Outra pérola do Governo de José Sócrates é o novo estatuto do aluno, afirmando Daniel Sampaio relativamente ao mesmo:
"o estatuto tem de estar morto, nunca apenas suspenso"
Digo o mesmo relativamente ao ECD!.
O fim do estatuto
Daniel Sampaio
Crónica Porque Sim
Pública, 2 de Março de 2008
Outra pérola do Governo de José Sócrates é o novo estatuto do aluno, afirmando Daniel Sampaio relativamente ao mesmo:
"o estatuto tem de estar morto, nunca apenas suspenso"
Digo o mesmo relativamente ao ECD!.
O fim do estatuto
Daniel Sampaio
Crónica Porque Sim
Pública, 2 de Março de 2008
Outra pérola do Governo de José Sócrates é o novo estatuto do aluno, afirmando Daniel Sampaio relativamente ao mesmo:
"o estatuto tem de estar morto, nunca apenas suspenso"
Digo o mesmo relativamente ao ECD!.
O fim do estatuto
Daniel Sampaio
Crónica Porque Sim
Pública, 2 de Março de 2008
O fim do estatuto
Daniel Sampaio
Ministério da Educago (ME) tomoua
decisio de suspender a aplicagio do Estatuto do Alun
até a0 proximo ano lectivo (circular para as escolas em
21/2). Com esta decisao matou uma das suas obras mais
recentes, na tentativa de acalmar a contestacao crescente
‘emtodas as escolas.
‘Tenho denunciado nestas cronicas a amentavel
bburocracia a que o ME tem obrigado os professores: a
avaliagio dos docentes, o decreto sobre as necessidades
educativas especiais eas faltas dos estudantes fazem
com que se consumam horas de trabalho, que deveriam
ser utiizadas a falar com os alunos ou na definico
de estratégias pedag6gicas.E para qué? Uma tinica
cexplicagéo ganha forma: 0 ME ndo fala verdade quando
defende a autonomia e deixa, a cada dia que passa, aideia
de que tudo quer controlar por vialegslativa.
(0 Estatuto do Aluno é um documento errado no seu
contetido, impossivel de aplicar na praticae potenciador
de contlitos entre pais, alunos e professores, Foi
suspenso, mas jcausou danos. Vejamos porqué.
1) Nao faz distinedo entre falas justificadas e
{njustificadas, a0 contrario do que sempre aconteceu.
Desta forma, o ME trata da mesma forma oaluno
ue faltou por doenca eaquelea quem nio apetecet
‘comparecer na escola
2) 0 aluno teré de realizar uma “prova de recuperagdo”
‘quando exceder o limite de faltas. Se um aluno esteve
internado num hospital, por exemplo, quando vier fazer a
“prova” correrd orisco de nio ter sucesso, dado que nio
assistiu as aulas respectivas; se efectivamente abandonou
escola, para que serve a “prova"? Por que razio sealtera
«apratica de ser 0 Conselho de Turma a decidir, tendo em
‘conta todas as circunstancias?
3) Para.arealizagio da “prova de recuperagao”, 0
Director de Turma (DT) terd de avisar com urgéncia 0
professor respectivo, para que este elabore a tal “prova”;
depois, deverd dar conhecimento ao Encarregado
‘de Educa¢o. Com 16 disciplinas no 8.° ano (por ex.)
eadiversidade de horarios existente, agora coma
obrigatoriedade urgente do controlo das faltas, depressa
se compreende comoas importantes fungées do DT
ficam prejudicadas, pols ndo Ihe sobrari tempo para falar
com os alunos ou os pais em questOes decisivas, como 0
aproveitamento e os problemas pessoais dos mais novos.
Este ME acaba de reduzir o DT a um burocratal
(66 + 2 Margo 2008 + Pablica
4) Sabendo toda a gente como existem tantos alunos
«faltar (Sobretudo em zonas problematicas), nio se
ppercebe a viabilidade de realizaco de tantas provas
«de recuperagao, pois como poderia ser encontrado
um hordrio compativel para docentes e discentes? Por
que Fazio nao se utiliza apenas bom senso, solcitando
‘40 professor um trabalho adicional, a combinar
entre sie 0 aluno faltoso, como ¢ habitual em tantos
estabelecimentos de ensino? 0 queo ME prope
‘com tanta “prova” leva ao que varias escolas me tém
confidenciado: a tnica solucdo serd uma época “especial
de avaliagéo para as ditas “provas"!
'5) Noque diz respeito a “medidas disciplinares
sancionatrias”, o ponto 4 do Art. 27° dizser preciso
‘ouvir os alunos em “autos”. Para além da desagradavel
expressio (a lembrar 0s arguidos dos tribunals), a medic
tem levado agrande consumo de horas em escolas
problematicas, em vez de se ter reforcado a actua¢a0.
imediata do professor ou da Direceao Executiva.
‘6) Lendo com atengao o Estatuto, deduz:se que a sua
reocuparéo se prende com a redugao estatistica do
abandono escolar, ignorando todas as outras vertentes
do problema, j queo texto do ME€
‘omisso em medidas que visem as
‘melhorias das aprendizagens.
7)0 diploma em causa foi
suspenso um més depois da
sua entrada em vigor. Nao
houve cuidado em pensar nos
‘Regulamentos Internos das
escolas, dados a conhecer aos
alunos ea0s pais no inicio do
ano lectivo. Umalei que implica
tantas alteragbes a0 normal
funcionamento das escolas e
as suas normas (em muitas,
escolas resultantes de acordos
‘com as familias) nunca
deveria ter safdoa meio do
ano lectivo. Mais: se por um
lado se satida a sua suspensio,
por outro ha quelamentar todo
‘tempo que este estatuto a fez
perder aos professores, tantas
‘as horas que ja foram gastas na
tentativa da sua aplicagao.
Por isso afirmo: oestatuto tem
de estar morto, nunca apenas
suspenso. @