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(4.ª Sessão - Tarefa sobre o Domínio B: Leitura e Literacia – Indicadores B.1 e B.

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Introdução

Enquanto a leitura for para nós a iniciadora cujas chaves mágicas nos abrem
no fundo de nós próprios a porta das moradas onde não teríamos sabido penetrar, o
seu papel na nossa vida é saluta, afirma Marcel Proust na sua obra Sobre a leitura.

E, se como diz Everhart, Nancy, existem muitas ferramentas e métodos a


utilizar para avaliar a escola e as bibliotecas escolares. É importante identificar o
problema que pretende abordar, recolher os dados que precisa para avaliar, combinar
o método correcto de avaliação para reunir os dados, analisá-los e relatá-los às
pessoas apropriadas. Seguindo estes passos, vamos-nos aperceber de muitos benefícios
e melhorias potenciais para o nosso plano.

There are many tools and methods to use to evaluate school library media
centers. It’s important to identify the issue you want to address, identify the data you
need to collect, match the correct evaluative method to gather that data, analyze it,
and report it to the appropriate people. By following these steps, you’ll realize many
benefits and potential improvements to your program.
Everhart, Nancy. Evaluation of School Library Media Centers: demonstrating quality, Library Media
Connection

To effectively conduct program evaluation, you should first have programs. That
is you need a strong impressiono f that yuor costumers or clients actually need…next
you need some effective methods to meet each of those goals. These methods are usually
in formo f programs…it often helps to think of your programs in terms of imputs,
process, outputs and outcomes.
McNamara, in Basic Guide to Ptogram Evaluation

O trabalho que aqui se apresenta pretende reflectir as leituras efectuadas, e, a


partir delas delinear um plano de acção para a avaliação da BE

Partindo do diagnóstico, isto é, da identificação do problema que nos afecta e, de


um modo particular, os nossos alunos – a falta de hábitos de leitura, com os
consequentes reflexos no processo de ensino – aprendizagem, eis a razão pela qual optei
pelo domínio B, considerado de intervenção prioritária, de acordo com as sugestões dos
diversos departamentos curriculares, do órgão de gestão e dos documentos orientadores
do agrupamento.

B. Leitura e Literacia
Indicadores Factores críticos de Evidências Acções para a
Sucesso melhoria
B.1 Trabalho da BE  A BE  Estatísticas de  Programar,

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ao serviço da identifica requisição, com
promoção da leitura novos circulação no regularidade,
na públicos e agrupamen-to e visitas dos
escola/agrupamento. adequa a uso de recursos elementos da
colecção e as relacionados com equipa à BM e
práticas às a leitura. a livrarias para
necessidades  Estatística de conhecimento
desses utilização da BE das novidades
públicos para actividades editoriais.
(CEF, CNO, de leitura  Utilizar a
EFA). programada/articu WEB e outras
 A BE lada com outros fontes de
identifica docentes. informação na
problemática  Registo de prospecção e
s e actividades/projec identificação
dificuldades tos. de materiais
neste  Questionário aos do interesse
domínio e docentes (QD2 e das crianças,
delineia aos alunos QA2). dos jovens e
acções e dos adultos.
programas  Realizar
que avaliações
melhorem as periódicas da
situações colecção, no
identificadas sentido de
. identificar
 A BE eventuais
promove limitações.
acções  Inventariar as
formativas necessidades
que ajudem a em termos de
desenvolver livros e outros
as recursos.
competência  Promover o
s na área da diálogo
leitura. informal com
 A BE as crianças e
incentiva a os jovens
o empréstimo utilizadores da
domiciliário. BE,
 A BE incentivando-
incentiva a os à leitura.
leitura  Promover
informativa, actividades de
articulando leitura em voz
com os alta, de leitura
departament partilhada ou
os animações que
curriculares cativem as

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no crianças e os
desenvolvim jovens e
ento de induzam
actividades comportament
de ensino e os de leitura.
aprendizage  …
m ou em
projectos e
acções que
incentivem à
leitura.
 …
B.3 Impacto do  Os alunos  Estatísticas de  Melhorar a
trabalho da BE nas usam o livro utilização da BE oferta de
atitudes e e a BE para para actividades actividades de
competências dos ler de forma de leitura. promoção da
alunos, no âmbito recreativa,  Estatísticas de leitura e de
da leitura e da para se requisição apoio ao
literacia. informar ou domiciliária. desenvolvime
para realizar  Observação da nto de
trabalhos utilização da BE competências
escolares. (O3; O4). no âmbito da
 Os alunos,  Trabalhos leitura, da
de acordo realizados pelos escrita e das
com o seu alunos. literacias.
ano/ciclo de  …  Dialogar com
escolaridade, os alunos com
manifestam vista à
progressos identificação
nas de interesses e
competência necessidades
s de leitura, no campo da
lendo mais e leitura e
com maior literacia.
profundidade  Encorajar a
. participação
 Os alunos dos alunos em
desenvolvem actividades
trabalhos livres no
onde âmbito da
interagem leitura:
com sessões de
equipamento leitura,
s e dramatização
ambientes de textos,
informaciona jornais, blogs.
is variados,  …
manifestand
o progressos

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nas suas
competência
s no âmbito
da leitura e
da literacia.
 …

Leitura para quê?

A promoção da leitura torna-se tanto mais prioritária no nosso agrupamento


quanto a promoção do sucesso educativo, desígnio apontado no PEE.
O nosso agrupamento insere-se num meio predominantemente rural, onde a
actividade principal é a agricultura sendo o comércio e os serviços a segunda actividade.
A falta de hábitos de leitura é notória sobretudo devido ao baixo nível de literacia de
uma grande parte da população. É fácil chegar a esta conclusão através dos inquéritos a
que os alunos respondem no início de cada ano lectivo, através dos quais se constata
que uma percentagem muito elevada dos pais e encarregados de educação possuem
como habilitações literárias o quarto ano de escolaridade. Quando interrogados sobre os
seus hobies são raríssimos os casos que apontam a leitura como um deles. Os próprios
alunos “confessam” que não gostam de ler e que em casa não se compram livros ou
mesmo jornais.

Instrumentos

Os instrumentos que servirão de base à realização do diagnóstico da situação


serão aqueles que, num momento inicial, nos possibilitam uma mais fácil recolha de
elementos, conducente à elaboração do plano de acção da BE, a saber:
Instrumentos:

Plano de Actividades da BE;


Referências à BE:
no projecto educativo e curricular de agrupamento:
nos projectos curriculares das turmas.
Registos de reuniões/contactos.
Registos de projectos/actividades (portefólio da BE)
Materiais de apoio produzidos e editados

Objecto – o quê? – Que leituras?

A BE pretende traçar um plano de acção em articulação com programas


institucionais que já estão implementados no terreno – PNL e PNEP com vista ao
desenvolvimento de um trabalho sólido, através da leitura recreativa, em voz alta,
sessões de leitura com o apoio dos membros da equipa, dos diversos departamentos
curriculares, de uma forma mais sistemática com o departamento de línguas, da
coordenadora do jornal escolar “Plátano”, utilizando para o efeito uma diversidade de
suportes e de géneros: desde a leitura de jornais e obras ligadas ao desporto até a obras
literárias de reconhecido valor e imprescindíveis ao desenvolvimento de competências
no domínio da leitura e literacia.

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Porquê?

Porque é fundamental que a BE demonstre o seu contributo para a aprendizagem


e o sucesso educativo das crianças e jovens que serve, sendo urgente a mudança de
paradigma.

Avaliação BE – abordagem tradicional Auto-avaliação BE – abordagem para a


mudança
 Imputs – instalações,  Medir os outcomes
equipamentos, financiamentos,
staff, colecções, etc.
 Processos – actividades e serviços.  Valor atribuído pelos utilizadores.
 Outputs – visitas à biblioteca,  Tradução na mudança de
empréstimos, consultas do conhecimento, competências
catálogo, pesquisas bibliográficas, atitudes, valores, níveis de sucesso,
etc. etc.

Conclusão: enquanto a abordagem tradicional da avaliação da BE tinha um


carácter eminentemente quantitativo, muitas vezes traduzido em termos de custo e
eficiência, o novo modelo de auto-avaliação da BE orienta-se por uma filosofia de
avaliação baseada nos outcomes e de natureza essencialmente qualitativa.
A auto-avaliação das BE’s é uma parte essencial da avaliação interna da escola e
base para a avaliação externa realizada pela Inspecção Geral de Educação, daí a
necessidade de tentar entrosar o mais possível a avaliação da biblioteca com o modelo
de auto-avaliação utilizado pela escola e com a avaliação externa da escola, tendo
sempre em vista a consecução do objectivo inicial que é a promoção do sucesso
educativo e a melhoria dos resultados.

Plano de avaliação dos indicadores B.1 e B.3 no domínio da Leitura e Literacia

Como chegar à prática da Leitura e Literacia?

É possível fazer a promoção das literacias da informação e da leitura


optimizando os recursos da BE/CRE com o objectivo de melhorar a qualidade das
aprendizagens e contribuir para o sucesso educativo, defendendo e promovendo a
Língua Materna, não apenas como património cultural, mas, fundamentalmente, como
um instrumento de trabalho imprescindível à aquisição de competências linguísticas e
comunicacionais através:

dos livros em suporte papel ou em suporte digital;


da dinamização da biblioteca por meio de actividades de leitura: em voz alta;
dramatizada; dialogada, etc.
de actividades constantes do projecto do PNL;
o autor do mês;
o livro do mês;
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exposições temáticas;
o conto… a gotas;
concursos, através dos quais, seguindo algumas pistas dadas previamente os
alunos localizam os livros nas estantes e ouvem ler um excerto do mesmo;
feira do livro;
audição de leitura em suporte áudio;
registo de leitura feita pelos alunos;
exposição de trabalhos dos alunos;
encontro com escritor;
visitas guiadas à BE e BM;
preenchimento de uma ficha de leitura do livro requisitado para leitura
domiciliaria;
bibliopaper;
citacionário;
carta ao Pai Natal (2.º ciclo);
conto ao Pai Natal (3.º ciclo e secundário).

Estratégias/ Instrumentos

Recolha de evidências através dos questionários distribuídos aos professores,


alunos e encarregados de educação.
Para a recolha destes dados será seleccionada uma amostra significativa dentro
do universo do agrupamento, com alunos dos diversos níveis de ensino: 2.º, 3.º ciclos e
secundário e respectivos professores.
Os questionários serão os que constam do Modelo de Auto-Avaliação da BE
publicado no sítio da RBE (Versão actualizada), com as adaptações necessárias em
função do público-alvo a que se destina. Para além destes questionários recorreremos
aos registos de requisições de livros para leitura presencial e domiciliária, bem como de
materiais em suporte digital e tipo de utilização dos computadores da BE.
O primeiro momento de avaliação ocorrerá em Março e o segundo no final do
ano lectivo.
Procederemos ao cruzamento de todos os dados para sabermos o nível de
desempenho em que nos situamos, dentro dos quatro possíveis, seguido de uma
reflexão, por parte da equipa BE, sobre o trabalho desenvolvido, sucesso obtido, pontos
fracos a merecerem uma atenção redobrada no ano lectivo subsequente, logo, objecto de
acções para a melhoria, e elaboração de um relatório a apresentar ao Conselho
Pedagógico e ao órgão de gestão, por forma a que possa ser utilizado internamente na
auto-avaliaçõ da escola e como fonte de informação para a avaliação externa do
agrupamento (Secção C do modelo de relatório).

Specify a “target” goal of clients, i.e. what number or percent of clients you
commit to achieving specific outcomes… Identify what information is needed to show
these indicators… Decide how can that information be efficiently and realistically
gathered.” (...) “Don’t interview just the successes. You’ll learn a great deal about the
program by understanding its failures (…) (McNamara: 2008)

Dos quatro domínios propostos para a auto-avaliação da BE ao longo de quatro


anos, este (Domínio B), será alvo da mesma no presente ano lectivo (2009/2010).

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Será nosso objectivo, à semelhança do que é afirmado no documento em análise,
com a auto-avaliação da BE estabelecer padrões de funcionamento que consolidem o
trabalho substantivo que a biblioteca deve desenvolver em áreas consideradas fulcrais
para o seu sucesso e efectiva integração pedagógica na escola.

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ESCOLA E. B. 2,3 / S D. SANCHO II DE ALIJÓ
ANO LECTIVO 2009/2010
Ficha de Leitura
Nome___________________________ N.º____ Ano___Turma___
Data ____/____/____ Prof.ª Filomena Maria Marques

Título da Obra
Género literário

Autor: breve
apresentação

Assunto

Personagem
preferida –
Porquê?

Personagem de
que menos
gostei. – Porquê?

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Prós

Contras

Selecção das
frases que te
marcaram

Classificação
(1-5)
Justifica.

Outros aspectos
que consideres
relevantes

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REQUISIÇÃO DE LIVROS
Nome _______________________________________________________N.º_____ Ano_____ Turma____

Título da obra__________________________________________N.º da requisição____Data___/___/___

Autor ___________________________________________________________ Cota_______________

Leitura: presencial domiciliária data da entrega____/____/____

recreativa Pesquisa Destinada a trabalho para a disciplina de________________________

No âmbito do: PNL Contrato de Leitura

Título da obra_________________________________________N.º da requisição____Data___/___/___

Autor _____________________________________________________________ Cota_______________

Leitura: presencial domiciliária data da entrega____/____/____

recreativa Pesquisa Destinada a trabalho para a disciplina de ________________________

No âmbito do: PNL Contrato de Leitura

Título da obra__________________________________________N.º da requisição____Data___/___/___

Autor _____________________________________________________________Cota_______________

Leitura: presencial domiciliária data da entrega____/____/____

recreativa Pesquisa Destinada a trabalho para a disciplina de_____________________________

No âmbito do: PNL Contrato de Leitura

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BIBLIOGRAFIA

Textos da sessão
Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar – RBE, 12 de Novembro de 2009
MELO,Luiza, Estatísticas e Avaliação da Qualidade de Desempenho em
Bibliotecas e Serviços de Informação, Faculdade de Ciências do Porto
PROUST, Marcel, Sobre a leitura, (pg.49)

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