sessão 2

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A Construção do Designer

ETIC Pedro Albuquerque

sessão 2 A Construção do Designer

a Construção do Designer em três níveis

1 Designer da Forma

2 Designer da Semântica

3 Designer da Estratégia
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sessão 2 A Construção do Designer

Designer da Forma
Exerce o seu domínio sobre a composição,
seja ela estática, bidimensional, tridimensional,
animada ou interactiva.
Tem a capacidade de configurar a forma,
a textura e a cor com o objectivo de hierarquizar,
simplificar e harmonizar os conteúdos
de uma narrativa visual.
Este nível tem como base científica
a Psicologia da Gestalt.
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sessão 2 A Construção do Designer

Designer da Semântica
Exerce o seu domínio sobre o significado
do objecto, seja uma peça de comunicação,
uma logo-marca, uma embalagem, um produto
ou um espaço. Está atento aos símbolos que
sociedade gera para ao mesmo tempo perceber
como os descodifica. Tem uma notável capacidade
para estabelecer associações de ideias e gerir
conotações de modo a adoptar a linguagem mais
eficaz para um determinado perfil de destinatário.
Este nível tem como base científica a Semiótica.
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sessão 2 A Construção do Designer

Designer da Estratégia
Define os objectivos de projecto e o melhor caminho
para os atingir de acordo com as necessidades do cliente.
Por norma, tem uma capacidade criativa acima do comum para
gerar conceitos inovadores com sentido de oportunidade tendo
em vista benefícios efectivos para os consumidores e para
a sociedade em geral. Consequentemente, deverá também ter a
capacidade de seleccionar e dirigir os recursos humanos e técnicos
necessários à implementação com sucesso dos seus conceitos.
É por excelência, um comunicador nato das suas ideias fomentado
o entusiasmo na relação com a sua equipa e na relação com os
seus clientes.
Este nível tem como base científica a estratégias das escolas:
militar, economia, marketing e política.
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O nivelamento em três fases corresponde a um desdobramento,

e não, a uma segmentação.

Todos os níveis são indispensáveis.

Todos os níveis são interdependentes.
Todos os níveis requerem criatividade.

A construção do designer desenvolve-se

em sentido crescente 1, 2, 3.

Já a construção de um projecto
desenvolve-se em sentido decrescente 3, 2, 1
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2 Designer da Semântica

A Semiótica é a ciência que estuda o processo de significação,

ou representação, de conceitos ou ideias.
Abarca qualquer sistema simbólico - artes visuais, música,
fotografia, teatro, cinema, dança, culinária, vestuário,
religião, ciência, etc.

Por isso, faz todo o sentido incluí-la nesta fase.

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Semiótica
Um dos seus principais percursores
foi Ferdinand de Saussure (1857-1913).
Para ele, os signos (pertencentes ao mundo da representação)
são compostos por significante - a parte física do signo -
e pelo significado, a parte mental, o conceito.
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língua / fala
Seguindo uma das suas leis fundamentais, obtemos uma estrutura
que ainda hoje se reflecte, consciente ou inconscientemente,
no nosso exercício de concepção projectual: língua e fala
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língua
Língua é um conjunto elementos e regras definidas e constantes
que nos permitem produzir uma narrativa e que constitui
um sistema social comum.
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fala
A fala por seu lado, corresponde à produção de frases
e de uma narrativa. Ao contrário da língua, é individual,
múltipla e imprevisível, depende de como cada um de nós
se exprime num determinado, contexto, tempo e estado de espírito.
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língua fala
...mãe, pão, casa, lápis,
avião, flor, azul, de,
fotografia, paz, amor,
faço, haver, sempre,
não, sim, efectivamente,
infra-estrutura...

+ regras gramaticais
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língua fala
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língua fala
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potenciar a criatividade
Em relação ao primeiro campo, o da língua, para obtermos
um imaginário rico e um léxico visual amplo dependemos de:

1 recurso a linguagens artísticas

2 influência da ciência

3 percepção dos contextos sociais

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criatividade redefinida
A criatividade do designer da semântica é uma dialéctica
entre estes dois campos:

língua; o léxico visual infinitamente diversificado pré-adquirido ao

longo da sua vida ou, como resultado de uma pesquisa específica.
Um bem comum a todos.
fala; usando o léxico seleccionado no campo anterior
para conceber infinitas soluções. Um bem individual.

A criatividade é, afinal, um processo a dois tempos.

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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Sylvie Fleury
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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Andreas Gursky
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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Jenny Holzer
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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Barbara Kruger
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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Thomas Locher
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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Christopher Wool
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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Gentile da Fabriano (1370-1427)

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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Hieronymus Bosch (1450-1516)

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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Mark Rothko (1903 - 1970)

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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Andy Warhol (1928 - 1987)

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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Piet Mondrian (1872 - 1944)

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potenciar a criatividade

1 recurso a linguagens artísticas

Hail to the Thief - Radiohead

Jean-Michel Basquiat (1960 - 1988)

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potenciar a criatividade

2 influência da ciência

invenção:
cola que adere
mas descola facilmente

serve para alguma coisa?

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potenciar a criatividade

2 influência da ciência

efeito óptico
como base de um sistema
de sinalética num parque automóvel
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potenciar a criatividade - língua

3 percepção dos contextos sociais

papel higiénico preto

da Renova
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potenciar a criatividade - fala

uso da emoção

Em relação ao segundo campo da criatividade, dependemos

essencialmente das emoções, ou seja, de todos os impulsos
intuitivos, instintivos e empíricos que possam valorizar
a nossa narrativa conceptual.
A emoção, é catalisadora do acto criativo.
Na Semiótica, a comunicação pressupõe um ciclo:

• emissão do emissor
> recepção do destinatário

* reacção do destinatário
Não há comunicação sem este ciclo se completar
e neste processo, a emoção desempenha um papel fundamental.
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potenciar a criatividade - fala

fusão de conceitos

Detectamos com facilidade que uma boa parte das boas ideias
são o resultado da fusão de dois, ou mais, conceitos
que à partida ninguém os imaginava juntos.
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potenciar a criatividade - fala

fusão de conceitos

chocolate + fotografia + antiguidades

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potenciar a criatividade - fala

fusão de conceitos

(marca cherry street) cereja + semáforo

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potenciar a criatividade - fala

fusão de conceitos

vestidos + postes da rua

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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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potenciar a criatividade - língua / fala

alguns projectos seleccionados em 2008 pela Graphis e a Design Annual
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Conclusões
Num primeiro campo (língua), podemos potenciar a nossa criatividade
aumentando a nossa base de dados com as nossas vivências,
cultura visual e apostando na pesquisa e recolha de conhecimento.
Num segundo campo (fala), torna-se fundamental o uso da emoção
e o cruzamento de conceitos.

2 Este nível de domínio representa

a criatividade artística e poética
num processo de design.

Quando as ideias são boas, só lhes falta ganhar forma e proporção

e assim recorremos ao Designer da Forma que há em nós (sessão 1).
De qualquer modo, as ideias seguem sempre um sentido,
daí a necessidade da nossa sessão 3 - O Designer da Estratégia.