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Curso Fraga

Relação de emprego da CLT


Sujeitos da Relação de Emprego
Relação Bilateral
 Empregado (sempre pessoa física) – art. 3º CLT
 Empregador – Empresa – pessoa física (natural) ou jurídica – art. 2º CLT
Exceção é a Terceirização, quando teremos então três pessoas.

IUS POSTULANDI – o direito de postular sozinho sem o advogado. Ainda existe no mundo jurídico,
não foi revogado.

Art. 133 CF/88


Requisitos para a Relação de Emprego:
1) Pessoalidade – o empregado tem que prestar serviços pessoalmente, sem substituição, salvo
determinação do empregador. O contrato de trabalho da CLT é intuito personal =
personalíssimo
2) Onerosidade – não trabalha de graça. O trabalho é mediante pagamento = ContraPrestação =
salário (pago em dinheiro – pecúnia ou pode ter utilidades – salário in natura = quando se
oferece a própria utilidade => dá-se comida, transporte, vestuário). É uma parte do salário do
trabalhador
Pelo menos 30% do salário deve ser em pecúnia. Art. 32, § único CLT
Quando o empregado trabalha e não ganha pecúnia, só moradia, alimentação ... não deixa de
ser empregado, só está ganhando errado.

3) Habitualidade
Diarista: quem trabalha uma vez por semana em uma casa diferente. Uma vez por semana em
casa de família não tem vínculo, não é Doméstico para ser Domestico tem que trabalha pelo
menos duas vezes por semana.
Diarista não é domestico.
Empregados da CLT – Requisitos
- Estar inseridos na atividade fim da empresa;
- Ter a não eventualidade , não ser esporádico;
- Não só quem está inserido na atividade fim é empregado, mas mão de obra necessária
permanentemente também é.

4) Subordinação: é jurídica, decorre da lei, que dá ao empregador o poder de mando e ao


empregado o dever da obediência.
Poder de mando – Ius Variandi
Se houver excesso, usa-se o direito(poder) de resistir (Ius Resistentiae).
5) O empregado não corre o risco do negócio: Variável, Fixo e Misto
Correr o risco é repartir prejuízo. Quem ganha para comissão, ganha de forma variada, não
corre o risco, pois quem ganha variável tem pelo menos um salário mínimo.
Eventuais e Autônomos =/= CLT

Os cinco requisitos devem estar presentes para caracterizar o contrato de Trabalho da CLT.
- A atividade pode ser sem fins lucrativos, mas se contratarem empregados, se tornam empresa
(empregadores) para fins trabalhistas. Art. 2º § 1º CLT

§ 2º: Holding = empresa mãe que tem empresas subordinadas formando um grupo econômico, com
personalidades jurídicas diversas. Neste caso a responsabilidade é solidária, pode-se cobrar a
qualquer uma do grupo. Solidariamente = não há preferência de ordem. A solidariedade tange à área
trabalhista. Área previdenciária e tributária dependem de lei especifica.

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Trabalhador Rural – lei 5889/73
Depois da Cf/88, passou a ter os mesmos direitos do trabalhador Urbano. Trabalha no campo
(pecuária ou agricultura).

Art. 7º, XXI CF/88

Trabalhadores urbanos e rurais tem os mesmo direitos, observando-se as peculiaridades.


O Trabalhador pecuária ou agricultura até a 1ª transformação.
O trabalhador rural só trabalha até a 1ª transformação, após é industrialização e o mesmo se torna
urbano.

Peculiaridades
a) Aviso Prévio: comunicação antecipada do término do contrato a prazo indeterminado. É dado
quando não há motivos (rompimento imotivado).
Empregado e Empregador tem a obrigação do aviso prévio. Pode ser proporcional ao tempo
de serviço, mas deve ser regulamentado por lei. O aviso prévio é de 30 dias.
O art. 487 CLT – derrogada pela CF/88.
Não existe Aviso Prévio de oito dias.

Aviso Prévio - AP
 Do Empregador para o Empregado: o empregador escolhe se vai ser trabalhado ou
indenizado. O contrato (CT) só acaba no final do AP. OJ diz que o último dia ao contrato é o
último dia do AP. AP trabalhado: o empregado escolhe redução de 2 horas ou não trabalha 7
dias corridos – Art. 488 CLT
Essa 2 horas serão escolhidas pelo empregador, os 7 dias também. Se o empregado não acatar
= justa causa.

 Do Empregado para o Empregador: o empregado escolhe como vai dar O aviso ao


empregador, se vai ser trabalhado ou descontado. Trabalha-se normalmente, não há redução.
O desconto é de 30 dias da rescisão do empregado.

 Finalidade do AP – o empregado conseguir outro emprego – renúncia ao AP – abre-se mão do


valor restante do AP.

 Trabalhar com desídia – justa causa, rescisão do AP.

Rescisão Indireta (justa causa do Empregador) - Art. 483 CLT


Tem efeito pecuniário idêntico ao da dispensa imotivada. O AP é indenizado.
RURAL: o AP pode ser trabalhado ou indenizado.
A única diferença do rural para o urbano é que no AP trabalhado o rural ganha 1 dia na semana. A
rescisão indireta é igual.

AP do Doméstico: Trabalhado não trabalhar 7 dias corridos, não há redução de 2 horas porque não há
jornada de trabalho fixa.

b) Horário Noturno: Depende da categoria


 Urbano: 22 às 5 horas – ganha adicional de 20% sobre a hora diurna. Reduzida 52’ 30”.

 Rural
 Pecuária – 20 às 4 horas
25% de adicional. Reduzida 60’.
 Agricultura – 21 às 5 horas
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 Advogado: 20 às 5 horas – ganha adicional de 25%. Reduzida 52’ 30”.

Urbano
+de 4 horas e até 6 horas. – 15 minutos de intervalo
+ 6 horas – mínimo de 1hora
máximo de 2h salvo AC (acordo coletivo) ou CC (convenção Coletiva)
Intrajornada = intervalo dentro da formada de trabalho
Interjornada = S T Q Q S S D (repouso 24 horas consecutivos)

11 horas consecutivos – art. 66 CLT


Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de
11 (onze) horas consecutivas para descanso.

2) Entre um dia de trabalho e outro deve haver 11 horas de repouso. Intervalo Interjornada – art. 65
CLT
Art. 65 - No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o
salário diário correspondente à duração do trabalho, estabelecido no art. 58, pelo número
de horas de efetivo trabalho.

3) Intervalo: dia de repouso preferencial e não obrigatoriamente aos domingos – 24h consecutivo
( RSR)

STQQSSD

R – o repouso é de 24 horas e o intervalo é de 11 horas dando total de 35 horas.

Art. 7º, XV CRFB/88


RSR – repouso semanal remunerado é regulamentado pela portaria do Ministério Trabalho o
empregado deve ter 1 RSR a cada 7 semanas.

Lei de Participação nos Lucros art. 6º lei 10101/2000 – quem trabalha no comércio varejista pode ter
1RSR a cada 4 semanas (domingo).

Rural
Mais de 6 horas – mínimo de 1 hora
Máximo de acordo com os usos e costumes da região.
A regra é por prazo Indeterminado
Prazo Determinado (a termo).
Contrato de experiência é de 90 dias.

Vale a regra do RSR


Vale a regra de Interjornada
Vale a regra de + 4 até 6 horas = 15 minutos de intervalo

Rural que trabalha mais de 6 horas = 1 hora de intervalo. O máximo de intervalo é de acordo com os
usos e costumes da região.

Contrato de Trabalho
- regra prazo indeterminado
- exceção: prazo determinado (contrato a termo)

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Para o rural existe um contrato de safra = depende das estações sazanois. O marco inicial é preparo do
solo para plantio. O término é a colheita. Não tem número de dias. Contra a termo: prazo de 6 meses
para repetir o contrato se for outro contrato pode ser seguida, sem intervalo.

No contrato de Safra necessário um intervalo de 6 horas quando é o mesmo produto ou técnica se


muda o produto ou técnica pode contratar sem o intervalo.

Doméstico
Quem é o doméstico não tem direito a feriado
Esta fora da CLT, são regulamentadas pelo art. 7º CLT – são excluídos da CLT.
Art. 7º - Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for, em cada
caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam:
a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam
serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas;

1) Lei 5859/72
2) Decreto 71895/73

Da ao doméstico direito a CTPS e ganhar salário; ganhou direito a ser segurado obrigatório da
Previdência Social, deu direito a férias (20 dias úteis).
Férias 20 dias úteis com base na CLT com a CRFB/88 o doméstico ganhou uma série.
Art. 7º, § único CRFB/88 – Taxativa

O doméstico não tem horário de trabalho e não tem direito a hora extra.
Não tem intervalo intrajornada ou interjornada, só tem RSR, não tem intervalo para refeição nem
adicional noturno.
O empregado do doméstico é pessoa física, por isso o doméstico tem pouco direito, pois não é
empregado da empresa.

Requisitos do Emprego Doméstico


1) Pessoa Física
 Empregado
 Empregador (Família – ente que reside na mesma casa onde o doméstico labora).
2) Subordinação – é uma subordinação branda. O doméstico não tem jornada, mas tem tarefas a
cumprir.
3) Onerosidade – salário é contra prestação. A CLT não pode ser usada para dar direitos aos
domésticos mas serve como manual de Instrução. Em dinheiro, o doméstico ganha 30%, em
salário in natura o mesmo pode ganhar no máximo de 70%. O empregado doméstico pode
laborar ganhando casa comida etc, sem ganhar dinheiro, só estará ganhando errado. Recebe
até o 5º dia útil do mês subseqüente.
4) Continuidade – reconhece-se o vínculo empregatício quando trabalhar 2 vezes por semana
entendimento majoritário do TRT Rio.
A diarista ganha por dia (não é domestico), faxineira trabalha uma vez por semana (não é
doméstica)
5) No Âmbito Residual – não é só casa. É tudo que não é seu trabalho. Jornaleiro, piscineiro,
piloto de helicóptero, mordomo, motorista particular.
Obs.: Quando a doméstica trabalha em casa e depois de um certo horário trabalha no comércio
a mesma só é empregada urbana e não doméstica.
6) Sem Fins Lucrativos (econômicos) – não é que a atividade ao doméstico não tinha fins
lucrativos, o empregador é que não pode ter fim econômico. A doméstica que faz quentinha
não é domestica, pois o empregador usa sua mão de obra para fins lucrativos, desenvolve
uma atividade econômica.

Direito dos Domésticos

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Art. 7º, § único CRFB/88
a) Inciso IV – Salário Mínimo
Era um direito da CLT, era o salário mínimo regional. O salário mínimo é o salário mínimo
Nacional.
A CRFB/88 diz que o SM é para família. Os itens do SM.
1) Moradia
2) Alimentação
3) Lazer
4) Educação
5) Saúde
6) Higiene – tomar banho
7) Vestuário – por as roupas
8) Transporte – pegar ônibus
9) Previdência Social - aposentado

b) Inciso VI – Irredutibilidade Salarial – não reduz o salário e pronto.


Redução Nominal – reduz a expressão monetária (reduziu o nome de R$ 500,00 passou a recebe
R$ 400,00).
Redução Real – perde o pode de compra (contratou a empregada em 1998 e até hoje mantém o
mesmo salário mínimo).
Pode reduzir se for através de convenção coletiva (CLT) – Doméstico não tem acordo coletivo,
portanto não pode reduzir o salário.
A proibição é a redução monetária (nominal), no entanto é flexível. Doméstico não tem AC ou CC,
seu salário é irredutível sem exceção.
Doméstico tem direito ao piso salarial da categoria?
Resp: Não, de acordo com o artigo 7º § único da CRFB, o inciso V não se encontra elencado nos
direitos assegurados ao doméstico.

No Rio de Janeiro, o governador não promulgou um Salário Mínimo Estadual e sim fixou um piso
salarial, que não pode ser menor de o salário mínimo Nacional. Na pratica a Previdência Social baixou
ordem de serviço (OS), que o recolhimento previdenciário deve ser sobre o piso salarial do Estado R$
326,00.

c) Inciso VII - 13º Salário ou Gratificação de Natal ou Trezeno


Lei 4090/62 e alterações posteriores.
Duas parcelas:
1ª Parcela: Adiantamento - entre os meses de Fevereiro e Novembro, metade do 13º salário.
Se trabalhar no mês pelo menos quinze dias, tem direito ao 13º salário. O adiantamento deve ser
pago entre Fevereiro e Novembro.

2ª Parcela: Complemento - deve ser pago até o dia 20 de dezembro.


O empregador pode pagar o 13º em uma única parcela até o mês de novembro, no entanto não
pode pagar tudo em dezembro.

Exemplos:
Doméstico Salário R$ 1.000,00 1ª parcela – Junho = R$ 500,00
Em setembro houve aumento R$ 1.200,00 2ª parcela – 5/Dez = R$ 700,00
No dia 10/12 houve aumento R$ 1.300,00. Se houver reajuste salarial em 10 dias após o
pagamento da 2ª parcela, vai existir uma diferença que pode ser paga até o décimo dia do ano
seguinte.

No mês de janeiro o empregado pode pedir o adiantamento (1ª parcela) do 13º salário, junto com
as férias. Lei 4090/62 – salário mínimo.

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d) Inciso XV – Repouso Semanal Renumerado (RSR) ou Descanso Semanal Renumerado (DSR) ou
Hebdomadário – preferencialmente aos Domingos
Se o doméstico trabalha no seu dia de repouso deve ganhar dobrado.
RSR – disciplinava ganho dobrado
Lei 605/49
Feriado – não era aplicado ao doméstico

CRFB/88 – Doméstico tem repouso. A constituição disciplina o RSR ao doméstico, e não dá o


feriado, ou seja, doméstico não tem direito ao feriado.

Se o doméstico costumava folgar nos feriados, o empregador não tem direito de exigir o trabalho,
pelo princípio da condição mais benéfica, uma vez dada não pode ser tirado devido ao Princípio
da Lei mais Benéfica – (quem deu não pode parar de dar e tem que continuar dando).

e) Inciso XVII – Férias + 1/3


As férias do doméstico são de 20 dias úteis. Se trabalhar 02 vezes na semana, os dias úteis serão
contados com 2 a cada semana.

Doméstico:
f) Inciso XVIII – Licença Gestante = 120 dias – lei 8213/91.

A Licença pode ser de 28 dias + 92 dias (incluindo o dia do parto) ou 28 dias mais o parto mais 91 dias.

Estabilidade da Gestante (alguns chamam de garantia de estabilidade da gestante).

Art. 10, II, B ADCT

Art. 7º, I CRFB/88

Culpa Objetiva – o empregador corre o risco de demitir a empregada sem saber que a mesma está
grávida e sem que ela mesma soubesse. Havendo a demissão co 03 meses de gravidez (empregada
sem conhecimento da gravidez), a mesma volta a trabalhar, pois era estável há 03 meses. Na
estabilidade inclui-se o tempo de licença.

Art. 71 da Lei 8213/91

Observações
1) A doméstica não pode ser mandada embora no 8º mês de gravidez, não porque ela é
detentora de estabilidade e sim para entrar com os papeis no INSS.
2) A doméstica tem licença, e, não estabilidade, e não pode ser demitida durante a licença
maternidade.
3) Doméstica não tem estabilidade quando gestante.
4) A doméstica fica licenciada por 120 dias e recebe benéfico da Previdência.
5) A empregada doméstica recebe da própria Previdência Social – Art. 71-A § único, da lei
8213/91. A empregada Urbana recebe do empregador, que é ressarcido pela Previdência no
ato do recolhimento.
Parágrafo único. O salário-maternidade de que trata este artigo será pago
diretamente pela Previdência Social.
Doméstica pode ser demitida a qualquer tempo, exceto quando estiver para tirar licença (Ex.
doméstica com 8 meses).

A empregada tem estabilidade quando grávida, mas pode ser demitida quando comete justa causa.
Para ser considerado doméstico tem que está escrito , se cair “empregada”, não é doméstica.
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Na prova deve vir especificada doméstica.

Mãe Adotiva (Licença Maternidade) – art. 71 A da Lei 8213/91 – novidade no ano de 2001 e 2002 da lei
previdenciária
 Até 1 ano de idade = 120 dias;
 De 1 ano até 4 anos = 60 dias;
 De 4 anos até 8 anos = 30 dias.

Art. 372 e seguinte CLT => proteção da mulher.


Art. 396 CLT => Intervalo par amamentação.
Art. 392-A CLT => cópia a Lei da Previdência.
A doméstica quando licenciada, não pode ser demitida. Está afastada, recebendo benefício do INSS.

g) Inciso XIX – Licença Paternidade


Art. 10, § 1º ADCT
- 05 dias (se nasceu na sexta feira à noite, o pai volta a trabalhar na quarta feira – conta-se o dia do
evento); conta-se o final de semana e feriado.
- Pai adotivo não tem licença
- A CRFB/88 igualou os filhos naturais ou adotivos, não os país.
- O professor tem 09 dias licença para casamento e falecimento (pai, mãe, esposa e filhos).

h) Inciso XXI – Aviso Prévio


Proporcionalidade de 30 dias (no mínimo) nos termos da lei. Art. 7º XXI, CRFB/88
Não existe Aviso Prévio de 8 dias conforme art, 487, I CLT.

Geralmente é dado nos contrato a prazo indeterminado, com antecedência de 30 dias.

Conforme o art. 2º CLT o Empregador tem poder de mando.

O empregado escolhe entre 02 horas ou não trabalhar 07 dias, mas é o empregador quem decide quando
o empregado vai tirar às 2 horas ou quando irá tira os 7 dias.
Art. 488, § único CLT.
Obs.: Desconsidera quando o parágrafo único se refere a um dia, não existe mais essa opção.

Se conseguir outro emprego durante o Aviso Prévio, o mesmo é rescindido.

O empregado tema faculdade de aceitar a retratação do empregador e vice versa.

O doméstico não tem redução de 2 horas, pois não tem jornada de trabalho. A única maneira é não
trabalhar 7 dias corridos.
Rural é um dia por semana.
O empregado que faz corpo mole é chamado de “Desídia”.

i) Inciso XXIV – Aposentadoria – lei 8213/91


O doméstico tem direito a Aposentadoria.
O art. 7º , XXIV da CRFB/88, não explica como obter a aposentadoria.
O doméstico tem direito à aposentadoria, bem como a sua integração na Previdência Social.
A CRFB/88 diz que o doméstico é segurado obrigatório.
Dois direitos que o doméstico não pode perder, pois já os têm:
 Licença Maternidade;
 Aposentadoria.
Auxilio Doença
O doméstico não tem todos os direitos previdenciários.

A lei 5859/72 – Lei do Doméstico – dá ao doméstico:

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 CTPS – 48 horas para assinatura da carteira de trabalho, sob responsabilidade do empregador.
 INSS
 Férias de 20 dias úteis;
 Salário (ao menos ao mínimo = 30% da pecúnia e 70% in natura).

Art. 7º, III CRFB/88. Fundo de garantia é obrigatório para urbanos e rurais.

O Art. 20 da lei 8036/90 - especifica as hipóteses do levantamento do FGTS.

Ganho mais 2 direitos em 2001:


FGTS facultativo – lei 8036/90 e Art. 3º-A lei 5859/72

Seguro Desemprego – art. 6º - A, § 1º lei 5859/72.

Seguro desemprego – tem que ter FGTS recolhido como doméstico por no mínimo 15 meses nos
últimos 24 meses.

Justa Causa - utilizam-se os requisitos do art. 482 CLT, com exceção das alíneas c, g e do § único.
Justa Causa do Empregador – usa-se o Código Civil, pois não se aplica o art. 483 CLT – contratos – exceção do
pacto não cumprido.

Contrato de Trabalho
O art. 442 CLT – é bilateral (empregado (pessoa física ou natural) => empregador (empresa individual
ou coletiva)).

Exceção: Terceirização (intermediação de mão de obra). O vínculo empregatício existe entre o


empregado e a empresa que o contrata, não entre o empregado e a empresa onde presta serviço. Entre
as empresas existe contato de natureza civil.

Súmula 331 TST. Hipótese de Terceirização


Ver lei 6019/74
Duas espécies de contrato de trabalho: Art. 443 CLT
 Indeterminado – não há data para sair
 Determinado – é o contrato a termo, com data certa para acabar, que pode ser data ou
acontecimento.
o Prazo Determinado propriamente Dita – art. 445 CLT – máximo de 2 anos (pode ser
prorrogado por uma vez dentro do prazo máximo).
Por exemplo: 1 ano + 1 ano
1 ano e 6 meses + 6 meses
6meses + 6 meses
Havendo prorrogação por mais de uma vez vira contrato a prazo indeterminado.
o Prazo de Experiência - art. 445 § único CLT
Por exemplo: 45 dias + 45 dias
30 dias + 60 dias
30 dias + 30 dias
Havendo prorrogação , vira contrato por prazo indeterminado.
O contrato com prazo de 90 dias, prorrogáveis.
Resposta certa na prova da OAB o que diferenciou foi a virgula.
No contrato a Termo: art. 479 CLT
O empregador que romper o contrato tem quer indenizar a metade do período que faltava.

Art. 480 CLT - o empregado que rompe o contrato a termo tem que indenizar o empregador os pelos
prejuízos causados.
§ 1º - é no máximo metade do período que faltava.

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Clausula Assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada.
É uma claúsula que assegura empregado/empregador a rescindir o contrato antes do termo. Se existir
está claúsula, dá-se o aviso prévio, uma vez que não se paga metade do que devia nem se indeniza o
prejuízo.

Jornada de Trabalho
Art. 7º, XIII CRFB/88
8 horas diárias e 44 horas semanais => jornada integral
• Possibilidade de contratação por tempo parcial – trabalha-se no máximo 25 horas semanais (art. 58
A)

• Regra proibitiva – não pode fazer hora extra (art. 59 , § 4°)

• Quem é do tempo integral pode passar para o parcial, desde que com aquiescência do
empregador e que esteja previsto em AC ou CC.
• Ganha proporcional aos funcionários quer trabalham por jornada integral.
• Férias – período de acordo com a jornada trabalhada. (Art. 130 A)

Dias de Férias Horas Semanais Inciso do Art 130A


18 22 até 25 I
16 20 até 22 II
14 15 até 20 II
12 10 até 15 IV
10 5 até 10 V
8 = ou < 5 VI
Falta Injustificada mais de 7 vezes (sem ser seguido) no período aquisitivo, reduz-se às férias pela
metade. Art. 130 A § único CLT

Suspensão Disciplinar = falta injustificada (toda vez que é descontado aquele dia).

Direito Coletivo

Organização Sindical: Art. 8º CRFB/88; Art. 534 , 535 e 252 CLT

As centrais sindicais não são relacionadas no Âmbito do Direito do Trabalho como ente qualificador
para defesa do interesse dos trabalhadores. Podem ser reconhecidas no Direito Civil.

Princípios:
a) Da Unicidade Sindical – não é possível criar mais de um sindicato para a mesma categoria na
mesma base territorial – Município.
b) Da Liberdade Sindical – não há mais a intervenção do Poder Público na organização ou
funcionamento do sindicato. Sua participação limita-se ao registro para garantir o princípio
anterior. Ninguém é obrigado filiar-se ao Sindicato.

Obs.: Os dirigentes sindicais quando representantes dos empregados são detentores de estabilidade.
Na garantia de emprego o empregado só pode ser dispensado por justa causa.

Na estabilidade, não adianta só o empregador apurar a justa causa, é necessário uma ação na Justiça
do Trabalho chamada de Inquérito Judicial (ação proposta pelo empregador para apurar justa causa
de empregado estável), que é necessário para:
– Estável Decenal – art. 492 CLT – (não existe na prática, após 10 anos, só poderia ser mandado
embora por justa causa),

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– Dirigente Sindical – art. 8º, VIII CRFB/88 e art. 543, §º3º CLT – (que é estável desde o registro
da candidatura até 1 ano após o mandato);

– Membro do Conselho Nacional da Previdência Social – art. 3º lei 8212/91;

– Diretor eleito da Cooperativa – art 55 lei 5764/71 equivale ao art. 543, §º3º CLT

O membro do Conselho Tutelar do Fundo (?) – necessita de inquérito sindical.


A estabilidade é personalíssima (gestante, acidentado), senão for personalíssima é do representante
do empregador. Titulares e suplentes que representam os empregados têm estabilidade.

Quando o estável é demitido sem a observância da Justa Causa, cabe Reintegração; a indenização é 2º
opção – quando o juiz decide. A indenização são os salários aos quais teria direito no período em que
foi mandado embora.

O dirigente sindical é estável desde o registro da candidatura. O sindicato deve comunicar em 24


horas a inscrição. É estável até 1 ano após o mandato (art. 534, § 5º CLT).

Não se adquire estabilidade no Aviso Prévio, nem no Contrato a Termo.


Quando o Sindicato notifica a Empregador sobre o Registro da Candidatura, coloca o dia e a hora.

Existem três formas de se criar Direitos Coletivos:


1) Acordo Coletivo (partes Acordantes) – Sindicato dos Empregados X 1 ou mais Empresas.
2) Convenção Coletiva (partes Convenientes) – Sindicato dos Empregados X Sindicato dos
Empregados

Definição de Acordo e Convenção


Art. 611 CLT
- Não existe direito adquirido frente a norma coletiva.
- Se não houver acordo extrajudicial é necessário a Ação de Dissídio Coletivo, proposta nos
Tribunais

Dissídio Coletivo – Sindicato dos Empregados X Sindicatos dos Empregadores


É judicial. Suas normas têm validade máxima de 4 anos.
Ação Revisional – cabe quando as normas não estão mais de acordo – art. 114, § 2º CRFB/88. Só é
exigido nos dissídios de natureza econômica. Existem dissídios de natureza jurídica (aplicação de lei).
Natureza econômica gera direito.
O poder normativo da Justiça do Trabalho esta nos dissídios coletivos de natureza econômica.

Revisão - Art. 873 CLT – Ação de Revisão, após um ano de vigência do dissídio.

Emenda 45 – para entrar com o Dissídio tem que ter comum acordo art. 114, § 2º CRFB/88.
Só é exigido nos dissídios de natureza econômica; existe esse outro dissídio que é de natureza Jurídica
(só serve para aplicara lei).
Onde está o Ato Normativo do Poder Judiciário? É o dissídio de Natureza Econômica.

O que tem em Comum da AC, CC, DC ? Resp.: O Sindicato dos empregados.

GREVE
O Art. 9º CRFB/88, autoriza a greve. É necessário uma lei que regulamente – Lei 7783/89

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– O empregador deve ser avisado em regra em 48 horas; se o serviço for essencial – 72 horas. Arts.
3º e 13 Lei 7783/89
– O serviço essencial deve garantir o mínimo para a população.
– O contrato fica suspenso na greve, não são percebidos na greve.
– Se for julgado e o juiz mandar pagar salários não foi suspenso o contrato, foi interrompido
– Não pode haver dispensa nem contratação - Arts. 7º Lei 7783/89
– No caso de serviços essenciais, pode haver contratação. Acabando a greve, o substituto é demitido
e o funcionário retorna.
– LOCK OUT – é paralisação do empregador que obsta a negociação de reivindicações dos
empregados. Arts. 17 Lei 7783/89.
– Militar tem proibição expressa à greve.
- Cada turma do TRT é composto de 5 desembargadores, quorum mínimo de 3 desembargadores
– Cada turma do TST é composto de 5 desembargadores, quorum mínimo de 3 desembargadores
– O STF tem competência para julgar recursos da Justiça do trabalho, mas não é Órgão da mesma.
– Antes da EC 24/99 existiam as juntas de conciliação e julgamento, que eram compostas pro 1 juiz
togado e 2 juizes classistas (que eram leigos).
– Onde não há vara do trabalho, o juiz responsável será o juiz da vara cível, no entanto, o recurso
será julgado pelo TRT – art. 112 CRFB/88.
Ações de Competência Originária da Vara
– Reclamação Trabalhista;
– Inquérito Judicial;
– Notificação Judicial;
– Protesto Judicial;
– Ação de Execução de Título ExtraJudicial

Tribunais Regionais do Trabalho


– Toda localidade tem um TRT vinculado a ela . Ex.: o Acre se juntou com Rondônia, para a criação
do 14º TRT; São Paulo tem 2 TRTs – art. 674 CLT – existem 24 TRTs.
– São formados por juizes do trabalho (quando promovidos por antiguidade ou merecimento ou
nomeados).
– O RI, em uma emenda regimental, c]declarou que os juizes de 2º grau do TRT são
desembargadores.
– O TRT tem compõem do no mínimo 7 juizes – art. 115 CRFB/88.
– No TRT, os juízes togados e os juízes do 1/5 constitucional, ocuparam os lugares dos classistas.

Tribunal Superior do Trabalho


– Só existe um com sede em Brasília
– Composto por Ministros, que ocupam os lugares para promoção ou pelo 5º Constitucional
(representantes do MP ou dos Advogados). São 27 ministros no TST – art. 111 A CRFB/88.
– No TST existem 5 turmas, cada turma com 5 Ministros e para que possa funcionar o quorum
mínimo é de três ministros.
– Tem competência para julgar recursos, que julgados de maneira reinterada se tornam súmulas –
julgamento repetido de recursos. É sedimentado o entendimento. Nem toda súmula tem efeito
vinculante.
– Ações de Competência Originária do TST:
 Mandado de Segurança (quando a autoridade coatora é do TRT);
 Ação Rescisória (para modificar julgado regional).
– Seções :
 Dissídios Individuais;
 Dissídios Coletivos
– A OJ é feito do julgamento repetido das ações.

Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região


– Ao todo são 54 desembargadores, que podem trabalhar no Pleno, SEDI e na Turma.

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– A presidência é composta pelo Presidente e Vice Presidente; a Corregedoria tem o Corregedor e o
Vice Corregedor.
– Atribuições do Presidente – art 21 e 25 RI; do Vice-Presidente – art. 30 RI
– Órgão do Pleno – todos os desembargadores fazem parte. Tem atribuição de aprovar e modificar o
RI. Elege e dá posse ao Presidente e Vice- Presidente e ao Corregedor e seu Vice; e aprova o RI –
art. 14 RI

– Órgão Especial – art. 7º RI – Presidente e Vice Presidente do Tribunal, Corregedor e Vice


Corregedor e os 11 desembargadores mais antigos que compõem o Órgão Especial. Tem a função
de escolher a veste dos juizes, dá posse a novos juízes, fixa parâmetros de promoção.
– Turmas – têm a atribuição de julgar recursos. São 9 turmas – art. 11 RI. O TRT Rio não cria
Súmulas, em São Paulo cria.
– Seções: Julgam as ações:
 SEDI – Seção Especializada em Dissídio individual
• Ações Originárias da SEDI
 Mandado de Segurança;
 Ação Rescisória – art. 485 CPC
 Medidas Cautelares
 Habeas Corpus
• Composição da SEDI – art. 9º RI
 tem 18 desembargadores
 SEDIC – Seção Especializada em Dissídio Coletivo
• Composição da SEDIC – tem 14 desembargadores (Presidente,
Vice Presidente mais 12 desembargadores) – art. 8º RI
– Comissão de Conciliação Prévia – Art. 625 A até 625 H CLT
 Sindicato ou Núcleo Sindical (grupo único que fazem a defesa da categoria)
 Empresa ou Grupo de Empresa
 Tenta fazer o acordo antes do Judiciário
 Comissão tem que ser paritária (representante dos empregados e dos empregadores).
 Prazo de 10 dias para conciliar..

Fora do âmbito da Justiça. É necessária a passagem por ela (Comissão) antes do ingresso na JT. Se o
termo de acordo não for cumprido, cabe Ação de Execução de Título Executivo Extrajudicial. Se não
houver acordo é emitida uma Declaração de Tentativa Frustrada de Conciliação. Se o acordo não for
feito integralmente, o termo de acordo é emitido com ressalvas. Por causa da Prescrição de 2 anos
(Bienal ou Extintiva) o prazo do processo fica suspenso (prazo prescricional) quando está na CCP.
MS – julgada por seção
Da sentença do MS cabe Recurso Ordinário

Erro In Judicando = Mandado de Segurança


Erro no Julgamento – quando autoridade co-atora fere direito líquido e certo não amparado pelo
Hábeas Corpus o Hábeas Data, quando não couber recurso.

Erro In Procedendo = Reclamação Correicional (RC).


Erro no Procedimento – o juiz inverte a boa ordem processual. A RC é uma ação, medida, co prazo de
5 dias, julgada pela Corregedoria. A sentença cabe Areg.
Areg = Agravo Regimental – é o recurso da sentença correicional – Art. 236 - RI
Das decisões que indeferem tutela antecipada (em MS, em Medida Cautelar) cabe Areg.

Sentença = Julgamento da Ação


Acórdão = Julgamento de Recurso

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O recurso é reexame da Matéria, que tem 2 juízos de admissibilidade:
 Juízo A QUO – aquele que deu a decisão;
 Juízo A QUEM – aquele que vai examinar

Observam os requisitos do Recurso


– Legitimidade e Interesse = binômio
– Tempestividade, ou seja, todo recurso tem prazo. Se for recurso e agravo tem prazo de 8 dias.
– Preparo = Custas/depósito recursal (feito pela reclamada). São suportadas pela reclamada, além
disso, o depósito recursal (caução) – é uma verdadeira garantia para a parte vencedora.
Quem sempre faz o depósito recursal é a reclamada
Observa-se o teto para o depósito. Se o valor for inferior ao teto, recolhe–se integralmente; se for
superior, recolhe o teto. O valor é depositado não pode ser movimentado, tendo em vista ser
recolhido na conta do FGTS e é liberado por alvará pelo juiz. No caso de interesse do reclamante e
do reclamado em recorrer, a Reclamada arca com as custas e depósitos.

– Recurso Ordinário - da Vara para o TRT. Revisa tanto a matéria de Fato quanto de direito. Prazo
de 8 dias.
Procedimento sumaríssimo: ação ate 40 salários mínimos. O recurso ordinário neste procedimento
é distribuído diretamente para o Relator dispensando o Revisor. O Relator só pode ficar com o
processo por 10 dias e inclui em pauta para julgamento. O MPT se manifesta no julgamento,
verbalmente.
No julgamento do recurso, dá-se o acórdão. No procedimento sumaríssimo basta a
fundamentação e o dispositivo. Se for mantida a decisão do juízo a quo é emitida uma Certidão
dizendo que a decisão foi mantida e por isso lavra-se o acórdão. Art. 895 (RO), § 1º (procedimento
sumaríssimo) CLT

- Recurso de Revista – do TRT para o TST – para exame de matéria de direito. Típica da Justiça do
Trabalho. Prazo de 8 dias. São três matérias de Direito.
Ofensa a lei
Ofensa a CRFB/88
Divergência Jurisprudencial
Tem relevância de caráter social, político, jurídico ou econômico.
Princípio da Transcendência – dar prioridade a essas matérias (relevância) – art. 896 A CLT
No sumaríssimo só entra ofensa a CRFB/88 e divergência com súmula do TST – há restrição de
matéria.

SUCEDÂNEO = EQUIVALENTE

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