Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cuca
Cuca
O relgio apontava
meio aberta.
-No! Deixa minha irm! Por favor! Deixa a gente!
-Minino tem que d algo pra eu com! D a mo que eu v por hoje! D a
mo, d a minina, ou abra a janela!
Ele chorou. Mas sabia que no tinha escolha. O tempo no estava mais
passando e provavelmente ficaria assim o quanto a criatura quisesse.
-T bom. - Choramingou.
Pegou a menina e deu. A Cuca, ou seja l o que era aquele demnio mordeu
a cabea pequenina como se fosse manteiga. Marcela quase chorou, mas a
morte veio primeiro que a dor.
O sangue e pedaos do crebro, recm nascido caram nos ps de Rafael, que
comeou a sentir a culpa de no ter dado a mo. A coisa continuou comendo
e mastigando a menina como se fosse de gelatina. Quando acabou foi
embora rindo e sussurrando algo que Rafael no conseguiu entender na hora.
O menino no pode dormir.
Quando passou o choque o menino correu chorando pra me e gritando.
-Me! Me! A Cuca comeu minha irm!
-Que irm meu filho? Voc tava sonhando.
Ento ele entendeu. E em sua cabea ecoou o que a Cuca havia dito: "Si
preocupa no minino! A Cuca come o corpo, a alma e as lembrana! S voc
vai guard o qui fez com a minina!"