Tendo por base a amostra de Relatórios de avaliação externa que elegeu,
faça uma análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE, nesses Relatórios.
Na escolha dos relatórios da avaliação externa da IGE, não
segui qualquer critério. Fiz uma escolha aleatória. Assim sendo, li e analisei os relatórios das seguintes escolas: Agrupamento de Escolas da Pedrulha Agrupamento de Escolas de Dr. Bento da Cruz Agrupamento de Escolas Dr.ª Mª Alice Gouveia Agrupamento de Escolas de Aveiro
O que se observa, de imediato, em todos os relatórios consultados, é
que as referências à BE são poucas, para não dizer quase inexistentes No Agrupamento de Escolas da Pedrulha, em Coimbra, a referência à BE é feito só no ponto 4.4 – Adesão ao PNL. No Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Bento da Cruz, em Montalegre, as referências são ainda mais vagas: no ponto 1.4 - Valorização e Impacto das Aprendizagens - apenas referem que na BE expuseram os trabalhos dos alunos. Mais adiante, fazem a alusão à adesão da BE ao PNL e RBE. Também no Agrupamento Vertical de Escolas Dr.ª Mª Alice Gouveia, em Coimbra, as referências à BE, apenas se fazem no ponto 3.3 – A BE foi ampliada de modo a integrar a RBE. No Agrupamento de Escolas de Aveiro observa-se que as referências realizadas a respeito da BE são diminutas, conforme consta da exposição que se segue: surge uma referência à BE no ponto 3. - Organização e gestão escolar, referência esta que se repete textualmente no ponto 3.3. Gestão de recursos materiais e financeiros, “(…) As bibliotecas do Agrupamento, integradas na rede de bibliotecas escolares, permitem o desenvolvimento de actividades diversificadas, com destaque para as que integram no Plano Nacional de Leitura. (…)”. No Capítulo II. - Caracterização da Escola, a referência à BE é apenas pontual, referindo só o número de BE’s existentes no Agrupamento. Estas referências quase inexistentes, não dão uma ideia real do papel e contributo da BE na vida de uma comunidade escolar. Chegando a transparecer, uma certa desvalorização por este espaço. Do que fica exposto, podemos afirmar que as BE’s para as IGE são quase ignoradas. Não se fala do papel das BE’e no desenvolvimento ensino- aprendizagem, nem no seu contributo para o desenvolvimento das Literacias da informação e da comunicação. Para quê avaliá-las? Porque é moda medir tudo, mesmo o que não é mensurável? A conclusão que tiramos é que há um longo caminho a percorrer, não só relativamente à mudança de atitude perante a missão e funções da BE, mas também à forma como se encara e se avalia o impacto que a BE tem nos seus utilizadores. O novo paradigma da BE está a dar os primeiros passos e isso está bem patente na ausência de visibilidade da BE nos relatórios da IGE. Estará esta sensibilizada para esta questão? Será que a IGE quando se dirigia às escolas para a avaliação externa, costumava interpelar o PB? Apesar de tudo, se a BE tem que ser avaliada por que e que não é mencionada na avaliação externa das Escolas? É preciso que todos interiorizemos que se a avaliação externa da IGE pretende cruzar as suas observações com os resultados da auto-avaliação das Escolas, então é preciso que a auto-avaliação da BE esteja incluída na que é elaborada pela Escola, de forma a que quando a IGE se deslocar às Escolas, seja um dos itens a observar e a incluir nos seus relatórios.