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ILUMINA A GUERRA
Michael J Gething
Com o advento dos tubos Ger 3 em meados dos anos 1980, o Exército dos
Estados Unidos iniciou a aquisição de tubos e sensores da série Omnibus (Omni),
que geraram grandes volumes de produção. De fato, tal foi o ritmo de
desenvolvimento de materiais e técnicas de fabricação que os tubos Ger 3
manufaturados hoje têm duas vezes a eficiência dos tubos originais como também
são significativamente mais baratos para produzir. Em meados dos anos 1980, um
OVN AN/PVS-7 tinha um alcance de aproximadamente 50 m (contra um alvo de
um homem parado) e custava cerca de U$ 6.000,00. O mesmo produto, comprado
em 1998 tinha o alcance aumentado para 160 m e custava menos do que U$
3.000,00.
Essa foi a primeira vez, desde o princípio (1985) das aquisições dos
Omnibus e ao longo de muitos anos, que ITT não tinha assegurado a maior
participação em uma concorrência de dispositivos de visão noturna. Foi uma
situação pouco familiar para uma companhia que tinha recebido, até aqui, a ação
majoritária nos contratos de equipamentos de visão noturna Ger 3 nos Estados
Unidos. O desenvolvimento de um tubo filmless e de longa duração comprovou
ser um desafio intimidante, a medida em que buscava maneiras de reduzir o
número de íons nocivos ao tubo e desenvolver um fotocatodo que fosse resistente
aos danos dos íons. O caminho da Litton foi usar um “vidro” de alta performance
para a sua placa de microcanais (MCP) que reduziu a emissão de gases
desgarrados (espécie de veneno) absorvidos pela superfície e adotando uma
política de super limpeza de todos os componentes durante a manufatura.
Adicionalmente, o revestimento do fotocatodo foi modificado do óxido de césio
para o óxido de césio fluoretado (mais resistente aos gases) e a adoção de um
fotocatodo “de passagem” (gating), reduziram ainda mais tais emissões.
Outra exigência para os tubos filmless Omni V foi a adição de uma fonte de
energia tipo “gated”, para controlar o efeito florescente, causado pela incidência
de luzes brilhantes ou iluminação do cenário. Essa tecnologia controla a
passagem de energia, ligando e desligando o fotocatodo em altas velocidades,
reduzindo o fluxo de entrada de níveis de luz excessivamente altos. A passagem
automática, denominada “autogating”, ajuda a reduzir o efeito da alta
luminosidade, estendendo a utilização dinâmica dos OVNs em faixas como o
alvorecer e crepúsculo. A Northrop Grumman a partir de então passava a oferecer
tubos filmless, com autogating e redução de halo, em conjunto ou em
combinações especificadas.
Novos marcos
Por isso, não foi nenhuma surpresa, quando em julho de 2004, foi
concedida a ITT Night Vision, dois contratos que cobriam a fusão de sensores e
intensificação de imagem eletrônica (EI2). O último elemento deste contrato foi
discutido depois dentro dessa característica. O outro, do PEO, foi para 75
sistemas ENVG (agora designado AN/PSQ-20 e conhecido como o ENVG Ótico)
para um posterior teste operacional. O protótipo ENVG da ITT/Raytheon, que
oticamente combina uma imagem I2 (provendo clara identificação do alvo) com
uma superposição da última geração de imagem termal (IR) (provendo detecção
melhorada do objetivo), permitindo melhor mobilidade e consciência situacional.
Desenvolvimento de ENVG
Inserção de dados
Lucie
Simrad GN
O OVN de baixo peso BIM4 é o último lançamento de dispositivos pessoais
de intensificação de imagem da Vectronix. Com o desenvolvimento concluído, o
BIM4 está na produção pré-série e é sabido que está sendo testado na Noruega e
Suécia. Ele pode acomodar uma variedade de tubos intensificadores de 18 mm
,Ger 2 plus, XR-5 e Ger 3 (com controle automático de brilho e projeção de ponto
brilhante), inclusive os últimos tipos de autogated.
BIM4
O evidente é que nos EUA a fusão de imagem digital está bem abaixo do
nível de desenvolvimento esperado e com a Europa se movendo para equiparar-
se. Obviamente, a aparência física dos OVNs vai se modificar sutilmente, bem
como a tecnologia quando a utilização total da digitalização completar a sua
migração dos laboratórios para os soldados no campo de batalha.
Nos anos 60, com o envolvimento dos Estados Unidos no Vietnam viu-se a
introdução do 'starlight scope', que usou três tubos intensificadores de imagem (II)
unidos em série. O tubo I2 usa um fotocatodo tri-alcalino como sua superfície de
entrada e é um sensor passivo (não transmite). Ele absorve a energia luminosa
(fótons) e, em troca, lança a energia elétrica (elétrons) na forma de uma imagem.
Esses 'primeira geração' (Ger1) foram sistemas pesados e grandes, proveram
uma imagem clara no centro, mas distorcida nas bordas.
Tradução e adaptação
Texto original:
New generation of night-vision goggles illuminates warfare
Michael J Gething