a cadeia de ouro que enleava tua cabea, teus braos e torso de gigante.
Manda um raio de tua fronte ungida minha inteligncia oclusa, minha mente obtusa.
Amarrada em cordas grossas. Pssaro depenado em sujo cativeiro, Asa cortada de impossvel vo.
Minha pequenina poesia... Pobre, se arrastando no esforo de algum que pela vida vai empurrando, vai rolando um tronco pesado de madeira encharcado, sem valor e sem destino.
Manda-me de Temuco, onde pousaste para sempre, uma pluma de tuas asas abatidas para que eu possa alcanar com ela acima, muito acima do meu vo curto e rasteiro. CORA CORALINA In Meu livro de cordel, 1976