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Teoria Geral do Delito aplicada ao Direito Penal Econmico

Docente: Helosa Estellita


Discente: Ana Caroline Machado Medeiros
Mini-Reaction Paper 10 22/06/2015
Concurso de agentes nos delitos especiais Mariana Tranchesi Ortiz

Os delitos especiais podem ser definidos como aqueles que, em sua


configurao tpica, apresentam uma limitao no campo dos sujeitos ativos possveis,
observando qualidades especficas descritas no tipo penal.
Em regra, a restrio subjetiva encontrada nos delitos especiais se d em
razo do entendimento de que os sujeitos qualificados (intraneus) possuem uma maior
acessibilidade aos bens jurdicos tutelados. Encontram-se em posio de garantia dos bens
tutelados, e, portanto, possuem o domnio sobre a criao de riscos que possam afet-los.
Desta forma, apenas o intraneus assume a condio de garantidor do bem
tutelado. O extraneus, sujeito que no rene as caractersticas subjetivas qualificadoras, no
dispe da mesmo acesso e mesmos deveres em relao ao bem jurdico, e, portanto, no
pode ser elevado a condio de autor nos delitos especiais. A impossibilidade da autoria do
extraneus se d tanto em funo da restrio legal no corpo dos tipos penais especiais, como
pela anlise da ratio essendi desta classe delitiva.
O extraneus, independentemente da gravidade e reprovabilidade de sua
conduta e do domnio ftico sobre a criao do risco penalmente relevante, no poder ser
considerado autor nos delitos especiais. Em todas as hipteses trazidas pela autora, o
extraneus responde, exclusivamente, a ttulo de participao.
Por sua vez, o intraneus sempre ser o autor dos delitos especiais, ainda
que no detenha o domnio do acontecer tpico, ou seja instrumentalizado pelo extraneus,
de modo a agir em erro ou por coao. Embora sempre responda a ttulo de autoria, o
arcabouo ftico da atuao do intraneus, quando em concurso com extraneus, pode e deve
ser considerado no momento da aplicao da pena, assim como as consequncias das
hipteses de erro de tipo e erro de proibio.

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