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Morre-se de tanta coisa Quanto a mim morro-me de ausncia morro-me com todo este cu a cair-me por entre os dedos;

pedacinhos de memria pendurados morro-me tambm...da melancolia quando tu, sem eu saber porqu, nem te aproximas nem acenas ah sim, tambm se morre de silncio Victor Oliveira Mateus
Morre-se de tanta coisa nessa vida que no chegariam mil vidas para se morrer de tudo Morre-se de esquecimento de angstia de dor de saudade de amor Morre-se de espanto morre-se de silncio morre-se num canto sem ningum se aperceber morre-se na rua com todos a ver E morre-se aos poucos! todos os dias um pouco mais quando queremos agarrar as gotas daquilo que j passou quando pretendemos segurar entre mos o pouco cu que j foi nosso Chamam-se loucos as pessoas que assim morrem ou pacientes (sei l) Porque exige coragem para se morrer assim como se todos os dias arrancassem um pouco gente Como se todos os dias tu viesses p ante p, silente e me arrancasses um pedao de mim!

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