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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIENCIAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA CIVIL

IMPORTANCIA DAS REDES DE ATERROS SANITARIOS


PARA OBTENÇAO DE CREDITOS DE CARBONO.

Professor: ANISIO BRASILEIRO


ALUNO - FRANCISCO HUMBERTO DE CARVALHO JUNIOR

JANEIRO/2007

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IMPORTANCIA DAS REDES DE ATERROS SANITARIOS PARA OBTENÇAO
DE CREDITOS DE CARBONO.

Francisco Humberto de Carvalho Junior(1)

Engenheiro Civil pela UNIFOR – CE (1983), Especialista em Engenharia Urbana pela UNIFOR-CE
(1997), Mestre em Saneamento Ambiental pela UFC-CE (2002), Doutorando em Geotécnica
Ambiental pela UFPE, Instrutor da ABES, Ex- Presidente da ABES-CE e atualmente Diretor da
Seção – CE, Diretor da ARFOR- Agencia Reguladora de Fortaleza, e Consultor técnico
ambiental.lixeirogari@yahoo.com.br.

Anísio Brasileiro

Professor do Departamento de Engenharia Civil da UFPE, Doutor pela Universidade


Politécnica de Madrid-ES, Coordenador do Grupo de Resíduos Sólidos da UFPE, Consultor
de diversos Ministérios e autor de diversos trabalhos técnicos.

RESUMO

A disposição final do lixo é um dos graves problemas ambientais enfrentados pelos grandes
centros urbanos, particularmente no Brasil onde o uso de “lixões” ainda é muito comum.

A emissão descontrolada do biogás gerado na decomposição anaeróbia da matéria orgânica


vem constituindo como uma das causas para aumentar o aquecimento global, oferecendo
ainda riscos de explosão em concentrações entre 5 e 15% no ar. O biogás pode ser também
um problema global pois é formado por cerca de 50% de metano.O uso do biogás nos
aterros sanitários e de lixões, pode obter vários benefícios para os municípios brasileiros,
estimulando a adoção de práticas de engenharia que maximizam a geração e a coleta do
biogás, também reduzindo os riscos de contaminação do meio ambiente.

As redes de aterros sanitários, é ao mesmo tempo uma rede técnica e sócio-ambiental. Ela é
técnica, pois necessita de um projeto de engenharia sanitária e ambiental, e principalmente
de um gerenciamento correto. As normas da ABNT- Associação Brasileira de Normas
Técnicas e do CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente, orientam para a
elaboração correta de um projeto técnico e de gerenciamento. Do ponto de vista sócio-
ambiental, essa rede contribui para receber os resíduos sólidos urbanos, que a sociedade
descartou e o poder publico ainda não teve estruturas organizacionais suficientes para o
aproveitamento destes resíduos como a reciclagem ou a reutilização.

O desafio atual para essa rede dos aterros sanitários, é de reduzir ao maximo as emissões de
gases de efeito estufa. Para isso o MDL- Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, propõe
incentivos econômicos, dentro de uma visão de estudo de valoração econômica-ambiental.

O objetivo deste artigo é demonstrar a importância das redes de aterros sanitários na


obtenção de créditos de carbono, dentro do mecanismo de desenvolvimento limpo, que
propõe a ONU- Organizações das Nações Unidas, na intenção de reduzir as emissões de
gases que proporcionam o aumento do aquecimento do planeta.

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Palavras Chave:
Biogás, Aterro Sanitário, Redes Técnicas, Resíduos Sólidos.

ABSTRACT

The final disposal of the garbage is one of the serious ambient problems faced by the great
urban centers, particularly in Brazil where the use of "lixões" still is very common.

The emission uncontrolled of biogás generated in the anaerobic decomposition of the


organic substance comes constituting as one of the causes to increase the global heating,
offering still risks of explosion in concentrations between 5 and 15% in air. Biogás also can
be a global problem therefore is formed by about 50% of metano.O use of biogás in the
landfill and of “lixões”, it can get some benefits for the Brazilian cities, stimulating the
adoption of practical of engineering that maximize the generation and the collection of
biogás, also reducing the risks of contamination of the environment.

The nets of landfill, are at the same time a net partner-ambient technique and. It is
technique, therefore she needs a project of sanitary and ambient engineering, and mainly a
correct management. The norms of the ABNT- Brazilian Association of Norms Techniques
and of the CONAMA- National Advice of the Environment, guide for the correct
elaboration of a project technician and management. Of the partner-ambient point of view,
this net contributes to receive solid the residues urban, that the society discarded and the
power I still publish did not have enough organizacionais structures for the exploitation of
these waste as the recycling or the reutilização.

The current challenge for this net of the landfill, is to reduce to maximo the emissions of
effect gases greenhouse. For this the MDL- Mechanism of Clean Development, considers
economic incentives, inside of a vision of study of economic-ambient valuation.

The objective of this article is to demonstrate the importance of the nets of landfill in the
attainment of carbon credits, inside of the mechanism of clean development, that considers
the ONU Organizations of the Joined Nations, in the intention to reduce the emissions of
gases that provide the increase of the heating of the planet.

Words Key: Biogás, landfill, Nets Techniques, solid waste.

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1. Introdução

A disposição final dos resíduos sólidos urbanos tem preocupado as autoridades


governamentais e de organizações não governamentais, notadamente pois as áreas
disponíveis para dispor os resíduos estão cada vez mais difíceis. Um aterro sanitário
impacta, mesmo tendo todos os cuidados necessários, e depende do manejo correto.

A geração dos resíduos sólidos a partir da Revolução Industrial, aumentou bastante a


geração nas cidades. A influencia da cultura, os meios de acondicionamento, segregação,
coleta e transporte formas de aproveitamento e de tratamento dos resíduos, enfim o
gerenciamento adequado dos resíduos contribuem para a grave situação que encontramos.

Os lixões, áreas destinadas de forma desorganizada para dispor os resíduos, e bastante


encontrada ainda nas cidades brasileiras, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, são
ainda mais impactantes. A presença de catadores convivendo com animais dentro destes
locais, mostram claramente que ainda avançamos pouco. Os gases emitidos nestes locais, se
espalham e piorando o quadro atual que o planeta enfrenta em relação ao aquecimento
global. Os líquidos percolados, que são formados pela degradação da matéria orgânica
pelos microorganismos, pela lixiviação e por parte das águas pluviais contribuem para o
agravo da situação. Pois estes líquidos, altamente poluidores, tendem a penetrar no solo e
chegar nos aqüíferos, ou simplesmente se dirigirem aos leitos de rios ou de mananciais
hídricos.As figuras seguintes ilustram o cenário acima descrito.

Figura 1: Lixões de Toritama e Vertentes – PE. 2003. Presença de Biogás e Catadores.

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Figura 2: Lixão de Maceió – AL. 2001. Presença de Biogás e Catadores.

Por outro lado, as condições ambientais no Nordeste Brasileiro, como o clima, a vegetação,
o solo e outras situações são na verdade muitas vezes favoráveis para a implantação e
operação de um aterro sanitário. Os líquidos percolados, por exemplo, nas regiões
consideradas do polígono das secas, possuem uma media pluviométrica bastante baixa e
portanto um balanço hídrico negativo em boa parte do ano, permitindo a redução do porte
de uma lagoa de tratamento dos percolados, que tem um custo de implantação cerca de 40%
do total da implantação. O solo muitas vezes encontra-se sobre o cristalino, que facilita a
disposição dos resíduos sólidos sem uso de mantas de polietileno. A vegetação por
exemplo, rasa e ate ausente facilita a escolha da área de implantação com menor impacto
ambiental do que em regiões onde a vegetação é exuberante. Estes e outros aspectos podem
e devem ajudar para redução dos lixões a céu aberto no Nordeste. No entanto, os projetos e
a implantação baseiam-se em aterros convencionais e à luz das normas e legislações
existentes, que foram fundamentados com base o meio ambiente das regiões: Sudeste e Sul.
Pode-se ainda acrescentar o despreparo de técnicos na elaboração dos projetos, bem como
dos profissionais que aprovam e liberam as licenças nos órgãos ambientais.

O desafio que o cada dia se potencializa através da necessidade de se conhecer com mais
profundidade a gestão publica de serviços essenciais e em especial a gestão de aterros
sanitários, para que depois de analisadas, compreendidas e adaptadas possam ser
implementadas em outros municípios é urgente. Neste sentido o maior desafio da
atualidade é a compreensão de como estas experiências podem surgir e em que cenário o
que faz elas se consolidarem e se perpetuarem e mais ainda, como elas podem ser
disseminadas para uma maior validação destes sistemas.

O consumo desenfreado de descartáveis, é um dos graves problemas ambientais


enfrentados pelos grandes centros urbanos em todo, que passam cada vez mais a compor os
grandes volumes de lixo gerados pela população.

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Dentre as várias alternativas conhecidas, a prática de utilização de áreas para aterramento
do lixo ainda é a mais comum, devida principalmente ao seu baixo custo, a facilidade de
execução e a grande capacidade de absorção de resíduos quando comparada às outras
formas de destinação final como a incineração, a compostagem e a reciclagem. Por outro
lado a necessidade de grandes áreas próximas aos centros urbanos, de grandes quantidades
de material de cobertura e os riscos de contaminação do solo, das águas e do ar,
demonstram que os aterros devem ser muito bem controlados. Além disso, os aterros
impossibilitam o reaproveitamento de materiais, o que poderia evitar a exploração de
matéria prima virgem na produção de novos bens de consumo.

No aterramento do lixo, diversos problemas ambientais devem ser considerados, sendo um


deles a emissão de gases pela decomposição do material orgânico. Os principais
constituintes desses gases são o dióxido de carbono e o gás metano, sendo este último um
combustível, possível de ser coletado e utilizado como fonte de energia. Os primeiros
projetos de aproveitamento de biogás em aterros foram implantados ainda na década de
1970 nos Estados Unidos, como medidas de controle das emissões descontroladas de
metano nesses locais e também como uma nova fonte de energia em meio às crises do
petróleo daquela época. Posteriormente novos projetos surgiram em outros países,
principalmente na Europa, sendo que atualmente mais de 500 aterros no mundo possuem
plantas de aproveitamento do biogás. Os tipos de aproveitamentos energéticos e as
finalidades dos projetos são diversos, sendo as mais comuns à geração de energia elétrica e
o uso direto como combustível para veículos e indústrias.

O gás metano gerado em aterros, quando não devidamente controlado, seja por meio de
sistemas de coleta e aproveitamento, seja pela queima em flares, contribui para o
agravamento do efeito estufa, indicando que este representa não somente uma preocupação
com a integridade da região onde é gerado, como também está ligado às questões
ambientais globais.

Dentre os principais problemas locais decorrentes da emissão descontrolada de biogás


advinda da decomposição do lixo estão prejuízos causados à saúde humana e à vegetação,
decorrentes da formação de ozônio de baixa altitude ou da exposição a alguns constituintes
do biogás que podem causar câncer e outras doenças que atacam fígado, rins, pulmões e o
sistema nervoso central. Há ainda o risco de incêndios e explosões em instalações próximas
aos aterros, uma vez que este gás é altamente inflamável. Outro efeito negativo é o
inconveniente causado por odores desagradáveis que podem gerar distúrbios emocionais
em indivíduos que residem em áreas próximas aos aterros, além de favorecer a
desvalorização das propriedades.

Os projetos para aterros sanitários ate pouco tempo atrás, tinham como concepção do ponto
de vista eminentemente sanitário. Com o alerta da ONU, estes depósitos de resíduos
passaram a ter maior importância por conta das emissões de gases de efeito estufa,
notadamente o gás metano.

As novas concepções de aterros sanitários visam além do armazenamento dos resíduos


sólidos de forma correta, minimizando os problemas sanitários decorrentes e mais ainda o
aproveitamento do biogás gerado ao longo do tempo, que possibilite uma maior eficiência

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na produção e captação do metano gerado na massa de lixo, para isso necessitará de uma
rede de captação dos gases e líquidos bem constituídas.

Uma rede de drenos de biogás previamente instalada que atinja todas as camadas de lixo,
diminui os custo da implantação de novos drenos após o encerramento do aterro. A
impermeabilização eficiente da base e da cobertura do aterro possibilita condições
adequadas para a degradação da matéria orgânica, aumentando conseqüentemente a
produção de biogás. Além disso a divisão do aterro em partes ainda na fase de projeto,
prevendo o encerramento de uma área para o início da deposição na área subseqüente
permite que o biogás seja explorado antes mesmo do esgotamento da capacidade total do
aterro. A questão a ser levantada neste artigo é em quê medida uma rede de resíduos
sólidos, em um aterro sanitário bem constituída, possa contribuir na obtenção de créditos de
carbono e na redução de gases de efeito estufa? Quais são os passos?

2. Metodologia

Utilizou-se a metodologia da investigação e do conhecimento sobre o assunto com diversos


elementos como literaturas técnicas e de notas de aulas. Também o conhecimento adquirido
pelo autor na elaboração de diversos projetos técnicos de aterros sanitários, e de planos de
gerenciamento de resíduos sólidos serviram na escolha e na abordagem deste assunto, que é
bastante novo no meio acadêmico.

3. Como Funcionam As Redes de Aterros Sanitários

Na verdade existem diversas redes dentro de um aterro sanitário e pode-se definir como
uma rede técnica: um conjunto de redes existentes que atendam o projeto concebido e que
esteja de acordo com a legislação sobre aterros sanitários. As redes existentes são:

• Sistema Viário;
• Sistema de Controle de Pesagem;
• Sistema de Informática;
• Sistema de Comunicação de Dados;
• Sistema Elétrico;
• Sistema de Operação de Maquinas e Equipamentos;
• Sistema de Drenagem e Proteção dos Líquidos Percolados;
• Sistema de Drenagem do Biogás;
• Sistema de Drenagem das Águas Pluviais;
• Sistema de Tratamento dos Líquidos Percolados;
• Sistema de Tratamento dos Gases;
• Sistema de Monitoramento e Controle;
• Paisagismo;
• Manutenção;
• Redes Sociais.

Todas essas redes proporcionam e estão integradas para que um aterro sanitário atenda os
princípios de uma rede técnica: conexidade; conectividade; homogeneidade; isotropia;
nodalidade (nós); aplicabilidade e a sua temporalidade. Neste ultimo item, um aterro

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sanitário tem um tempo de uso que não se encerra quando não houver mais disposição dos
resíduos em suas células, pois os biogases e os líquidos percolados continuaram as suas
emissões até que não se tenha mais presença de matéria orgânica e obviamente de
microorganismos decompositores. Mesmo assim, a fração inorgânica aterrada nas células
constitui um perigo latente, pois através do processo de lixiviação, haverá contaminação no
meio existente.

É bom lembrar que um aterro sanitário esta dentro de uma outra grande rede, a rede dos
resíduos sólidos, que se inicia com o acondicionamento dos resíduos sólidos descartáveis,
em seguida pela coleta e o transporte, e em seguida pelo tratamento e por fim pela
disposição dos resíduos no aterro sanitário. Caso aconteça uma coleta seletiva, partes destes
resíduos ficarão no meio dessa estenda e complexa rede.

Um aterro sanitário é definido segundo a ABNT 8419/99 como:


“É uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo
sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os
impactos ambientais, método este que utiliza princípios de
engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e
reduzí-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma
camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a
intervalos menores, se for necessário“.

Outros autores explicam melhor ainda o conceito técnico sobre aterro sanitário. Segundo
Fernando Jucá (2006), um aterro sanitário é uma obra de engenharia que tem como
objetivo, acomodar resíduos sólidos no solo, no menor espaço possível, sem causar danos
ao meio ambiente ou à saúde pública. O Engenheiro José Dantas (2001), enriquece mais um
pouco o conceito, dizendo que é à disposição dos resíduos sólidos sobre o solo,
compactando-o com trator e recobrindo-o diariamente com camada de terra, também
compactada com espessura de 20 cm para evitar: problemas ambientais; proliferação de
macro vetores e estabelecimentos de catadores. Estes conceitos se complementam e tem
como o foco principal à preocupação com o meio ambiente e a saúde humana.

As figuras seguintes ilustram a formação de uma célula de um aterro sanitário, a captação


dos biogases e a Usina de Energia.

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Figura 3: Ilustração de uma célula e das redes viárias de contorno.

Figura 4: Redes de captação de gases. Aterro Sanitário de Bandeirantes-SP.

Figura 5: Usina de Energia. Aterro Sanitário de Bandeirantes-SP.

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4. A Importância das Redes de Aterros Sanitários para Obtenção de Créditos de
Carbono

4.1. MDL- Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

O Protocolo de Quioto consiste na possibilidade de utilização de mecanismos de mercado


para que os países desenvolvidos possam atingir os objetivos de redução de gases de efeito
estufa. No caso do Brasil, o que nos interessa é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo –
MDL, por ser o único mecanismo que admite a participação voluntária de países em
desenvolvimento. O MDL permite a certificação de projetos de redução de emissões nos
países em desenvolvimento e a posterior venda das reduções certificadas de emissão, para
serem utilizadas pelos países desenvolvidos como modo suplementar para cumprirem suas
metas. Esse mecanismo deve implicar em reduções de emissões adicionais àquelas que
ocorreriam na ausência do projeto, garantindo benefícios reais, mensuráveis e de longo
prazo para a mitigação da mudança do clima.

Os efeitos decorrentes da Mudança Global do Clima através das emissões excessiva de


gases na atmosfera, principalmente o gás carbônico (CO 2) que são liberados pela queima
dos chamados combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e gás natural) e o metano
(CH4) proveniente da extração de combustíveis minerais e também pela decomposição de
resíduos, vêm provocando o aquecimento do globo e se manifestando de diversas formas;
destacando-se alterações nos regimes de chuvas, perturbações nas correntes marinhas,
retrações de geleiras e elevação do nível dos oceanos. Segundo estudos, 60% da emissão de
metano no mundo é produto da ação humana durante os últimos 200 anos, a concentração
deste gás na atmosfera aumentou de 0,8 para 1,7 PPM (parte por milhão). O metano é
também chamado de biogás, pois pode ser produzido pela digestão anaeróbica de matéria
orgânica, como lixo e esgoto, sendo este gás vinte uma vez mais impactante do que o CO2.

Hoje não se discute se as Mudanças do clima ocorrerão, mas sim as formas para se mitigar
seus efeitos junto à sociedade humana e aos ecossistemas de uma forma em geral. Ao meio
ambiente, os resíduos podem causar poluição do solo, do ar e dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos, prejudicando a qualidade de vida da população, de maneira que,
sua disposição correta, é condição necessária para preservar o ambiente e a própria espécie
humana. A poluição atmosférica, causada ao meio, vem da eliminação de gases
impactantes, como metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e gás sulfídrico (SO2),
produzidos a partir da decomposição dos resíduos, constituindo-se o biogás. Dentre estes
gases, o metano, é o principal componente do biogás (55%) e está elencado como um dos
gases que provoca a retenção de calor na superfície da terra, ou seja, Gás de Efeito Estufa
(GEE), que vem interferindo nas mudanças climáticas do planeta
e poderá causar grandes catástrofes, como descontroles climáticos, enchentes, dentre outras.

Uma das ações ambientais, a níveis internacionais, que promete a melhoria do clima do
planeta na próxima década, foi firmada na cidade de Quioto, Japão em 1997. Trata-se de
um acordo entre as nações, tendo por objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa
dos países industrializados e garantir modelo de desenvolvimento limpo para os países
emergentes. O Protocolo de Quioto entrou em vigor em fevereiro de 2005 após a Rússia

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formalizar a sua adesão. Este tratado é um balizador que demonstra que o ser humano
necessita tomar atitudes para conter, urgentemente, a grande degradação ambiental que vem
provocando ao planeta. Através dele, nações comprometeram-se a diminuir a emissão dos
gases poluentes nas próximas décadas. O objetivo inicial é que, até 2012, os países
desenvolvidos reduzam seus índices a um nível 5% abaixo verificado em 1990.

Para viabilizar o tratado foram criados mecanismos de flexibilização através dos quais os
países industrializados, denominados Países do Anexo A, podem promover a redução das
emissões fora de seu território. Esta alternativa ficou conhecida como Mecanismos de
Desenvolvimento Limpo (MDL), sendo a negociação de Créditos de Carbono sua forma
transacional. O Brasil, enquanto país signatário, está habilitado a desenvolver projetos de
redução dos GEE e emitir os créditos aos países que conforme o acordo, devem, reduzir
suas emissões até o ano de 2012.

O Brasil foi à primeira nação a ter um projeto aceito pelo Conselho Executivo da ONU
como MDL e muitas industrias vêm tomando medidas para reduzir as emissões não apenas
para seguir as diretrizes do Protocolo de Quioto, mas também para fazer economia nos
custos de produção. Em um cenário otimista, o Brasil poderia gerar, até 2015, 440
megawatts de energia usando um gás que hoje é lançado na atmosfera. Muitas empresas
brasileiras vêm se movimentando para seus projetos sejam reconhecidos como MDL. Isso
lhes dá o aval para comercializarem Certificados de Redução de Emissões – CERs com os
países industrializados.

O MDL é um mecanismo de flexibilização que permite a participação dos países em


desenvolvimento na redução de emissões dos gases de efeito estufa e/ou a remoção de CO 2.
Os projetos deverão objetivar a redução sempre das emissões e, por isso, serão submetidos
a um processo de certificação extenso e rigoroso. Esse rigor servirá para garantir que as
reduções previstas, realmente aconteçam. Somente após as certificações o projeto recebe o
RCE – Redução Certificada de Emissão, em outras palavras o nome oficial do crédito de
Carbono. Os projetos devem ser relacionados aos setores e fontes de atividades
responsáveis pela maior parte das emissões, previstas no Anexo A do Protocolo: Energia,
Processos Industriais, Agricultura, Resíduos e Reflorestamento, (ABLP, 2007). O Quadro
seguinte mostra os setores relacionados com as fontes de atividades.

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Quadro 1: Setores e Fontes de Atividades – Redução de Emissões de Gases de Efeito
Estufa.
ENERGIA PROCESSOS AGRICULTURA RESÍDUOS
INDUSTRIAIS
CO2-CH4-N2O CO2-N2O-HFCS-PFCS-SF6 CH4-N2O CH4
QUEIMA DE
COMBUSTIVEL
- Setor energético - Produtos minerais - Fermentação - Disposição de
entérica resíduos sólidos
- Industria - Industria química - Tratamento de - Tratamento de
dejetos esgotos
sanitários
- Transporte - Produção de metais - Cultivo de arroz - Tratamento de
- Outros setores efluentes
líquidos
EMISSOES - Produção de consumo de - Solos agrícolas - Incineração de
FUGITIVAS DE halocarbonos e resíduos
COMUSTÍVEIS hexafluoreto de enxofre
- Combustíveis - Uso de solventes - Queimadas
sólidos prescritas de
cerrado
- Petróleo e gás - Outros - Queimadas de
natural resíduos agrícolas
Fonte: ABLP, 2007.

4.2. As Redes de Resíduos Sólidos para Obtenção de Créditos de Carbono

O projeto de MDL deverá atender aos chamados critérios de elegibilidade, observando os


conceitos de adicionalidade e de sustentabilidade ambiental. O primeiro critério de
adicionalidade consiste que o projeto resulte em vantagens adicionais na redução das
emissões dos gases de efeito estufa, vantagens essas que não existiriam na ausência do
projeto. O segundo critério de sustentabilidade ambiental para contribuir efetivamente para
o desenvolvimento sustentável do país em que o mesmo foi implantado ABLP, 2007).

Para que um projeto resulte em reduções certificadas de emissões – RCEs, as atividades de


projeto do MDL devem, necessariamente, passar pelas etapas do ciclo do projeto, que são:

1. Elaboração de documento de concepção de projeto (DCP), usando metodologia de


linha de base e plano de monitoramento aprovado;
2. Validação;
3. Monitoramento;
4. Verificação e Certificação; e,
5. Emissão de unidades segundo o acordo de projeto.

A figura abaixo sintetiza os passos para obtenção dos créditos de carbono.

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Figura 6: Etapas para obtenção de créditos de carbono. ABLP,2007.

4.2.1. Elaboração de Documento de Concepção de Projeto (DCP)

A primeira fase estabelece a linha de base ou baseline do projeto MDL que é o cenário que
representa as emissões antropogênicas de GEE – Gases de Efeito Estufa que ocorreriam na
ausência do projeto. As atividades de um projeto MDL são consideradas adicionais se as
emissões de GEE forem menores que as que ocorreriam na ausência do projeto; e/ou se o
seqüestro de carbono for maior do que aquele que ocorreria na ausência do projeto.

Após a descrição da metodologia da linha de base, o DCP descreverá o calculo da redução


de emissões de gases de efeito estufa, da metodologia para estabelecimento dos limites das
atividades do projeto e para o calculo das fugas dos gases e a descrição do plano de
monitoramento.da redução das emissões de gases de efeito estufa.

O DCP também definirá o cronograma para obtenção de créditos; a justificativa da


adicionalidade; o relatório de impactos ambientais; comentários da sociedade ou do
público; e informações sobre linhas de financiamento.

4.2.2. Validação

A validação é o segundo passo e corresponde ao processo de avaliação independente de


uma atividade de projeto por uma Entidade Operacional Designada – EOD, no tocante aos
requisitos do MDL, com base no DCP.

A elaboração do Documento de Concepção de Projeto – DCP deverá incluir, entre outras


coisas, a descrição: das atividades de projeto; dos participantes da atividade de projeto; da
metodologia da linha de base; das metodologias para cálculo da redução de emissões de
gases de efeito estufa e para o estabelecimento dos limites da atividade de projeto e das
fugas; e do plano de monitoramento. Deve conter, ainda, a definição do período de
obtenção de créditos, a justificativa para adicionalidade da atividade de projeto, o relatório

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de impactos ambientais, os comentários dos atores e informações quanto à utilização de
fontes adicionais de financiamento. Os responsáveis por essa etapa do processo são os
participantes do projeto.

Com o documento do DCP, a Entidade Operacional Designada (EOD) irá avaliar e validar
a atividade do projeto MDL. A EOD verifica se o projeto está em conformidade com a
regulamentação do Protocolo de Quioto, e será aprovada pela AND-Autoridade Nacional
Designada das partes envolvidas.

No Brasil a AND é a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima – CIMGC


que verifica a contribuição do projeto para o desenvolvimento sustentável e é submissa ao
Conselho Executivo para o registro. Este registro terá o prazo de oito semanas para registro,
após o relatório ter sido entregue ao Conselho Executivo.

A aprovação, por sua vez, é o processo pelo qual a AND das Partes envolvidas confirmam a
participação voluntária e a AND do país onde são implementadas as atividades de projeto
do MDL atesta que dita atividade contribui para o desenvolvimento sustentável do país. No
caso do Brasil, os projetos são analisados pelos integrantes da Comissão Interministerial,
que avaliam o relatório de validação e a contribuição da atividade de projeto para o
desenvolvimento sustentável do país, segundo cinco critérios básicos: distribuição de renda,
sustentabilidade ambiental local, desenvolvimento das condições de trabalho e geração
líquida de emprego, capacitação e desenvolvimento tecnológico, e integração regional e
articulação com outros setores.

O registro é aceitação formal, pelo Conselho Executivo, de um projeto validado como


atividade de projeto do MDL. A aprovação de projetos no Conselho Executivo do MDL é
subseqüente à aprovação pela Autoridade Nacional Designada. A aprovação é necessária
para a continuidade dos projetos, mas não é suficiente para sua aprovação pelo Conselho
Executivo, que analisa também a metodologia escolhida, a adicionalidade do projeto, entre
outros aspectos. O registro é o pré-requisito para o monitoramento, a
verificação/certificação e emissão das RCEs relativas à atividade de projeto no âmbito do
MDL.

4.2.3. Monitoramento

Uma vez registrado o projeto passa para a fase de monitoramento, a ser feito de acordo com
a metodologia previamente aprovada. Os participantes do projeto devem implementar o
plano de monitoramento registrado, que é uma condição para verificação e certificação do
projeto.

O monitoramento irá acontecer seguindo um plano estabelecido pela metodologia e terão


como resultados que deverão ser submetidos a entidade operacional a fim de passar para a
nova fase dessa rede.
O processo de monitoramento da atividade de projeto inclui o recolhimento e
armazenamento de todos os dados necessários para calcular a redução das emissões de
gases de efeito estufa, de acordo com a metodologia de linha de base estabelecida no DCP,
que tenham ocorrido dentro dos limites da atividade de projeto e dentro do período de

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obtenção de créditos. Os participantes do projeto serão os responsáveis pelo processo de
monitoramento.

4.2.4. Verificação e Certificação

A Verificação é a revisão periódica e independente realizada pela entidade operacional e


monitoramento posterior às reduções de GEE e/ou seqüestro de carbono ocorridos durante
o período de verificação.

A Verificação é o processo de auditoria periódico e independente para revisar os cálculos


acerca da redução de emissões de gases de efeito estufa ou de remoção de CO 2 resultantes
de uma atividade de projeto do MDL que foram enviados ao Conselho Executivo por meio
do DCP. Esse processo é feito com o intuito de verificar a redução de emissões que
efetivamente ocorreu.

A EOD é responsável por verificar as reduções de emissões de gases e certificar que a


atividade do projeto atingiu de fato as reduções, e que elas foram adicionais às que
ocorreriam na ausência do projeto MDL.

Após a verificação, o Conselho Executivo certifica que uma determinada atividade de


projeto atingiu um determinado nível de redução de emissões de gases de efeito estufa
durante um período de tempo específico. A Certificação é a garantia por escrito, dada pela
entidade operacional - EOD, de que durante determinado período o projeto alcançou as
reduções de GEE e/ou seqüestro de carbono propostos.

4.2.5. Emissão de Unidades

Com a certificação, é possível solicitar ao Comitê Executivo a emissão dos CER relativos a
quantidade reduzida e/ou seqüestrada. As emissões de unidades são conhecidas como RCEs
– Redução Certificadas de Emissões. É a etapa final é quando o Conselho Executivo tem
certeza de que, cumpridas todas as etapas, as reduções de emissões de gases de efeito estufa
decorrentes das atividades de projeto são reais, mensuráveis e de longo prazo e, portanto,
podem dar origem a RCEs. As RCEs são emitidas pelo Conselho Executivo e creditadas
aos participantes de uma atividade de projeto na proporção por eles definida e, dependendo
do caso, podendo ser utilizadas como forma de cumprimento parcial das metas de redução
de emissão de gases de efeito estufa.

4.2.6. Situação Existente

Abaixo são apresentadas as estatísticas das atividades de projeto no âmbito do MDL no


Brasil e no mundo até o dia 20 de outubro de 2006.

1 - Número de atividades de projeto


Uma atividade de projeto entra no sistema do MDL quando o seu documento de concepção
de projeto (DCP) correspondente é submetido para validação a uma Entidade Operacional
Designada (EOD). Ao completar o ciclo de validação, aprovação e registro, a atividade
registrada torna-se efetivamente uma atividade de projeto no âmbito do MDL. A figura 1 e

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1a mostram o status atual das atividades de projeto em estágio de validação, aprovação e
registro. Em 20 de outubro de 2006, um total de 1278 projetos encontrava-se em alguma
fase do ciclo de projetos do MDL, sendo 351 já registrados pelo Conselho Executivo do
MDL e 927 em outras fases do ciclo. Como pode ser visto nas figuras 1 e 1a, o Brasil ocupa
o 2º lugar em número de atividades de projeto, com 193 projetos (15%), sendo que em
primeiro lugar encontra-se a Índia com 460 e, em terceiro, a China com 175 projetos,
conforme ilustra a figura seguinte.

Figura 7: Número de atividades de projeto no sistema MDL.

2 - Reduções de emissões projetadas para o primeiro período de obtenção de créditos

Em termos de reduções de emissões projetadas, o Brasil ocupa a terceira posição, sendo


responsável pela redução de 187 milhões de t CO2 e, o que corresponde a 10% do total
mundial, para o primeiro período de obtenção de créditos, que podem ser de no máximo 10
anos para projetos de período fixo ou de 7 anos para projetos de período renovável (os
projetos são renováveis por no máximo três períodos de 7 anos dando um total de 21 anos).
A China ocupa o primeiro lugar com 620 milhões de t CO 2e a serem reduzidas (34%),
seguida pela Índia com 434 milhões de t CO 2 e (24%) de emissões projetadas para o
primeiro período de obtenção de créditos.

3 - Reduções de emissões anuais projetadas para o primeiro período de obtenção de


créditos

Dividindo-se as toneladas a serem reduzidas no primeiro período de obtenção de créditos


pelo número de anos (7 ou 10) obtém-se uma estimativa anual de redução esperada. No
cenário global, o Brasil ocupa a terceira posição entre os países com maiores reduções

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anuais de emissões de gases de efeito estufa, com uma redução de 25 milhões de
tCO2e/ano, o que é igual a 11% do total mundial, que equivale a 226 milhões de tCO2e.
Em primeiro lugar, encontra-se a China, com 85 milhões de tCO2e/ano (37%), e, em
segundo, a Índia, com redução de 44 milhões de tCO2e/ano, o que corresponde a quase
19% do total mundial.

5. Conclusões

A conseqüência gera muitas vezes uma “desculpa” por parte dos gestores municipais de se
negarem a implantar e de operar um aterro sanitário pois o custo é elevado, e o município
não teria capacidade financeira.

Agravam-se ao exposto anterior, o aumento da população, a ausência de uma política de


gestão dos resíduos e portanto de um plano de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos,
este obrigatório, que analise e busque saídas para reverter um quadro sombrio e que vem se
arrastando há muito tempo.

Os resíduos sólidos também vêm variando a sua composição nas cidades brasileiras. Cada
vez geramos maior percentual de resíduos inorgânicos e com presença de substancias mais
impactantes, como os metais pesados encontrados em materiais como: pilhas, baterias,
lâmpadas, plásticos, tintas e solventes, entre outros. Nesta situação verificou-se menor
degradação e maior impacto ambiental nos diversos lixões e aterros sanitários.

Historicamente a seguridade e a economia têm sido os únicos aspectos utilizados na hora de


avaliar as diferentes alternativas de destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Nos dias
de hoje a sociedade exige mais. É necessário acrescentar os aspectos meio ambientais ao
conjunto de critérios de avaliação.

Portanto, a investigação sobre o tema créditos de carbono, de tanta repercussão econômica


e ambiental torna-se necessária a sua difusão. No Brasil, a pesquisa sobre esta área é ainda
pequena. Por outro lado o hermetismo que está envolto, sendo muito difícil obter dados
confiáveis tanto das empresas privadas como dos órgãos públicos.

Este artigo técnico teve como intenção, o estudo de viabilidade econômica e ambiental de
uma nova concepção de aterros sanitários que possa alem de se ter uma licença ambiental
que atendam as exigências sanitárias, possibilite também atender a preocupação maior
ainda que são as emissões dos GEE e o enquadramento dos aterros sanitários no projeto do
MDL.

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A falta de um modelo quantitativo e do conhecimento das lógicas que intervêm na
construção das redes técnicas de um aterro sanitário pode ser muito útil na atuação do
engenheiro projetista e do operador do sistema de modo que com o conhecimento destas
redes pode-se ter ganhos operacionais e ambientais consideráveis.

Verifica-se, portanto que o conhecimento de cada uma das redes ou de seu conjunto,
existentes em um aterro sanitário e suas interações com o conjunto máquinas, equipamentos
e mão de obra especializada podem interferir significativamente numa boa ou má operação
deste sistema, contribuindo para uma gestão capaz de buscar a preservação do meio
ambiente ou para a sua completa degradação.

A tomar-se por base a literatura brasileira existente, e também a relação de trabalhos


técnicos até então escritos e apresentados em eventos sobre resíduos sólidos, pode-se
concluir que o presente artigo constitui-se no primeiro trabalho já produzido sobre o tema,
no Brasil.

Espera-se, portanto, que o tema aqui proposto, bem como os dados constantes no trabalho,
possa contribuir com subsídios para um melhor conhecimento destas redes e observar de
que forma através destes conhecimentos, podem-se tirar contribuições para um melhor
gerenciamento destes sistemas, proporcionando uma melhoria da qualidade de vida da
população, concorrendo para a garantia da preservação do meio ambiente e do
desenvolvimento sustentável do país.
6. Referencia Bibliográfica

ABLP; Associação Brasileira de Limpeza Pública. Revista Limpeza Pública. São Paulo,
2007.

ABNT –NBR 10.004 Resíduos Sólidos – Classificação. São Paulo, 1987.

____________ NBR 12.980 – Coleta de Resíduos Sólidos. São Paulo. 1993.

Dupuy, Gabriel; El Urbanismo de las redes, teorías y métodos. Madrid, 2003.

Brasileiro, Anísio; Notas de Aula da disciplina redes urbanas e sociais, UFPE. Recife-PE,
2006.

Jucá, José Fernando; Notas de Aula da disciplina Aterros Sanitários, UFPE. Recife-PE,
2006.

LIMA, José Dantas. Sistemas Integrados de Destinação Final de Resíduos Sólidos


Urbanos. João Pessoa – PB, 2005.

LIMA, José Dantas. Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil. João Pessoa – PB,
2003.

LIMA, José Dantas. Propostas de Políticas sobre resíduos sólidos no Estado da Paraíba.
SECTMA – SUDEMA – 2004.

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