Você está na página 1de 1

233004725.

doc
05/2/13
Hlio Schwartsman
A tica como meio
SO PAULO - Em seu discurso ao plenrio do Senado! na se"ta! #enan $alheiros le%antou uma &uest'o
interessante. (isse &ue a tica um meio! e n'o um )im em si mesmo. *ale e"plorar mais a a)irma+'o.
,um sentido muito tri%ial! o no%o presidente do Senado tem ra-'o. E"ceto por al.uns /antianos
patol0.icos! nin.um sustenta &ue a tica a meta )inal da humanidade. 1s pessoas costumam escolher
outros o23eti%os para dar si.ni)icado 4s suas e"ist5ncias! como a sal%a+'o! no caso de reli.iosos! ou
apenas %i%er uma 2oa %ida! como pre)erimos os incrus.
6 preciso! porm! cautela ao redu-ir a tica a um instrumento. 7esmo )il0so)os conse&uencialistas! &ue
utili-am resultados prticos! e n'o princ8pios a2stratos! como critrio para 3ul.ar escolhas! %5m se
tornando cada %e- mais cuidadosos. Em
suas )ormula+9es mais modernas! ticas conse&uencialistas 3 n'o sustentam &ue o indi%8duo de%e decidir
cada um de seus atos a%aliando os resultados esperados. 1lm de 3amais termos acesso a todas as
in)orma+9es rele%antes para )a-er as contas! somos pre.ui+osos demais para nos en.a3ar em re)le"9es
comple"as diante de escolhas 4s %e-es 2anais.
6 por isso &ue .anhou espa+o o chamado conse&uencialismo das re.ras. Em %e- de calcular o resultado
de cada a+'o! n0s o )a-emos em rela+'o a re.ras. Em %e- de elucu2rar se! assassinando um not0rio
criminoso! produ-irei 2em-estar para o mundo! de%o me per.untar se a ades'o 4 norma :n'o matars:
resulta em maior ou menor )elicidade .eral! de%endo assim ser acatada ou re3eitada.
; 2acana no conse&uencialismo de re.ras &ue ele redu- um pouco o %ale-tudo das )ormas mais
clssicas! conser%ando o p na terra &ue ticas principistas muitas %e-es i.noram.
1 tica pode ser meio! mas um muito especial! &ue precisa ser tratado com cuidado para n'o conspurcar
os pr0prios )ins aos &uais ser%iria de instrumento. 6 esse cuidado &ue nossos le.isladores n'o est'o tend

Você também pode gostar