Outubro 2007
O Projecto Viver Mirandela
É um orgulho enorme escrever o Primeiro
Editorial do Primeiro Número do Boletim
Informativo Viver Mirandela. Este Boletim,
assumido como um objectivo cumprido, um
novo impulso estratégico ou mesmo uma nova
forma de fazer política, é certamente a
concretização de um conjunto de projectos
integrados na alternativa política que o concelho
de Mirandela precisa e merece.
Vamos propor aos Mirandelenses, um novo
espaço de reflexão e debate, divulgação de
temas de interesse colectivo, particularmente no
Meio Rural, com destaque a todas as freguesias
do concelho de Mirandela. As palavras-chave só
poderão ser o empreendedorismo dos
Mirandelenses, a tradição na participação cívica
e o reconhecimento da nossa centralidade
regional.
A aposta prioritária do mérito e excelência nos
Municípios deve traduzir-se num forte apoio às
Juntas de Freguesia, cujo bom funcionamento é
fundamental no desenvolvimento integrado e
sustentável do concelho.
A cidade, a vila e as aldeias estarão sempre no
centro das nossas motivações, na procura de
soluções e alternativas adequadas às
necessidades das pessoas. Nas duas freguesias
abordadas neste Boletim, S. Salvador e Suçães,
tal como muitas outras no concelho, são um
exemplo de que, com muito trabalho e
motivação, é possível executar o impossível.
É este o nosso princípio inspirador, absorvido nas
qualidades e capacidades que caracterizam a
gente do nosso Concelho, sendo a partir do seu
exemplo que pensamos e queremos Mirandela,
como um exemplo de inovação e modernidade
para Trás-os-Montes.
Corresponde a uma iniciativa do Partido
Socialista de Mirandela, que surge da
necessidade de fomentar a participação cívica
dos Mirandelenses, através da mobilização da
comunidade local na construção de um concelho
melhor. Queremos juntar a voz de todos aqueles que querem um
concelho economicamente mais dinâmico, ambientalmente mais
equilibrado e socialmente mais justo.
Pretende-se criar um espaço de reflexão e debate, estudar as
ameaças e oportunidades do desenvolvimento local e promover
iniciativas ligadas a sectores prioritários de intervenção.
Queremos:
- Definir vectores estratégicos de acção política e metas a atingir
- Delinear Planos de intervenção local participados.
- Contribuir para o reforço da consciência cívica
- Promover a participação colectiva na procura de soluções
- Dar um novo impulso no ORGULHO DE SER MIRANDELENSE.
- Revitalizar do tecido empresarial do concelho e a criação de novas
oportunidades
- Sedimentar uma política de fixação dos jovens através da
consolidação do Ensino Superior e da aplicação de uma política de
criação de oportunidades de trabalho
- Promover e qualificar o ambiente urbano e a revitalizar a zona
histórica.
- Assegurar a coesão social e territorial da cidade e das freguesias
rurais.
Com uma área de 14,2 km2, uma população residente de
295 habitantes, S. Salvador dista da sede do concelho 4 km.
Os equipamentos colectivos são a Sede da Junta de
Freguesia, a Igreja, o Cemitério e a Escola do 1º ciclo.
Como património cultural e edificado: a Igreja matriz, fontes
centenárias, casa com brasão, cruzeiro, capela, nicho de S.
Salvador e casas antigas.
Como locais a visitar: a paisagem rural de S. Salvador
cultivada com esmero.
A Festa de S. Salvador é celebrada entre 15 e 16 de Agosto.
Das Propostas para a Freguesia:
- Integração em Rede de Apoio Médico Ambulatório
- Reforço ao apoio à 3.ª idade, em parceria com estruturas
de solidariedade social
- Reabilitação e dinamização das instalações da Escola
Primária
- Construção de um Polidesportivo
- Apoio ao Associativismo Local
- Promoção de estruturas locais para o escoamento de
produtos agrícolas
- Melhoramento dos caminhos rurais
Visão
Apostar na qualidade e
inovação no meio rural.
Ficha técnica:
A área da freguesia é de 35,9 km2 e a população residente
de 770 habitantes. Suçães dista da sede de concelho 9 km e
tem três aldeias anexas: Eivados, Eixes e Pai Torto.
Os equipamentos colectivos são o Centro de Dia, a Sede da
Junta de Freguesia, a Igreja, o Cemitério e a Escola do 1o
ciclo.
Como património cultural e edificado a Igreja matriz com
belas peças de arte sacra, cruzeiro de Santa Bárbara, casas
brasonadas, ruínas de Santa Águeda, fontes de mergulho,
fontanários, coreto, Museu Etnográfico, 4 Polidesportivos e
zonas de lazer na freguesia.
Como locais a visitar: a Fraga do Arasto, Museu Etnográfico
e património paisagístico.
As Festas e romarias são: S. João Batista, celebrado durante
o mês de Agosto e S. Frutuoso, nos Eixes também celebrado
no mês de Agosto.
Das Propostas para a Freguesia:
- Integração em Rede de Apoio Médico Ambulatório
- Construção de uma piscina com fins múltiplos
(Para prática desportiva e apoio à qualidade de vida da 3.ª idade)
- Promoção e divulgação do Museu etnográfico
- Dinamização Cultural
- Apoio ao Associativismo Local
- Melhoramento dos caminhos rurais
- Acesso ao nó do Ip4 e qualificação da estrada para Pai Torto
Visão
Classificar Suçães como freguesia urbana da cidade de
Mirandela.

Já em 1942, o célebre pensador Ortega Y Gasset dizia que "O
nosso tempo - bastante estúpido - não considera a caça como um
assunto sério". E hoje continua a ser assim! Com efeito, esta
actividade é tida, sobretudo pelas populações citadinas, no geral
com algumas dificuldades em entenderem as coisas do campo e
do Mundo Rural, como algo marginal e sem qualquer importância.
Nos nossos dias, um grande vulto da história e da sociologia da
cinegética em Portugal - Mário do Carmo (2005) - refere: "A caça é
um tema que movimenta forças, cria polémica e suscita discussão
como poucos outros. É tão grande o interesse que, em toda a
época e qualquer lugar, suscitou e suscita a caça, se escreveu
tanto sobre ela, que se torna difícil acrescentar alguma coisa
verdadeira e inteiramente original sobre o tema".
Nesta dualidade de opiniões, somos levados a perguntar: Afinal a
caça deve ou não ser considerada um assunto sério?
Estamos em crer que sim e em muitos aspectos, não apenas sócio-
culturais e filosóficos como também económicos.
A economia da caça no concelho
Facilmente se demonstra, com números concretos, a importância
económica da actividade. Consideremos os seguintes dados:
- Área ordenada - cerca de 60.000 ha
- N.º de caçadores que o território pode suportar (1 a 2/ 60 ha) -
> 1.000 < 2.000
- N.º total de jornadas de caça por época (± 60 dias entre Agosto
e Fevereiro) - > 60.000 < 120.000
- Receita potencial (15 €/dia/caçador) - de 900.000 a 1.800.000 €
Não está aqui incluído o valor resultante da organização de
montarias ou de outras actividades de carácter venatório como as
largadas, provas de cães de parar, nem o efeito multiplicador na
economia do concelho, pela criação de alguns postos de trabalho,
nos armeiros, hotelaria e restauração, no café da aldeia, etc.
Nalguns casos parece até que o orçamento anual da Associação de
Caçadores local supera o da respectiva Junta de Freguesia. A
receita gerada assim o determina!
Evolução do ordenamento cinegético
A exemplo do que aconteceu no resto do país e prosseguindo o
grande desígnio de ordenar todo o território nacional, consignado
na mais recente Lei de Bases Gerais da Caça (Lei n.º 173/ 99, de 21
de Setembro), 89% dos 658,45 km2 do concelho de Mirandela
estão finalmente organizados em Zonas de Caça.
A figura das Zonas de Caça Municipais (ZCM) abrange a maior fatia
- 50%; as Zonas de Caça Associativas (ZCA) ocupam 38% e existe
ainda uma Zona de Caça Turística (ZCT), cuja área corresponde a
1%; cabe aos terrenos não cinegéticos a fracção restante de 11%
do território.
Apesar de ter tardado um pouco, pois só a partir de 2003 se
verificou um crescimento visível da área ordenada e quase
exclusivamente devido à criação de ZCM, a organização cinegética
do concelho traduz um equilíbrio curiosamente certeiro entre os
dois tipos principais de zonas de caça: 13 ZCA e outras tantas ZCM.
Associativismo cinegético
Além do Clube de Caça e Pesca de Mirandela, fundado em 1986,
existem hoje mais 20 associações de caçadores, o que é bem
revelador da vontade e capacidade organizativa dos
Mirandelenses.
Treze destas 20 colectividades são concessionárias de 24.943 ha,
em ZCA, sendo a gestão de 13.861 ha, em ZCM, da
responsabilidades de outras sete associações e as restantes seis
ZCM (19.651 ha) geridas por Juntas de Freguesia, comprovando
que os caçadores souberam unir-se e são responsáveis.
O Conselho Cinegético Municipal de Mirandela
Embora a Natureza nos tenha fadado com abundância de
migradoras de Inverno - Tordos - relativamente às espécies
sedentárias estamos longe de uma gestão racional e sustentada.
Chegam-nos ainda rumores de procedimentos menos correctos
quanto à admissão dos caçadores nalgumas ZCM. Fruto de uma
natural falta de preparação para o efeito, ausência de informação
séria e fundamentada, ou até interpretações enviesadas da Lei,
percebe-se a existência de grande discrepância de critérios.
Falta o passo seguinte: que a actividade seja encarada pelo próprio
Município como um “assunto sério”. O Conselho Cinegético
Municipal pode e deve jogar aqui um papel importantíssimo. As
suas atribuições e competências, consagradas no art.º 158.º dos
DL n.º 202/2004, 18/8 e n.º 201/2005, de 24/11, não deveriam
limitar-se a reuniões esporádicas, normalmente sem a presença
de grande parte dos membros.
Propõe-se, então, uma visão diferente sobre esta matéria:
- assegurar apoio técnico e administrativo aos autarcas que
assumiram responsabilidades de gestão cinegética;
- ouvir os anseios dos dirigentes associativos;
- pensar um Plano de Gestão Global, sobretudo para a vigilância
conjunta das zonas de caça e para a exploração da caça maior.
O PS na Assembleia Municipal
Viver Mirandela vai ser, para os membros do PS da Assembleia Municipal, um
fórum de debate de ideias que nos permita definir estratégias e politicas para
que Mirandela assuma na região e no país o lugar que lhe compete.

A paixão e a responsabilidade que tem pautado as nossas intervenções na

Assembleia Municipal será a mesma no fórum Viver Mirandela, daí que nos
propomos debater neste fórum desde os temas culturais, históricos,
ambientais, sociais e económicos, por forma a que todos os Mirandelenses se
revejam e tenham orgulho na sua Cidade e no seu Concelho, e que todos, mas
todos, sintam que cada vez vale mais a pena cá viver.

Este é um desafio enorme, por isso é importante que todos nós cumpramos este dever de cidadania, participando.

José Baltazar

Ser Jovem em Mirandela

Carta aberta aos Jovens de Mirandela!

A Juventude Socialista é uma estrutura de causas e de valores com grande responsabilidade na formação cívica dos
jovens portugueses.

A JS de Mirandela está consciente dessa responsabilidade, elaborando um programa inovador com dinâmicas
políticas de juventude com as quais pretendemos mobilizar e preparar os jovens de Mirandela para uma
participação democrática crítica e consciente, que lhes permita uma intervenção mais activa na sociedade
Mirandelense.

Não será fácil! Mas estamos certos que com força e determinação iremos conseguir ultrapassar os desafios a que
nos propomos. Mobilização, Formação e Convívio são os três vectores que norteiam o nosso projecto, do qual
destacamos algumas ideias que gostaríamos de partilhar contigo:

Um "site" na Internet onde constará documentação relevante, um fórum de discussão e um serviço de

newsletter;

Tertúlias sobre cidadania, emancipação jovem, emprego e habitação;

Workshops de fotografia, música, cinema, dança, pintura;

Descida do rio, escalada, rappel, festas, jogos de paintball, passeios de btt, corridas de kart;

E muito +...

Este é o nosso contributo, traçando um caminho responsável, mas ousado, para que os jovens de Mirandela
possam acreditar e ter esperança no futuro da nossa terra.

TU PODES FAZER A DIFERENÇA!!!

Juventude Socialista