói que lhe trouxesse a cabeça de Medusa se tornaria o novo rei de Es-
parta. Como Medusa era tida como invencível, Polidectes apostava que Perseu seria morto.
Mas, em vez disso, o jovem derrotou Medusa e conquistou o direito de assumir o trono.
A cabeça da Medusa
Atena. Deusa da
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justiça e da sabedoria Nada impressionava tanto quanto as vastas cabeleiras compostas de um verdadeiro
na mitologia grega. emaranhado de serpentes. Apesar de as górgonas se manterem adormecidas, os répteis se
Crisaor. Poderoso e agitavam incansáveis. Perseu não conseguia tirar os olhos daquele horripilante espetáculo.
belo gigante, filho de
Medusa e Posêidon.
Adivinhando a apreensão que tomava conta do pupilo, Hermes invocou a presença
de Atena, que, instantaneamente, materializou-se entre eles, envolta por uma refulgente
Elmo. Tipo de
capacete. Perseu auréola de ouro.
recebeu o seu das – Você se acha diante do seu grande momento, Perseu. Nós o ajudamos de todas as ma-
ninfas. Esse elmo
o tornava invisível neiras que nos foram permitidas por Zeus. Agora depende apenas de você tornar-se o herói
diante dos inimigos. que sonhou ou transformar-se numa estátua de pedra que o musgo do tempo recobrirá.
Escudo. Peça de As palavras da deusa soaram terríveis, mas Perseu ouviu sem reações visíveis. Sentia o
armadura antiga que
corpo pesado, os músculos doloridos, aparentemente incapazes de qualquer ação. Seria
protegia o guerreiro
dos golpes de lanças. aquilo o medo?
Proteção. (...)
Hermes. Deus grego
dotado de grande
As górgonas nem sempre foram esses monstros horríveis. No passado, foram moças
inteligência e rapidez. formosas, cercadas de admiração e pretendentes. Num desvario louco, elas se puseram a
Na mitologia, ele é vangloriar-se de sua beleza, pretendendo-se mais belas que as deusas do Olimpo...
mostrado como o
intermediário entre os Perseu conhecia a história, ouvia-a desde criança. Ao tomar conhecimento de tamanha
deuses e os homens. presunção, as divindades lançaram suas fúrias sobre as três irmãs. Trocaram seus cabelos
Górgonas. Mulheres cacheados por cachos de serpentes, substituíram seus dentes alvos por grosseiras presas de
monstruosas, com javalis e, ao final, transformaram braços e pernas em pesadas e disformes garras de bronze.
dentes enormes e
cabelos de serpente, – Mais severo foi o castigo imposto à Medusa... – recordou Hermes. Não satisfeita em
que transformavam desafiar os deuses, a Medusa cometera o mais hediondo dos crimes: entregara-se a Posêi-
em estátuas de
pedra todos os que don, no templo da própria Atena. Por essa ousadia (...) Medusa tornou-se mortal.
olhassem para elas. (...)
– Estou pronto! Eu trarei a cabeça da Medusa!
– É melhor que o faça já, enquanto ela dorme! Não pense em enfrentar as outras górgo-
nas, porque elas são imortais!
Em vista da disposição do jovem, Hermes aconselhou:
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monstros, que soava como roncos serenos. O hálito fétido das horrendas criaturas esquen- Refulgente. Brilhante.
tava-lhe as costas, fazendo-o suar mais do que o devido. No instante decisivo, uma súbita
tentação invadiu-o; por pouco, não se voltou, olhando as monstruosidades de frente.
O gesto teria sido fatal, pois, da posição em que se achava, inevitavelmente teria visto
o rosto da górgona. Decidido a não prolongar a aflição, colocou-se ao lado da Medusa,
procurando a posição ideal para o golpe certeiro.
(...) O monstro remexeu-se, mostrando a face indescritível, no momento exato em que
a lâmina da espada desceu implacável sobre o seu pescoço.
(...)
O golpe fatal desceu fulminante como um raio, não permitin-
do ao monstro um único gemido. O corpo descomunal arriou
da coluna onde se apoiava, esparramando-se no chão. As
serpentes estremeceram e do sangue que jorrava nasce-
ram duas criaturas: Pégaso e Crisaor.
Perseu recolheu o precioso troféu e enfiou-o na
bolsa de prata que recebera das ninfas. Mal havia
guardado a cabeça da Medusa, o Pégaso bateu
Medusa, c. 1596-1598, de
Caravaggio. Óleo sobre tela,
6 cm de diâmetro.
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Medusa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Orientando-o sobre os cuidados que ele deveria ter ao enfrentar as górgonas. Perseu é pupilo de
Hermes.
b) E Atena? Além de encorajar Perseu a cumprir sua missão, que contribuição ela dá ao herói para
que ele tenha sucesso?
Atena dá o seu escudo a Perseu.
c) Que uso ele faz desse objeto ao se aproximar dos monstros? Confirme sua resposta com uma
passagem do texto.
Ele o usa como um espelho retrovisor: “Através do improvisado espelho, podia ver as serpentes
O gesto teria sido fatal, pois, da posição em que se achava, inevitavelmente teria
visto o rosto da górgona.
Professor: Para responder ao a) Que outros comportamentos de Perseu mostram que ele está evitando olhar de frente para as
item b, os alunos devem re- górgonas?
lacionar a atitude de Perseu
descrita no trecho “O gesto te- Caminha de costas em direção a elas e usa o escudo como espelho para observar sua movimentação e
ria sido fatal, pois, da posição
em que se achava, inevitavel-
mente teria visto o rosto da calcular a que distância se encontra delas.
górgona” ao aviso que Atena
lhe dá quando é invocada por
Hermes: “Agora depende ape-
nas de você tornar-se o herói b) Na leitura do texto, conseguimos perceber alguns indícios (“dicas”) do motivo pelo qual o herói
que sonhou ou transformar-se
numa estátua de pedra que o evita ficar frente a frente com as górgonas. Você consegue identificar, no texto, o trecho que
musgo do tempo recobrirá”. traz uma dessas dicas? Sublinhe-o.
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horrendas criaturas (...)”; tátil: “(...) sentiu o calor exalado do corpo do monstro”; visual: “O monstro
invadiu-o (...)”; “(...) fazendo-o suar mais que o devido”; “Decidido a não prolongar a aflição (...)”.
6 Explique por que as expressões “Só mais um pouco”, “passo a passo” e “Mais um passo” são respon-
sáveis também por criar tensão na narrativa.
Essas expressões reforçam o clima de tensão na narrativa porque revelam todo o cuidado que o herói tem
7 Acesse a Enciclopédia UNO Digital e clique em “Religiões e Culturas”. No campo “Selecione o as-
sunto”, escolha “As religiões antigas”. Vá ao sumário e busque a página 28. Leia o primeiro parágrafo
do texto “As características dos deuses”. Considerando o que esse texto afirma, como se explica-
riam as atitudes dos deuses Atena e Hermes? Por que você acha que eles ajudam Perseu?
Resposta pessoal.
9 Em sua opinião, é possível identificar, no mito “A cabeça da Medusa”, o momento histórico a que
os fatos narrados se referem? Por quê?
Professor: Espera-se que os alunos percebam que não é possível, pois os personagens e ações referem-se a
10 O mito que você leu conta que as górgonas, antes de se tornarem monstros horrendos, eram
Professor: Espera-se que os
moças formosas que um dia ousaram proclamar-se mais belas que as deusas. Com base nessa alunos percebam que as di-
história, é possível concluir que, quando desafiados ou contrariados, os deuses são: vindades castigaram as gór-
gonas porque elas ousaram
( ) compreensivos. ( X ) implacáveis. ( ) tolerantes. desafiá-las.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Aceite outras reescritas, des-
de que não comprometam o Mas o que mais encantava era sua generosidade, e mesmo Zeus, o rei dos deuses, a notara.
sentido.
Professor: Como as caracterís- 2. Releia o trecho que você reescreveu. Qual é a importância da caracterização da personagem?
ticas físicas dessa personagem
são exageradas em algumas A caracterização particulariza a personagem e informa seus aspectos físicos e psicológicos.
frases, como “olhos mais bri-
lhantes que um raio de sol”
e “cabelos dourados como o
ouro”, o leitor logo imagina
que se trata de um mortal di- Planejamento
ferente dos demais. E, além de
toda a beleza, uma caracte-
rística psicológica (sua gene- 1. Conheça alguns personagens da mitologia grega. Essas informações poderão ajudar na pesquisa
rosidade) engrandece ainda que você fará a seguir. Os nomes entre parênteses são os correspondentes romanos das divinda-
mais a jovem, o que confirma
a hipótese daquele que lê o des gregas.
fragmento.
Apolo (Febo). Deus da luz. Além de grandes dons artísticos, tinha o dom da predição.
Atena (Minerva). Deusa da guerra e da razão. Nasceu da cabeça de seu pai, Zeus (Júpiter). Por ensinar o
homem a extrair o óleo das azeitonas, seu nome foi dado à cidade de Atenas.
Centauros. Seres com busto de homem e corpo de cavalo. Alguns eram brutos e maus; outros, como Quíron,
bons e sábios.
Cérbero. Cão de três cabeças e mordida venenosa, guardião do mundo inferior.
Ciclopes. Gigantes terríveis, com um olho só no meio da testa.
Hades (Plutão). Irmão de Zeus a quem coube o domínio do mundo inferior, o Tártaro.
Harpias. Seres alados com cabeça e peito de mulher, corpo e garras de aves predadoras; eram agentes da
vingança divina.
Hefesto (Vulcano). Deus do fogo, residia no interior dos vulcões. Manco, feio, mas muito habilidoso, criava
flechas e escudos para os deuses.
Hermes (Mercúrio). Deus dos pastores. Esperto, habilidoso, era o mensageiro dos deuses.
Posêidon (Netuno). Irmão de Zeus, coube-lhe o domínio dos mares. Com um simples movimento de seu
tridente, podia criar tempestades marítimas e ondas monstruosas.
16
Escrita
1. Com base em suas anotações, reconte o mito que pesquisou. Essa reescrita não deve ser a cópia
do texto pesquisado. Você deve contar o mito usando suas próprias palavras.
2. Descreva as características físicas e psicológicas do personagem protagonista. Se ele tiver carac-
terísticas de herói, como Perseu, destaque isso.
3. Descreva o espaço em que vivem os personagens e indique os locais (ou ambientes) onde se
desenrolam as ações.
4. Narre o(s) acontecimento(s) que provoca(m) o conflito. Organize a narrativa em parágrafos. Utili-
ze marcadores temporais para indicar que as ações se sucedem: depois, em seguida, passado um
tempo etc.
5. Caracterize o(s) antagonista(s) e os personagens secundários que auxiliam o protagonista.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
6. Narre, em terceira pessoa, os sentimentos, as ações e as falas dos personagens como se tivesse
presenciado os fatos ocorridos. Se houver diálogos, fique atento à pontuação: use dois-pontos e
travessão para indicar as falas.
7. Narre as reflexões dos personagens.
8. No momento de maior tensão (o clímax), descreva as emoções dos personagens em confronto
(caso haja atos heroicos na narrativa).
9. Elabore o desfecho da história.
10. Normalmente, as narrativas mitológicas são escritas em uma linguagem mais formal. Mas pro-
cure fazer um texto que será facilmente compreendido pelo seu público-alvo, ou seja, pelas
pessoas que você pretende que o leiam. E lembre-se de colocar um título.
Avaliação
3. Mostre seu texto a um colega e peça a ele que dê sugestões para melhorá-lo. Faça o mesmo
com o texto que ele produziu.
Reescrita
Passe o texto a limpo, corrigindo-o de acordo com a revisão que você fez e com as observações do
professor. Se achar necessário, faça também as alterações sugeridas pelo colega.
Organização da antologia
Você e seus colegas devem reunir todos os textos produzidos pela classe e organizar uma antologia,
física ou virtual. Se optarem pela antologia virtual, vocês e o professor poderão organizar um blog da Antologia. Coleção
classe, onde todos os textos serão postados. de trabalhos
agrupados de acordo
Quando o blog estiver alimentado com os textos, façam cartazes, divulgando o endereço do site. Caso com critérios de tema,
a opção seja a antologia em papel, façam uma capa para ela. O professor escreverá a apresentação. autoria ou período.
Depois, ofereçam um exemplar à biblioteca da escola, ou façam cópias para distribuir.
17
semelhanças e diferenças
Leitura de imagem
Leia estas imagens.
PAULO FRIDMAN/SAMBAPHOTO
1
no centro de São Paulo, o
prédio foi projetado por Plínio
Botelho do Amaral.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Prédio projetado por Frank Gehry, arqui-
teto canadense que tem obras espalhadas
pelo mundo todo, conquistou diversos
prêmios ao longo da carreira e é famoso
por suas obras originais e polêmicas.
2
PRISMA BILDAGENTUR AG/ALAMY/GLOW IMAGES
18
o aluno deve se identificar com a construção dessa imagem (Edifício Altino Arantes).
2 A construção retratada na imagem 2 foi planejada pelo arquiteto Frank Gehry. Leia sobre ele no
texto informativo que se segue.
Frank O. Gehry nasceu em Toronto, mas desde 1947 vive em Los Angeles. Estudou
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3 Após a leitura dos dados biográficos do arquiteto, analise novamente as imagens dos dois edifícios
e responda: o que existe de diferente entre eles?
O primeiro edifício é um exemplo de arquitetura tradicional, privilegia linhas retas, simetria e cores
19
Texto 1
Leia a notícia a seguir, publicada no jornal Folha de S.Paulo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Estudo do texto
Compreensão do texto
1 Qual é o objetivo de uma notícia?
( X ) Relatar um fato real e relevante.
( ) Expor uma opinião a respeito de um fato policial.
( ) Denunciar questões sociais.
Questão 2.
Professor: Espera-se que 2 O fato relatado na notícia acima é considerado relevante? Por quê? Troque ideias com os colegas.
os alunos percebam que
o fato é relevante porque 3 O título de uma notícia tem como objetivo anunciar a informação mais importante do texto. Nessa
é incomum, inusitado
e até mesmo absurdo: notícia, o título cumpre esse papel? Troque ideias com os colegas.
um rapaz assalta um veículo
e esquece dentro dele uma
mochila com a carteira e um O primeiro parágrafo das notícias, em que o autor resume as principais informações,
currículo. A polícia o encontra é chamado lide. O lide responde às seguintes perguntas: O quê? Quem? Quando? Onde?
facilmente e o prende, pois o
currículo trazia seu endereço. Como? e Por quê?
Questão 3.
Professor: Espera-se que os Professor: A palavra lide é derivada do inglês lead, que significa liderar.
alunos respondam que sim, 4 Releia o lide da notícia e responda às perguntas.
porque o título resume para
o leitor os fatos principais: o a) Quem? Everton Cleiton.
suspeito é identificado por ter
esquecido o currículo (“suspei-
to esquece currículo”) no veí- b) O quê? Foi preso.
culo em que praticou o crime
(“em van assaltada”) e acaba c) Quando? Em 19 de junho de 2009, pela manhã.
sendo encontrado e detido (“é
preso”).
d) Onde? Em Campo Grande, zona oeste do Rio.
e) Como? O rapaz esqueceu dentro da van uma mochila com sua carteira e currículo, o que permitiu
à polícia localizá-lo e prendê-lo.
f ) Por quê? Porque foi acusado de assaltar, com outros dois homens, 12 passageiros em uma van.
20
1 O jornalista responsável pela notícia não conseguiu depoimento dos jovens acusados, mas para garan-
tir a credibilidade do fato ele cita o depoimento de uma testemunha. Quem dá esse depoimento?
A polícia.
2 Como o jornalista fez para indicar ao leitor que o comentário pertence a outra pessoa?
Ele empregou a expressão “Segundo a polícia” para introduzir o comentário.
3 As declarações de pessoas envolvidas no fato também podem ser escritas no discurso direto,
marcadas por aspas.
a) Esse recurso foi usado na notícia? Não. Professor: Espera-se que os
alunos percebam que os tre-
chos marcados por aspas nes-
b) Qual a função das aspas nessa notícia? Indicar trechos transcritos do currículo do rapaz. sa notícia não reproduzem a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fala de pessoas.
Professor: Auxilie os alunos a
perceber como se organiza a
4 Numere a sequência dos fatos relatados na notícia. sequência dos fatos na notí-
cia com base na estrutura do
( 2 ) Apresenta o fato principal. lide. O “o quê” é o fato princi-
( 3 ) Detalha os fatos. pal, mas no título ele aparece
como a segunda informação,
( 1 ) Apresenta um fato anterior ao fato principal. pois o mais importante nessa
notícia é o “como”.
A notícia é o relato objetivo de um fato real e de interesse público, escrito por um jor-
nalista. Sua finalidade é informar o leitor.
Os fatos na notícia não são relatados em ordem cronológica, ou seja, na ordem em que
ocorreram, mas na ordem de importância.
As notícias costumam ser publicadas em revistas, jornais, sites e blogs.
Leitura de texto
Professor: Comente com os
Texto 2 alunos que essa crônica é um
texto ficcional que expressa
Leia a crônica a seguir, também publicada na Folha de S.Paulo. a visão particular do autor
sobre o fato. Após a leitura,
discuta com eles sobre a res-
A história de um currículo ponsabilidade de cada um por
seus atos, ressaltando que as
Assaltante esquece currículo em van de transporte após assalto e é preso no Rio. Rapaz circunstâncias não isentam
se descreve no documento como “educado, de fácil trato”, e diz ter “facilidade de trabalhar as pessoas de responder por
suas ações.
em equipe”. (Cotidiano, 20 de junho de 2009)
Aos 21 anos, idade simbólica, ele sentiu que tinha chegado a um momento decisivo em
sua vida. Rapaz pobre, de origem humilde, escassa escolaridade, estava diante de duas pos- Cogitação. Reflexão,
sibilidades: ou enveredava pela senda do crime, como tantos de seus amigos da periferia, pensamento,
ou arranjava um emprego decente. Decidiu por essa última, mesmo porque considerava-se imaginação; plano.
pessoa honesta e também porque acumulara certa experiência como ajudante de pintor, ser- Enveredar. Tomar um
caminho.
ralheiro, estoquista. Posições humildes, mas ele sabia de gente que tinha começado por baixo
e que subira na vida. Um posto de gerente de empresa não estava fora de suas cogitações. Senda. Caminho
estreito, vereda.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que tem facilidade de trabalhar em equipe e vontade de crescer profissionalmente. É
por isso que você nos serve. Agora, se você recusar...”. A ameaça era clara e não havia
alternativa. Participou no assalto, que aparentemente teve sucesso. Só aparentemente:
ele esquecera na van uma mochila com o currículo no qual constava o seu endereço. A
polícia não teve a menor dificuldade em achá-lo.
Os outros dois assaltantes estão furiosos com ele. Consideram-no um traidor,
acham que esqueceu a mochila de propósito. Num certo sentido talvez estejam certos.
No fundo, ele queria que lessem o seu currículo, que lhe dessem uma oportunidade.
Pela qual ele pode esperar. Na prisão, e como diz o currículo, ele terá muita disponi-
bilidade de horários.
SCLIAR, Moacyr. A história de um currículo. Folha de S.Paulo, São Paulo, Cotidiano, 22 jun. 2009. Disponível em:
<www.folha.uol.com.br/fsp>. Acesso em: jul. 2013.
Estudo do texto
Compreensão do texto
Qual é a função do trecho abaixo na crônica?
Assaltante esquece currículo em van de transporte após assalto e é preso no Rio. Rapaz
se descreve no documento como “educado, de fácil trato”, e diz ter “facilidade de trabalhar
em equipe”. (Cotidiano, 20 de junho de 2009)
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Mas tinha a quem recorrer: seu antigo professor, um homem generoso que muitas
vezes o ajudara. Foi procurá-lo, e, como de costume, o mestre o auxiliou.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Professor: Chame a atenção 1 O garoto Alexandre Teixeira, 7, foi res- impedindo que ele mergulhasse com o me-
dos alunos para o título da
notícia, que destaca o heroís- gatado de dentro da boca de um crocodi- nino. Eu pulei logo em seguida. Não sabia
mo dos pais, tirando o foco do lo por seus pais, sábado [13/7/1996], no o que fazer e acabei enfiando a mão na boca
“ataque do animal”.
Parque Nacional de Everglades, em Miami do crocodilo. Então, ele soltou meu filho”,
Professor: O trecho sublinha-
do refere-se à atividade 2 da (EUA). A família passeava de bicicleta em conta Maria Odete Teixeira, 35.
página 26. uma trilha do parque, quando Alexandre 4 O animal chegou a morder a mão de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
caiu da sua e foi parar dentro do canal. Maria Odete, provocando ferimentos. “A
2 O animal, de três metros de comprimen- sorte é que ele não tem dentes afiados. O
to, abocanhou o tórax do garoto, de ombro a principal problema é a pressão (das mandí-
ombro, quebrando duas costelas e provocan- bulas), mas não tive nenhuma fratura.”
do um início de hemorragia. Alexandre está se 5 De férias nos Estados Unidos desde 4
recuperando num hospital infantil de Miami. de julho, a família Teixeira já havia en-
3 “Meu marido se jogou no canal e con- frentado o furacão Bertha, na ilha de Saint
seguiu manter a boca do crocodilo aberta, Thomas.
Crocodilo do Parque Nacional de Everglades, local do acidente com o menino Alexandre. Miami, Flórida, Estados Unidos.
24
animal.
9 “A água batia na minha cintura, e não DECIA, Patricia. Pais tiram filho da boca
de crocodilo. Folha de S.Paulo, São Paulo,
havia cerca de proteção. Não tenho a menor Cotidiano, 16 jul. 1996. Disponível em:
ideia se havia outros crocodilos por perto. <www.folha.uol.com.br/fsp>.
Acesso em: jul. 2010.
Na hora, você não pensa nem vê nada, só
em seu filho”, contou a mãe.
10 Alexandre recebeu os primeiros socor-
ros dentro do parque. Cerca de 15 minutos
depois, um helicóptero o transportou para
o hospital.
PHILIP LANGE/SHUTTERSTOCK
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e) Como? Caiu da bicicleta e foi parar dentro do canal onde estavam os crocodilos.
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animal
“(...) De repente, após dez metros de trilha, tudo aconteceu. Não sabíamos que já
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Segundo ela, Clodine foi a primeira a avistar o animal, gritando para o irmão sair
do canal. Alexandre teria escorregado pela segunda vez e foi atacado pelo crocodilo.
a) Por que foram utilizadas aspas no primeiro trecho? Professor: Lembre aos alunos
que a citação de declarações
Para indicar a fala da mãe do menino. de envolvidos (tanto em dis-
curso direto quanto indireto)
b) No segundo trecho, a quem se refere o pronome ela? serve para dar credibilidade
à notícia e manter uma certa
À mãe do menino, Maria Odete. imparcialidade do jornalista.
Produção de notícia
Suponha que você é o repórter do jornal do seu bairro e recebeu a tarefa de escrever uma notícia
sobre um fato ocorrido em sua cidade. Os leitores serão os moradores do bairro, que recebem o jornal
gratuitamente. Para orientar a sua produção, faça a atividade a seguir.
Aquecimento
Planejamento
1. Com seus colegas, pesquisem em jornais ou revistas (impressos ou virtuais) algumas notícias.
Leiam atentamente cada uma delas. Observem especialmente os títulos e lides.
Professor: Vale a pena infor- 2. Ainda em grupo, observem as fotos abaixo: elas são imagens jornalísticas.
mar aos alunos que, em 2010,
estas fotos foram premiadas
pelo World Press Photo, um
MIKE HUTCHINGS/REUTERS/LATINSTOCK
dos principais concursos de
fotojornalismo do mundo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FEISAL OMAR/REUTERS/LATINSTOCK
a) Todas essas fotos retratam fatos que viraram notícia. Discuta com seus colegas que fatos rele-
vantes seriam esses.
Professor: O importante é
que as legendas não descre-
vam as imagens, mas que
b) Escreva uma legenda para cada foto, levando em consideração a informação a seguir.
acrescentem informações ao
leitor. Sugestões: 1a foto: Fra-
tura de maxilar exclui jogador Legendas de notícias são textos curtos que proporcionam ao leitor informações comple-
da Copa do Mundo de 2010;
2a foto: Homem carrega tuba- mentares sobre o que ele está vendo na foto e sobre o fato ocorrido.
rão pelas ruas da Somália.
28
4. Identifiquem os envolvidos no fato e, se possível, colham depoimentos deles para dar credibili-
dade à notícia. As declarações podem ser anotadas ou gravadas.
Resposta pessoal.
Escrita
Escreva a notícia de acordo com as orientações a seguir.
1. No primeiro parágrafo, ou lide, apresente o resumo dos acontecimentos. Não se esqueça de dar
as informações básicas, como:
• f ato que será relatado na notícia;
• local em que se passa o fato;
• quando ocorreu;
• c omo se deu o problema (ou solução);
• p essoas envolvidas no acontecimento.
envolvidas nos fatos etc. Lembre-se de apresentar os fatos de acordo com o grau de importância
de cada um.
Avaliação
1. Avalie a notícia, observando se foram seguidas todas as orientações.
2. Mostre a notícia que você escreveu a um colega da classe e peça a ele que dê sugestões para
melhorar o texto. Faça o mesmo com o texto que ele redigiu.
Reescrita
Passe a notícia a limpo, corrigindo-a de acordo com a revisão que você fez e as observações do
professor. Lembre-se de tornar o texto claro, legível, compreensível e atraente para o leitor. Se achar
necessário, faça também as alterações sugeridas pelo colega.
Apresentação
De acordo com as orientações do professor, escolham as melhores notícias produzidas e
publiquem-nas no site da escola ou as enviem ao jornal da comunidade em que vocês vivem.
29
D3 1 O poeta e escritor português Fernando Pessoa (1888-1935), além de usar o próprio nome, assina-
va seus poemas com outros nomes, os chamados heterônimos. Os mais conhecidos são Álvaro
de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis, para os quais Pessoa chegou a criar estilos e biografias
diferentes, como se eles realmente existissem. Leia um poema do heterônimo Ricardo Reis.
Professor: Este texto será
utilizado também no cader- Para ser grande, sê inteiro: nada
no 3 de Gramática, como
base para a questão 3, cuja Teu exagera ou exclui.
habilidade trabalhada será
estabelecer relações entre Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
partes de um texto, identi-
ficando repetições ou subs- No mínimo que fazes.
tituições que contribuem Assim em cada lago a lua toda
para a continuidade de um
texto. Brilha, porque alta vive.
PESSOA, Fernando. Odes de Ricardo Reis. Em: Obra
poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999. p. 289.
Assinale a alternativa que explica de forma mais adequada o sentido dos adjetivos destacados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) Alto e completo.
b) Nobre e íntegro.
c) Intenso e ileso.
d) Longilíneo e absoluto.
O pavão
E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo
imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na
Esplender. Luzir, pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a
brilhar intensamente.
luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Prisma. Objeto que
tem a propriedade Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com
de decompor a luz o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a
branca.
simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita
e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de
teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
BRAGA, Rubem. O pavão. Em: Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996. p. 120.
30
Está bem, mãe. Vou fazer a sua vontade. Vou escrever a história do que aconteceu aqui
desde a chegada do tio Baltazar. (...) Eu tinha onze anos quando o tio Baltazar chegou da
primeira vez. Estava casado de novo, mas veio sozinho e com fama de muito rico. Relem-
brando aqueles tempos, meu pai me disse que depois de alguns dias aqui tio Baltazar pen-
sou em desistir da Companhia e voltar. Agora eu pergunto de novo: se ele tivesse voltado
naquela ocasião, será que ainda estaria vivo? E se ele não tivesse fundado a Companhia,
será que teríamos passado por tudo o que passamos? Mas perguntar essas coisas agora é o
mesmo que dizer que se o bezerro da vizinha não tivesse morrido ainda estaria vivo. (...)
VEIGA, José J. A chegada. Em: Sombras de reis barbudos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 1-2.
Assinale a alternativa que melhor define e justifica o possível sentimento do narrador ao declarar,
no início do texto: “Está bem, mãe. Vou fazer a sua vontade”.
a) Alegria, pois o narrador se satisfaz ao cumprir o que sua mãe lhe pedira.
b) Conformismo, pois o narrador dá a entender que não lhe era prazeroso escrever o que a mãe
lhe pedira.
c) Orgulho, pois, ao escrever, o narrador pode exercitar suas habilidades de contador de histórias
e, ainda, obedecer à vontade da mãe.
d) Satisfação, pois o narrador pode esclarecer toda a verdade sobre o tio Baltazar e, assim, passar
a limpo um episódio da história de sua família.
Autoavaliação
Reúnam-se em grupos e façam as atividades a seguir.
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REPRODUÇÃO
• Vida e morte da onça-gente, de Joel Rufino dos Santos. São Paulo: Mo-
derna, 2006. (Coleção Veredas.) (Livro digital.)
Essa história é dos tempos do começo do mundo, tempos em que
ainda não havia noite. É também a história da onça-gente, onça aven-
tureira que teve coragem de sair por aí sozinha e ganhar o mundo.
(Também disponível em versão impressa.)
• A ascensão dos Vésper, de Rick Riordan et al. São Paulo: Ática, 2012.
As quatro histórias que compõem A ascensão dos Vésper desvendam a rivali-
dade de cinco séculos entre os irmãos Cahill e os Vésper. Os contos abordam
diferentes períodos da história, do século XVI até a Segunda Guerra Mundial,
servindo de fundo histórico para as peripécias dos aventureiros Cahill, que
REPRODUÇÃO
Para assistir
• A história sem fim, de Wolfgang Petersen. Alemanha/Inglaterra, 1984,
92 min.
Ao começar a ler um misterioso livro, o jovem Bastian é levado a um
mundo de fantasia onde encontra um caracol de corrida, um morcego
planador, um dragão da sorte, elfos, a Imperatriz Menina, o valente guer-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
reiro Atreyu e a pedra ambulante chamada Come-Pedra.
REPRODUÇÃO
• Percy Jackson e o ladrão de raios, de Chris Columbus. EUA, 2010, 118 min.
REPRODUÇÃO
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