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CAPITULO 3 Impacto do langamento de _efluentes nos corpos receptores J, POLUIGAO POR MATERIA ORGANICA E AUTODEPURACAO DOS CURSOS D'AGUA. LL Intredugao Iblemas de poluigio dos cursos © presente item aborda um dos pri O objetivo deste texio éa estude do fendmeno do consumo do oxigénio dissolvido ¢ da autodepuragio, através da qual o curso d’sigua se recupera, por meio de mecanismos purament js, Ambos 9s fendmenos sio analisados do ponto de vista ecol6gice ©, posteriormente, mais especificamente, através da representacdo matemitica da trajetoria do oxigéaio dissolvido no curso d'igua. is amplos, o fendmeno da autodepuragio est vil Em termos restabelecimento do equilibrio no meio agudtice, p naturals, apds as alteragdes inducidas pelos despejos afluentes. Dentro de uma visio ais especifica, tem-se que, como parte integrante do fendmeno de autodepurseo, os compostos orgénicos so convertidos em compostos incrtes ¢ no prejudiciais do ponto de vista ecolégico. Deve ser entendido que © conceito de autodepuragao apresenta a mesma relatividade {que 0 conceito de poluigao, Uma agua pode ser considerada depurada, sob um posto de Iinpacto do lancamento de efluents nos corpos receptores cy que aio esteja totalmente purificada em termos higiénivos, apresentando, rnicos seguros ¢ bem defi portar o corpa angamento de despejos encontra-se sntrada da fonte de poluigso, @ salravés do conceito de ss naturais: clevada diversidade de espécies duos em cada espécie Ges perturbudas: baixa diversidade de espécies reduzido niimero de espésies elevado niimero de individuos em cada espécie ‘A Figuca J.1 apresenta a visualizagdo esquemética da relagio entre poluigao © diversidade de espécies. Diversidade de especies t Poiuigao. ig. 11. Relagaoquaitatva cite pogo diversas deespies (adapt de Areva, 1981) ‘Aredugio na diversidade de espécies se deve no fato de que a pol novas cond reduzide nimero , padendo vir a sucumbir (conduzindo total de especies) 1.2.2, Zonas de autodepuragio autodepuragio um processo que se desenvolve av fongo do tempo, ¢ fc t dimensio do curso d'agua receptor como predominantemente inst que os estigios da sucessiio ecoldgica podem ser associados a rte identifieéveis no rio, $e quateo as principais zonas de autodepu ‘A jusante do langamento de um despejo predominantemente orgéinico # biode- 1g. 1983), graddvel, tem-se as seguintes carat is de cada zona (von Sper Deve-seressallarque,a montante do azonade dguas limpas, caracterizada pelo seu eq) jade da gua, A Figura 1-2 apresenta a trajetéria dos ués principais parimetros (matéria organica, bactérias decompositoras e oxigénto dissolvido) ao longo das quatro 20nas. es nos corpos recepiores (1.29) rdec, itagio wr para Mfériea 1.30) 985): 19 ZONA DE DEGRADAGAO : ZONADE DECOMPOSIG:AO ATIVA ; fencontonaferma 3 avena.to n! da zona comsrcanse ZONA DE RECUPERACAO SeSSESp nectar Cwastofevea Dessigao Is ins canara a oan caractesica et lao sun aporra coral acecenase gandemente Imetnoras, Os deposits Indo sererertdae no tre aesoniary si Xt frie nao tao ta na haven mets deeprencimenta a aes Se Aspect estéteo Mere exgenos oxgeno ss0tves ago, Set rs pret 38 2028, Camus |retnetecmon ca cx sre Truaiestemerios asin oma qranden \oonws. A dimescace de expaceso qrande © ecosristema enc Comunidade singe novomante oc Introducdo & qualidade das dguas € a0 tratamento de esgotos = Impacto do lancamento de efluentes nos carps receptores 1.3. O halango do oxigénio dissolvido Serene arnt 1.3.1, Fatores interagentes no balango de OD Introdugio icos, a reperessio mais nec! CURSO DAGUA_———+ MATERIA ORGANICA b no ar a sua concentrago € da ordem de 270 mgf, na BaCTERIAS anon ieee aproximadamente . fade teaz sensiveis repercussies quanto 20 leor de oxig arene ‘OnIGENO DIssoLvI0g ge Secure aamco ® e ONAS @ Acuosimpas @ vegosacas @ decomposcse ava Pei exqaeniticn da con io 30 long dn pseu ea 100 2. Consumo de oxigénio 1a) Oxidagio da matéria organica ‘A matéria orginica nos esgotos se apresenia em duas formas: em suspenstio e dissolvida. A matéria em suspensio tende a sedimentar n0 corpo formando @ Todo de fundo. A matéria dissolvida, coajuntamente com a maria suspensa de oquenas dimensdes ietorganismos decomposito- icas aenibias. A equagio simplificada éa > CO) + M20 + bactérias + energia (1.1) presenca de oxigénio, convertem a matéria org simples inertes, como dgua e gi a compostos is tendem a crescer ese ra orginica em suspensiio que se sedimentou, farmando 0 iodo de fundo, necessita ser também es Jodo. Esta forma de estabilizagio, por ser ai consumo de oxigénio, No entanto, a camada super zago do lodo se dé aerobiamente nesta fina camada, resultande ne consumo de oxigénio. Ademais, alguns subprodutos parciais da decomposigao anae se dissolver, atravessar a camada aerébia do lodo, e se di exercendo uma demanda de oxigénio. A demanda de oxigénio of conjunto de fatores gerados pelo lodo de Inada por este 102 O todo, no estando ainda totalmente est vvolocidade de escoamento das 4 do oxigénio depende de uma série « quantificagio. A transformagio da aménia em nit cada’ 4 HT 4 HO + ene aménia + O02 —> ni A simp! c acondo com a engi to em jteato ocore a seguir. storage de ada: (ay nitrito + O2 —> nitrato + energiaa CObservarse que em ambas as reagSes hi consumo de oxigénio. Este consumo referide como demanda nitrogenada ov demanda de segundo numa fase posterior & das reagbes de descxigenaco carbor de que as bactérias bacterias heterot lentamente introdugo de oxigénio no meio liquide A transferénein de gases é um fendimeno fisico a io intercambiadas entre o liquide eo gas pela su: rum aumento da concentrasio do paisa fase ligui com 0 gis. tog oqueccorre em: reduziu-se devido nos procescos de nova situagdo de equilfbrio, permitindo que haja uma maior absorgfio de oxigénio pela massa li Em um corpo d’ggua com a mass: difusio molecular. Esta pode ser dese de se espalhar uniformemente por t ‘mecanismo é bastante lento, req ‘camadas mais profundas do corpo. (O mecanismo da difustio turbul principais fatores de aeragdo: interfaces. O primeiro & importante, pois é€ das interfaces permite que se evite pontos de © és para as varias profiind orredeiras, apresenta exce- -ondigdes, a difusio mole- lea predominar adifusio molecular, ra € renovacao da interface. b) Fotossintese A fotossintese & 0 principal processe feos para a sintese da matéria orga © processo se real seguinte equago simp| CO? + H:0 + energia as iracéio apresenta uma reaciio exatamente oposta & da fotossintese. fo {ul um processo de fixagio da energia luminosa ea ose de alta energia potencial. a respiragio essencial- {a energia para sua posterior utilizagio nos desagregaciio de part a introdugio de sélidos em suspensio contidos nos despejos, a pos Presenga de algas é menor e, por conseguinte, mais reduzido o fendmeno da fotos. sintese. Isso é patenteado nas primeiras zonas de autodepuracio, onde ha predomi 104 Inrroducdiod quatidaate das denns ¢ a0 tratamento de exgotos nincia quase que exclusiva de organismos heterstrofos, ou seja, a resp pera 1 produgte. No cémputo geral, os seres aut oxidagio, gerando sempre um saldo de c 1.3.2, Fatores abrangidos pelos modelos simplificados 1.3.2.1. Fendmenos incorporados no balanco do oxigénio dissolvide 1.3.2.2. Representagio rado modelo. deve ser le ipos de modelos hi PRINCIPAIS MODELOS HIDRAULICOS PARA UM CORPO D’AGUA uno rerko se caracteriza porter em ida a mesma concentragio. Assim, a concentragio se aplica {as mesmas reagoes ¢ fendmenos do rio, apresentando em cada instante, port 8). mesma qualidade que 0 lo no curso d'égua (ver Fi Invrodugto & qualidade das du de espotos CCOMPARACKO ENTRE A REACLO.EN UM REATOR ME HRUZG EM prsTAO EN UW RECIPIENTE, curso Agen ——— Fig 18. Compara ents am ecient € wm Erbolo cm ‘As duas representagSes acima sio para situagdes ides de dispersio dos as duas situagdes extrer im, 08 Lorpes, jente dc dispersio, Coefi flaxo em pistzo. através do regime de ft {quando se tem rios sob influéncia estuarina ‘No presente texto, adota-se a 8 através do regime de Mluxo em pistio, 1.33, Acurva do oxigénio discol Ao decréscime dooxigénio dissolvi do oxigénio. Em termos de longo do curso d's perfilde OD (oxigér de OD. € 0 cixo horizont processam as transformagaes de ordem ‘A modelagem destes aspectos depende fundamentalmente da compreensio dos ‘n0 balango do oxigénio dissolvido: desoxi ‘As das curvas sio simét matéria orginica se consumido é zero, Com 0 pas igual a 2er0), 20 passo que o c sale exereida). E importante a compreer nica de Oxigen ws das Aguas Residuirias”. Por uma questo de padronizasio, frequentemente o conceit da DBO padriio, expressa por BOs" ©. No entanto, 0 consumo de oxigénio na amostra varia a0 longo do tempo. ou se)a, odo prese onalisar matematicamente progride 20 longo do tempo. conceito da NBO, repreventando tanto a matéria orgiaica quanto © consumo de oxigénio, pode ser entendido por estes dois Angulos distintos: © DBO remanescente: concentragio {quida em um dado in BO exercida: oxigénio consumide nstante A primeira poténci tal importincia dentro da Engenba como 0 consumo de orig A progress da DBO an longo do tempo, segundo estes dois coneeitos, pode ser fa na Figura 1.6, PROGRESSAO TEMPORAL DA OXIDACAO DA MATERIA ORGANICA consume ocunutadto ‘oo onaere, eo tues) modelagem do oxigénio dissolvido, send da Equngio 1.5, entre 0s Ii ngeiaagince (OBS temankicontey equuagio € eserita 1 vena cms) 0 forms sto equivalentes, de expresso ng texto, 0s valores dos coeficientes so aprese' 108 1 a alia das gm 109 © 20 ratamento de esgoros Impacto de lancame) 0s te Em termos de consume de oxigéaio, é importante cxercida, Esta € obt fa awavés da Equazio 1.6, conduzindo volo deh) (7) onde: y= DBO exercida emum tempo t (mg/l). Notar que y=to 1, = DBO remanescente, em t=0 (come definido acima), ou DBO exercida (em t==). Também denominada demancla tltina, pelo fato de representar DBO ‘20 final da estabilizagio (mg/). Exemplo 1.1. A interpretagdo de andlises de leborotério de uma amostra de agua de um rio «a jusane de wm lanai ss valores: fa) Coeficiente de desoxigenagéio: K) = 0,25 d; (b) demanda tiltima Ly = 100 mgil. Caleulara DBO exercida a I, 5 ¢ 20 dias Soluga Jeilicando-se a Equogde 1.7, onde y= Ly (1-0 10 © Para r=1 dia: yi = 100(1 © Para 125 dias ys = 100(1-c°25) = 71 mgd (= DBOs) Para 1=20 dies yo = 100 (16°) = 99 nek SS areeee = 22 med Observa-se que a 20 dies « DBO jd extd praticamente toda exercida (xn praticamente igual a Lo) A relacdo entre a DBOs a demand titima Ly & 71/100 = 0,71. Assim. ao ‘quinc dia, cprovimesdamente 71% do consumo de oxigénio jd fo exercido ou, em outras palavras, 71% da matéria organia total (expressa em termos de DBO) {d fol estabilizada, Inversamenie, c relagdo L/DBOs ¢ igual a 100/71 = 1.42 m0 Ina lidade das équase a0 tratamento de exertos ao cosfcentededesonigengo Ki ai 1.0 ei tr tater mde nena pr eke P= pelo fate tea mat Quadro 1.2 Valores tipicas de Ky (hase e 20°C) Dex tana de Belo Horizonte cond tum desvio padio de 0.18 di AFigura | : v acumilado de oxigénie deduas amostrascom diferentes vere alo ‘Fe demanda ultima (Le=LO00 mg. A amosta com maior K (0.254) arescoi Ht taxa de consumo de oxigénio m: compara com ara de ene (110 a"), Valores de DBO préximos & demands dltima ss ms ; atingidos com a amosira com o maior K 1 moonessiov0 conssmone orcN0 pasa nets wen L450 NE FERPSTESBLORESENY osunesegees een “Fig 1L8-Trjetra do cons de oigeio pra crete vores dK ‘ m fe fluentes nas corps receprores Impacto do lancam métodas de regressizo néo ara se abter os valores izagdo dos valores de jdade do conceit da DBOs podem ser exemplo (ver Fig) ies. A relagao empirica ie desonigenagio pace ser expressa da seghinte forma: Kir= Ki 07 satura T=20°C (di @ = coeficiente de tempera rrcesh000 CORSO DE LN pana un wes Vcc Soe Som EOPERENTES VALORES Fig 1 Islan WK, 15 as (100 mp terentes valores de Ks relagiio a Equagio 1.8 é de que o valor de Ky aumenta 4 ra temperatura da digua ‘Um outro aspecto aser comentado ¢ o de que a elevagio da temperatura auments © Kp, mas nfo altera o valor da demanda ditima To, que passa a ser apenas riais, ropidamente. 1.5, Cinética da reaeragho 1.5.1, Formulagio matematica ‘Quando a gua é exposta a um gas, ocorre um continuo intercdmbio de moléculas da fase Ifquida para a gasosa ¢ vice-versa. Tio logo a concentragio de solubilidade ra fase Iiquida seja atingida, ambos os luxos passam. a ser de igual magnitude, de ‘modo a nfo ocorrer uma mudanga global das concentrages do gas em ambas as fas. Este equilibrio dinimico define a concentragio de saturagio (C.) do gais na fase liquid No entanto, caso haja alge principal fluxo de transferénci consume do és dissolvido na fase liquids, 0 a diregdo gis-Vguido, atuando no sentido de Impacto do langamento de efluentes nos corpos receptores us o.0 pret da ert stnossesdesenshso ito, O consumo do o7 - an visu percteNTE BO.GAS io com deficéncia da gs dvoid ada reacragtio pode s ordem (da mesma forma que a desoxizensy ida poruma reago de primeira ), Segundo a seguinte equagéo: adiferenga entre 9 concentragio de existente em um tempo t (C) (=C. - C) (mil) euragdo da Equagio 1.9, pe.e® | onde: Da = deficit de oxigé m tertiws grificos. a progressio do déficit (D=C.-C) e da concent (© podem ser visual 1140, Observa-se que a curvasd shad Irodusa 8 qu quase ao tratamento de esgetos tragdo de OD se eleva devido A reaeragao. 0 d PROGRESSAO TEMPORAL DO DEFICTTE DA CCONCENTRAGAO DE OXIGENIO DISSOLVIDO cs cae — 7 Sorcentracsa oe 2D ditict se 00 romeo (es) Fig. 1.10. Progreso tempor bo oigénia dsalvio 1.5.2. 0 eoeficiente de reaeracio Kx pode-se determinar © fora do escopo do presente texto, “Asselegio do valor do coe! Ka tem uma maior influénck do que 0 cveficiente K., pelo tem trés métodes para a + valores conelacionados com a varie doc 8) Valores médios tabelados ‘Alguns pesquisadores, estudando compos dsgua de diversns caracleristieas, obti= veram valores médios de K>, apresentados no Quadro 1.3, fanga Impac' Quadro 1.3 Valores tipicas de Ky ibase e 20°C) compe d’égua, Deve-se [evar em consider no entanto, gue as valores constanies desta tabeta sao usualmente menores do que ox obiid pelos outros méiodes, cexpostos a seguir, INFLUENCIA DAS CARACTERISTICAS FISICAS NO COEFICIENTE K2 INFLUENCIA DA PROFUNDIDARE aaa more ane EVADA mos NOME tERBORE oma INFWENCIA DA VELOCDADE eenaynrcenace fo do compo gonna cutie Ko 16 tnnrode0 a qui Iaboragio brio, halango de massa ous. relata diversas fSrmulas, con ide ea vel ‘ frncipas formulas, com fanas de tango que se complemen 50 d eadasem dados ids {Quadro 14 Valores do cocfvient Ka seguncin mass bases em 20) fae seartcago Booster CoxGorner # Doin (1958) aa) Cohehi o! a 1982 5 ‘wens att (ape Brn ‘orraaimenoes me AE ee coma pode ser visto a ‘As faixas de aplicayio das formulas sfo complementares, como Po jvre, deve-se adotar 0% Von Sperling (19% politana de Belo Horizonte, obte Coe Crt KIC Impacto do larzementa de efents ros corres ee FAIXAS DE APLICABILIDADE DAS FORMULAS HIDRAULICAS. PARA DETERMINAGAO DE K2 ot ~ PROFANQIDADE on orconncre Dosans | = GAC © procedimento se baseia na determinagio de Ks por meio das formulas hidréu- licas, para cada par de valores de v e H da série histérica dos dados fluviomeétticos disponiveis, Posteriommente, efetua-sc uma anilise da regresséo entre os valores de , prineipalmente scimento da profundidade e da de Ko) estes fatores atuam em sentidos opostos. O aumento de K>implica numa elevagdo Introdugo & quotidade das dguas e ao trotamento de exgotos de ree. Son deft Je x afvenca global na taxa de re: ietermente, poco ere Satewpertu = cocficiente de tempers “Um valor bastante utilizado do coe! 16. Acorva de deples 1 Formulae at on sadores Strecter ¢ Phelps. eee a oo : A i comow mode deireter PHP cequagao diferenci ‘Taxa de variagao a phot ER ADO pa Kile. Bata é a equagio Ect do tempo. A curva da ct desta equagio. sbendo-se que ‘Ao longo da curva de OD, um ponto é de tandam {qual a concentragio de oxigénio at necessrio, deve ser 8 ‘iente para garantir que 'inimo permitido pela legislagi0 PERFIL DO OXIGENIO DISSOLVIDO Fscoros astorete tm) | Fig. 1.13. Pontos de dep de OD 1.6.2. Equagies represent vas #) Concentrasao ¢ déficit de oxigénia no ria apés a mistura com o despejo 19) 120 ratamento de esgotor [moana «20 Qe= vari de esgot OD; = concentragio de oxigénio dissolvide no rio, 2 espejos (mg) OD. = concentragiio de oxigénio dissolvido no esgoto (mg) Observa-se que valor deC, €obtide através de média ponderada entre a fe teores de OD do rio # dos esgotos, b) Céteulo da DBOs ¢ da demanda tiltim tura como despejo DBOs da mistura (Or. DBO, + Qe DBO.) 1 DBO5)= Sr PRO Ee Cre DBO altima da mist Lo= DBO). Kx (2:2280-+ 0. DBA) a2 onde: DROS, = concentragio de DBI Lo= demanda dltima de oxigér ima (DBO, 2) fe média ponderada entre as vais © 18 dos esgotos, também obtido at 1s de onigénio do receptores a ) Céleulo do perfil de oxigénio dissolvido em funcao do tempo Ceo, Nestas condigdes, Phelps passa a nao mai 4) Céteuto do tempo entico (tempo onde ocorre a concentrarto minima de oxigénio dissolvido) (4.25) Algurnas situagées podem acorrer na izagao da férmula do tempo eritico, dependendo da retagio entee (Le/Do) rer Figura 1.14): PERFIL DO OXIGENIO DISSOLVIDO Rela entre LoDo e K2K1 ee Tig, 14, Retesi entco temyoeritn eos termes (LyD,) € (KK) n2 Invrodugao & qualidade das duas-e ao tratamento de esgotos (© curso "gua apresema uma capneid de degeneragio dos espotos. En termes Pi (4.26) {fp Céteula da eficiencia requeride para 9 trae cary mci pis perfil de OD para ae minima de O1 So 08 oe etes-Phelps (ver Figara 1.15} 128 Impacto doer ‘* DBO5 no rio, a montante do Jangamenta (DBO,) # DBOs do esgoto (DR + coeficiente de desoxigenagio (K) «@) Vario do curso d'égua (Qe) A vezi do compo recepior é uma vari tendo uma grande infliencta nos obtengio do valor da vazio tio preciso ia do perfodo seco) determinado perindo é wilizada quando se deseja ajustar os cocficientes do modelo, para que os dados proximos possiveis dos dados observades (medidas) no 10 perfodo em andlise. A vaedo média é adotada q e deseja simular as condigdes médias pre centes, quer durante o ano, durante o¢ meses chuvasos ou dur Ay 1.0 planejamento do baci 128 de das do chim, topografia, solo et. by Vato de esgotos (Qe) ) Oxigénio dissotvido no esgoto (OD) Nos esgotos, 0s teores deaxigénio dissolvida sfo normalmente nulos ou préxiimos a zero, Isto se deve grande quantidade de matéria orginica presente, implicandoem tum elevado consumo de oxigénio pelos microrganismos decompositores. Assim, adota-se usualmente, nos cflculos de autodepuragio, o OD do esgato bruto como zero. ‘Caso o esgoto seja tratado, as seg) + Tratamento prima consideragBes podlem ser efetuadas: FFfluentes de tratamento primério podem ser admitidos como jgicos. Efluentes desses sistemas sofrem uma certa podende 0 OD subir OD préximos & saturagio, ou mesmo inda mais elevados, face & produydo de coxigénio puro pelas algas. © DROs no rio, amontante do lancamento (DBO,) inglio dos despejos langados a0 tipicas (Quadro | Quadro 1.5 Valores de DROs em fungso das earmeterfstcas do curso d°égua ‘Candie doin DAD, oo (ra Besante rp Cee 2 Rzcavorneia pe 2 Traoee 5 Fm 210 P)DBOs do esgoto (DBO.) ‘Acconcentragio da DBOs dos esgotos domésticos brutos tem um valor médio da ordem de 3 mg/l. Pode-se esti hém 2 DBO dos esgotos domésticos atravésd o entre valor per capita de DBO (daordem de 45.260 gDBOsthab.d, 126 h lade dasa ramento de es yy j i ‘usualment tomo de 120 a 220 Vnab.d) (ver Capi ‘Caso hajadespejos industriais sig principalmente aqueles oriundos de it te, como as do ramo alimenticio, amostragem ou através de dados de ‘Na situago em que se estiver investigando deve-se considerar a redusio da DBO proporetunada pel Em tais condiges, a DBOs efluente sers: 41.28) onde: DBO.n= DBOs DBOc = DBOs do esgato aflue E =eficigncia do tratamento na 0 Quadso 1.6 apresent de tratamento de esgotos predor 1 de tratamento encontra-se no C2 detallramente dos sistemas de Siena ce tetenen “mente parano ae — 7 8) Coeficiente de desoxigenagdo (Ky) O coetciente de desoxigenayio pode ser cbt segundo os critérios apresentados no Item 1.4.2. Deverse atentar para 0 fato de que esgotos tratados biologicamente lor de Ky (ver Quadco 1.4). Para temperaturas do liguido diferentes de 20°C, 0 valor de Ky devera ser corrigido (ver Item 1:43}. h) Coeficiente de reaeragao (K: segundo as metodologins expostas no fda diferentes de 20°C, 0 valor de K> devers ser i) Velocidade no curso d’égua(v) A velocidade da massa liquida no curso d'égua pode ser dos seguintes méteds: + medigdo direta no curso d'égua = obtengo de dados em estagBes fimada através de urn condigdes de vazio, a indicada, Em outras n a vazlo, jf que perfodos de seea tendem a ter menores velocidades, com 0 oposto averrendo com os perfodos chovosos, ura pertinente, devendo ser lade mais adequado em fungio da conformagio Accorrelagio com a vazio deve seguir uma metodologia semelhante & descrita no 5.2.c, pars o cocficiente de reaeragio, © modelo a ser ebtido pode ter a forma vecQ% onde ced si0 c s obtidios da andlise da regressio, J) Tempo de percurso () No modelo de Streeter-Phel asta para percomer determina © tempo de percurso teérico que uma particula icamente da velocidade e da 0 e determinadas as velocidades em cada trecho, 0 tempo de resdncia ¢ obtido diretamente da relagio: ramento de esgotor d (1.299 86400 = nimero de segundos por 1 Concentragao de saturagio de OD ( A concentragio de si consideragies 6 fungao da temper fy = fator de corrego da con Cy = concentragio de. H = altitude (mn) Y= 1-9 10%. Cus (1.32) onde: {Y= fator de redugio na so Cor concentragio de sais di © Quadro 1.7 apres para diferentes temper 9 Impacto do lengamento de efluentes nos corpos receptores Quadro 1.7. Concontraglo de saturazio de oxigénio (mel) todo, objetivando problema pelos seus focos is grande variedade de estratégias cesgotos 6 a prin +b) Regularizagio da vacto do fe geralmente em se constr fungo da classe em que 0 io CONAMA N° 20, de 18/06/86, oxigénio Deve- delicado de pontode. ecmiss ‘esolugie CONAMA n" 20, 18/06/86) ciao aeragio pode estar | coletivo e envolve a 130 Introdicda& qualidade das éguas ¢ a tratamento de esgotos Bnire as diversas formas de acragio podem ser empregadas = neragao por a difwso = aeragio superficial ~ aeragao em vertedores = aeragao em turbinas + injegdo por pressio ‘Além disso, quedas d'dgua naturais podem contibuir sigaficativamente para a elevagio do OD (von Sperling, 1987), dj Aeragio dos esgotos trasados Na snfda da estagio de tratamento de esgotos, apis a satisfagio da demanda de oxigénio, © eflueate pode sofrer uma simples aerago, usualmente por meio de vortedores. Estes dispositivos podem aumentar 2 concentiagio de OD da ordem de alguns miligtamas por liteo (1 a 3 mg/l), contribuinds « que, ji ao panto de langamento, a concentragdo de oxigénio no curso.dsigua seja um pouco mais elevada, ¢) Alocagdio de outras usos pare o curse Wega ‘No caso da impossibilidade (principalmente econdmica) de se controlar os focos poluidores de forma a se preservar 1 qualidade do corpo d'gua em Fungo dos seus lusos previstos, pode-se avaliar a relocago de usos para este curso digua, OU para rechos deste ‘Assim, pode vie a ser necessirio ateibuit-se usos menos nobres para determinado lwecho de um curso d’sigun, pela inviabilidade de se implementar 0 controle ao nivel desejado. A atocagiio dos usos para. curso d’igua deve ser efetuada como uma forma dos recursos hitricos regionais, visando seus virios usos (Arceivala, sy Inwroduc ioc yuatidade das ciguas ¢ ae trasanento de esgatos

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