Você está na página 1de 1

A carona foi estranha mas ao mesmo tempo boa.

Marcos deixou Dani em


casa, e foi pra casa ouvir música e tocar guitarra. Tinha ficado feliz com a
aproximação com o seu funcionario mais calado. Gostava desse bom
contato.

Há uma semana atrás.


Depois daquela carona Dani era outra pessoa com Marcos, conversava,
puxava assunto, mandava dicas sobre músicas boas por email. Já tinham
até saído para tomar um chopp depois do trabalho em uma sexta feira
qualquer. A discussão era sempre em torno de música. Marcos estava
criando um carinho muito grande por Dani. O amigo que ele nunca tivera.

Na segunda feira seguinte da carona Marcos convidou Dani para ir até a


casa dele conhecer a coleção de vinis dele. Morria de orgulho daquela
coleção, fazia questão de mostrar pra todos, principalmente pro seu novo
amigo.

Na casa de Marcos abriram uma latinha de cerveja cada um enquanto


ouviam Eric Clapton, Pink Floyd e aqueles clássicos de que tanto falavam. E
assim foi noite adentro. Quando perceberam o dia já estava terminando, as
latinhas também e a consciencia completa estava indo embora junto.

Nada como um noite de rock, cerveja e bom papo para tirar o estresse de
um dia pesado de trabalho. Marcos estava tonto, rindo a toa, e com uma
enorme vontade de dançar.

Ao som de AC/DC balançava a cabeça e o corpo em todas as direçoes


divertindo Dani com aquela coreografia estranha.

Rodou pela sala do apartamento, pulando e cantando com Dani junto.


Tropeçou na mesa de centro, se desequilibrou e foi amparado por Dani.
Abriu os olhos e viu os olhos cor de mel do amigo próximos. Até demais. Viu
a boca semi aberta dele respirando próximo o suficiente para sentir o hálito
quente na sua boca. Se levantou, mas não saiu de perto, os bracos se
enconstaram e Marcos sem pensar beijou Daniel.

A latinha foi largada. A mão passou no pescoço de Daniel, e o puxou pra


mais perto. O beijo se intensificou, os corpos se grudaram as respiracoes se
ritmaram e a musica ao fundo ditou o movimento dos corpos unidos.

Dani se assuntou, empurrou Marcos e saiu correndo do apartamento.


Marcos sentou no sofá, bebeu mais um pouco e deixou o vinil correndo.
Fechou os olhos e só foi acordado com o alarme do celular no dia seguinte.

Você também pode gostar