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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS

ESCOLARES

O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE


OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)

Tomando como referência o ano lectivo de 2006-07, e tendo em vista o


cumprimento da tarefa prevista para a sexta sessão de trabalho, procedemos à selecção
dos Agrupamentos de Escolas que se seguem:

AGRUPAMENTOS DE
DATAS DAS VISITAS DA IGE
ESCOLAS
Agrupamento de Escolas Bento De 28 de Fevereiro a 2 de Março
Carqueja (Oliveira de Azeméis) de 2007
Agrupamento de Escolas das
De 5 a 7 de Março de 2007
Antas (Porto)
Agrupamento Vertical de
De 20 a 22 de Março de 2007
Escolas de Baguim do Monte

Embora se possa considerar que a amostra não será suficientemente


representativa do trabalho desenvolvido pela IGE, a verdade é que a escolha de
agrupamentos escolares (e não de escolas!), atendendo ao objectivo do presente
comentário crítico e à necessidade de uma economia de análise, permite controlar, de
algum modo, quaisquer desvios interpretativos.
Assim sendo, há que identificar, desde já, as referências à BE presentes nos
supracitados relatórios. Vejamos, pois, o quadro que se segue:

AGRUPAMENTOS DE
REFERÊNCIAS À BE
ESCOLAS
Agrupamento de Escolas Bento A BE é referida em vários pontos
Carqueja (Oliveira de Azeméis) do relatório:
• na pág. 5, anota-se, no
âmbito da auscultação dos alunos,
a existência de uma «caixa de
sugestões»;
• na pág. 6, aponta-se a BE
como um espaço com o qual os
alunos se identificam;

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• na pág. 7, é qualificada
como um pólo promotor e
aglutinador de actividades
culturais.

No conjunto do relatório, apenas


uma vez se faz menção à BE, dando conta
Agrupamento de Escolas das
do facto de a mesma estar integrada na
Antas (Porto)
Rede Nacional de Bibliotecas Escolares
(cf. p. 11).
Agrupamento Vertical de Escolas A BE é referida em vários pontos
de Baguim do Monte do relatório:
• na pág. 3, destaca-se a sua
abertura à comunidade, apontando
o seu papel no âmbito da
promoção da leitura junto dos pais
dos alunos e outros familiares;
• na pág. 4, é qualificada
como um pólo promotor e
aglutinador de actividades
culturais;
• na mesma página, também
o facto de a BE funcionar como
uma espécie de «sala de espera»
para os Encarregados de Educação
que aguardam a sua vez para falar
com o Director de Turma;
• na pág. 7, mais uma se
destaca, no contexto da
valorização social das
aprendizagens escolares, a
abertura da BE à comunidade
local;
• na pág. 8, enfatiza-se a
excelente organização da
Biblioteca do Agrupamento, cujas
instalações incluem dois pólos;
• na mesma página,
repete-se, para a valorizar, a ideia
presente na terceira referência
desta lista;
• na pág. 11, no contexto da
abertura à inovação, insiste-se no

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facto de a BE se abrir à
comunidade educativa;
• na pág. 12, e no âmbito das
considerações finais, salienta-se o
papel da BE enquanto pólo de
dinamização cultural da
comunidade local.

Da leitura dos relatórios supracitados, cuja redacção enferma de vários males (e


entre os quais se destacam as inúmeras repetições e a visão estereotipada da BE),
ressaltam dois aspectos paradigmáticos, cuja enunciação pode adquirir a figura
proposicional de uma disjunção simples: ou se verifica tão-somente o facto de a
biblioteca estar integrada na Rede Nacional de Bibliotecas Escolares ou salienta-se o
seu papel como pólo de dinamização cultural. Quer isto dizer que a Inspecção Geral da
Educação não possui uma perspectiva estratégica do papel que a BE pode assumir no
contexto da comunidade educativa. Com efeito, é preciso que ela seja algo mais do que
um espaço de animação cultural. Na verdade, deve estar ao serviço do sucesso
educativo dos alunos, o que implica transformá-la num autêntico centro de recursos
didácticos inovadores. Deve ser, pois, um motor que esteja ao serviço da eficiência do
processo de ensino e aprendizagem.

Ema Paula Coelho Ferreira Nunes


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