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E B 2/3 D.

Martinho de Castelo Branco

Trabalho realizado por: Ana Silva nº1 e Pedro Catarino


nº27 8ºD
Disciplina: Área de projecto
Professor: Filipe Fernandes
Ano Lectivo
2
008/2009
Introdução ……………. ……………………………
…. 2
D. Inês de Castro e o seu romance com D.
Pedro….4 e 5
A Rainha póstuma…………………………………
….6
O assassinato de D. Inês………………………
…….7
Camões reforça a fala de D. Inês……………
…….8
António prossegue o discurso de D.
Inês………….9
Conclusão……………………………………………
10
Bibliografia…………………………………………
11
Este trabalho foi pedido, pelo professor de Área de
Projecto (Filipe Fernandes). Com o objectivo de
aprofundar os nossos conhecimentos sobre a Rainha D.
Inês de Castro, nele vamos falar sobre a sua vida íntima
(Biografia).
Inês de Castro era filha natural de Pedro Fernandes de
Castro, mordomo-mor do rei Afonso XI de Castela, e de uma
Dama Portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu
pai, neto por via ilegítima de Sancho IV de Castela, era um
dos fidalgos mais poderosos do reino de Castela.

Em 1339 teve lugar o casamento do


príncipe Pedro, herdeiro do trono Português
com Constança Manuel, filha de João Manuel
de Castela, príncipe de Vilhena e Escalona,
duque de Penafiel, tutor de Afonso XI de
Castela, «poderoso e esforçado magnate de
Castela», e neto do rei Fernando III d Castela.
Mas seria uma das aias de Constança, D. Inês
de Castro, por quem D. Pedro viria a
apaixonar-se. Este romance começou a ser comentado e
mal aceite na corte e pelo próprio povo.

D. Pedro I de Portugal, cognominado o Cruel, o Cru, o


Vingativo e o Justiceiro devido à sua actuação contra os
assassinos de D. Inês
Sob o pretexto da moralidade, Rei D. Afonso IV não
aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia
com João Manuel de Castela, mas também devido à
amizade íntima de D. Pedro com os irmãos de D. Inês –
Fernando de Castro e Álvaro Pirez de Castro. Sentindo-se
ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte
portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar
esta influência do seu herdeiro. Assim, em 1344 o rei
mandou exilar Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira
Castelhana. No entanto, a distância não teria apagado o
amor entre Pedro e Inês que, segundo a lenda, continuavam
a corresponder-se com frequência.

Em Outubro do ano seguinte, Constança morreu ao dar


à luz o futuro rei Fernando I de Portugal. Viúvo, Pedro
mandou Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos
em sua casa, o que provocou grande escândalo na corte,
para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então
uma desavença entre o rei e o infante.

D. Afonso IV tentou remediar a situação casando


novamente o seu filho com uma dama de sangue real. Mas
Pedro rejeitou este projecto, alegando que sentia ainda
muito a perda de sua mulher Constança e que não
conseguia ainda pensar em novo casamento. No entanto,
fruto dos seus amores, Inês foi tendo filhos de D. Pedro:
Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João
em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento
deste veio agudizar a situação: Durante o reinado de D.
Dinis, D. Afonso IV sentira-se em risco de ser preterido na
sucessão ao trono devido aos filhos bastardos do seu pai.
Agora circulavam boatos de que os Castros conspiravam
para assassinar o infante D. Fernando, herdeiro de D. Pedro,
para o trono português passar para os filhos de Inês de
Castro.

Entretanto, o reino de Castela encontrava-se em grave


agitação com a morte de Afonso XI e a impopularidade do
reinado de D. Pedro I de Castela, cognominado o Cruel. Os
irmãos de Inês sugeriram a Pedro que juntasse os reinos de
Leão e Castela a Portugal, uma vez que o príncipe
português era, por sua mãe, neto de D. Sancho IV de
Castela. Em 1354 convenceram-no a pôr-se à frente da
conjuração, na qual Pedro se proclamou pretendente às
coroas castelhana e leonesa. Foi novamente a intervenção
enérgica de Afonso IV de Portugal que evitou que tal
sucedesse. O rei mantinha uma linha de neutralidade,
abstendo-se de intervir na política de outras nações, o que
lhe permitia paz e respeito com os reinos vizinhos.

Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal em 1357. Em


Junho de 1360 fez a declaração de Cantanhede, legitimando
os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com
Inês, em 1354, «em dia que não se
lembrava». As palavras do rei e do seu
capelão foram as únicas provas desse
casamento.

De seguida perseguiu os
assassinos de Inês, que tinham fugido
para o reino de Castela. Pêro Coelho e
Álvaro Gonçalves foram apanhados e
executados (segundo a lenda, o rei mandou arrancar o
coração de um pelo peito e o do outro pelas costas,
assistindo à execução enquanto se banqueteava). Diogo
Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e
posteriormente seria perdoado pelo rei no seu leito de
morte.

A tétrica cerimónia da coroação e do beija mão à


rainha morta, que D. Pedro teria imposto à sua corte e
tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário
popular, terá provavelmente sido inserida nas narrativas do
final do século XVI, depois da popularização do episódio dos
Lusíadas. D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos
túmulos de D. Pedro I e d Inês de Castro no mosteiro de
Alcobaça, para onde transladou o corpo da sua amada Inês.
Juntar-se-ia a ela em 1367 e os restos de ambos jazem
juntos até hoje, frente a frente, para que, segundo a lenda
«possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do
juízo final».

Depois de alguns anos


no norte de Portugal, Pedro e Inês
tinham regressado a Coimbra e se
instalado no Paço de Santa Clara.
Mandado construir pela avó de Pedro,
a Rainha Santa Isabel, foi neste paço
que esta rainha vivera os últimos
anos, deixando expresso o desejo
que se tornasse na habitação
exclusiva de reis e príncipes seus
descendentes, com as suas esposas legítimas.

Haviam boatos de que o príncipe tinha se casado


secretamente com Inês. Na família real, um incidente deste
tipo assumia graves implicações políticas. O rei D. Afonso IV
decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega.
Na tentativa de saber a verdade, o rei ordenou dois
conselheiros seus dizerem a Pedro que ele podia se casar
livremente com Inês se assim o pretendesse. D. Pedro
percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que
não pensava casar-se com Inês.

A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos


seus conselheiros e do povo e, aproveitando a ausência de
Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro
Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem Inês de
Castro em Santa Clara. Segundo a lenda, as lágrimas
derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam
criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e
algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu
sangue derramado.

A morte de Inês provocou a revolta de D. Pedro contra


D. Afonso IV. Após meses de conflito, a rainha D. Beatriz
conseguiu intervir para selar uma paz em Agosto de 1355.

Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito


(Se de humano é matar uma donzela,
Fraca e sem força, só por ter sujeito
O coração a quem soube vencê-la),
A estas criancinhas tem respeito,
Pois o não tens à morte escura dela;
Mova-te a piedade sua e minha,
Pois te não move a culpa que não tinha.
Não cuidava, Senhor, que t’ofendia.
Defenderas-mo tu, e obedecera,
Inda que o grand’amor nunca se força.
Igualmente foi sempre entre nós ambos;
Igualmente trocamos nossas almas.
Esta que ora te fala, é de teu filho.
Em mi matas a ele, ele pede
Vida par’estes filhos concebidos
Em tanto amor. Não vês como parecem
Aquele filho teu? Senhor meu, matas
Todos, a mim matando; todos morrem.
(...) ai meus filhos,
Chorai, pedi justiça aos altos Céus,
Pedi misericórdia a vosso avô
Contra vós tal cruel, meus inocentes.
Ficareis cá sem mim, sem vosso pai,
Que não poderá ver-vos sem me ver.
Abraçai-me, meus filhos, abraçai-me,
Despedi-vos dos peitos que mamastes.
(...)
Com o presente trabalho, aprendemos várias
coisas sobre D. Inês de Castro, romance com D. Pedro,
o seu assassinato …e muitas mais coisas !!
Neste trabalho fomos pesquisar a vários sites da Internet, como:

-http://www.vidaslusofonas.pt/inesdecastro.htm
-Wikipédia

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