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a ORGAO aes | | | Q P 1.2 Edigdo NOVO IMPOSTO © DCE continua com arbitrariedades, mas dessa vez contou com a boa £6 da universidade. Na fase da __pré- matricula fomos surpreendi- dos por comunicado da Vice Reitoria Comunitéria se gundo 0 qual seria cobrado daqueles alunos que se abs- tivessem de responder ao formulério uma cota de 0,90 centavos de cada aluno da graduagao, Por que seré que a ges- 140 PUC 2000 do DCE nao propés 0 contrério: que aqueles que desejassem contribuir se manifestassem. Noventa centavos de cada um dos 12000 alunos sfo R$ 10800,00 por més para uma gestio que nao respeita principios como 0 da impessoalidade na admi- nistragao da coisa pablica Outra pergunta, sera que 0 DCE respeitaria 0 "princfpio federativo” ¢ re- passaria metade do mon- tante arrecadado para os centros académicos. Ou ele se julgam os tinicos com projetos importantes para a universidade? suas Pensem a respeito. ILOTIS ‘Ano VII, n.°4, Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1999, ONOyaor Entrevista com 0 professor Sérgio Bermudes: "Direito requer muita hora-bunda!" FRASES SOLTAS ~ Esses Uruguaios so muitoi arrogantes (Galvio Bueno). = Minha perereca no mostro nem por U$ 1 milhdo (Luana Pio- vani). - Presidente FHC recebe Seleco no Palcio e diz: "Eles mostra- ram 0 que € 0 Brasil”. - A ANATEL diz que os telefones jé esto funcionando. - Al6? Como? Isso nao é com a gente, é com a Embratel (Na Telefonica). - No somos nés isso é com a TelefSnica (Na Embratel). - 0 ACM pode mandar no FH, 0 que quer dizer que ele s6 manda naquela parte do Brasil que pensa que quem manda é 0 FH (Luis Fernando Verissimo, na Bundas). = ACM. candidato a Pai dos Pobres (Correio Brasiliense). | ASSEMBLEIA DOS ALUNOS DE DIREITO Foram realizadas no final de ju- nho duas reunides entre os alu- nos do departamento € 0 coorde- nador Gustavo Senechal. Nas reunides os alunos levaram di- versas reclamagies ¢ sugesties a0 conhecimento da dirego do curso. Algumas providéncias j4 foram tomadas. O PILOTIS espera que esta ini ciativa dos alunos continue ge- rando bons frutos. (Segue) Articulistas Sali p.6 e Leitdo p.8 Editorial p.3 Machado de Assis p2 Coluna P.Bala e Netinho, p.7 Humor Piadas e Non Sequitur po Coeréneia nas informagdes Jornalismo marrom e ir- responsivel p.12 Estes séio os telefones do Departamento de direito. Através deles podem ser contatados os coordenado- res dos cursos diumo e noturno. Eles sdo as pes- soas indicadas para resol- verem os problemas relaci- onados a graduagéio. Nao se acanhem, se a solucdo nao aparecer voltem a pro- curd-los pessoalmente, eles esto ld para isso. Nos ou- vir @ procurar as solugdes reais que tendam a melho- rar a qualidade do nosso curso. Fones do departamento de Direito 5299217 5299218 5299387 Marcelo Cictola, Dante Braz Limongi, Firly Nascimento Silva Gustavo Senechal de Go- dofredo OPILOTIS € seu, participe, cri- tique, participe, elo- gie. Estamos espe- rando sua matéria, suas idéias seus projetos. Contate-nos pessoalmente ou através do correio eletrénico listado no espediante. Vamos fazer esta universi- dade. | Analfabetismo. Gosto dos algarismos, porque no so de meias medidas nem de metéforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, as vezes um nome feio, mas ndo havendo outro, nio © escolhem. So sinceros, cos, ingénuos. As letras fizeram- se para as frase, o algarismo ni tem frases nem ret6rica. Assim, por exemplo, um ho- mem, 0 leitor ou eu querendo falar do nosso pais, dird: - Quando uma Constituigao vre pos nas mios de um povo forga € que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas A soberania nacional re nas CAmaras: as Cimaras so a reptesentagdo nacional a opniao piiblica deste pais € © magistrado limo, 0 supremo tribunal dos homens e das coisas. Peco a na- 0 que decida entre mim ¢ o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; cla possui nas mios o direito su- perior a todos os direitos A isto responderé o algarismo com a maior simplicidade: = A nagio nao sabe ler. Hi s6 30% dos individuos residentes neste pais que sabem ler; desses uns 9% no Iéem letra de mao. 10% jazem uma profunda igno- rancia, Nao saber ler € ignorar 0 Sr. Meireles Queles: € nao saber 0 gue cle vale, € o que ele pensa, 0 que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadaos votam do mesmo modo que respiram: sem saber porque nem 0 que? Votam como vio a festa da Penha - por divertimento. A Constituigo & para cles uma coisa inteiramente desconhecida. Esto prontos para tudo: uma revolugao ou um golpe de Estado. Replico eu. - Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituigdes. As instituigdes existem mas 0 PILOTIS Editores: Charles Alexandre Caio Santos Abreu L. Pinto Articulistas: Garlos Augusto L. J. Siqueira Daniel Leitéo Colunistas: Guilherme Brechbuhier Paulo Rodrigo Pazo e-mail: opilotis@ uol.com.br csabreu@uol.com.br calexp@ ruralrj.com.br As opini6es expressas nas matérias assinadas so de responsabilidade de seus respectivos autores e ndo necessariamente —_ repre- sentam a opinido de O PILOTIS, Tiragem: 1000 exemplares. por © para 30% dos cidadios. Proponho uma reforma no estilo politico, Nao se deve dizer representantes da nagdo, os poderes da nagio"; - mas “con- sultar os 30%, representante dios 30%, poderes dos 30%". A opinigo pablica é uma metéfo- ra sem base: ha s6 a opiniao dos 30%. Um deputado que disser na Camara "Sr. Presi- dente, falo deste modo porque 08 30% que nos ouvem...” diré uma coisa extremamente sen- sata, E cu nfo sei que se possa dizer 20 algarismo, se ele falar desse modo, porque nés nao temos bases seguras para nossos dis- cursos, ¢ eles tem o recensea- mento. Machado de Assis 15 de agosto de 1876 ‘consultar a naglo , os QO Facho DO SEU ManueL Seu Manuel era portugués e tinha um agougue. Acordava cedo e trabalhava duro e foi assim que educou os filhos @ conseguiu até que Joa- quim, o Joca, se formasse em economia na PUC e fi- zesse mestrado em Har- vard. Nem no dia da chega- da do Joca dos Estados Unidos, onde ganhara nota altissima com sua tese de mestrado "Viés restritivo di- agonal e viés distensivo ho- rizontal nas economias emergentes", o seu Manuel deixou de trabalhar. Tanto que depois da recepgao no aeroporto o Joca foi direto para o acougue abragar o pai, nem se importando com © avental sujo de sangue contra o seu Armani. Ficou contando do sucesso da sua tese para o seu Manuel en- quanto este continuava a servir a freguesia, pois era um dia movimentado no agougue. Foi quando Joca viu, horrorizado, que, toda vez que colocava a carne na balanga, seu Manuel fingia distragéo e pressionava o prato da balanga com seu facdo aumentando peso. Nao quis fazer uma cena na frente dos fregueses mas assim que péde protestou. Que imoralidade era aque- la? O pai nao via que aquilo era desonesto? E, mesmo, 0 | aumento no peso era téo pequeno que nao compen- sava 0 risco de um fregués descobrir e fazer um escdn- dalo. O pai nao tinha vergo- nha? - O desgragado, estas a ca- gare no prato em que comes - ponderou seu Manuel. E explicou que eram aquela pequena pressao do facdo e aquele pequeno aumento no peso, repetidos varias vezes ao dia, durante anos, que tinham pago os estudos do Joca, inclusive o mestrado em Harvard e o Armani. Ou, continuou seu Manuel (em outras palavras, 6 claro), ele acreditava que cobrando pregos justos, contentando- se com lucros honestos e, acima de tudo, tendo vergo- nha, o Brasil teria produzido a elite que produzira, inclu- sive economistas to bons e to elegantes para Ihe dizer © que fazer? O Joca podia escolher entre trabalhar no agougue ou no Governo. Seria rico e feliz, desde que nunca mais questionasse o facdo. Joca, apesar de ficticio, hoje 6 funciondrio do Banco Central, onde sempre justifi- ca algum episédio de ce- gueira conveniente ou moral relativa lembrando a pres- s&io do facdo do seu Manuel no prato da balanga. Ele chama a pressao do facéo do seu Manuel de Viés Contextualizante Perpendi- cular. Luis Fernado Verissimo 'O Gloho 12/03/99 Gditorial Neste inicio do se- gundo semestre gostaria- mos de agradecer a todos aqueles que nos apoiaram e, principalmente, ao pu- blico pela excelente re- ceptividade. Pedimos des- culpas pela falta de exem- plares. Esse 6 um proble- ma dificil de se solucionar, pois o jomal jé esta cru- zando as divisas interes- taduais, além da ja tradi- cional divulgagéo em ou- tras faculdades do Rio de Janeiro. Estamos tentando novos _patrocinadores, mas os tempos andam duros. Por isso, depois de ler passe seu Pilotis para frente. Para os novos alunos da faculdade os nossos mais calorosos cumpri- mentos. Saibam que esse € 0 seu espaco para di- vulgar idéias, protestar e se informar e nao esque- gam nunca que mais que um simples curso de Di- reito, aqui temos a oportu- nidade de aprender a usar as ferramentas corretas para transformar a JUS- TIGA em DIREITO, nosso esforgo é fundamental. Para vocés temos especi- almente os sabios conse- hos do Prof. Sérgio Ber- mudes (na entrevista), que alids séo muito uteis para todos nés, novos ou anti- gos alunos. Tenham a PUC por sua casa, alids, lembrem- se das palavras do grande professor Marcelo Trin- dade: “Isso aqui é 0 para- iso!" Sejamos todos bem- vindos ao lar.

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