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Emater e Embrapa apresentam soluções para resistência de plantas

daninhas a herbicidas (25/11/2004)

A Emater-PR e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estão orientando os produtores,
que visitam o Show Rural Coopavel 2004, a evitar perdas de produtividade, em função
da resistência de plantas daninhas a determinados grupos de herbicidas.

Na Casa da Embrapa, os visitantes podem conhecer, na prática, como ocorre a


infestação de plantas daninhas não-controladas de um ano para o outro. É que uma
única planta daninha não controlada pode tornar-se uma grande reboleira em 3 ou 4
anos e infestar a área inteira entre 5 e 7 anos.

A monocultura e a utilização do mesmo herbicida (princípio ativo) são as grandes


causas da resistência de plantas daninhas. "Se o produtor permitir o alto nível de
infestação, fica difícil o controle. Nossa orientação é para que ele faça a rotação de
culturas e também intercale o uso de herbicidas de mecanismos de ação diferenciados",
explica o agrônomo Fernando Adegas, do convênio Emater-PR/Embrapa Soja.

Adegas também orienta os produtores a fazerem o teste de resistência, reservando três


pequenas áreas na propriedade. Em uma das áreas, o produtor deve usar a dose
recomendada, em outra, aplicar duas vezes o herbicida e, na terceira, usar quatro vezes a
dose recomendada pela pesquisa. "Com isso, o produtor consegue identificar se as
plantas daninhas estão resistentes ao herbicida, mostrando o momento de substituir o
produto utilizado".

Soja Transgênica - De acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Ciências


de Plantas de Daninhas, já foram identificadas cerca de 10 plantas daninhas resistentes a
herbicidas no Brasil. Um comitê internacional também identificou quatro plantas
daninhas resistentes ao glifosato em áreas de cultivo de soja transgênica. "Portanto, essa
orientação que estamos apresentando no Show Rural para soja convencional serve
também para áreas de cultivo transgênico. É preciso evitar a monocultura e alternar o
uso de herbicidas", afirma.

Fonte Embrapa.

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