Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
https://1drv.ms/u/s!Aj6kOBkyV630khcEvKdfnFl6K5aP?e=hcoacK
______________________
Resumo
____________________________
Apresentação
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3239
http://memoria.bn.br/DocReader/226688/4303
Gazeta da Tarde (Rio de Janeiro, RJ), 12/12/1884, número 289, página 4, primeira
coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/226688/4386
Em seu artigo Três folhetins inéditos de Francisco Correa Vasques, Silvia Cristina
Martins de Souza revela os dados básicos sobre o dramaturgo, ator e escritor.
Três folhetins inéditos de Francisco Correa Vasques, Silvia Cristina Martins de
Souza, Revista Regional de História, volume 24, número 1, 2019.
https://revistas2.uepg.br/index.php/rhr/article/view/13649/209209210974
Indisponível.
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3083
3. 31/10/1883.
Indisponível.
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3107
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3127
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3167
Indisponível.
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3199
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3223
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3239
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3251
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3275
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3299
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3323
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3347
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3367
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3391
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3411
20. 28/2/1884, número 48, sem título.
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3431
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3455
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3479
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3567
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3587
25. 29/5/1884, número 124, A José do Patrocínio (a partir deste número, a coluna
saiu da seção Folhetim na primeira página).
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3728
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3751
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3795
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3887
"O Vasques, o gracioso ator cômico que lhe agradeça a pilhéria, e já que volta a
escrever as suas Cenas Cômicas nesta folha, tome lá um abraço e mande o
coleopterozinho pintar menos, que é mais fácil do que se folhetinista".
Gazeta da Tarde (Rio de Janeiro, RJ), 12/12/1884, número 289, página 1, penúltima
coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/226688/4386
Além desses dois estudos sobre Vasques, Silvia Cristina publicou também Cá estou
outra vez em cena: diálogos políticos nas 'Scenas Comicas' de Francisco Correa
Vasques, em Sæculum – Revista de História, número 12, 30 de junho de 2005.
https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/srh/article/view/11315
A história retrata a situação mais "benevolente" após o estupro: a cria continuava sob
as ordens do dono da fazenda, recebendo às vezes um grau especial de afeto, limitado, é
claro, pela condição de escrava. Outras consequências mais sérias (e mais frequentes)
derivavam do repúdio pelo efeito natural do ato: quando nascida, a criança era enviada
pelo escravagista a uma instituição de caridade ou vendida a outro dono.
Ao introduzir o conto, Vasques explica aos leitores que o título Cenas cômicas não
deve ser interpretado literalmente: "As minhas cenas cômicas tanto podem fazer rir
como chorar". A condução da história é leve, mas a realidade (exposta na parte final) é
bem pesada, apesar do idealismo com que Vasques retrata a relação entre o "senhor" e
seus escravos: "Viúvo há bastantes anos, querido e estimado por um número
considerável de escravos [...]". Há também toques de preconceito: "Era desconfiado
como todos de sua raça", revela, sobre o pajem negro do comendador.
Silvia Cristina desenvolve uma análise acadêmica dessa história em seu trabalho
Escravidão e Liberdade na série de folhetins 'Scenas Comicas' de Francisco Correa
Vasques ('Gazeta da Tarde', Rio de Janeiro, 1883-1884), apresentado em 2019.
https://docplayer.com.br/amp/183605635-Escravidao-e-liberdade-na-serie-de-
folhetins-scenas-comicas-de-francisco-correa-vasques-gazeta-da-tarde-rio-de-
janeiro.html
Nas Cenas Cômicas, Vasques incluiu dois breves poemas de sua autoria, recitados
em espetáculos abolicionistas, e uma história destinada a expor sua opinião sobre a série
A mulher brasileira é escravocrata?, da própria Gazeta da Tarde, na qual escritores e
personalidades respondiam com longos textos.
Povo e artistas pareciam estar combinados para darem boas notas de si, sem faltar no
dó de peito do Sr. Arrighi.
O Dr. Ennes de Souza discutiu com toda a calma e desenvolveu com clareza a sua
tese.
O Dr. José Mariano foi eloquentíssimo no seu pequeno porém brilhante discurso. Se
algumas notas falsas apareceram no meio daquela festa de homens livres, foram os
pobres versos que escrevi e recitei. Publicando-os hoje no meu folhetim, peço ao leitor
que não me denuncie; aceite-os em nome da santa causa que abracei.
AOS ESCRAVOS
Descuidado e soberano
Os filhos da escravidão!
Na Casa de Correção!
Gazeta da Tarde (Rio de Janeiro, RJ), 17/1/1884, número 14, página 1, em Folhetim.
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3299
A Marselhesa e a Jangada.
Envolvidos na mortalha,
A liberdade e a luz,
Caridade e abolição
Acusadores vencidos
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3567
Leocádia, filha de um negociante rico, tinha, por vontade de seu pai, esposado o Sr.
Antunes da Cunha, que ocupava também, no comércio, uma bonita posição.
Leocádia quereria antes ter casado com o primo Henrique, um moço louro e bem-
educado, porém seu pai embirrou com ele por muitas razões, e a maior delas era saber
que Henrique era um abolicionista do coração, enquanto ele, seu tio, professava ideias
verdadeiramente opostas.
Leocádia obedeceu a seu pai, e no dia de seu casamento o Sr. Antunes recebeu das
mãos de seu sogro um avultado dote.
À sua filha ele mimoseou com algumas joias e fez-lhe presente da escrava Joana,
rapariga dos seus dezesseis anos e que havia crescido ao lado de sinhá moça; era este o
tratamento que Joana lhe dava.
Este presente tinha sido feito debaixo de uma condição: fosse qual fosse o motivo,
Leocádia nunca daria a carta de liberdade a Joana.
Ele sabia que sua filha dava muita atenção às palavras entusiásticas do maluco do
sobrinho, como ele o apelidava, e queria cortar-lhe as vazas [dificultar-lhe os planos]...
* *
— Está bom, está bom! — acudiu Leocádia. — Não falemos mais em tal.
* *
Antunes conheceu [soube] um dia que ia ser pai, e daí a meses Leocádia dava à luz a
uma interessante menina. Joana, que também já era mãe e cujo filho morrera no sétimo
dia, foi encarregada de amamentar a filha da sua sinhá moça.
Tudo quanto aquela criatura tinha de meiguices e de afagos reservados para seu filho,
no fundo do coração, reverteu em favor da filha de Antunes, a quem ela prodigalizava
todos os cuidados de uma mãe extremosa [muito dedicada].
A menina já tinha uns dois anos e era linda como os amores, saltava muitas vezes do
colo de Leocádia, a quem ela chamava mamãe branca, para ir dar um beijo na mamãe
preta.
* *
Com a maior naturalidade deste mundo, passados alguns meses, as cenas de
maternidade tornaram-se a reproduzir em casa de Antunes; com a diferença, porém, que
Leocádia perdia o filho no fim de quinze dias e Joanna dava à luz uma menina.
Foi nesta ocasião que Leocádia achou que era oportuno falar a seu marido outra vez
na liberdade de Joana.
— Qual! — respondeu —: as amas de leite estão por muito bom dinheiro, são mais
oitenta mil réis que tu podes ter por mês para os teus alfinetes.
E assim aconteceu.
No dia em que Joana saía para o aluguel, debulhada em lágrimas, a criança era
entregue à parteira para seguir o seu destino.
* *
Henrique continuava a frequentar a casa, e sabendo por sua prima do ocorrido,
reprovou acremente o ato do marido.
Antunes não gostava multo destas visitas e começou a notar grande diferença em
Leocádia; via que ela emagrecia a olhos vistos, estava constantemente distraída.
Quando ele entrava em casa não a via na sala; custava a aparecer-lhe e tinha sempre
uma desculpa frívola para justificar as suas ausências.
Antunes começou a suspeitar que sua mulher o enganava e fez notar a Henrique que
as suas continuadas visitas não lhe eram agradáveis.
Pôs em jogo todos os meios para surpreender sua mulher, mas todos falhavam.
Uma noite, porém, em que ela tinha se deitado mais cedo do que costumava, teve a
prova de que alguma coisa de extraordinário se passava na sua casa.
Antunes percebeu que Leocádia se levantara de mansinho para observar se ele estava
acordado.
Deixou-se, pois, ficar quieto e fez todos os esforços para fingir que se achava
profundamente adormecido.
Viu Leocádia erguer-se do leito, tomar o peignoir, abrir a porta do quarto e seguir
pelo corredor.
Leocádia passou pela cozinha, atravessou um pequeno pátio, entrou num estreito
corredor e bateu levemente em uma porta. Esta abriu-se, e ela entrou, fechando-a por
dentro.
Um raio que lhe caísse aos pés não lhe produziria maior efeito.
Leocádia, sentada no chão ao lado de uma preta velha, amamentava a filha de Joana!
.......................................
. No dia seguinte, quando Antunes e sua mulher acabaram de almoçar, vieram lhes
dizer que os procuravam na sala.
— Aqui está sua escrava, minha senhora — disse ele. — A maneira por que ela
tratou meu filho autoriza-me a vir perguntar-lhe: quanto quer pela sua liberdade?
E saiu.
* *
Ficaram os três na sala.
— Certamente — respondeu Antunes —: não pode ser escrava a mãe cuja filha foi
amamentada por ti.
— Nos meus braços — respondeu Antunes —; a santa aqui és tu! Vem Joana, vem
abraçar tua filha, e de hoje em diante estás livre... podes partir.
E então?
.......................................
Gazeta da Tarde (Rio de Janeiro, RJ), 7/2/1884, número 31, página 1, em Folhetim.
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3367
RITA: UM ROMANCE EM CINCO CAPÍTULOS
ADVERTÊNCIA
No teatro, como ator cômico, sou obrigado a fazer rir, muitas vezes, quando um
sentimento bem diverso ocupa todo o meu ser.
As minhas cenas cômicas tanto podem fazer rir como chorar; tanto podem aborrecer
como deleitar.
Sirva esta explicação para os mais exigentes, aos quais peço, neste momento, toda a
benevolência.
_________________
RITA
Capítulo I
Preparativos
A sala de jantar oferecia um espetáculo soberbo para os que sabem apreciar o que há
de mais fino na arte culinária.
No terreiro tinha-se armado um lindo fogo de artifício, oferecido pelo mestre Inácio,
fogueteiro do lugar.
Desde a porta principal do palacete até ao portão que dava para a estrada, passava-se
por uma abóbada formada de arcos enfeitados com folhas de mangueira e flores. O chão
estava todo atapetado com folhas de canela.
Era desconfiado como todos de sua raça, porém isso não o impedia de ser para com
todos leal e um severo cumpridor das suas obrigações.
Era viúvo também e casara-se com uma linda cabocla, escrava do comendador.
Desse enlace só existia uma filha — Rita ou Ritinha, como todos a chamavam na
fazenda, uma adorável criatura de dezoito anos, travessa e descuidada como um pássaro,
meiga como Iracema, humilde e maliciosa ao mesmo tempo; enfim, um diabrete, uma
verdadeira tentação.
Era afilhada do comendador e tratada na fazenda quase como filha da casa, posição
essa de que ela não abusava, indo muitas vezes fazer companhia a seu pai no meio de
todos os outros escravos. Tocava piano, cantava com gosto e graça, e os autores
franceses não lhe eram estranhos.
— Vamos a isto, meus senhores! Daqui até a estação ainda temos uma boa meia
légua, e o trem não tarda a chegar. Romualdo, monta no alazão que deve trazer o Sr.
Carlos e partamos.
— Partamos! — foi o grito que saiu de todos os lábios, e a cavalgada partiu a todo o
galope.
Capítulo II
A chegada
Um hurra geral acolheu aquela ordem, e os cavalos partiram como relâmpagos, como
se tivessem compreendido a impaciência do comandante.
O mestre-escola fez um esforço: o cavalo em que ia montado deu dois arrancos, e ele
que vinha estudando a primeira parte de seu discurso perdeu os estribos e saiu pela
cabeça do animal, que teve a prudência de estacar, apenas [mal] viu a instrução pública
por terra.
— Tenha paciência, Sr. Soares, a ocasião não é própria, temos pressa de chegar,
guarde isso para mais tarde. — E tal dizendo, continuaram a marcha.
Carlos recebeu um choque elétrico ao contemplar aquela formosa moça, cuja voz lhe
penetrara no íntimo da alma.
— Oh! Pateta, não conheces a Ritinha, a minha afilhada, a filha do nosso velho
Romualdo!
— Que diz, meu pai! Pois esta encantadora criatura é aquela criança que deixei com
seis anos de idade?
— Sem tirar nem pôr. E vê como te arranjas, ela não foi à Europa, mas sabe um
pouco de tudo: toca piano, canta, desenha e fala francês.
Capítulo III
O banquete
O mestre-escola fez uma careta e não teve remédio senão conformar-se com a
situação, seguindo com os outros convivas para a sala de jantar.
Carlos, cego por uma ideia infernal que lhe atravessava o cérebro, sem mesmo ver
que Romualdo estava a dois passos de distância, certo de que não existiam obstáculos
para si, aproximou-se atrevidamente da moça e, tomando-a pela cintura como se fosse
uma cocote de Paris, disse-lhe ao ouvido:
A moça não soube o que havia de responder e ficou imóvel vendo-o caminhar para
junto de seu pai, que já tinha chamado por ele para dar-lhe o lugar de honra.
— Não — respondeu Romualdo —, acho até isso muito natural: que ver os teus
livros, os teus desenhos, enfim, curiosidade de moço viajante que andou por terras
estrangeiras.
— Meu pai tem razão, e eu hei de fazer-lhe a vontade, não acha? Vai em tal também
um pouco de satisfação para minha vaidade.
Durante o tempo em que estiveram à mesa, todos se esforçaram para dar ao moço as
mais vivas demonstrações de júbilo pela sua chegada. O velho comendador estava louco
de prazer; Ritinha fazia as honras da mesa como não o faria melhor uma senhora da alta
sociedade.
Carlos não perdia ensejo para lhe dizer uma ou outra graçola, que ela não ouvia ou,
pelo menos, fingia não dar atenção. Romualdo não os perdia de vista.
O Sr. Soares já tinha tentado pela quarta vez fazer ouvir o seu discurso, porém nada
tinha conseguido.
Uma gargalhada geral acolheu aquela catástrofe, e todos levantaram-se da mesa com
grande desapontamento do infeliz mestre-escola.
Capítulo IV
A rainha do Congo
Enquanto o padre João jogava uma partida de xadrez com o boticário e outros
fumavam, pois o comendador tinha recomendado a mais completa liberdade, este tomou
o braço de seu filho e, acompanhado pela Ritinha, lhe foi mostrar os aposentos que lhe
estavam destinados, aproveitando ao mesmo tempo para lhe fazer ver o resto do
palacete.
Foi nesta ocasião que Ritinha, parando junto a uma escada, disse com toda a
naturalidade:
— Não quer subir, Sr. Carlos? Venha ver o meu quarto de dormir.
Ritinha entrou no seu quarto e abriu uma janela que dava para o campo.
— Vê — continuou ela — esta mangueira cujos ramos entram pela janela? Foi
plantada por minha mãe é o meu talismã. Estes galhos que chegam quase a tocar a
minha cama são como os braços desse ente querido que me abençoa lá de cima e me
protege de qualquer perigo.
Quando chegaram embaixo, dava o padre João o xeque-mate ao rei, o que não foi
muito agradável para o boticário, que se dizia um destro batalhador. O Dr. Anselmo
fumava um havana encostado à janela, ouvindo com toda a paciência, pela terceira vez,
o discurso que o mestre-escola não tinha podido disparar.
* *
Era Romualdo.
Capítulo V e último
A revelação
São pouco mais ou menos duas horas da madrugada, todos dormem na fazenda à
exceção de Carlos, que passeia agitado no seu quarto.
A formosa Ritinha não lhe saía da cabeça, e ele resolvera que ela havia de ser sua
naquela mesma noite.
Quem diabo se poderia opor aos seus desígnios? A filha do escravo devia até
lisonjear-se por ele ter-se lembrado da sua pessoa. Meteu uma caixa de fósforos na
algibeira e saiu com as cautelas precisas para não despertar ninguém.
Chegou com facilidade à escada que dava para os aposentos da moça e subiu
desassombradamente.
Chegado à porta da pequena sala, empurrou-a e verificou que estava apenas fechada
com o trinco. Abriu o seu canivete de mola e meteu a ponta entre a fechadura e a
chapatesta. Ouviu-se um pequeno estalo, e a porta, cedendo, abriu-se vagarosamente.
Entrou, riscou um fósforo e acendeu uma vela que estava sobre a pequena mesa. As
portas do quarto da moça estavam abertas, Rita dormia profundamente, e a fina colcha
de damasco que a cobria desenhava com fidelidade todas as formas de seu corpo gentil
e artisticamente correto. Carlos caminhou para ela. De repente, como se fosse uma
aparição fantástica, um homem surgiu, interpondo-se entre ele e o quarto da moça.
Era Romualdo, que tendo adivinhado os projetos do moço, tinha subido pela
mangueira e, auxiliado pelos galhos que Rita chamava os braços de sua mãe, chegava a
tempo de evitar uma infâmia.
— Silêncio, Sr. Carlos — disse Romualdo em voz baixa —, volte para seu quarto,
que minha filha ignore que o senhor penetrou aqui.
Rita, acordando com aquele barulho, sem saber o que se passava, abriu a janela,
enrolada na sua colcha, e começou a gritar:
Quando o velho comendador entrou no teatro em que se passava esta cena, Carlos já
estava de pé, e caminhando para ele disse-lhe com altivez.
O velho caboclo não respondeu, olhou para a menina, olhou para Carlos e atirou-se
de joelhos aos pés do comendador, confundindo as lágrimas com o sangue que lhe
corria das faces.
Ordenou a Romualdo que se fosse deitar, que acomodasse os outros e que nada
dissesse sobre o que se tinha passado. Depois tomou o filho pelo braço e saíram ambos.
http://memoria.bn.br/docreader/226688/3239