Você está na página 1de 2

As Peneiras de Hiram

- AS PENEIRAS DE HIRAM Meia-noite em ponto! Mais uma jornada na construo do Templo


terminara. Cansado por mais um dia, Mestre Hiram recostou-se sob o
frescor do bano para o to merecido descanso. Eis que, subindo em
sua direo, aproxima-se seu Mestre Construtor predileto, que lhe diz:
Mestre Hiram... Vou lhe contar o que disseram do
segundo Mestre Construtor...
Hiram com sua infinita sabedoria responde:
Calma meu Mestre predileto; antes de me contares algo
que possa ter relevncia, j fizeste passar a informao pelas
Trs Peneiras da Sabedoria?
Peneiras da Sabedoria??? No me foram mostradas,
respondeu o predileto!
Sim... Meu Mestre! S no te ensinei, porque no era
chegado o momento; porm, escuta-me com ateno: tudo
quanto te disseram de outrem, passe pelas peneiras da
sabedoria e na primeira, que a da VERDADE, eu te pergunto:
Tens certeza de que o que te contaram realmente a
verdade?:
Meio sem jeito o Mestre respondeu:
Bom, no tenho certeza realmente, s sei que me
contaram:
Hiram continua:
Ento, se no tens certeza, a informao vazou pelos
furos da primeira peneira e repousa na segunda, que a
peneira da BONDADE. E eu te pergunto:
-

alguma coisa que gostaria que dissessem de ti?

De maneira alguma Mestre Hiram... Claro que no!

Ento a tua estria acaba de passar pelos furos da


segunda peneira e caiu nas cruzetas da terceira e ltima; e te

fao a derradeira pergunta:


Acha mesmo necessrio passar adiante essa estria
sobre teu Irmo e Companheiro?
Realmente Mestre Hiram, pensando com a luz da razo,
no h necessidade...
Ento ela acaba de vazar os furos da terceira peneira,
perdendo-se na imensa terra. No sobrou nada para contar.
Entendi poderoso Mestre Hiram. Doravante somente e
boas palavras tero caminho em minha boca.
s agora um Mestre completo. Volta a teu povo constri
teus Templos, pois terminaste teu aprendizado. Porm, lembrate sempre: as abelhas, construtoras do GADU, nas
imundcies dos charcos, buscam apenas flores para suas
laboriosas obras, enquanto as nojentas moscas, buscam em
corpos sadios as chagas e feridas para se manterem vivas.
Re-publicado na Revista A Trolha Abril/1996 n 114
Trabalho do Ir Emidio Alberto Mendes - Or de ItapiraSP
(Colaborao do Ir Jos Carlos Lopes - Or de CuritibaPR)

Você também pode gostar